Wicca Feitiçaria Moderna 

 

Introdução

 

Wicca (nome alternativo para a arte da feitiçaria moderna) é uma religião de natureza xamanístíca, positi­va, com duas deidades reverenciadas e adoradas em seus ritos: a Deusa (o aspecto feminino e deidade ligada à antiga Deusa Mãe em seu aspecto triplo de Virgem, Mãe e Anciã) e seu consorte, o Deus Chifrudo (o aspecto masculino). Seus nomes variam de uma tradição wiccaniana para outra, e algumas delas usam nomes de deidades diferentes, tanto em seus graus mais elevados como nos inferiores.

Frequentemente, Wicca inclui a prática de várias formas de magia branca (geralmente com propósitos de cura ou para neutralizar a negatividade) e ritos para harmonização pessoal com o ritmo natural das forças da vida marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano.

Wicca (que também é conhecida como "Arte dos Sá-bios^ou, muitas vezes, somente como "A Arte") é considerada por muitos uma religião monista, assim como panteísta, e faz parte do ressurgimento atual do paganismo ou movi­mento neopagão, como muitos preferem chamar.

 

"Hoje em dia muitas pessoas que se definem como Pagãs utilizam a palavra como termo ge-nérico para as "religiões naturais e nativas, em geral politeístas, e também para seus adeptos".

Em termos simples, é uma religião positiva, baseada na natureza, que prega o amor fraterno e a harmonia, e o respeito por todas as formas de vida. É muito semelhante à espiritualidade dos nativos americanos. Suas origens estão no início do desenvolvimento humano da religião: deidades animistas gradualmente assumem uma nova definição, transformando-se em Deus ou Deusa de toda a Natureza. Esse Deus ou essa Deusa — sob nomes diferentes em épocas e locais diferentes — pode ser encontrado em quase todos os sistemas religiosos históricos do mundo.

O Paganismo não se opõe e nem nega qualquer outra religião. Ele é, simplesmente, uma fé pré-cristã.

A maioria dos Pagãos parece concordar com várias dessas crenças comumente sustentadas:

"(l) A divindade é imanente ou interna, bem como transcendente ou externa. Isso é expresso com frequência nas frases Tu és Deus e Tu és Deusa'. (2) A divindade costuma manifestar-se sob a forma feminina, o que resultou num grande número de mulheres atraídas para a fé e ingressando no clero. (3) Uma multiplicidade de deuses e deusas, como deidades individuais ou como facetas de um ou de alguns arquétipos, originou sistemas de lógica de valores múltiplos e aumentou a tolerância em relação às outras religiões. (4) O respeito e o amor pela Natureza como algo divino por direito próprio fazem da conscientização ecológica e dessa atividade uma obrigação religiosa. (5) Descontentamento com as organizações religiosas monolíticas e desconfiança de

supostos messias e gurus. Isso dificulta a organização entre os Pagãos, mesmo "para o seu próprio bem9, e leva a mutações constantes e ao crescimento do movimento. (6) A convicção de que os seres humanos foram feitos para viver vidas repletas de alegria, amor, prazer e humor. Os conceitos ocidentais tradicionais de pecado, culpa e retribuição divina são vistos como uma interpretação errada das experiências naturais de crescimento. (7) Um simples conjunto de ética e de moralidade para evitar prejudicar outras pessoas. Uns ampliam esse conceito para alguns ou todos os seres vivos e o planeta como um todo. (8) O conhecimento de que, com treinamento e intenção apropriados, as mentes e os corações humanos são totalmente capazes de realizar toda magia e milagres de que, provavelmente, necessitarão por meio do uso dos poderes psíquicos naturais que todos possuem. (9) A importância da conscientização e celebração dos ciclos solar e lunar e também de outros em nossas vidas. Isso provocou uma investigação e a renovação de vários costumes antigos, e, também, uma pesquisa sobre alguns novos. (10) O mínimo de dogma e o máximo de ecletismo. Isso significa que os Pagãos relutam em aceitar qualquer ideia sem uma investigação pessoal e que desejam adotar e usar qualquer conceito que considerem útil, independente da sua origem. (11) Uma grande fé na capacidade das pessoas de resolverem seus próprios problemas atuais em todos os níveis, públicos e particulares. Isso conduz a... (12) Um total compromisso com o crescimento, evolução e equilíbrio pessoais e universais. Espera-se que os Pagãos realizem esforços intermitentes nessas direçÕes. (13) Crença em que cada um pode progredir para atingir esse crescimento, essa evolução e esse equilíbrio mediante alteração cuidadosamente planejada da sua consciência, utilizando tanto os métodos antigos como os atuais para auxiliar em concentração, meditação, reprogramação e êxtase. (14) O conhecimento de que a interdependência humana implica uma cooperação de comunidade. Encoraja-se os Pagãos a utilizarem seus talentos para se ajudarem ativamente e também a comunidade. (15) A conscdentização de que, se quiserem atingir qualquer um de seus ideais, deverão praticar o que pregam. Isso os leva a observarem e adotarem um estilo de vida consistente com as crenças naquilo que proclamam". (Extraído de um panfleto distribuído na vizinhança, intitulado O Que, em Nome dos Céus, Está AcontecendoAqui?

Copyright 1989 do Centro de Religião Não-Tradidonal, usado com autorização. Para mais informações, consulte o título Panegyria, na página 193, no capítulo sobre Publicações Pagãs.)



A religião wiccaniana é formada de várias seitas (ou "tradições"), como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tâniea, Georgiana, Tradicionalista ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes uns dos outros, todas se apoiam nos princípios comuns da lei da Arte. O dogma principal da Arte Wicca é o Conselho Wiccaniano, um código moral simples e benevolente:

 

SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE SUA VONTADE.

 

Ou, em outras palavras, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém — nem você mesmo. (O Conselho Wiccaniano é extremamente importante e não pode ser esquecido na realização de qualquer encantamento ou ritual mágico, especialmente naqueles que podem ser considerados como não-éticos ou de natureza manipuladora.)

A Lei Tripla (ou a Lei dos Três) é uma lei cármica de retribuição tripla que se aplica sempre que você faz alguma coisa boa ou má. Por exemplo, se você usa a magia branca (ou energia positiva) para fazer bem a alguém, por três vezes ele voltará para você durante a sua vida. Da mesma forma, se você usar a magia negra (ou energia negativa) para prejudicar alguém, o mal ou "pecado" também retomará a você três vezes durante a mesma vida. Os seguidores da religião Wicca são chamados de Wiceanianos ou Bruxos. A palavra Bruxo(a) aplica-se aos praticantes do sexo masculino e do sexo feminino da Arte. (Os Bruxos muito raramente são chamados de feiticeiros [warlocks]. A palavra warlock^ considerada um insulto na maioria dos círculos wiccanianos, origina-se do inglês arcaico WAERLOGA, que significa "aquele que rompe o juramento e foi utilizado pela Igreja cristã de maneira aviltante, como termo correspondente ao masculino de bruxa.)

Embora as Bruxas se orgulhem de fazer parte da Arte, existem algumas que se opõem fortemente ao uso do termo truxa", considerando que a palavra possui determinadas conotações negativas e incitando imagens estranhas e conceitos mal-entendidos nas mentes dos que não estão familiarizados com a Arte e que talvez se mostrem um pouco relutantes em aceitar aquilo que não compreendem claramente.

Como a Arte Wicca é uma religião orientada para a Natureza, a maioria doS seus membros está envolvida de uma maneira ou de outra com o movimento ecológico e com as reivindicações ambientais atuais.

Os Wiccanianos não aceitam o conceito arbitrário do pecado original ou do mal absoluto, e não acreditam num Céu ou num Inferno, mas somente naqueles que são as suas criações próprias.

