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AS SETE LINHAS DA
UMBADA A
Umbanda possui sete cultos diferentes, chamados “linhas”, que se distinguem: 1. Pelas energias cósmicas que são
identificados como orixás ou "santos" que os presidem ou lideram os
cultos; 2. Pelos tipos de Espíritos
actuantes em suas sessões, chamadas Giras,
representados em seus santuários, os Congás. Os cultos, "de
Direita" ou seja, que trabalham com magia branca, "do bem" recorrem ao
auxílio, à manifestação de Espíritos de santos católicos, Pretos-Velhos e
Pretas-Velhas. Os cultos "de
Esquerda", renegados pela Umbanda
"oficial" e, em geral, relegados ao domínio da Quimbanda,
praticam a magia negra através dos Exús, Pombas-Giras e Malandros. A magia
negra, na Umbanda, tal como em culturas de todos os povos do mundo, não tem
freios éticos que impeçam os rituais destinados a arruinar a vida amorosa, as
finanças, a saúde ou mesmo provocar a morte dos desafetos
daqueles que procuram seus "sacerdotes". As sete Linhas de cultos de Umbanda "do
bem", são elas e suas respectivas Falanges, especificamente: I-LINHA DE OXALÁ (Liderada por Jesus Cristo) Falanges: 1. Santo António; 2. São Cosme e Damião ("espíritos-crianças",
não necessariamente infantes mas, antes, Espíritos com mentalidade infantil); 3. Santa Rita: 4. Santa Catarina; 5. Santo Expedito; 6. São Francisco de
Assis. Esta Linha dedica-se a
desmanchar trabalhos de magia. II. LINHA
DE IEMANJÁ (Liderada por Oxun) Falanges: 1. Ondinas de Nana; 2. Caboclas do Mar; 3. Indaiá dos Rios; 4. Iara dos Marinheiros; 5. Tarimã das Caluga-Caluguinhas da Estrela Guia. III. LINHA DO ORIENTE Falanges: Hindus, árabes, chineses e outros
orientais além de europeus. Dedicados à medicina. IV. LINHA DE OXOSSI Falanges: 1. Urubatão; 2. Araribóia; 3. Caboclo das Sete Encruzilhadas, 4. Águia Branca. Indígenas,
caboclos, são curandeiros que protegem contra magia e ministram passes,
prescrevem ervas medicinais em preparados para banhos, defumações ou uso
tópico. Estes preparados são chamados amacys.
V. LINHA DE XANGÔ Falanges: 1. Iansã; 2. Caboclo do Sol; 3. Caboclo da Lua; 4. Caboclo Pedra Branca; 5. Caboclo do Vento; 6. Caboclo Treme Terra. Pela característica do orixá que dá nome à linha, supõe-se que actue em casos de
problemas judiciais, demandas, litígios. VI. LINHA DE OGUM Falanges: 1. Ogum
Beira-Mar; 2. Ogum-Iara; 3. Ogum-Megê; 4. Ogum Rompe-Mato. Estas falanges tratam das brigas,
das situações de disputa pessoal, discórdias. VII. LINHA AFRICANA Falanges: 1. Povo da Costa; 2. Pai Francisco; 3. Povo do Congo; 4. Povo de Angola; 5. Povo de Luanda; 6. Povo de Cabinda; 7. Povo da Guiné. Esta falange dedica-se à prática
do bem em geral e, ao que tudo indica, dentro da confusa divisão das Linhas e
Falanges, esta linha africana possivelmente inclui a chamada Falange ou seria
dos Pretos-Velhos e a das Almas. Panteão das Falanges e Seus Atributos
Porém, rejeitando a africanidade, os umbandistas
não consideram Orixás como deuses, mas como "vibrações originais"
emanadas da Consciência Suprema, Deus, naqueles tempos remotos da criação do
Universo e do Planeta Terra. Na verdade, um conceito muito parecido com o dos
Odus que, no Candomblé são as energias de onde
provêm os Orixás, estes sim, deuses. Sobre a palavra Orixá, muitos
autores da Umbanda, como Eduardo Parra, negam sua raiz africana e vão buscar
a etimologia no Egito e na Índia: "O termo Orixá e o nome dos respectivos Orixás deriva-se da
Índia, do Egipto e de povos mais antigos. Na África esses termos foram
conservados em Nagô... O vocábulo antigo Arashá significa O Senhor da Luz, equivale aos Orishis dos Brâmanes e aos Orixás africanos, que em Yorubá significa: O Senhor da Cabeça, ou seja, do
princípio espiritual ou Luz. Enquanto que Exu
também tem o nome de Obara, o senhor do corpo ou
Treva." E aqui subentende-se corpo=matéria=treva. Na Umbanda, os Orixás (Senhores de
Cabeça), que são sete, como as Falanges, são o topo de uma Hierarquia que se
desdobra e outros sete "orixás-menores"
(Espíritos Superiores) que são chefes de Legiões; Legiões que se dividem em
Falanges e sub-falanges, que também possuem chefes
e entidades chefes de Grupamentos. Em um plano mais
inferior actuam entidades denominadas "capangueiros",
palavra que faz pensar algum tipo de polícia astral ou tropa de choque
espiritual... Aos Orixás maiores, as tais
"vibrações originais" são atribuídos nomes africanos compostos pela
junção de nomes de anjos conhecidos da teologia judaica:
Entre os chefes de Falanges
começam a aparecer os caboclos, tidos como orixás menores e representantes
dos maiores; caboclos que se multiplicam em uma lista quase infinita. Os representantes dos orixás
maiores são: 1. Urubatão
da Guia - representante de Oxalá 2. Guaraci
- intermediário para Ogum 3. Guarani -
intermediário para Oxossi 4. Aymoré
- intermediário para Xangô 5. Tupi -
intermediário para Yorimá 6. Ubiratan
- intermediário para Yori 7. Ubirajara
- intermediário para Yemanjá E o "elenco" de caboclos
continua entre os guias: Caboclo Águia Branca; caboclo Poty;
Caboclo Itinguçu; Caboclo Girassol; Caboclo Nuvem
Branca; Caboclo Guarantan etc… Outros,
são caboclos protectores: Guaraná, Malembá, Água Branca, Águas Claras, Jacutinga,
Lírio Branco, Folha Branca, Ibitan e outros mais. Além disso, para cada Orixá
Superior e cada Orixá menor existem inúmeras correlações que são utilizadas
nas práticas rituais das Giras:
minerais, figuras geométricas, signos zodiacais, dias da semana, horas
vibratórias, perfumes, flores, ervas que são usadas em banhos, remédios e
defumações, cores e arcanjos tutores. Para mais detalhes acerca desta
hierarquia: “Ponto de Convergência: Fundamentos e Praticas de Umbanda” de
Eduardo Parra. Ir para Umbanda |
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