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Historias & Historinhas

 

   Pooh ajuda os seus Amigos

 

Pooh sentou-se na beirada da cama e ficou olhando sua casa tão aconchegante. “Não tenho nada para fazer”, pensou ele.

Pooh, então, cantarolou e murmurou baixinho para distrair-se.

“Esse canto não mandou embora meu desencanto”, pensou Pooh, suspirando.

Um pouco depois, o não fazer nada passou a deixá-lo entediado.

“Talvez eu deva procurar alguém para não fazer nada junto comigo”, pensou Pooh. “Isso seria muito mais divertido.”

O ursinho bateu na porta de Leitão e disse:

– Leitão, vim até aqui ver se você quer não fazer nada comigo.

– Eu adoraria — respondeu o porquinho – mas primeiro tenho de lavar a louça.

O rosto de Pooh iluminou-se.

– Posso ajudá-lo, Leitão?

– É claro! — respondeu Leitão. Ele passou uma toalha a Pooh, que ia secando os pratos lavados pelo porquinho.

Quando toda a louça já estava devidamente lavada e guardada, Leitão disse:

– Muito obrigado, Pooh. Essa tarefa feita em dupla é muito divertida. Agora estou pronto para não fazer nada.

Pooh cantarolava; Leitão abanava as orelhas e batia levemente os pés.

Aí, o ursinho bocejou. Leitão, sem conseguir evitar, bocejou também.

– Pooh, você está divertindo? — perguntou Leitão.

– Não — respondeu pensativamente. — Não fazer nada é muito entediante.

– Pooh, estive pensando — disse Leitão – talvez neste momento haja alguém precisando da nossa ajuda.

– Fazer qualquer coisa será melhor que não fazer nada — concordou o ursinho.

– Vamos falar com Corujão — disse o porquinho.

Em seguida, Pooh e Leitão partiram para a casa da árvore de Corujão.

– Corujão, você está precisando de nossa ajuda? — perguntou Pooh.

– Com certeza! — declarou Corujão. — Será muito mais rápido espanar a casa com a colaboração de dois grandes amigos.

Pooh e Leitão adoraram os espanadores de Corujão. Eles eram tão bons para espanar quanto para fazer cócegas.

– Obrigado — agradeceu Corujão ao ver a sua casa limpa e reluzente. — Agora já posso ficar sem fazer nada.

Corujão deu uma espiada para fora da janela. Pooh contou quantas patas tinham seus amigos e logo já não tinha mais o que somar. Leitão mudou de posição na cadeira, inquieto.

– Talvez Tigrão esteja precisando de nós — sugeriu leitão.

– Tigrão! — chamou Pooh. — Você está precisando de nossa ajuda?

– Amigos, vocês não imaginam o quanto eu queria vê-los – respondeu Tigrão. — Vai ser muito mais fácil recolher meus brinquedos com três amigos colaborando.

Leitão ajeitou os brinquedos na prateleira de baixo. Pooh e Corujão arrumaram as prateleiras do meio. E Tigrão colocou os brinquedos na parte mais alta.

– Somos um time e tanto! — exclamou o tigre. — Vamos ver se Ió precisa de nossa ajuda também.

– Ió! Chamou Pooh.

– Oh! — exclamaram todos, ofegantes. A casa de Ió havia desmoronado.

– Ela fica muito mais bonita quando está de pé — observou o burrico.

– O que aconteceu aqui? — perguntou Pooh.

– O que sempre acontece. O vento derrubou minha casa — respondeu Ió.

– Bem, mãos à obra! — exclamou Pooh.

Então o ursinho, Leitão, Corujão e Tigrão ajudaram Ió a montar a sua casa de novo. Em seguida, Corujão ensinou a todos como amarrar as estacas com barbante, e a morada ficou muito mais protegida contra o vento.

– A melhor maneira de construir uma bela casa é com a ajuda dos amigos! Obrigado! — agradeceu Ió.

– De nada — respondeu Pooh. — E agora, vocês não acham que já podemos inventar outra coisa para fazer?

– Mas, Pooh, já estivemos ocupados a manhã inteira — observou Leitão.

O ursinho ouviu então um ronco em sua barriga e disse:

– Hora de nos ocuparmos com a comida.

Tigrão disse meio sorrindo:

– Vamos, pulando, ver o que Coelho tem para nós!

Na clareira, os amigos encontraram Coelho estirado em sua cadeira, limpando a testa com o lenço.

– Coelho, você tem algo gostoso para comer?

– Tenho uma horta cheia de vegetais! — observou Coelho, suspirando. — Mas estive arrancando ervas daninhas o dia inteiro e estou muito cansado para fazer a colheita.

– Nós podemos ajudá-lo? — perguntou Pooh.

– Ajudar? — respondeu Coelho, alegrando-se. — Bem, é exatamente disso que eu preciso!

– Primeiro, vou organizar tudo — disse Coelho, subitamente sentindo-se importante e nem um pouco cansado. — Pooh, você colhe as batatas; Leitão, os tomates; Tigrão, você retira as cenouras. Se você puder colher os grãos, Ió. Ah, Corujão junte os vegetais no carrinho e traga tudo para eu lavar.

Logo depois, tomates grandes e suculentos, cenouras crocantes e grãos frescos alinhavam-se no balcão da cozinha de Coelho. Algumas batatas fumegantes cozinhavam num panelão.

– Vocês foram tão solidários! — exclamou Coelho.

– Em agradecimento, todos estão convidados para o jantar!

– Uumm! Uummm! — disse Pooh.

Enquanto Coelho cozinhava o ensopado de legumes, seus amigos arrumaram a mesa.

– Este será o melhor jantar de todos os tempos — comentou Pooh.

– Um jantar em agradecimento aos melhores ajudantes do Bosque dos Cem Acres! viva! — exclamou Coelho.

Quando terminaram a refeição, Pooh e Leitão sentaram-se por alguns minutos no Canto de Pensar e então… Bem, não fizeram nada!

– Ufa! É bom descansar. — disse Pooh, suspirando.

– É! Ficar sem fazer nada depois de um dia cheio de atividades é muito gostoso!

 

 

 

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