ALFABETOS MÍSTICOS *ALFABETOS MÁGICOS:
ALFABETO DAS BRUXAS * ALFABETO DOS MAGOS
ALFABETO DE ENOCH * ALFABETOS CELESTIAIS
ALFABETO MALAQUIM* ALFABETO FUTHARK* ALFABETO OGHAM
ALFABETO CABALISTICO * ALFABETO MAÇÓNICO
Os alfabetos místicos, usados nas artes mágicas, são diferentes daquele que é
usado na escrita comum, e variam conforme a necessidade. São utilizados em
rituais, invocações, inscrições...
Muitos dos alfabetos mágicos são variantes do alfabeto
hebraico, seja o da cabala, e são de uso exclusivamente ocultista. Deverão ser
lidos e escritos da direita para a esquerda.
Distinção entre “línguas mães” e “línguas filhas”:
As
línguas da direita para esquerda são as línguas mães.Portanto,mais
espiritualizadas.POIS O LADO ESQUERDO É O DA SABEDORIA.
As línguas filhas são mais “humanas”. Escrevem-se
da esquerda para direita.
Algumas
vezes, escreve-se de cima para baixo num gesto evocativo de forças superiores.
ALFABETO MISTICO: ALFABETO DAS BRUXAS
ou ALFABETO TEBANO OU THEBAN
O alfabeto das bruxas também é chamado de alfabeto
Tebano ou Theban. Este por sua vez, também é conhecido como alfabeto de
Honorian ou runas de Honorian. No entanto, não há evidências de que o alfabeto
Theban tenha sido utilizado como runa.
Honorius de Thebas é um místico da idade média. Diz-se que ele teria escrito
O Tratado de Honório. Mas o primeiro manuscrito desse livro só foi
escrito no ano de 1629 d.C. O mistério ainda ronda a verdadeira identidade
desse ocultista, que muitas vezes foi ligado aos papas Honório I e Honório III.
A origem deste sistema de escrita é desconhecida. O
alfabeto Theban não possui semelhança gráfica com praticamente nenhum outro
alfabeto.
Em comparação ao Latim Arcaico, o Theban, possui uma
relação “letra à letra”, perdendo algumas dessas correspondências somente com o
Latim moderno, onde as letras J, U e W não possuem representação e são escritos
com os mesmos caracteres para I, V e W consecutivamente. As correspondências
com o Latim Arcaico e a falta de pontuações, sugerem portanto que tal alfabeto
foi inspirado no Latim. Não tendo ligação com o alfabeto hebraico, nao é assim
escrito de trás para frente.
A única pontuação que o Alfabeto Theban possui é um
caractere que representa o fim de um texto (uma espécie de ponto final).
Nenhuma outra pontuação aparece nos textos de Trithemius ou nos de Agrippa e os
posteriores a esses.
O Alfabeto Theban foi publicado pela primeira vez em Polygraphia de Johannes Trithemius (Johann Heidenberg 1462-1516) em 1518, e foi atribuído a Honorius de Thebas. Johannes
Trithemius era um
abade responsável pela biblioteca de seu convento e um grande estudioso, foi
expulso da abadia em razão de seu grande interesse pelo ocultismo e pela
ciência. Ele foi o mestre de Cornelius Agrippa e Paracelso (1493-1541).
O seu discípulo, Heinrich Cornelius Agrippa
(1486-1535) no livro “The Occulta Philosophia -1531” atribuiu o Alfabeto Theban
a d’Abano de Pietro (1250-1316). Também
é conhecido como Petrus de Apono ou Aponensis. Era um médico famoso, um
filósofo, e um astrólogo italiano, mas também um mago, tendo escrito um
Grimório chamado “Heptameron”. Foi duas vezes
perseguido pela inquisição sendo acusado de possuir pacto com o demónio devido
ao seu avançado uso da medicina com técnicas de energia e utilização de
especiarias Árabes. Conseguiu sair da primeira tortura, mas não da segunda. O
seu corpo foi raptado por um amigo para que não fosse queimado em praça
pública, já que após sua excomunhão os inquisidores ainda iriam queimar seu
corpo como um alerta à população.
Nas décadas de 1960-70 o Alfabeto das Bruxas teve o seu
auge de popularidade, mas foi gradualmente reposta pelo Germânico e Celta nos
meados da década de 1980. Foi muito utilizado quando um dos criadores da Wicca,
Gerald Gardner, o reutilizou. Foi devido ao amplo uso dos praticantes de
Bruxaria e Wiccanos, que o alfabeto Theban passou a também ser chamado de
“Alfabeto das Bruxas”, e, é normalmente utilizado para substituir as letras
latinas ao escrever nos Livros das Sombras.