Os Wiccanianos não praticam qualquer forma de magia negra ou "mal", não cultuam os diabos, demónios ou qualquer entidade do mal, e não tentam converter membros de outras fés para o Paganismo. Respeitam todas as outras religiões positivas e acham que a pessoa deve ouvir o "chamado da Deusa" e desejar verdadeiramente, dentro de seu coração, sem qualquer influência externa ou proselitismo, seguir o caminho wiccaniano. Muitos Wiccanianos usam um ou mais nomes secretos (também conhecidos como "nomes de iniciação para significar o renascimento espiritual e uma nova vida dentro da Arte Wicca. Os nomes de iniciação são muito sagrados e usados somente entre os irmãos e as irmãs do mesmo caminho. Quando um Bruxo ou Bruxa assume um novo nome, ele ou ela deve ser extremamente cuidadoso em escolher algum que se harmonize de uma maneira ou de outra com o aspecto numerológico do nome, do número do nascimento ou do número das ninas. Um nome bem escolhido vibra com o indivíduo e o une diretamente à Arte.

Muitos Wiccanianos trabalham juntos em pequenos grupos que são chamados de covens. Um coven (que pode consistir de até 13 membros) é dirigido pela Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote, e reúne-se para adorar a Deusa, realizar trabalhos mágicos e cerimónias nos Sabás e Esbás. Os membros de um coven são chamados de coveners e o lugar de reunião do coven  covenstead.

Os que trabalham por si só, tanto por escolha pessoal como por circunstâncias, são chamados de bruxos solitários.

Os Wiccanianos celebram oito Sabás anuais, destacando as transições entre as estações. Existem quatro principais (ou grandes) Sabás e quatro menores (ou menos importantes). Os Sabás maiores são Candiemas, Beltane, Laminas e Samhain. Os Sabás menores são Equinócio da Primavera, Soistício de Verão, Equinócio do Outono e Soistício de Inverno. (Esses festivais são descritos em detalhes no Capítulo Dois.)

O Esbá é uma reunião mensal do coven, realizada pelo menos 13 vezes ao ano, durante a lua cheia. No Esbá, os Wiccamanos trocam ideias, discutem problemas, realizam rituais especiais, trabalhos mágicos e de cura, e agradecem à Deusa e ao Deus Chifrudo. Uma cerimónia tradicional, a dos "Bolos e Vinhos" ou "Bolos e Cerveja", acontece também em cada Esbá. Nelas são servidas comidas e refrescos consagrados, e os coveners relaxam e discutem assuntos mágicos importantes. (O "Bolos e Vinho" ou "Bolos e Cerveja" é um costume tradicional sempre que acontece um ritual wiccaniano e se traça um círculo mágico.)

Num couen a Deusa é representada pela Alta Sacerdotisa, e o Deus Chifrudo, pelo Alto Sacerdote.

A Deusa é conhecida por vários nomes diferentes. Ela é chamada frequentemente de Diana, Cerridwen, Freya, Ísis, Isthar, a Senhora ou qualquer outro nome que o coven escolher para usar ou que um Wiccaniano sinta que corresponde à sua própria visão mitopoética.

A Deusa é um princípio feminino. Ela representa a fertilidade, a criação, os poderes regeneradores da Natureza, e a sabedoria. Seu símbolo é a Lua, e, nas artes, é  muitas vezes representada como possuidora de três faces — cada uma representando uma fase lunar diferente. Na

Sua fase de lua nova. Ela é a Virgem; na lua cheia, é a Mãe; e, na Sua fase minguante, é a Anciã.

O Deus Chifrudo é uma deidade fálica da fertilidade e da criatividade intelectual que simboliza os poderes dos crescentes lunares do quarto crescente e do quarto minguante. Geralmente é representado como um homem hirsuto, barbado, com os cascos e os chifres de um bode. É o deus da Natureza e a contraparte masculina da imagem da Deusa. Na época primitiva, era adorado como o Deus Chifrudo da Caça.

Como a Deusa, o Deus Chifrudo é também conhecido por vários nomes diferentes. Em algumas tradições wiccanianas, é chamado de Cemunnos, que é o nome latino para "o Chifrudo". Em outras, é conhecido como Pa, Woden e outros nomes.

O culto à Deusa e ao Deus Chifrudo simboliza a crença wiccaniana de que tudo que existe no universo está dividido em dois opostos: feminino e masculino, negativo e positivo, luz e trevas, vida e morte, yin e yang o equilíbrio da Natureza.

Fm certas tradições wiccanianas, a Deusa é adorada durante os Sabás da Primavera e do Verão, pois simboliza a fertilidade da terra na época do crescimento, e o Deus Chifrudo, durante os Sabás do Outono e do Inverno, pois representa a metade escura do ano.

Outras tradições adoram a Deusa em Seus vários aspectos durante todo o ano e observam o nascimento (na verdade o renascimento) do Deus Chifrudo no Sabá do Soistício de Inverno; Seu crescimento, puberdade e maturidade, durante, respectivamente, os Sabás da Primavera, do Verão e do Outono; e a Sua morte, no Sabá Samhain.

Após a morte, diz-se que Seu espírito retorna ao ventre divino da Deusa Mãe até o Soistído de Inverno seguinte, quando, mais uma vez, renasce. Esse antigo eido mítico de nascimento-morte-renascimento se repete a cada ano.

O Deus Chifrudo tem sido adorado desde os tempos antigos em quase todas as culturas; entretanto, a Igreja Católica Romana, numa tentativa de erradicar a adoração do antigo deus pagão da caça e da fertilidade, perverteuo em seu símbolo do mal e o chamou de Diabo.

 

Bruxaria: Passado e Presente

A BRUXARIA E O DIABO

As raízes espirituais de Wicca remontam à era paleolítica, quando as deidades da Natureza eram adoradas por todos. Contudo, como resultado da influência do Cristianismo, da propaganda antibruxaria da Igreja e com modificação da tradição folclórica, os sacerdotes e sacerdotisas dos primeiros tempos foram transformados em feiticeiros e feiticeiras do diabo da Idade Média. Como a História claramente comprova, era comum o fato de os deuses e deusas de uma religião serem transformados em diabos e demónios da seguinte. Sem dúvida alguma, este foi o caso da Religião Antiga e do Cristianismo.

Infelizmente, como resultado das concepções deliberadamente erradas, popularizadas pelo domínio cristão, dos meios de comunicação atuais, dos filmes de horror, das conferências e outros eventos, muitas pessoas mal-informadas e que não estão familiarizadas com as práticas atuais e a filosofia de Wicca acreditam que todos os Bruxos são maus. (Algumas até não acreditam que as Bruxas existem.) Várias pessoas, vítimas de ignorância e/ou de uma lavagem cerebral religiosa, acreditam que os Bruxos e os Pagãos modernos estão envolvidos de uma maneira ou de outra com o Satanismo e que realizam sacrifícios sangrentos aos deuses antigos ou ao Diabo cristão. Isso é um absurdo, e, de forma alguma, é verdadeiro! Os Wiccanianos definitivamente não defendem o sacrifício humano ou animal e nem a morte de qualquer ser vivo como oferenda a uma divindade, e, até onde existe uma relação entre os Bruxos e o Satanismo, a verdade é que os Bruxos verdadeiros não o adoram, não recebem seus poderes, não assinam pactos ou vendem sua alma ao Diabo. Na verdade, os Bruxos nem sequer compreendem a existência do Diabo como ela é definida pela religião cristã! O Diabo é um instrumento de propaganda antipagã inventada pela igreja cristã. Ele nunca existiu na literatura escrita antes do Novo Testamento. A Arte é uma religião pré-cristã que já existia há muito tempo antes da Igreja ou do seu conceito de Satã, o qual nunca foi adorado como deidade da Religião Antiga. O Diabo é estritamente parte do sistema de crença cristão e não da religião telúrica e de amor à Natureza de Wicca.

O TEMPO DAS FOGUEIRAS

 

Após a Igreja Cristã ter sido formada e haver adquirido poder, os costumes dos Pagãos foram vistos como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido, e a adoração aos deuses da Religião Antiga foi banida. Os antigos festivais foram superados pêlos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos deuses da natureza e da fertilidade, transformados em terríveis e maléficos demónios e diabos. (A igreja patriarcal chegou até a transformar várias deusas pagas em diabos masculinos e maus não somente para corromper as deidades da Religião Antiga como, também, para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido um objeto de adoração.

