Maria Magdalena – O mistério de Maria
Madalena, a Sophia Gnóstica Maria
Madalena. Maria Madalena, foi provavelmente um dos mais famosos e
controversos seguidores de Jesus, encontra-se actualmente atirada para o
esquecimento, entregue a um segundo plano da vida e obra de Jesus. Saiba tudo
sobre o segredo que Maria Madalena esconde, e o motivo do seu
desaparecimento. Leia Maria
Madalena, chamava-se na verdade e em hebraico: «Mariamne». Maria
Madalena, foi provavelmente um dos mais famosos e controversos seguidores de
Jesus, encontra-se actualmente atirada para o esquecimento, entregue a um
segundo plano da vida e obra de Jesus. No
entanto, nem sempre assim foi. No início
do Cristianismo, quando se falava de «Maria», estava-se na verdade falando de
«Maria Magdalena», e não de «Maria mãe de Jesus». Contudo,
o papel crescentemente influente que a figura de Maria Magdalena foi
assumindo no seio do movimento cristão, ameaçava a hegemonia dos grupos
cristãos primitivos que defendiam o primado do apóstolo Pedro. Supostamente,
a autoridade da Igreja assenta na figura do apóstolo Pedro, porquanto é
afirmado que foi a ele que Jesus entregou o «governo» e os destinos do movimento
religioso por si iniciado. Por
assim ser, o apostolo Pedro e todos os seus sucessores ( os Papas), são
reconhecidos como aqueles a quem Jesus delegou a missão de guiar e chefiar a
evangelização no mundo. Contudo,
nos tempos do cristianismo primitivo, esta noção não era assim tão clara, e
muito menos assim tão pacífica. Muitas
outras correntes de pensamento cristão, ( nomeadamente os gnósticos),
defendiam que o papel de líder espiritual na herança religiosa que Jesus
deixou no mundo, pertencia na verdade a Maria Magdalena e não a Pedro. Escusado
será dizer que a disputa entre estes dois ramos do cristianismo foi grande, e
que a historia demonstra que claramente os defensores da tese de Pedro
venceram. Maria
Madalena foi por isso atirada para as trevas de um quase esquecimento, e a
sua figura, ( a figura de «Maria»), foi substituída pela mãe de Jesus. Mais que
isso: verificou-se que ao longo dos séculos, as mulheres, que foram um dos
mais importantes pilares da divulgação da fé crista no início do movimento de
evangelização, passaram a ser excluídas da Igreja. Se
antes, quando decorria a obra de Maria Madalena e dos seus seguidores, as
mulheres faziam parte activa do culto religioso, depois da vitoria clara dos
defensores do primado do apostolo Pedro, as mulheres foram totalmente
silenciadas e excluídas de qualquer papel relevante nos destinos da igreja. No
entanto, vários são os exemplos históricos do reconhecimento deste apóstolo
de Jesus. Hipólito,
Bispo de Roma ( 170-235 d.C), afirmou que «Maria Madalena é o apostolo dos
apóstolos». Santo
Agostinho, afirmou que «os apóstolos receberam das mulheres o anúncio do
evangelho» Pois na
verdade, em todos os evangelhos, Maria é descrita como aquela por quem Jesus
primeiro procurou logo após a sua ressurreição, ( não o terá feito certamente
por mera coincidência); como aquela
que trouxe aos seguidores de Jesus a boa nova dessa mesma ressurreição; e por
ultimo como aquela que trouxe aos apostolo as instruções que Jesus tinha
deixado neste mundo. Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena
(…) Ela foi anuncia-lo aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e
chorosos. Quando ouviram que ele estava vivo, (…) não quiseram acreditar Marcos 16,9-11 Muito se
tem debatido sobre se Maria Madalena seria a companheira de Jesus. Pois
muitos teólogos defendem que num pequeno verso dos evangelhos, parece residir
um minúsculo facto que ameaça lançar alguma luz sobre o assunto. Assim está
escrito no Evangelho de João: Maria virou-se e viu Jesus de pé (…)
então Jesus disse: «Maria». Ela virou-se e exclamou em hebraico:«Rabuni!» (…)
Jesus disse: «Não me segures, porque ainda não voltei para o meu pai. Mas vai