ALFABETO FENÍCIO
O Alfabeto Fenício é o primeiro alfabeto conhecido, que
deu origem a quase todos os outros. A sua origem remonta aos séculos
XIII e XI a.C. Surgiu
no médio oriente, nas antigas cidades de Biblos e Tiro. Tem 22 simbolos. Lê-se
da direita para a esquerda. Consonantal. Não está mais em uso, mas é o ancestral de quase
todos os alfabetos e está na origem da línguas semíticas e da maior parte
das línguas indo-européias.
ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO CELESTIAL
A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo.
Foi usado pelos hebreus antes do período de exílio na Babilónia (sec. VI a.c.).
Tem 22 consonantes e é escrito da direita para a
esquerda. Chamam-lhe alfabeto celestial por, diz a tradição, os seus caracteres
terem sido vistos entre os astros do céu, pelos antigos sacerdotes hebreus...
Acerca da
cabala hebraica, Agrippa escreveu: "There is also amongst them a writing which they
call Celestial, because they show it placed and figured amongst the stars, no
otherwise than the other astrologers produce images of signs from the
lineaments of stars." Não incluiu qualquer ilustração, nem explicou o
significado de tal afirmação.
Felizmente Jacopo Gafareli (1601-1681) também conhecido
por Jacques Gaffarel, bibliotecário do Cardeal De Richelieu, escreveu um livro,
no qual demonstrou com clareza do que Agrippa estava a falar:
- As letras celestiais têm de ser vistas no contexto
actual das estrelas fixas, pois para este efeito não se movem, ou pelo menos
não significativamente. O seu movimento, umas em relação ás outras é tão lento
que, para o que aqui interessa, não é relevante. Cada letra do alfabeto
celestial é uma constelação de estrelas, comparável ás constelações do zodiaco.
- Os nomes retirados das das letras celestiais têm
influências ocultas das estrelas, o que define a sua forma. Nos tempos antigos,
cada uma das estrelas brilhantes fixas, possuiam a sua própria mitologia e
significado mágico. Isto era entendido de igual forma na magia persa, sendo que
os persas tinham grande renome na astrologia e astronomia. A magia persa
associava inumeros significados esotericos ás estrelas.
- No meio gnostico, hermetico e neo-platonista do
Egipto, existia a crença de que cada estrela era a casa celestial de
umainteligência espiritual, um ser superior que podia interagir co a
humanidade, providenciando as orações correctas, oferendas e devoções. Quando
as almas dos humanos fossem perfeitas, adquirissem o estado de perfeição, elas
ascendiam para tomar o seu lugar de direito nos céus e tornavam-se elas
próprias estrelas, transmitindo uma virtude oculta ao lugar que ocupassem.
Agrippa no livro Occult
Philosophy deu uma versão (digamos que,
“actualizada”) de alfabeto celestial, mas é diferente do acima indicado, cujas
letras foram reproduzidas por Gaffarel.
ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO MALAQUIM
O alfabeto Malaquim é um dos
antigos alfabetos místicos existentes, e seria uma evolução do alfabeto
celestial. Serviu de intermediário para a criação do alfabeto cabalístico que
hoje conhecemos. Também é escrito da direita para a esquerda.
No século 16, Heinrich
Cornelius Agrippa escreveu acerca destes dois últimos alfabetos.
ALFABETO MÍSTICO:ALFABETO
HEBRAICO
OU ALFABETO CABALÍSTICO:
O Alfabeto Hebraico ou Alfabeto
Cabalístico é o alfabeto mais utilizado e conhecido nos meios Ocultistas, sendo
grande parte dos outros alfabetos místicos são variações deste.
O alfabeto hebraico nasceu no sec. X a.c., no
médio oriente, é composto por 22 simbolos, escrevendo-se da direita para a
esquerda. É um sistema de escrita ainda em uso, sendo que algumas línguas ainda
o utilizam: hebraico, aramaico, ídiche, judeu-espanhol, judeu-árabe,
etc...
O alfabeto
hebraico, como o fenício do qual é derivado, é consonantal. É ao pronunciar a
palavra escrita que o falante inclui as vogais, pelo contexto. Existem
atualmente alguns sinais vocálicos que podem ser acrescentados às letras, mas
não são usados amplamente.