No ano de 1233, o Papa Gregário IX instituiu o Tri­bunal Católico Romano conhecido como Inquisição, numa tentativa de terminar com a heresia. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria e a Religião Antiga dos Pagãos constituíam um movimento herético e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo. Os bruxos tornaram-se heréticos, e a perseguição contra todos os Pagãos espalhou-se como fogo selvagem por toda a Europa. (É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos.)

Os Bruxos (Junto com um número incalculável de ho­mens, mulheres e crianças u inocentes" que não eram Bru­xos) foram perseguidos, brutalmente torturados, muitas vezes sexualmente violados ou molestados e, então, execu­tados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que o seu Deus era um deus de amor e compaixão.

A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541 e, em 1604, foi adotada uma lei que de­cretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos. Quarenta anos mais tarde, as 13 colónias na América decretaram também a pena de morte para o "crime" de Bruxaria. No final do século 17, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga viviam escondidos, e a Bruxaria tomou-se uma religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levado à morte na Europa e mais de 30 condenadas em Salem, Massachusetts, em nome do Cristianismo.

Embora os infames julgamentos das Bruxas de Sa­lem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem-docu-mentados da história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connectieut, em 1647, 45 anos antes que a histeria contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem. Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1662.

O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa, a fogueira. Outros métodos incluíam a prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.

Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo, e, somente após as leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.

 

A LIBERAÇÃO DOS BRUXOS

 

O estereótipo da Bruxa — uma velha feia, voando numa vassoura, que come criancinhas e transforma pes­soas em sapos por meio da magia negra — é uma imagem extremamente negativa, cujos responsáveis foram muitas histórias infantis e filmes de horror de Holiywood. Muitos Bruxos se cansaram e se zangaram com esses estereótipos degradantes e lutaram contra a difamação deles e da Arte, revelando-se em público, proferindo conferências, escre­vendo livros (como este que você está lendo agora) e protes­tando contra os filmes, programas de televisão, livros e outros instrumentos que os retraíam de maneira negativa e reforçam essas imagens estereotipadas. Muitos Wicca-nianos estão batalhando legalmente pêlos seus direitos constitucionais, levando à Corte vários casos de discrimi­nação e difamação religiosa.

O movimento de liberação dos Bruxos (que consiste de mulheres e homens com várias heranças étnicas e de todos os vários caminhos diferentes de vida) conquistou grande espaço nos últimos 10 anos. Várias universidades e escolas por correspondência oferecem atualmente cursos sobre Wicca e filosofia oculta. Surgiram grupos wiccanianos de apoio, trabalhos correlacionados, ligas antidiscri-minação e publicações por todo o país. Igrejas e oovens wiccanianos estão sendo reconhecidos em vários estados como grupos religiosos legítimos, com direito a isenção de impostos. As Forças Armadas já reconhecem Wicca como uma religião válida, e muita&s cristãos (incluindo sacer­dotes) defenderam Wicca publicamente como uma "reli­gião telúrica positiva".

A Bruxaria (que foi oficialmente chamada de "Religião Antiga após o advento do Cristianismo) percorreu um longo caminho desde os primeiros tempos; contudo, a longa e dura luta pela liberdade religiosa e pela aceitação social está longe de ter acabado. Muitos Wiccanianos continuam a ser discriminados em seus empregos e em suas comuni­dades por suas crenças religiosas não-cristãs. Algumas crianças de pais wiccanianos são forçadas a manter a sua religião em segredo ou, do contrário, correm o risco de serem discriminadas e até expulsas da escola. Existem casos isolados de violência física contra Wiccanianos, e, em muitas partes do mundo (incluindo, surpreendentemente, certas regiões dos Estados Unidos), ainda é considerado atentado à lei um indivíduo praticar magia, adivinhação e previsão. Por exemplo, no Estado de Nova York e em alguns outros, qualquer tipo de previsão paga é ilegal, e, desde 1915, o Estado de Connecticut tem uma lei antioeul-tismo ridícula que toma ilegal qualquer tipo de atividade ocultista, envolvendo ou não dinheiro. Em alguns estados é ilegal até alguém admitir que possui poderes psíquicos (que todos os seres humanos possuem, desenvolvidos ou não).

Em vários sistemas penitenciários nos Estados Uni­dos tem ocorrido um problema crescente para os prisionei­ros que praticam os rituais antigos. A Constituição dos Estados Unidos supostamente protege o direito do indiví- duo de ter suas próprias crenças e práticas religiosas, mas existem vários dirigentes que ocupam uma posição vanta­josa e censuram a correspondência de tudo que pertence à Wicca, como publicações pagãs, livros e lições da Arte das escolas wiccanianas por correspondência. Existem casos em que os prisioneiros Pagãos não tiveram o direito de receber ou usar as jóias religiosas wiccanianas.

 

A NOVA ERA DE WICCA



 

Chegou o momento de todos os Wiccanianos do mundo se unirem! Orgulhem-se! Fiquem felizes! Sejam fortes! Alegrem-se de ter coragem de seguir um caminho dife­rente de todos os outros do mundo. Sintam-se confortados com a certeza de que vocês não estão sós. O mais impor­tante é que não tenham medo de levantar e lutar por seus direitos constitucionais e por suas crenças religiosas. Vocês são seres humanos com o direito legal de adorar a Deusa e o Deus de sua escolha.

Abençoadas sejam as crianças

da nova era que se aproxima,

pois tudo que foi criado

pelas mãos da Deusa

será delas

por toda a eternidade

— do Circie ofShadows de Gerina Dunwich (1990)

 

Celebrações dos Sabás

Os oito Sabás, celebrados a cada ano pêlos covens dos Bruxos e pêlos Bruxos Solitários, são belas cerimonias religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações do ano.

Os Sabás, também conhecidos como a "Grande Roda Solar do Ano" e "Mandala da Natureza", têm sido celebra­dos sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob vários nomes e aparecem com frequência na mitologia.

Os quatro Sabás principais (ou grandes) correspon­dem ao antigo ano gaélico e são chamados de Candiemas, Beltane, Lammas e Samhain. Os quatro menores são Equinócio da Primavera, Soistício de Verão, Equinócio do Outono e Soistício de Inverno.

Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm do Sabá dos Bruxos, eles não constituem uma ocasião em que as Bruxas se reúnem para realizar orgias, lançar encan­tamentos ou preparar poções misteriosas. (A magia rara mente é realizada, se é que isso acontece, num Sabá de Bruxos.)

O Sabá, infelizmente, tem sido confundido também com a "Missa Negra" Satânica ou "Sabá Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que é decorrente de séculos de propaganda antipaga da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dos escritores desde a Idade Média.

Uma Missa Negra não é um Sabá de Bruxos, mas uma prática satânica que parodia o principal ritual do Catoli­cismo e que incluiu supostamente o sacrifício de bebés não batizados, orgias sexuais pervertidas e a recitação de trás para frente do Pai Nosso.

Nada disso jamais acontece nos Sabás dos Bruxos. Não há sacrifícios (humano ou animal), não há magia negra, não há rituais anticatólicos. Os Sabás são simples­mente uma ocasião em que os Bruxos celebram a Nature­za, dançam, cantam, deleitam-se com alimentes pagãos e honram as deidades da Religião Antiga — principalmente a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Chifrudo. Em certas tradições wiccanianas, a Deusa é adorada nos Sabás da Primavera e do Verão, enquanto o Deus Chifrudo é homenageado nos Sabás do Outono e do Inverno.

A celebração de cada Sabá é uma experiência espiri­tual intensa e sublime que permite aos Wiccanianos per­manecerem em equilíbrio harmonioso com as forças da Mãe Natureza.

As datas nas quais os oito Sabás são celebrados são as seguintes:*

SABÁ CANDLEMAS (também conhecido como Imbole, Oimelc e Dia da Senhora) é celebrado a 2 de fevereiro.

