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…….. . Histórias & Historinhas As 1101
Noites - a 6ª
Noite- E QUANDO FOI NA SEXTA NOITE... Sherazade
disse: Contaram-me, Rei, que quando o pescador disse ao
gênio “Se tu me tivesses conservado, eu teria te conservado, mas tu não
quiseste senão a minha morte, e eu te darei a morte, aprisionado nesse vaso,
e te deitarei ao mar! – então o gênio proclamou: “Imploro, por Alá, que
me poupes, sem me censurais demais pela minha ação, porque eu, se fui
criminoso, sê tu benevolente! Liberta-me e te serei de grande utilidade num
negócio que te fará rico para sempre.” O pescador, após ter assegurado a boa
fé do ifrit, abriu o vaso. O ifrit tornou-se novamente o gênio de espantosa
feiura, e deu um pontapé no vaso, atirando-o ao mar. O pescador, ao ver
aquilo, lembrou ao gênio: “Tu me prometeste e juraste que não me trairias. Se
me traíres, Alá te punirá.” O gênio, ao ouvir aquilo, riu-se e disse ao
pescador: “Segue-me.” Os dois andaram até saírem da cidade, chegando num vaso
ermo, no meio do qual existia um lado. O ifrit então ordenou ao pescador que
atirasse sua rede e pescasse. O pescador olhou para a água e viu peixes
brancos, vermelhos, azuis e amarelos. Tendo retirado a rede, viu ter pego
quatro peixes, um de cada cor. O ifrit então orientou: “Dá esses peixes ao
sultão e ele te enriquecerá. Agora, por Alá, recebe meu pedido de desculpas! Quanto a ti, virás todos os dias pescar neste
lago, mas uma vez só por dia. E agora, que Alá te tenha sob sua proteção.” E
isso dizendo, o ifrit bateu os dois pés na terra, que se fendeu, engolindo-o.
O pescador voltou a cidade, maravilhado com o que
tinha acontecido. Depois de passar em casa para deixar a rede, colocou os
peixes numa panela de barro e levou-os ao sultão, que ficou maravilhado com a
qualidade dos peixes. Disse então o sultão: “Que esses peixes sejam entregues
à nossa cozinheira.” Assim o vizir ordenou-lhe que fritasse os peixes,
dizendo-lhe: “Faz ver-nos hoje a prova de tua arte culinária, porque o sultão
acaba de receber um homem que lhe trouxe presentes!” Tendo dito isso, o vizir
se voltou, depois de ter feito suas recomendações. O rei lhe ordenou que
desse ao pescador quatrocentos dinares. O pescador voltou para casa todo
contente, indo comprar para os filhos tudo que podiam necessitar. E eis a
história quanto ao pescador. Quanto ao que se refere à cozinheira, ela tomou
os peixes, limpou-os e arranjou-os na frigideira; deixou fritar de um lado e
voltou-os para o outro lado. De repente, a parede da cozinha se abriu e por
ela entrou uma jovem de talhe esbelto, faces cheias e lisas, qualidades
perfeitas, pálpebras pintadas de kajal negro, rosto gentil, corpo gracioso;
tinha sobre a cabeça uma echarpe de seda, brincos, braceletes e nos dedos
anéis com pedras preciosas. Aproximou-me metendo uma varinha de bambu na
frigideira, dizendo: “Ó peixe, tu continuarás a manter tua promessa?” Vendo
aquilo, a escrava desmaiou e a jovem repetiu a pergunta pela segunda e
terceira vezes. Então, todos os peixes levantaram a cabeça de dentro da
frigideira e disseram: “Oh, sim! Sim!” Depois entoaram em coro: Se deres um passo atrás Havemos de te imitar Se cumpres a promessa A nossa será cumprida Mas se tentas escapar Insistiremos até Que te tenhas decidido! A essas palavras a jovem revirou a frigideira e
saiu por onde havia entrado e a parede da cozinha se uniu de novo. Quando a
escrava voltou a si do desmaio, viu que os peixes tinham virado carvão. E
falou consigo mesma: “Pobres peixes! Mal começou o ataque e eis que eles
debandam!” Enquanto ela se lamentava, chegou o vizir que lhe disse: “Leva os
peixes ao sultão!” A escrava corou e contou ao vizir a história e o que
seguiu, o que o deixou muito espantado. E disse: “É realmente uma história
muito estranha!” e mandou procurar o pescador, dizendo-lhe: “É preciso que me
tragas quatro peixes iguais aos que trouxeste da primeira vez!” O pescador
foi ao lago e pegou os quatro peixes, levando-os ao vizir, que os levou à
cozinheira, dizendo-lhe: “Frita-os na minha presença para que eu veja o que
há nessa história.” E a mulher preparou os peixes. Mal haviam passado alguns
momentos e eis que a parede se abre e a jovem aparece, vestida sempre com as
mesmas vestimentas e trazendo a vareta na mão. Meteu a veta frigideira,
dizendo: “Ó peixe, tu continuarás a manter tua promessa?” Se deres um passo atrás Havemos de te imitar Se cumpres a promessa A nossa será cumprida Mas se tentas escapar Insistiremos até Que te tenhas decidido! Nesse momento, Sherazade, vendo aparecer a manhã,
cessou as palavras Para: - Continuar a leitura em: Histórias - Voltar
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