Foi desenvolvido a partir do séc.VI a.c. e sua criação é atribuída a
Esdras. Também é escrito da direita para a esquerda.
O alfabeto
hebraico é um alfabeto que possui significação místico-religiosa.
Tradicionalmente, eram atribuídos valores numéricos às letras do alfabeto.
Assim, a primeira letra, “aleph”, representa a unidade e é associada ao
conceito de Deus – único e onipresente na cultura hebraica.
Segundo a Cabala, as 22 letras do alfabeto hebraico,
associadas às 10 sephirots foram a matéria-prima que Deus usou para criar o
Universo. Cada uma dessas 22 letras tem um significado específico e é atribuído
um valor numérico, e quando elas se juntam nas mais diversas combinações, seria
o mesmo que montar uma equação numérica. Dessa equação numérica de significados
nasceram os conceitos, as ideias, a própria História. Desse alfabeto,
originou-se o Tarot.
ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO DOS MAGOS:
O Alfabeto dos Magos, é uma
variante mais moderna do alfabeto hebraico. Também escrito de trás para frente,
foi muito utilizado em diversos Grimórios, principalmente pelos alquimistas,
que visavam assim manter ocultas suas fórmulas e anotações. Muitas invocações
foram escritas utilizando-se do alfabeto dos magos.
O alfabeto dos magos foi inventado por Theophrastus
Bombastus von Hohenheim, mais conhecido por Paracelso, no seculo 16. Ele usava
este alfabeto para gravar os nomes dos anjos em talismãs, que ele dizia poder
tratar questões de saúde e providenciar protecção ao seu possuidor.
ALFABETO ENOCHIANO:
O alfabeto
enochiano apareceu no seculo 16.
Teria sido
recebido e anotado durante as cerimónias mágicas conduzidas pelo mago John
Dee (1527-1608) e pelo seu amigo e vidente Sir Edward
Kelly (1555-1597): a linguagem enochiana ter-lhes-ia sido
transmitida por anjos. Utilizando-se
de uma coleção de cristais e pedras Kelly comunicou-se com formas angélicas,
enquanto Dee dirigia as sessões, cuidava dos procedimentos e anotava os
resultados de cada seção.
O Alfabeto Enochiano representa a linguagem angélica,
sendo esta tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para a frente
(seja, da direita para a esquerda...), de modo a prevenir a conjuração
acidental das entidades. Cada letra deste alfabeto apresenta sua
correspondência planetária, elemental e nos arcanos maiores do Tarot. Acreditava-se que a simples pronúncia do
nome desta entidade seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum
aspecto seu. Este alfabeto foi denominado "Enochiano" por causa do
patriarca bíblioco Enoch, o qual dizia-se ter "caminhado com Deus".
Este também era o nome de um grupo de adeptos que praticavam o ocultismo
durante a Idade Média.
Este alfabeto é usado na prática da magia enochiana,
para invocar os anjos.
O sistema da Magia Enochiana sobreviveu
praticamente desconhecido ate o final do século XIX, quando foi incorporado aos
ensinamentos iniciáticos da Hermética Ordem da Aurora Dourada.
O alfabeto enochiano foi amplamente trabalhado
por Aleister Crowley pela revelação de suas correspondências planetárias e
numéricas, o que possibilitou a criação da Gematria Enochiana
É considerado como o mais
eficiente e poderoso sistema mágico conhecido e é fundamental para o
entendimento de Thelema e da vida e obra de Aleister Crowley.
As entidades angélicas com as quais se
lida na magia enochiana não correspondem á concepção popular, nem á concepçao
cabalistica de “anjos”, são antes “entidades particulares”, com quem se deve
lidar de forma cuidadosa. Um Anjo Enochiano é uma inteligência
antiqüíssima,.estas entidades representam energias poderosas as quais não se
devem tratar levianamente.
Tabela referente ao alfabeto enochiano:
arac. |
Nome |
Equiv. |
Corresp.