·         O leitor deverá levar em consideração a oposição das estões do ano entre os hemisférios norte e sul. Exemplo, quando no hemisfério norte se realiza o Sabá do Equinócio da Primavera, no hemisfério sul ocorre o Sabá do Equinócio de Outono e, assim, sucessivamente.

 

SABÁ DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: (também conhecido como Sabá do Equinócio Vernal, Festival das Árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre) é celebrado no primeiro dia da Primavera.

SABÁ BELTANE (também conhecido como Dia 1° de Maio, Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht) é celebrado na véspera de maio e y de maio.

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE VERÃO (também conhecido como Meio do Verão, Alban Hefin e Litha) é celebrado no primeiro dia do Verão.

SABÁ LAMMAS (também conhecido como Lughnasadh, Vés­pera de Agosto e Primeiro Festival da Coilheita) é celebrado a 1^ de agosto.

SABÁ DOEQUICÓCIO DE OUTONO (também conhecido como Sabá de Outono, Alban Elfed e Segundo Festival da Colheita) é celebrado no primeiro dia do Outono.

SABÁ SAMHAIN (também conhecido como Halloween, Hal-lowmas. Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Fes­tival da Colheita) é celebrado a 31 de outubro.

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO (também conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno e Alban Arthan) é celebrado no primeiro dia do Inverno.

(nota: A cada ano as datas astronómicas dos quatro Sabás menores mudam. Para descobrir a data exata de cada festival, consulte um calendário astrológico atualiza-do ou qualquer outro calendário comum que mostre as datas exalas dos equinócios e soistícios.)

CandIemcLS é o Festival do Fogo que celebra a che­gada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabá é o de Erigida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.

Esse Sabá representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da Bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotisa do coven^ que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.

Na Europa, o Sabá Candiemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.

A versão cristianizada da procissão de Candiemas honra a Virgem Maria, e, no México, ela corresponde ao Ano-Novo Asteca.

O Sabá do Equinócio chi Primavera é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos — um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.

Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertili­dade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lança­dos ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagra­das), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.

Os aspectos da Deusa, invocados nesse Sabá, são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanianas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equi­nócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo.

A Páscoa (em inglês Easter^ nome derivado da dei­dade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficial­mente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.

Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase de "gravidez" da Deusa Tripla, atravessando a estação fértil.)

A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeros características, cos­tumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinó­cio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os waffles eram o prato tradicional da época.

O Sabá Beltane é derivado do antigo Festival Drui­da do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu con­sorte, o Deus Chifrudo, sendo também um festival de fertilidade. (Na Religião Antiga, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atívidade erótica por si só.)

Beltane celebra também o retomo do sol (ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original. É baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores. Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.

No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Taurus, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio.

Beltane inida-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de l0 de maio para iluminar o caminho para o Verão. Realiza-se o ritual do Sabá em honra à Deusa e ao Deus Chifrudo, seguido da celebração da Natureza, que consiste de ban­quetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos dementais, e os membros do couen dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em tomo do Mastro (símbolo fálico da fertilidade). Eles também entre­laçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus Chifrudo. A alegria e o divertimento costumam estender-se até a primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1^ o orvalho da manhã é coletadp das flores e da grama para ser usado em porções místicas de boa sorte.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane.

Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabá. Antes da cerimó­nia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de "bruxo de Beltane" e tomava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira ardente.

Nas Terras Altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços deles da fogueira como oferenda aos espíritos e deidades protetores.

O Soistício de Verão (também conhecido como Dia de São João, na Europa) marca o dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zénite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo na Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Soistício de Verão, os dias se tomam visivelmente mais curtos.

Em certas tradições wiccanianas, o Soistícdo de Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabá do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)

O Soistício de Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. É o momento ideal para as divinaçÕes, os rituais de cura e o corte das varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na Véspera do Soistício de Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Soistício de Verão são vegetais frescos, frutas do Verão, pão de centeio integral, cerveja* e hidromel.

Laminas é o Festival da Colheita. Nesse Sabá (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra) e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e seu consorte, o Deus Chifrudo.

 

* Em inglês, ale, cerveja inglesa de sabor amargo e cor clara, bebida nas festas folclóricas. (N.T.)

 

Laminas era originalmente celebrado pêlos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e home­nageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Laminas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.

A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabá Laminas. As bonecas (ou bebés da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabá para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. É costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá T^mnnfla são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.

O Sabá do Equinócio do Outono é o segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimónias de iniciação pela Alta Sacerdotisa e pêlos Sacerdotes dos covens.

Muitas tradições wiccanianas realizam um rito espe­cial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio do Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem, que instantaneamente se apaixonou por ela. Agar rou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escu­ridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retomo de Persé-fone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinó-do do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, ete.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).

Samhain (pronunciado "sou-en") é o mais impor­tante dos oito Sabás dos Bruxos. Como Halloween, é um dos mais conhecidos de todos os Sabás fora da comunidade wiccaniana e o mais mal-interpretado e temido.

Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa, e marca a chegada do Inverno, governado pelo Deus. (O nome Samhain significa "Final do Verão".)

Samhain é também o antigo Ano-Novo celtq/druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos. É o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retomavam para passear entre os vivos. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.

A versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (3^ de novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século 7, para substituir o festival pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.

Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas destinadas a morrer na­quele ano podem ser vistos andando entre as sepulturas à meia-noite de Samham. Pensava-se que alguns fantasmas tinlimn natureza má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malé­volos. Na Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.

Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.

Outro antigo costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos mor­ros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.

Era no Samhain que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte. O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertili­dade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e cavalos, como oferendas sacrificiais.

Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhain e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda anti­ga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.

As artes divinatórias, como a observação de bola de cristal e o jogo de ninas, na noite mágica de Samhain, são tradições wiccanianas, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá Samham são maças, tortas de abóbora, avelãs. Bolos para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.

O Sabá do Soistício de Inverno (Natal) é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de escuridão, a rtirmmnr- É o festival do renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus Chifrudo. (O aspecto do Deus invocado nesse Sabá por certas tradições wiccanianas é Frey, o deus escandina­vo da fertilidade, deidade associada à paz e à prosperi­dade.) São também celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que passou.

Nesse Sabá os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus Chifrudo renascido que governa a "me­tade escura do ano".

Nos tempos antigos, o Soistício de Inverno correspon­dia à Satumália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.

Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristà. (O Natal, que acontece alguns dias após o Soistício de Inverno e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do Natal.)

A queima da acha de Natal originou-se do antigo costume da fogueira de Natal que era acesa para dar vida e poder ao sol, que, pensava-se, renascia no Soistício de Inverno. Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas gravadas com escultu­ras de motivos solares e outros símbolos mágicos. Como o carvalho era considerado a Árvore Cósmica da Vida pêlos antigos druidas, a acha de Natal é tradicionalmente de carvalho. Algumas tradições wiccanianas usam a acha de pinheiro para simbolizar os deuses agonizantes Attis, Dio-nísio ou Woden. Antigamente as cinzas da acha de Natal eram misturadas à ração das vacas, para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram espargidas sobre os campos para assegurar uma nova vida e uma Primavera fértil.

Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da religião Antiga dos Pagãos.

O visco era considerado extremamente mágico pêlos druidas, que o chamavam de ^Árvore Dourada". Eles acre­ditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é, na verdade, um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da ideia de que seus frutos brancos eram gotas do sémen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de êxtase sexual acompanhavam frequentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.

A tradição relativamente moderna de decorar árvores de Natal é costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como aparecem na Árvore Cósmica da Vida. Representam tam­bém as almas que já partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram nos atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio.

O outro exemplo das raízes pagãs das festas do Natal está na moderna personificação do espírito de Natal, conhecido como Santa Claus, que foi, em determinada época, o deus pagão do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o "Cristo na Roda", um antigo título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Soistício de Inverno.

Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como "Beber à Saúde das Árvores do Pomar". Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do Soistício de Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agrade­cer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir abundantemente.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Soistício de Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente com espe­ciarias.

 

INCENSOS DOS SABAS

CANDLEMAS: manjericão, mirra e glicínia.

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.

BELTANE: olíbano, lilás e rosa.

SOLSTÍCIO DE VERÃO: olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia.

 LAMMAS: aloé, rosa e sândalo.

EQUINÓCIO DO OUTONO: benjoim, mirra e sálvia. SAMHAIN: maçã, heliotropo, menta, noz-moseada e sálvia. SOLSTÍCIO DE INVERNO: louro, cedro, pinho e alecrim.

CORES DAS VELAS DOS SABÁS

CANDLEMAS: marrom, rosa, vermelha.

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: dourada, verde, amarela.

BELTANE: verde escuro.

SOLSTÍCIO DE VERÃO: azul, verde.

LAMMAS: laranja, amarela.

EQUINÓCIO DO OUTONO: marrom, verde, laranja, amarela.

SAMHAIN: preta, laranja.

SOLSTÍCIO DE INVERNO: dourada, verde, vermelha, branca.

 

 

PEDRAS PRECIOSAS SAGRADAS DOS SABÁS

CANDLEMAS: ametista, granada, ônix, turquesa.

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: ametista, água-marinha, he-matita, jaspe vermelho.

BELTANE: esmeralda, comalina laranja, safira, quartzo rosa.

SOLSTÍCIO DE VERÃO: todas as pedras verdes, especial­mente a esmeralda e o jade.

LAMMAS: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.

EQUINÓCIO DO OUTONO: cornalina, lápis-lázuli, safira, ága­ta amarela.

SAMHAIN: todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.

SOLSTÍCIO DE INVERNO: olho-de-gato e rubi.

 

 

Ferramentas e Símbolos da Arte Wicca

FERRAMENTAS

O punhal

O punhal (também conhecido como "punhal do ar") é uma faca ritualística com cabo preto e lâmina de fio duplo, tradicionalmente gravada ou cunhada com vários símbo­los mágicos e/ou astrológicos.

Representa o antigo e místico elemento ar, símbolo da Força da Vida, e é usado pêlos Bruxos para traçar círculos, exorcizar o mal e as forças negativas, controlar e banir os espíritos elementais, e guardar e diredonar a energia durante os rituais mágicos.

 

Utiliza-se o punhal com cabo branco somente para cortar varetas, colher ervas para magia ou para cura, esculpir a tradicional lanterna de Samhain e gravar ninas e outros símbolos mágicos ou astrológicos em velas e ta O sino

 

O sino de cristal ou de latão é frequentemente usado pêlos Bruxos para sinalizar o início e/ou o fechamento de um ritual ou Sabá, para invocar um espírito ou deidade em particular e para despertar os membros do coven que estão em meditação. Os sinos são tocados também em vários ritos funerários wiccanianos para abençoar a alma do Bruxo que cruzou o reino dos mortos.

 

O Livro das Sombras

 

O Livro das Sombras (também conhecido como "Livro Negro") é o diário secreto no qual o Bruxo registra seus encantamentos, invocações, rituais, sonhos, receitas de várias poções pessoais e outros assuntos.

Um livro desse tipo pode ser mantido por um indiví­duo em separado ou por todo um coven.

Quando ocorre a morte do Bruxo, o Livro das Sombras pode ser passado para seus filhos ou netos, mantido pela Alta Sacerdotisa e pelo Alto Sacerdote do coven ( se o Bruxo for membro de um deles no momento de sua morte) ou queimado para proteger os segredos da Arte. Qualquer que seja a decisão tomada, ela naturalmente depende dos costumes daquela determinada tradição wiccaniana e/ou da vontade pessoal do Bruxo.

O buril

O buril é um ferro de gravar usado por muitos Bruxos (e Magos Cerimoniais) para marcar ritualisticamente no­mes sagrados, números, runas e vários símbolos mágicos e/ou astrológicos em seus punhais, espadas, sinos de latão do altar, joalheria metálica e outras ferramentas da magia e do ritual.

 

O caldeirão

O caldeirão é um pequeno pote escuro, de ferro fundido que combina simbolicamente as influências dos quatro anti­gos e místicos elementos e que representa o ventre divino da Deusa Mãe, sendo utilizado pêlos Bruxos para vários propó­sitos e até para ferver poções, queimar incenso e guardar carvão, flores, ervas ou outros elementos mágicos.

O caldeirão pode ser usado também como instrumen­to para divinação. (Muitos Bruxos enchem seu caldeirão com água na noite de Samhain e os utilizam como espelho mágico para olhar o futuro ou o passado.)

A espada cerimonial

A espada cerimonial representa o elemento fogo e é o símbolo da força do Bruxo.

Em certas tradições wiccanianas, a espada cerimo­nial é usada no lugar do punhal de cabo preto pela Alta Sacerdotisa de um coven, para traçar e apagar o círculo.

A espada cerimonial, como o punhal, pode também ser usada para controlar e banir espíritos dementais (especialmente na Magia Cerimonial) e para guardar e direcionar a energia durante os rituais mágicos.

O cálice

O cálice (também conhecido como taça ou vaso sagra­do) representa o elemento ar e é usado no altar durante os rituais mágicos e Sabás, como recipiente para a água ou o vinho consagrado.

O cálice sagrado é tradicionalmente feito de prata e decorado com vários símbolos mágicos; entretanto, muitos Bruxos modernos usam cálices feitos de latão, estanho e até de cristal.

 

O pentáculo

 

O pentáculo é um disco chato feito de madeira, cera, metal ou argila. Ostenta a estrela mística de cinco pontas do Bruxo (pentagrama) e é usado em cerimónias mágicas e encantamentos para representar a energia feminina e o elemento terra, para invocar e prender gnomos (espíritos dementais da terra) e também para proteger objetos con­sagrados, como amuletos, ervas, cristais e outros.

A vareta

A vareta mágica (também conhecida como "Bastão do fogo") é um bastão fino de madeira, feito de um galho de árvore. Representa o antigo e místico elemento fogo, é símbolo da força, da vontade e do poder mágico do Bruxo que o possui. Na Magia Cerimonial, a vareta representa o elemento ar.

A vareta (que, de acordo com vários compêndios de magia, deve ter aproximadamente 50cm de comprimento) é usada pêlos Bruxos para invocar as salamandras (es­píritos dementais do fogo) em determinados tipos de ri­tuais, traçar círculos, desenhar símbolos mágicos no chão, direcionar a energia e mexer bebidas no caldeirão.

vestes, velas, ferramentas ritualísticas, amuletos e talismãs, e são ritualisticamente usados pêlos Bruxos para alterar sua consciência e produzir energia mágica.

Os signos do zodíaco e dos planetas são muitas vezes utilizados em Wicca, assim como também os símbolos indicados em seguida:

A Lua Crescente é um símbolo sagrado da Deusa e também um símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do crescimento abundante e dos poderes secre­tos da Natureza. É utilizado nas invocações à Deusa e a todas as deidades lunares (tanto masculinas quanto femi­ninas), na magia da lua, nas celebrações dos Sabás e nos rituais de cura das mulheres.

O Pentagrama é dos símbolos pagãos mais poderosos e mais populares utilizados pêlos Bruxos e na Magia Cerimonial de natureza afim. O pentagrama (uma estrela de cinco pontas circunscrita num círculo) representa os quatro antigos e místicos elementos, fogo, água, ar e terra, superados pela Espírito.

Km Wicca, o símbolo do pentagrama é geralmente de­senhado com a ponta voltada para cima, a fim de simbolizar as aspirações espirituais humanas. Um pentagrama com a ponta voltada para baixo é um símbolo do Deus Chifrudo.

O Triângulo é um símbolo da manifestação finita na magia ocidental, sendo usado em rituais para invocar os espíritos quando o selo ou sinal da entidade a ser invocada está colocado no centro do triângulo.

