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Astrologia babilónica 

 

Os astrólogos babilónicos

eram também sacerdotes religiosos, e a astrologia Babilónica constituía uma parte fundamental do culto religioso oficial.

 

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Os astrólogos, ( igualmente sacerdotes), tinham a seu cargo por isso não só a função litúrgica e de devoção, como também a missão de interpretar a vontade, intenções e mensagens dos espíritos celestes, ( deuses);

pois uma das formas de realização dessa tarefa de comunicação com os espíritos, era feita através da astrologia.

 

A astrologia babilónica

foi praticada há  de 2.000 anos a.C. Os mais importantes escritos sobre astrologia na babilónia datam do Sec XVI A.C., sendo que uma das mais importantes obras astrológicas encontra-se registada em 70 placas,

sendo que a obra de astrologia e horóscopos se chama «Enuma Anu Enlil».

 

A astrologia babilónica

funcionava tanto através de um sistema de sinais e presságios que indicavam a futura realização de um certo tipo de eventos,

assim como também consistia num estudo dos corpos celestes e da influencia que a sua disposição exercia sobre certos eventos tantos pessoais como sociais.

A astrologia e religião babilónica professavam a sua crença esotérica na concretização de duas praticas espirituais:

A necromancia e a astrologia

Pela necromancia, os sacerdotes encontravam em contacto com o mundo dos espíritos através do sacrifício de animais. Acreditavam os babilónicos, (bem como a maioria das civilizações da antiguidade), que certos espíritos, (deuses), se identificavam com certos animais que lhes eram agradáveis ou traduziam muito da sua própria essência neste mundo; ora, o animal com o qual um certo deus se identificava era-lhe sacrificado; se o espírito aceitasse o sacrifício daquele animal, então aceitaria junto de si a alma do animal sacrificado, e falaria manifestando-se no corpo do mesmo, uma vez que o corpo não passa de um receptáculo para uma alma.  Assim o espírito celestial faria revelar as suas mensagens no corpo do animal com o qual entrou em contacto, da mesma forma que também podia fazer inscrever os seus pensamentos ou vontades divinas nos corpos celestes.Assim se chega ao processo astrológico: Na astrologia babilónica, professava-se que os corpos celestes podiam permitir conhecer não só a dinâmica do mundo visível e físico, (auxiliando na previsão da mudança das estações, e logo nas colheitas, nos fenómenos atmosféricos,etc), como também podiam permitir conhecer a dinâmica do mundo invisível ou espiritual, assim como a influencia desse sobre o nosso mundo e as nossas vidas.

 

A astrologia babilónica reconhecia 5 planetas:

Júpiter, Vénus, Saturno, Mercúrio e Marte.

Cada um destes planetas eram considerados como representações de 5 espíritos celestiais ou deuses, pelo que seria possível pela sua observação, calcular as dinâmicas, mensagens e influencia desses mesmos espíritos ou forças espirituais nas nossas vidas ou no nosso mundo.

Sublinhe-se que os corpos celestes não eram vistos nem entendidos como «deuses», ao contrário do que comummente se diz. Os corpos celestes eram antes entendidos como representações simbólicas de forças espirituais celestiais, que se podiam manifestar através da natureza, nomeadamente dos planetas. Os astrólogos e magos da antiguidade não eram por isso um grupo de ignorantes supersticiosos, ( ao contrario: eram reconhecidamente brilhantes astrónomos e matemáticos),  e não confundiam o que é um espírito, como o que é um corpo celeste, ao contrario do que normalmente se afirma.

Na astrologia babilónica, os 5 planetas de reconhecida influencia sobre o nosso mundo, correspondiam aos seguintes espíritos celestes, ou deuses:

Júpiter /Nibiru – Maduk; deus dos deuses, dominador da magia branca

Vénus – Ishtar; deusa da fertilidade, amor, das conquistas e das vitorias

Saturno – Ninib; deus da agricultura e das curas mas também o «vento do sul»: o ciúme e a ira

Mercúrio – Nabu; deus da sabedoria e da escrita

Marte – Nergal; deus da guerra, destruição, pestilência, senhor do fogo e dos desertos

 

Também o Sol e a lua correspondiam a 2 divindades:

Sol- Shamash, o deus Sol e da justiça

Lua- Sin, a deusa lunar, senhora da astrologia e da magia

 

A «santa trindade» na religião babilónica era representada por Shamash, Sin e Ishtar, representando este o sol, a lua e a terra.

Era a actividades destes 7 corpos celestes e as suas relações entre si, que permitam entender a influência que as 7 entidades espirituais e celestes exerceriam sobre o nosso mundo físico.

Os babilónicos foram os primeiros a criar um calendário semanal,( fundamentado no Sol), e a dar nomes aos dias da semana, o que veio a indelevelmente influenciar a cultura da humanidade ate aos nossos dias.

Domingo-

dia do Sol

 

Segunda feira-

dia da Lua

 

Terça feira-

dia de Marte

 

Quarta feira –

dia de Mercúrio

 

Quinta feira –

dia de Júpiter

 

Sexta feira –

dia de Vénus

 

Sábado –

dia de Saturno

 

Ainda hoje em dia a definição dos dias das semanas criada pela astrologia e astrólogos babilónicos perdura nos nossos dias.

Ainda hoje, a astrologia e esoterismo encontram nestas fontes os meios de contacto com entidades espirituais.

A astrologia babilónica

era uma astrologia de profundo sentido religioso, espiritual e necromântico, ao contrario do conceito da astrologia ocidental tal como hoje é entendida.

Tratava-se de uma pratica astrológica relacionada com as forças espirituais que influenciam a nossa existência, ao contrário da astrologia ocidental, mais fundamentada que é nas escolas astronómicas racionalistas.

 

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