Planetaria ou Elemental |
Corresp.
no Tarot |
Valor
Gematrico |
A |
Un |
A |
Touro |
Hierofante |
6 |
B |
Pe |
B |
áries |
Estrela |
5 |
C |
Veh |
C
| K |
Fogo |
Julgamento
/ Eon |
300 |
D |
Gal |
D |
Espírito |
Imperatriz |
4 |
E |
Graph |
E |
Virgem |
Heremita |
10 |
F |
Orth |
F |
Cauda
Draconis |
"Juggler" |
3 |
G |
Ged |
G |
Câncer |
Carro |
8 |
H |
Na-hath |
H |
Ar |
Louco |
1 |
I |
Gon |
I
| Y | J |
Sagitário |
Temperança
/ Arte |
60 |
L |
Ur |
L |
Câncer |
Carro |
8 |
M |
Tal |
M |
Aquário |
Imperador |
90 |
N |
Drun |
N |
Escorpião |
Morte |
50 |
O |
Med |
O |
Libra |
Justiça |
30 |
P |
Mals |
P |
Leão |
Força
/ Desejo |
9 |
Q |
Ger |
Q |
água |
Enforcado |
40 |
R |
Don |
R |
Peixes |
Lua |
100 |
S |
Fam |
S |
Gêmeos |
Amantes |
7 |
T |
Gisa |
T |
Leão |
Força
/ Desejo |
9 |
|
|
|
Caput
Draconis |
Alta
Sacerdotiza |
3 |
U |
Vau |
U
| V | W |
Capricórnio |
Demônio |
70 |
X |
Pal |
X |
Terra |
Universo |
400 |
Z |
Ceph |
Z |
Leão |
Força
/ Desejo |
9 |
|
|
|
Caput
Draconis |
Alta
Sacerdotiza |
3 |
Para a utilização deste sistema mágico é
imprescindível a correta pronúncia dos nomes e fórmulas. Há uma certa
semelhança entre a pronúncia deste idioma e a do Hebraico, sendo quem, por uma
facilidade (muitas vezes gráfica) normalmente utilizam-se os caracteres latinos
correspondentes. As dez principais regras de pronúncia são:
1. A
maioria das consoantes possuem um e ou um eh adicional. Por exemplo, a letra b (B) pronuncia-se beh e a letra k (K) é pronunciada como keh.
2. A
maioria das vogais pronuncia-se com um suave h ao final. Exemplos: a (A) é pronunciada ah e e (E) pronuncia-se eh.
3. A
palavra enochiana sobha
(SOBHA) é pronunciada em três sílabas:
4. so (SO) — soh
5. b (B) — beh
6. ha (HA) — hah
7. Esta
é uma regra geral para as palavras.
8. A
letra g (G)
tanto pode ser pronunciada como um gu (como em "gato" ou
"guerra") ou como um j (como em "gelo" ou "giz").
9. As
letras I e Y possuem o mesmo caractere: i.
Desta forma elas podem ser trocadas por terem a mesma pronúncia. O mesmo ocorre
com as letras V e U (v).
Quando em representação latina, as letras J e W raramente são utilizadas.
10. A
letra x (X)
pode possuir o som de um s (como em "samekh") ou de tz (como em
"tzaddi").
11. A
letra s (S)
tanto pode ser pronunciada como ess quanto como seh.
12. A
letra r (R) possui
tanto a pronúncia de rah quanto a de reh e de ar.
13. A
letra z (Z)
é pronunciada como zeh mas pode ser trocada com a letra s (S).
14. A
vogal i (I)
pronuncía-se í, como no Português.
Quando se trata de Enochiano a pronúncia
das palavras assume uma forma fluida, passando de sílaba para sílaba sem uma
sensação de "quebra”. Quando se tratam de nomes de entidades o ideal é que
cada nome flua em um único fôlego. Algumas palavras possuirão mais de uma
pronúncia possível. Isto ocorre por serem proveniente das Tábulas Enochianas,
que contém mais de uma letra em cada uma das células. Como uma regra geral, a
pronúncia deverá incluir todas as letras. Caso não seja possível fazê-lo,
deve-se utilizar a letra de cima. Alguns nomes não deverão ser apenas
pronunciados, mas sim "vibrados". Esta "vibração" deve ser
efetuada como o som ocupando todo o seu peito do invocador, extendendo-se para
os membros e a cabeça. Quando verbalmente "vibrados" os nomes devem
também possuir uma projeção mental e espiritual.
ALFABETO MISTICO: ALFABETO FUTHARK (runas)
Fuþark Antigo:
Os Alfabetos rúnicos são
alfabetos baseados em letras conhecidas como runas, usados para escrever
línguas germânicas do século II d.C. ao XV d.C.
Tal
como no alfabeto latino e cirílico, o
alfabeto rúnico tem certo número de variantes:
- As
escandinavas são também conhecidas como futhark
(ou fuþark, derivado das primeiras seis letras: F, U, Þ, A, R, e
K);
- e a
variante frísia e anglo-saxônica como futhorc ou fuþorc, devido às alterações
fonéticas das mesmas seis letras no inglês antigo.