O triângulo, equivalente ao número três (número mágico poderoso), é também um símbolo sagrado da Deusa Tripla: Virgem, Mãe, Anciã. Invertido, ele representa o princípio masculino.

O Selo de Salomão (antigo e poderoso símbolo mágico) é um hexagrama que consiste de dois triângulos entrelaçados, um voltado para cima, e o outro, para baixo. Simboliza a alma humana, sendo usado por vários Bruxos e Magos Cerimoniais em encantamentos e rituais que envolvem comunicação com espíritos, sabedoria, purificações e reforço de poderes psíquicos.

O Tridente é um símbolo sagrado de três falos, ostentado por qualquer deidade masculina cuja função é unir-se sexualmente à Deusa Tripla. É utilizado principalmente em Cirandes Rituais, Magia Sexual e rituais de fertilidade.

O Ankh é um antigo símbolo egípcio que lembra uma cruz com um laço no topo. Simboliza ávida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. (Qualquer deus ou deusa maior do antigo panteão egípcio é representado portando esse símbolo.) Também conhecido como "Cruz Ansata", é usado por vários Bruxos contemporâneos em encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinaçào.

O Olho de Horas é outro antigo símbolo egípcio muitas vezes utilizado na Feitiçaria moderna. Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar e lunar, e frequentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder clarividente do Terceiro Olho.

O Pentalfa é um desenho mágico formado pela interseção de cinco letras Â. É usado por vários Bruxos e Magos Cerimoniais tanto na divinaçào como na conjuração de espíritos.

O Círculo (imagem altamente potente que não possui princípio e nem fim) é usado por muitos Bruxos e Neopagãos como símbolo sagrado de íoní, da energia mágica, da protecão, do infinito, da perfeição e da renovação constante.

 

A Suástica é um antigo símbolo religioso formado pela cruz grega com os braços em ângulos retos tanto na direçào destrógira quanto levógira. Antes de ter sido adotada e pervertida em 1935 como o emblema oficial infame da Ale­manha nazista, a suástica era um símbolo sagrado de boa sorte e de saúde na Europa pré-cristã e em muitas outras culturas pagãs em todo o mundo, incluindo as orientais, egípcias e tribos nativas das Américas do Norte, Central e do Sul.

A palavra "suástica" origina-se do sânscrito svastika, que significa "um sinal de boa sorte". Existem mais de 1.200 desenhos conhecidos da suástica, e o mais antigo data do ano 12.000 aC.

Além dos mencionados, existem centenas de outros símbolos antigos, e modernos, usados em Wicca, como os de fertilidade masculina e feminina, cruzes, sinais de paz, números, flores, animais, criaturas mitológicas (dragões, fénix, unicórnio, etc.), a Árvore do Mundo e outros.


ALGUNS SÍMBOLOS DA ARTE WICCA

 

Suástica

Ankh        

 

Olho de Horus

 

 

 

Selo de Salomão     

Triângulo     

Pentagrama

 

 

 

 

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Rituais Pagãos

RITO DA AUTODEDICAÇÃO

(para Bruxos Solitários)

(nota: Antes da auto-iniciação na Arte, é imprescin­dível que a pessoa primeiro estude a filosofia básica de Wicca e sinta sinceramente em seu coração que a Religião Antiga é o caminho correio a seguir.)

Se você deseja se tornar um Bruxo e não pode ser iniciado por um coven (ou se prefere trabalhar como um Solitário), pode iniciar-se na Arte e dedicar-se à Deusa e ao Seu consorte, realizando o ritual da Auto-iniciação em uma noite de lua cheia ou crescente, em qualquer um dos oito Sabás ou no seu aniversário.

Comece despindo suas roupas e tomando um banho ritualístico perfumado ou de ervas (simbolizando o ele­mento água) para purificar seu corpo e seu espírito de qualquer vibração negativa. Durante o banho, limpe com-pletamente sua mente de todos os pensamentos inunda nos, negativos e desagradáveis, e medite até seu corpo ficar totalmente relaxado.

Após o banho, trace no chão um círculo com cerca de l,5m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal (simbolizando o elemento terra) sobre o círculo para consagrá-lo, dizendo:

COM O O SAL EU CONSAGRO

E ABENÇOO ESTE CÍRCULO

SOB OS NOMES DIVINOS DA DEUSA

E DO SEU CONSORTE, O DEUS CHIFRUDO.

ABENÇOADO SEJA!

 

Sente-se no centro do círculo, voltado para o norte, com duas velas brancas (simbolizando o elemento fogo) e um incensório de olíbano com incenso de mirra (simboli­zando o elemento ar) diante de você. (É melhor realizar esse ritual a sós e nu; entretanto, se você não se sentir à vontade para trabalhar sem roupa, poderá usar uma veste cerimonial branca.)

Acenda o incenso, em seguida, a primeira vela e repita:

EU TE INVOCO E TE CHAMO,

OH DEUSA MÃE, CRIADORA DE VIDA

E ALMA DO UNIVERSO INFINITO.

PELA CHAMA DA VELA E PELA FUMAÇA DO INCENSO

EU TE INVOCO PARA ABENÇOAR ESTE RITUAL

E PARA GARANTIR A MINHA ADMISSÃO

NA COMPANHIA DOS TEUS FILHOS AMADOS.

OH BELA DEUSA DA VIDA E DO RENASCIMENTO, QUE É CONHECIDA COMO CERRIDWEN, ASTARTE,

ATENAS, BRÍGIDA, DIANA, ÍSIS, MELUSINE, AFRODITE E POR MUITOS OUTROS NOMES DIVINOS, NESTE CÍRCULO CONSAGRADO À LUZ DE VELAS

EU ME COMPROMETO A TE HONRAR,

A TE AMAR E A TE SERVIR.

ENQUANTO EU VIVER

PROMETO RESPEITAR E OBEDECER À TUA LEI

DE AMOR A TODOS OS SERES VIVOS.

PROMETO NUNCA REVELAR OS SEGREDOS DA ARTE

A QUALQUER HOMEM OU MULHER QUE NÃO

PERTENÇA AO MESMO CAMINHO;

E JURO ACEITAR O CONSELHO WICCANIANO DE "NÃO PREJUDICAR NINGUÉM, FAÇAM O QUE QUISEREM."

OH DEUSA, RAINHA DE TODAS AS BRUXAS, ABRO MEU CORAÇÃO E MINHA ALMA PARA TI. ASSIM SEJA.

Acenda a segunda vela e diga:

EU TE INVOCO E TE CHAMO,

OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DOS PAGÃOS,

SENHOR DAS MATAS VERDES

E PAI DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES.

PELA CHAMA DA VELA E PELA FUMAÇA DO INCENSO

EU TE INVOCO PARA ABENÇOAR ESTE RITUAL.

OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DA MORTE

E DE TUDO O QUE VEM DEPOIS,

QUE É CONHECIDO COMO CERNUNNOS, ATTIS, PA,

DAGHDA, FAUNO, FREY, ODIN, LUPERCUS

E POR MUITOS OUTROS NOMES,

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO À LUZ DE VELAS

EU ME COMPROMETO A TE HONRAR,

A TE AMAR E A TE BEM SERVIR

ENQUANTO EU VIVER.

OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DA PAZ E DO AMOR ABRO MEU CORAÇÃO E MINHA ALMA PARA TI. ASSIM SEJA.

 

Mantenha suas mãos abertas e voltadas para os céus. Feche os olhos e visualize dois raios brancos de luz bri­lhante descendo dos céus e penetrando a palma de suas mãos. Uma sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da Deusa e do Deus purificar sua alma.

Não se assuste se começar a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro de sua mente, como por telepatia. São a Deusa e o Deus dentro de você, revelando sua presença. (Embora nem todos os Wiccanianos ouçam ou percebam as verdadeiras palavras ditas pela Deusa e pelo Deus Chifrudo — alguns sentem sua presença divina e seu amor —, não é incomum que as deidades pagãs falem direta-mente com um Bruxo recentemente auto-iniciado, espe­cialmente se ele ou ela for sensitivo.)

