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…….. . Historias & Historinhas O ouro e os sete anões Era uma vez... Sete anões, chamados
Sabichão, Rezingão, Sénior, Dunga, Chefe, Dengoso e Valente. A sua missão era
proteger o ouro que se encontrava debaixo da terra da cobiça e ambição dos
homens. Todos os dias iam trabalhar para a mina onde fabricavam bonitas jóias
de ouro, com poderes mágicos, para que outros seres bondosos fizessem o bem. O Sabichão e o Sénior
estavam a acabar um fabuloso anel, que garantia a quem o usasse felicidade
eterna. - A Branca de Neve vai
ficar contente com este anel! - disse o Sabichão. - É o mínimo que podemos
fazer por ela! - replicou Sénior. Quando se casou com o príncipe não tivemos
tempo de fazer nada para lhe oferecer. - Vá lá, menos conversa
para ver se acabam esse anel de uma vez - disse o Rezingão. Tem de estar
pronto para o aniversário do seu casamento e faltam muito poucos dias. O Sabichão e o Sénior
voltaram ao trabalho, enquanto o resto dos anões pegava nas picaretas e
continuava a extrair mais ouro. Ao anoitecer, regressaram
à sua casinha no bosque, não sem antes taparem cuidadosamente a entrada da
mina para que ninguém a conseguisse descobrir e roubar-lhes os seus tesouros.
Sentaram-se todos à volta da mesa a comer uma deliciosa sopa de cogumelos
quando, de repente, Sénior, que conseguia ver o que estava a acontecer
noutros sítios, exclamou: - Alguém entrou na nossa
mina!... O Dunga engasgou-se com a sopa e os outros permaneceram imóveis com
os olhos postos no Sénior. - Vejo três humanos a
levarem o nosso ouro - disse o Sénior. Armou-se um grande alvoroço na casa
dos anõezinhos. Ficaram todos muito nervosos, a correr como baratas tontas na
sala de jantar. - Não pode ser! Não pode
ser! - repetiam várias vezes, sem conseguir acreditar no que acabavam de
ouvir. - Mas, tens a certeza do
que estás a dizer? - perguntou o Rezingão, olhando para Sénior de esguelha. - Não será uma das tuas
fantasias? - Desde quando é que eu
tenho fantasias? - respondeu Sénior, ofendido. Claro que tenho a certeza,
tanta a de que estamos os sete aqui, em casa! Os anões tiveram um grande
desgosto. Tinham perdido todo o seu trabalho! Mas, então, o Sabichão reagiu e
disse aos outros: - Ânimo! Vamos à mina ver
o que aconteceu! Sem perderem tempo,
pegaram nas lamparinas e nas picaretas e puseram-se a caminho. Correram o mais rápido que
as suas pernas o permitiram. Ao chegarem à mina, viram com grande desgosto
que todas as suas valiosas jóias tinham desaparecido, assim como uma boa
parte do ouro que ainda faltava extrair. - O que é que vamos fazer
agora? - perguntou o Valente, preocupado. - Vamos sair à procura
desses malvados ladrões! - respondeu o Rezingão, muito zangado. Assim fizeram e quando
tinham andado apenas alguns metros, encontraram-se com um duende, daqueles
que usam sapatos com umas grandes fivelas. - Se estão à procura de
três homens carregando sacos, iam em direcção à aldeia - informou o duende.
Passaram por aqui há cerca de duas horas. - Do que é que estamos à
espera? Vamos procurá-los imediatamente! - gritou o Chefe, impaciente. - Espera, tem calma! -
exclamou o Sabichão. Os humanos vão desconfiar
de nós e se nos vissem na aldeia poderiam fazer-nos mal. Temos de pensar numa forma
menos arriscada de os apanhar e recuperar os nossos tesouros. Sénior teve outra visão de
imediato. Viu três homens na taberna da aldeia que diziam uns para os outros: - Esses anões são uns
ingénuos. Olha que guardar toda esta quantidade de ouro na mina sem nenhuma
vigilância! - dizia um deles. - Felizmente, nós temo-lo
bem enterrado, junto à Árvore dos Sonhos! - dizia o outro. Somos ricos! - Calem-se estúpidos, se
alguém ouvir pode roubar-nos o tesouro! - queixava-se o terceiro. Quando a visão se
desvaneceu, Sénior disse aos seus companheiros onde tinham ido parar as suas
riquezas, e todos juntos dirigiram-se a elas, dispostos a recuperá-las. Em pouco tempo chegaram à
Árvore dos Sonhos e começaram a escavar à sua volta com as picaretas. Tinham passado apenas
alguns minutos quando os três ladrões apareceram, e antes dos sete
homenzinhos se aperceberem, saltaram para cima deles, prenderam-nos e
levaram-nos para o seu abrigo. - Vamos entregar-vos aos
homens da aldeia para eles fazerem de vocês o que quiserem! - disse-lhes um
dos ladrões. E o ouro que vos roubámos, assim como a mina inteira, serão
nossos para sempre! Mas na Árvore dos Sonhos,
onde estava enterrado o tesouro, vivia uma jovem fada madrinha, encarregue de
proteger todas as criaturas e seres mágicos do bosque. Da copa da árvore
tinha visto o que acontecera aos anõezinhos. E assim apareceu de surpresa no
abrigo dos ladrões e, com a sua varinha mágica, transformou-os em três
inofensivos coelhos, que fugiram aterrorizados para o bosque. Depois, libertou os
anõezinhos e disse-lhes: - Vão para a vossa mina, o
ouro e as jóias que estes malvados vos roubaram estão lá à vossa espera! - Muito obrigado, fada
madrinha, devolveste-nos a alegria e a vontade de viver - disseram todos ao
mesmo tempo. E, depois de se despedirem
da fada, regressaram à mina o mais depressa que conseguiram. Não faltava nada. Estava
tudo no seu lugar. O ouro e as jóias que os ladrões tinham levado estavam
ali. E o anel para a Branca de Neve totalmente acabado! A maravilhosa magia
da fada tinha conseguido que o desgosto dos sete anõezinhos se transformasse
numa felicidade sem limites. Sem perderem mais tempo,
os sete anõezinhos foram levar à Branca de Neve o seu presente de
aniversário. Há um ano que ela e o príncipe se tinham casado e estavam à
espera do seu primeiro filho. Que alegria verem-se de novo! Celebraram todos
juntos o feliz reencontro com um grande banquete, em que os sete anões lhe
ofereceram o anel de ouro. A Branca de Neve nunca se
esquecerá da bondade e generosidade dos seus pequenos amigos... Vitória, vitória,
acabou-se a história! Livro "Os teus contos clássicos",
Rita Bruno, RBA Editores
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