e dizer aos meus irmãos (….) Então, Maria Madalena foi e anunciou aos
discípulos:«Eu vi o Senhor». E contou o que Jesus tinha dito. João 20,14-18 Nestes
versos, não só é claro que Jesus escolheu Maria para que fosse a primeira
pessoa a vê-lo e a testemunhar o milagre, como é evidente que Maria foi a
escolhida para transmitir a mensagem da ressurreição. Apenas
esses 2 factos, fazem dela o «apóstolo dos apóstolos», tal como afirmou o
Bispo Hipólito. Mas algo
mais surpreendente encontra-se desenhado por debaixo destes versos: Jesus
diz a Maria: «Não
me segures», que em hebraico significa basicamente: «não me toques», ou melhor:«Não me abraces». Isso
significa que Maria agiu de forma a abraçar
Jesus, e isso em si é altamente revelador de uma possível verdade
oculta. Maria
«abraça», (ou tenta abraçar) Jesus; ora, defendem alguns historiadores, que
nos tempos de Jesus, na sociedade e cultura hebraicas do tempo em que Jesus
viveu, uma mulher apenas tocaria, ou abraçaria, o seu próprio marido, pois
nunca lhe seria permitido tocar noutro homem senão o seu companheiro. Apenas
este pequeno verso, perdido nos 4 evangelhos, parece possuir um segredo que
poucos conhecem mas que muitos suspeitam: Maria terá sido a companheira de
Jesus, aquela a quem Jesus deixou a herança espiritual da sua obra. Foi esta
a tese que muitos crentes gnósticos defenderam, e por isso mesmo alguns
historiadores argumentam que foi este o motivo que levou os defensores do
apostolado de Pedro a erradicar o gnosticismo, bem como a silenciar as
mulheres na igreja; defendem essas teses históricas, que no fundo tratou-se
de uma manobra de preservação do poder por parte do grupo cristão que a seu
tempo, viria a constituir o núcleo duro de poder da igreja católica: o
papado, e o Vaticano. As mais recentes
descobertas de textos apócrifos ocorridas no Mar Morto, em Qumran e Nag
Hamadi, deram a conhecer com muito acerto histórico, todas as correntes de
pensamento gnóstico dos primeiros séculos do cristianismo. Nesses
textos, encontramos sem quaisquer pudores Maria Madalena vista como a
companheira de Jesus. Jesus e
Maria, eram tidos como um casal, um casal que incorporou a essência do
masculino e do feminino, um casal celestial que incorpora o próprio conceito
da criação. Jesus
foi visto como um ser humano dentro do qual habitava um espírito celestial
superior, ( o de Cristo), e Maria Madalena foi tida também como um ser humano
no qual habitava um outro ser celestial , a Sophia, ou a sabedoria. No texto
Pitis Sophia, podemos ler que Jesus
assim disse sobre Maria Madalena: Maria, tu procuras a verdade (…) e, com o
teu zelo, levas luz a tudo V, 10-13 Isto
revela claramente como Maria é um espírito sedento de sabedoria, e que
procurando a sabedoria, encontra a salvação e a luz. Este é o ideal dos cristãos
gnósticos na sua mais fundamental essência. Nestes
textos, Maria lamenta-se frequentemente de Pedro, dizendo a Jesus que Pedro
detesta a «raça feminina». Pois a verdade histórica veio, de facto, a revelar
que os sentimentos expressos por Maria Madalena em vida, tinham algum
fundamento: as mulheres foram de facto silenciadas pelo movimento apostólico
de Pedro. Nas
crenças gnósticas, Maria Madalena não foi apenas uma mulher: ela foi a
companheira de Jesus, ela foi a encarnação de uma essência espiritual, ( tal
como Jesus), e ela foi a mulher que teve acesso directo, ( através de Jesus),
á sabedoria, ( a gnose), e que por isso evoluiu para a iluminação. Eis o
segredo de Maria Madalena, aquela que a historia atirou para o esquecimento,
mas que os manuscritos gnósticos agora descobertos vieram trazer novamente á
luz do dia. Veja também:
|
Anúncios a&e: Trabalhos de Magia Negra ou Branca Amarrações, feitiços para dinheiro,
amarrar amor, rituais. Relatos verídicos. Veja:
magianegra.com.pt
|
Portal
a&e © - Enciclopédia e motor de busca em língua portuguesa