Permaneça no círculo sagrado até que as velas e o incenso terminem.

E, então, encerra-se o Ritual de Auto-iniciação.

 

 

RITUAL DA CONSAGRAÇÃO DO CRISTAL

Realize esse ritual numa noite de lua cheia para limpar o cristal das influências negativas e para carregá-lo de poder curativo.

Comece acendendo duas velas brancas de altar (uma em cada lado do altar). Coloque uma pequena tigela ou xícara com água fresca de chuva e um prato de areia, terra ou sal sobre o altar. No centro desse, coloque um incensório contendo um dos seguintes incensos: olíbano, mirra, noz-moscada, patchuli, rosa, açafrão ou sândalo.

Pegue o cristal com sua mão direita e passe-o pela fumaça do incenso, enquanto diz:

nize com sua aura e sua consciência espiritual. Respire gentilmente sobre ele enquanto lhe dirige seus pensamen­tos e intenções. O cristal imantado responderá à energia da sua vontade.

 

INVOCAÇÃO E RITUAL DE HÉCATE

Hécate, a misteriosa Deusa das Trevas e protetora de todos os Bruxos, é a personificação da lua e do lado escuro do princípio feminino. Seu nome é grego e significa "aquela que tem êxito de longe", o que a liga a Diana (Artemis), a virgem caçadora da lua.

Na mitologia, Hécate era filha dos titãs Perses e Asteria, e acreditava-se que vagava pela terra e assombra­va as encruzilhadas nas noites sem lua com uma matilha de cães fantasmagóricos e uivantes.

Como Diana, Hécate pertence à classe das deidades portadoras de archote, sendo retratada portando um, a fim de se ajustar à crença de que era a deusa lunar noturna e poderosa caçadora que conhecia seu caminho no reino dos espíritos. Controlava as fases de nascimento, vida e morte, e dizia-se que os poderes secretos da Natureza estavam sob seu comando.

Embora os cães fossem os animais mais sagrados para ela, Hécate estava associada às lebres na antiga Grécia, como a sua equivalente germânica, a deusa lunar Harek. (A lebre, de acordo com uma série de hieróglifos egípcios, é um "sinal determinador que define o conceito do ser, e simboliza, em consequência, a existência elementar. Para os antigos chineses, a lebre era tida como animal de augú­rio, e dizia-se que vivia na lua.)

Na arte, Hécate é muitas vezes representada como uma mulher com três cabeças, com serpentes sibilantes entrelaçadas em seu pescoço. Por essa razão, ela é chama­da de Triforme — símbolo que pode estar ligado aos três níveis. Nascimento, Vida e Morte (representando o Passa­do, o Presente e o Futuro) e à trindade da Deusa Tripla:

Virgem, Mãe e Anciã.

Hécate é uma poderosa deidade lunar, e todos os rituais realizados em sua honra devem ser feitos à meia-noite, em noites sem lua ou ao nascer da lua do dia 13 de agosto, o principal festival pagão de Hécate.

Antes de começar a invocação e o ritual, escolha um local retirado numa clareira escura, calma e cercada de árvores, e trace um círculo de pedras com cerca de 3 a 4m de diâmetro. No ponto norte do círculo, monte um pequeno altar. Coloque um símbolo da Deusa (alguma estatueta ou figura feminina, por exemplo) no topo do altar e acenda um incenso de olíbano, mirra ou jasmim diante dela. A esquerda do símbolo da Deusa, coloque uma vela preta e um cálice com vinho branco. À direita, outra vela preta, um punhal consagrado, um sino de latão, uma tigela com água e um prato com sal marinho. Velas dementais bran­cas deverão ser colocadas nos pontos leste, sul e oeste do círculo. Um vela elemental representando o norte deverá ser colocada por trás da figura da Deusa no altar.

A Alta Sacerdotisa (ou o Solitário) acenderá as velas e, então, abençoará a água, mergulhando a lâmina do punhal na tigela com água, dizendo:

EU TE EXORCIZO, OH CRIATURA DA ÁGUA,

SOB O NOME DIVINO DE HÉCATE

E RETIRO DE TI

TODAS AS IMPUREZAS E ESPÍRITOS IMUNDOS.

ASSIM SEJA.

A Alta Sacerdotisa colocará a ponta do punhal no sal e o purificará, dizendo:

 

ABENÇOADO SEJA ESTE SAL

EM NOME DA DEUSA HÉCATE.

QUE TODA A MALIGNIDADE E TODOS OS OBSTÁCULOS

SEJAM AFASTADOS DAQUI PARA A FRENTE

E QUE PENETRE TODO O BEM.

ASSIM SEJA.

 

O punhal voltará para o altar, e o sal será, então, despejado na tigela com água.

A Alta Sacedotisa traçará o círculo com a sua espada na direção destrógira, dizendo:

EU TE CONJURO, OH CÍRCULO DE PODER,

PARA QUE TU SEJAS UM ANEL DE PROTEÇÃO

QUE PRESERVE E CONTENHA

O PODER QUE SURGIRÁ DENTRO DELE,

UM ESCUDO CONTRA TODA A INIQUIDADE E TODO O MAL

PARA O QUE TE ABENÇOO

E CONSAGRO EM NOME DE HÉCATE,

DEUSA DAS TREVAS,

DEUSA DA LUA.

 

A Alta Sacerdotisa acenderá um fogo no centro do círculo e colocará sobre ele o caldeirão pintado com símbo­los lunares e cheio de uma mistura perfumada de água da fonte, óleo de rosa e mel. A bebida deverá ser colocada para ferver e, então, a Alta Sacerdotisa adicionará uma pitada de pedra lunar em pó, penas de corvo preto, um pouco de geada colhida à luz da lua e plantas místicas governadas pela lua: erva-moura e lunária. (Os ingredientes originais do caldeirão na antiga versão do ritual de Hécate falava nas vísceras de um lobo juntamente com os outros mencio­nados; entretanto, esse ingrediente foi omitido na versão moderna, pois seria extremamente difícil, além de perigo­so, de ser obtido pelo Bruxo.)

Após todos os ingredientes terem sido colocados, a mistura fervente será mexida com um galho seco de olivei­ra. A Alta Sacerdotisa ficará de pé diante do caldeirão, voltada para o norte, com os braços estendidos, e dirá:

EU VOS CONVOCO,

OH FORÇAS INVISÍVEIS DA NATUREZA,

A SE REUNIREM EM TORNO DE MIM NESTE CÍRCULO,

POIS NA HORA MÍSTICA DA NOITE

INVOCO A DEUSA ESCURA

DA LUA.

INVOCO E CONJURO A TI, HÉCATE,

DEUSA DO SUBMUNDO

E PROTETORA DE TODOS OS BRUXOS.

VEM AGORA PARA ESTE CÍRCULO DE FOGO,

POIS EU REALIZO ESTE RITUAL

EM TUA HONRA.

 

Todo o coven deverá ajoelhar-se diante do altar, vol­tado para a imagem da Deusa, enquanto a Alta Sacerdo­tisa tomará o cálice de vinho com ambas as mãos e dirá:

EM TUA HONRA,

OH GRANDE DEUSA HÉCATE,

EU FAÇO ESTA LIBAÇÃO E TOMO ESTE BRINDE.

 

A Alta Sacerdotisa derramará algumas gotas de vi­nho no chão diante do altar, como oferenda à Deusa. Levará o cálice aos lábios, tomará um gole do vinho e o entregará ao Alto Sacerdote, que beberá um pequeno gole e o colocará de volta em seu lugar no altar. Ele pegará o sino e o tocará três vezes, enquanto a Alta Sacerdotisa segurará o punhal com a mão direita, apontará com ele o céu, dizendo:

 

NESTA HORA ESCURA E MÍSTICA DA NOITE

A DEUSA HÉCATE REINA

SUPREMA E EM TEU NOME EU LOUVO AGORA:

EU TE SAÚDO, OH HÉCATE!

EU TE SAÚDO, OH HÉCATE!

