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…….. . Historias & Historinhas
O
Pintainho Garnizé e o Pucarinho de Ouro Era
uma vez um pequeno pintainho chamado Garnizé vivia numa quinta com a sua mãe,
a galinha Pintada.
As
pedras disseram–lhe: –
Pintainho Garnizé passas por aqui e esmagamos–te. –
Não façam isso – respondeu–lhes pintainho – eu vou ao palácio do Rei buscar o
pucarinho de ouro que ele me roubou, se quiserem vir comigo entrem para
dentro da minha sacola mágica, pode ser que ainda me venham a dar uma ajuda. E as
pedras entraram para dento da sacola e continuaram a viagem com o Pintainho.
–
Pintainho Garnizé passas por aqui e eu como–te. E o
Pintainho, um pouco assustado, respondeu–lhe: –
Não faças isso, eu vou ao palácio do Rei buscar o pucarinho de ouro que ele
me roubou, se quiseres vir comigo entra para dentro da minha sacola mágica,
pode ser que ainda me venhas a dar uma ajuda. E a
raposa entrou para a sacola e continuou a viagem com o Pintainho, e as
pedras.
–
Pintainho Garnizé passa por aqui e roemos–te as patas. E o
Pintainho, aos saltos, disse–lhes: –
Não façam isso, eu vou ao palácio do Rei buscar o pucarinho de ouro que ele
me roubou, se quiserem vir comigo entrem para dentro da minha sacola mágica,
pode ser que ainda me venham a dar uma ajuda. E as
toupeiras entram para a sacola e continuaram a viagem com o Pintainho, as
pedras, e a raposa.
–
Pintainho Garnizé, hoje não me escapas. –
Hoje não, por favor… – disse o Pintainho – eu vou ao palácio do Rei buscar o
pucarinho de ouro que ele me roubou, se quiseres vir comigo entra para dentro
da minha sacola mágica, pode ser que ainda me venhas a dar uma ajuda. E
então o lobo entrou para a sacola e continuou a viagem com o Pintainho, as
pedras, a raposa e as toupeiras.
–
Pintainho Garnizé se passas por aqui levo–te na corrente até ao mar. O
Pintainho deu alguns passos para trás e respondeu–lhe: –
Não faças isso, eu vou ao palácio do Rei buscar o pucarinho de ouro que ele
me roubou, se quiseres vir comigo entra para dentro da minha sacola mágica,
pode ser que ainda me venhas a dar uma ajuda. O
rio entrou e continuou a viagem com o Pintainho, as pedras, a raposa, as
toupeiras e lobo.
–
Que saíam as toupeiras e estraguem o jardim do palácio. Então
a família de toupeiras saiu e ao ver o tamanho do jardim agradeceram ao
Pintainho por as ter levado para um sítio como aquele. Pouco
tempo depois já as toupeiras tinham escavado vários túneis no jardim, que
transformaram na sua nova casa. Quando
viu que as flores, e a relva estavam estragadas o pintainho começou a gritar: –
Qui…cri…qui…qui… venham cá ver o que eu fiz… venham cá ver o que eu fiz… Os
criados do Rei foram avisa-lo do que o Pintainho tinha feito, então o Rei
mandou coloca-lo na capoeira, e as galinhas, como não o conheciam, iam
picar-lhe e ele pediria para ir embora.
–
Que saía a raposa e coma as galinhas. Quando
a raposa saiu e viu tantas galinhas disse logo: –
Ainda bem que não te comi pintainho, e obrigado por me teres trazido para
esta capoeira, não me vou esquecer de ti. Pouco
tempo depois já a raposa tinha comido a maior parte das galinhas e então mais
uma vez o pintainho Garnizé pôs–se a gritar: –
Qui…cri…qui…qui… venham cá ver o que eu fiz… venham cá ver o que eu fiz… O
Rei que já começava a ficar zangado, mandou que os criados o colocassem
dentro do maior pote de azeite.
–
Que saíam as pedras e partam o pote. Assim
que as pedras começaram a chocar uma com a outra e também com o pote, este
partiu–se em muitos bocados e o pintainho conseguiu sair de lá. As
pedras ficaram tão contentes de terem feito aquilo que foram a rir às
gargalhadas até ao local onde estavam antes. Mas
no palácio do Rei já se ouvia: –
Qui…cri…qui…qui… venham cá ver o que eu fiz… venham cá ver o que eu fiz… –
era o pintainho Garnizé a chamar os criados do Rei. Muito
surpreendidos, os criados, foram dar a notícia ao Rei, que desta vez ficou
mais chateado e mandou–o para a cavalariça e os cavalos iriam pisar o
intruso.
–
Que saía o lobo e morda os cavalos. Não
demorou muito para que o lobo já tivesse mordido as patas aos cavalos. Mas
antes de se ir embora ainda disse ao pintainho: – Já
podes ir para a floresta à vontade que eu já não te faço mal. –
Qui…cri…qui…qui… venham cá ver o que eu fiz… venham cá ver o que eu fiz… –
começou mais uma vez o pintainho. Desta
vez os criados do rei não queriam acreditar no que estavam a ver, o rei ficou
fulo e então ordenou, ponham esse pintainho no forno do pão, e quero ver como
é que ele se safa desta.
–
Que saía o rio e apague o forno. A
quantidade de água foi tanta que inundou grande parte do palácio. E
mal o pintainho começou «Qui…cri…qui…qui… venham cá ver o que eu fiz… venham
cá ver o que eu fiz…» já os criados do Rei traziam o pucarinho de ouro que o
Rei mandou devolver–lhe.
– Só
vim buscar o que é meu, o Rei roubou–mo, espero que ele não volte a roubar
mais nada a ninguém.
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