O
fuþark antigo (Alfabeto), usado para escrever o
proto-nórdico (urnordisk, urnordiska), consiste em 24 runas,
freqüentemente arranjadas em três linhas ou colunas de oito. Esse alfabeto foi
usado desde o século II d.C. e o mais antigo conjunto dessas runas em ordem
seqüencial data de cerca de 400 d.C. e foi encontrado na Pedra Kylver, em
Gotland
Assim, os glifos eram os símbolos que os antepassados
conheciam (antes dos caracteres romanos), e que compunham a escrita alfabética
Futhark.
Este alfabeto é um dos antigos alfabetos místicos, e é
muito utilizado pelos povos nórdicos. Ainda hoje é utilizado, mas como oráculo:
nas runas. De origem
escandinava e germânica, trata-se de um dos oráculos mais
antigos do mundo.
A palavra “runa” significa secreto. É empregue
para indicar uma doutrina oculta ou um escrito hermético.
A palavra "RU" é de raiz
indo-européia "to rown", "roon" ou "round", e o
significado é cochichar, sussurrar, murmurar, segredo, mistério.
Estas palavras eram utilizadas entre os
povos anglo-saxônicos, durante o começo da Idade Média.
Já a palavra "RUN",
provavelmente veio do alemão antigo, que significa aquele que sussurra.
Alguns etimologistas sugeriram que o
termo "runa" designa não apenas um sussurrador de segredos, como
também uma "pessoa que sabe", "um sábio" que pratica as
artes secretas da magia...
Há uma semelhança entre o alfabeto rúnico
e a antiga escrita etrusca, feitas por tribos da região norte da Itália na
Idade do Bronze. Os símbolos são compostos de linhas retas, possivelmente
porque eram mais fáceis de gravar com os instrumentos primitivos então
disponíveis.
Mas a origem perdeu-se no tempo, a sua
tradição pertence ao povo hiperbóreo, nórdicos que, segundo a mitologia grega,
cultuavam o deus Apolo. A prática de adivinhação dos povos nórdicos tinha
relação com os cultos dos deuses Vanir, que possuíam conotação sexual, pois
eram relacionados à fertilidade. Foram empregues na poesia, em inscrições sobre
pedras, pintadas em conchas, blocos de cerâmica, argila ou cristais; usadas em
adivinhações pelos velhos povos europeus, como os germanos, os celtas e mais
recentemente os vikings. Mas, embora alfabeto escrito, jamais chegou a ser uma
língua falada.
Por volta do ano 1000 de nossa era, os
vikings criam a escrita rúnica... Nos símbolos runicos, escondem-se
significados mágicos. Por isso assumiram uma função ritual, transformando-se em
um oráculo.
ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO MAÇONICO/ROSA-CRUZ:
Alfabeto criado no sec.
16 por Cornelius Agrippa von Nettesheim.
A Maçonaria, instituição iniciática, como
as suas pares, tem o seu alfabeto. O alfabeto Maçonico / Alfabeto Rosa-Cruz,
foi frequentemente utilizado no seculo 17, e é especificamente utilizado, ainda
hoje, pelos membros daquelas.
A cifra de substituição mono-alfabética utilizada pela
Maçonaria como Alfabeto Maçônico, (figura acima), hoje conhecida como cifra pig pen cada letra
(porco) é colocada numa casa (chiqueiro) foi criada pelo místico e alquimista
alemão Agrippa de Nettsesheim, que nasceu aos 18 de fevereiro de 1.486, de uma
família nobre próximo a cidade de Colônia, onde estudou medicina e direito,
aparentemente sem conseguir graduação.
Em 1.503, ele assumiu o nome de Cornelius Agrippa von Nettesheim, adotando o “Von” para sugerir sua origem nobre.
Em 1506, ele fundou uma sociedade
secreta em Paris devotada para astrologia, magia e calaba.
Sua carreira
foi diversa: agente secreto, soldado, médico, orador e professor de Direito, em
Colônia, Paris, Dôle, Londres, Itália, Pavia e Metz.
Em 1.509,
ele montou um laboratório em Dôle com o objetivo de sintetizar ouro, e durante
a década seguinte, viajou pela Europa, vivendo como um alquimista, e dialogando
do mesmo modo com importantes jovens humanistas escolares como em Colet e
Reuchlin.
Em 1.520,
ele começou a praticar medicina em Genebra.
Em 1.524 tornou-se médico pessoal
da rainha mãe na corte do Rei Francis I in Lyons. Quando a rainha mãe o
abandonou, ele começou a praticar medicina em Artuérpia, mas foi mais tarde
proibido por praticar sem licença, e se transformou historiador na corte de
Charles V. Foi preso em diversas ocasiões por diferentes motivos (dívidas,
ofensas criminais...).
Morreu em 1.535.
ALFABETO MÍSTICO: ALFABETO OGHAM
ou ALFABETO DRUÍDICO ou ALFABETO DAS ARVORES
Fearn |
Nuin |
Duir |
Coll |
Muin |
Gort |
Starif |
Ohn |
Ioho |
Phagos |
Beth |
Luis |
Saille |
Huathe |
Tinne |
Ur |
Oir |
Uilleand |
Quert |
Ngetal |
Ruis |
Ailim |
Eadha |
Koad |
Mor |
Resumidamente:
Como dito supra, algumas vezes, escreve-se de
cima para baixo num gesto evocativo de forças superiores. Na linguagem de
Og’han.Todas as letras vêm de um tronco central, como se fosse uma árvore. Na
verdade,as próprias letras são nomes de árvores. No forte de Valitadagh, na
Península Dingle, Irlanda, encontram-se as únicas nove pedras Og'han existentes
no mundo. O nome Og'han é derivado de Og'hna, o Deus celta da elocução ou
conversação. O alfabeto Og'han consiste de grupos de uma a cinco linhas
padronizadas sobre uma vertical, conhecida como flesc.
Desenvolvendo:
O alfabeto Ogham (foneticamente: “ouam”) ou alfabeto
druídico sagrado é a mais antiga forma de escrita da Irlanda e Escócia. Ogham é
um alfabeto essencialmente relacionado aos povos celtas e à sua cultura, sendo
utilizado principalmente por bardos e druidas.
Na sua origem, esta escrita foi desenvolvida para ser
usada em bastões.
A raiz etimológica da palavra “bastões” é “basco”, que
por sua vez, designa “alfabeto”.
Na linguagem céltica, a palavra “agaka” é uma
aglutinação de aga-aka-aga, que significa bastão ou vara, e akats, que
significa entalhe. No entanto, no seu significado prático, a palavra “agaka”, é
mais usada para designar "escrita" do que "alfabeto".
O nome Ogham deriva de oga-ama - ogasun, que significa
propriedade e opulência, e ama, que significa sacerdotisa e mãe.
O bastão tinha entalhes ogâmicos, que transmitiam uma
mensagem.
O bastão representava assim: "Propriedade da
Suprema Sacerdotisa".
Mitologicamente, o Deus Ogama criou
o Alfabeto Ogham, oriundo dos Tuatha De Damann. Era de uma raça de Deuses
gerados pela Deusa Danu, uma das faces da Mãe Suprema (o Princípio Feminino de
Deus), conhecida pela sua eloquência e interesse pelas artes em geral.
Ogham, destacava-se tanto pelas suas habilidades
artísticas quanto pelas suas habilidades guerreiras. Foi campeão de todos os
processos iniciáticos, vencendo torneios revelando-se: "aquele que possui
o conhecimento do carvalho". Assim sendo, teria sido ele o “Eleito” para
receber O CONHECIMENTO. Conhecimento esse, que deveria ser mantido e
preservado, mas sem cair no domínio público, e daí a criação do alfabeto Ogham
que permitia o registo do conhecimento de forma cifrada.
A título de exemplo: a palavra galesa
“oghum”, que deriva de ogham, significa "conhecimento oculto".
Os antigos Celtas usavam o alfabeto Ogham na realização da
magia, atiravam paus divinatórios gravados com os símbolos do alfabeto Ogham.
Acreditavam que muitas árvores eram habitadas por espíritos, e por isso
nomearam o nome de cada letra de seu alfabeto com um nome de uma árvore em
específico. Daí o conhecimento divinatório vir através da "Voz das
Árvores".
O
Ogham era escrito da esquerda para a direita em manuscritos, e de baixo para
cima em pedras. A linha central representa um tronco de árvore, e os traços
representam os ramos.
Actualmente,
esta escrita ainda pode ser encontrada inscrita em pedras altas e estreitas,
nas paredes de algumas cavernas, e também em objectos de ossos, marfim, bronze
e prata.