BENDITA SEJAS!

A Alta Sacerdotisa beijará a lâmina do punhal e o colocará de volta no altar, enquanto o coven repetirá o cântico:

EU TE SAÚDO, OH HÉCATE! EU TE SAÚDO, OH HÉCATE! BENDITA SEJAS!

Em seguida, todo o coven deverá relaxar e meditar sobre a imagem da Deusa. Poderão ser entoadas músicas folclóricas em sua honra ou recitadas poesias místicas nela inspiradas.

Após o término do ritual, o coven agradecerá à Deusa pela presença, e a Alta Sacerdotisa desfará o círculo com a espada em movimento levógiro.

 

RITUAL DO TERCEIRO OLHO

 

Realize esse ritual neopagão para aprimorar os po­deres psíquicos três dias antes da lua cheia e, preferi­velmente, quando ela estiver nos signos astrológicos de Câncer, Peixes ou Escorpião.

Comece preparando um chá mágico bem forte de artemísia ou mil-folhas (ervas que estimulam os sentidos psíquicos) e acenda 13 velas votivas de cor púrpura para ajudar a atrair as influências psíquicas.

Tome o chá e olhe fixamente para um espelho mágico, uma bola de cristal ou uma pirâmide de cristal enquanto entoa três vezes o seguinte encantamento:

EU TE INVOCO, OH ASARIEL,

ARCANJO DE NETUNO

E GOVERNANTE DOS PODERES DA CLARIVIDÊNCIA.

EU TE PEÇO QUE ABRAS O MEU TERCEIRO OLHO

E QUE ME MOSTRES A LUZ OCULTA.

PERMITE-ME VER O FUTURO.

PERMITE-ME VER O PASSADO.

PERMITE-ME PERCEBER OS DIVINOS

REINOS DO DESCONHECIDO.

PERMITE-ME COMPREENDERA SABEDORIA

DO SAGRADO UNIVERSO.

ASSIM SEJA.

Após isso, relaxe, respire lentamente e se concentre para abrir o seu Terceiro Olho. Não permita que pensa­mentos negativos contaminem sua mente.

O Terceiro Olho, chakra invisível localizado no centro de sua testa, acima do espaço entre as sobrancelhas, é a fonte de poder mais elevada do corpo humano, da visão sobrenatural e da clarividência.

 

O GRANDE RITUAL

O Grande Ritual (também conhecido como "casamen­to sagrado") é o intercurso sexual ritualístico, realizado realmente ou somente de maneira simbólica, como expe­riência religiosa sublime.

Esse grande ritual de "polaridade^masculin^/femini-na é, muitas vezes, realizado nos Sabás principais (espe cialmente em Samhain pela Alta Sacerdotisa e pelo Alto Sacerdote, que trazem para dentro de si os espíritos da Deusa e do Deus Chifrudo, respectivamente, e experimen­tam a união divina, tanto espiritual quanto física).

Em certas tradições wiccanianas (como a Gardneria-na), o Grande Ritual é realizado como parte da Iniciação do Terceiro Grau, que eleva um Bruxo ao mais alto dos três graus da Arte.

O Grande Ritual Verdadeiro: após a invocação da Deusa ter sido realizada pelo Alto Sacerdote, os membros do coven deixam o círculo e a sala, e a Alta Sacerdotisa e o Alto Sacerdote realizam particularmente o ato do amor. Após o seu término, os membros do coven são readmitidos no círculo, e servem-se bolos consagrados e vinho (ou cerveja).

O Grande Ritual Simbólico: após a invocação da Deusa ter sido realizada pelo Alto Sacerdote, ele mergulha a lâmina do punhal numa taça de vinho (ou de suco de fruta) que a Alta Sacerdotisa está segurando. O vinho é, então, passado entre todos os membros do coven para ser bebido.

 

ATRAIR A LUA

 

Atrair a Lua (também conhecido como "Chamar a Lua") é um ritual de invocação da força-espírito da Deusa para a Alta Sacerdotisa, realizado pelo Alto Sacerdote, que utiliza sua polaridade masculina para conjurar a essência divina na polaridade feminina da Alta Sacerdotisa.

Durante o ritual moderno de Wicca, a Alta Sacerdo­tisa entra num estado alterado de consciência, semelhante a um transe, e atrai o poder da Deusa para dentro de si. A Alta Sacerdotisa funciona, então, como um canal da Deusa ou como a Deusa encarnada, dentro do círculo, até que ele seja desfeito.

ATRAIR O SOL

Atrair o Sol (tamm conhecido como "Chamar o SoFou "Atrair o Deus Chifrudo") é o ritual de invocação da força-espírito do Deus Chifrudo para o Alto Sacerdote pela Alta Sacerdotisa, que utiliza sua polaridade feminina para conjurar a essência divina na polaridade masculina do Alto Sacerdote.

Durante o ritual moderno de Wicca, o Alto Sacerdote entra num estado alterado de consciência semelhante a um transe e atrai o poder do Deus Chifrudo para dentro de si. O Alto Sacerdote funciona como um canal do Deus ou como o Deus Chifrudo encarnado dentro do círculo, até que esse seja desfeito.

 

RITUAL PAGÃO DE COMPROMISSO

 

O Compromisso é uma cerimónia de noivado wicca-niana na qual as mãos do noivo e da noiva são unidas com uma laçada consagrada para significar que eles foram unidos em matrimónio. O ritual geralmente é realizado tanto pela Alta Sacerdotisa como pelo Alto Sacerdote do coven (se o casamento não for legal) ou por um ministro legalmente reconhecido, se for preferida uma união legal. (Antes de se casarem legalmente, muitos wiccanianos preferem viver numa lei comum de "tentativa" de casa­mento, que pode ser dissolvida pela Alta Sacerdotisa  final do ano, se o marido ou a esposa estiver insatisfeito com o arranjo.)

Atradição pagã de "Pular a Vassoura", na qual o noivo e a noiva pulam j untos por cima do cabo da vassoura é uma antiga forma de cerimónia comum de casamento, pratica­da em certas regiões da Escócia, Dinamarca e China, e muito popular entre os ciganos. O Pulo da Vassoura é realizado ao término do Ritual de Compromisso.

A cerimónia de casamento apresentada a seguir é um rito de comprometimento de ligação espiritual, não legal, que pode ser realizado pela Alta Sacerdotisa ou pelo Alto Sacerdote do coven.

Antes da cerimónia, é extremamente importante que toda a área onde será realizado o compromisso seja consa­grada com sal, água e qualquer incenso purificador, como o de cedro, olíbano, sálvia ou sândalo.

Monte o altar e coloque nele tudo que será necessário para a cerimónia: duas velas brancas, um incensório, um prato com sal ou terra, um sino de altar de latão, uma vareta, um cálice com água, uma xícara com óleo de rosa para consagração, um cristal de quartzo, as alianças de casamento e duas cordas brancas. Próximo ao altar, colo­que uma grande vassoura de palha para ser usada no tradicional Pulo da Vassoura no final do rito.

Trace um círculo na direção destrógira, usando um punhal ou a espada cerimonial, e, após cada convidado ter sido abençoado com saudações e incenso, faça soar o sino do altar para dar início à cerimónia.

O noivo e a noiva devem entrar no círculo de mãos dadas. Abençoe-os com incenso e saudações, e coloque-os defronte de você e do altar (norte), enquanto os convidados para o casamento estarão reunidos em tomo do perímetro do círculo, dando-se as mãos para formar uma corrente humana. De frente para o noivo e para a noiva, levante as suas mãos para o céu e diga:

 

NESTE SAGRADO CÍRCULO DE LUZ

REUNIMO-NOS EM PERFEITO AMOR

E PERFEITA VERDADE.

OH DEUSA DO AMOR DIVINO,

EU TE PEÇO QUE ABENÇOES ESTE CASAL,

O SEU AMOR E O SEU CASAMENTO

PELO TEMPO EM QUE VIVEREM

JUNTOS NO AMOR.

POSSA CADA UM DESFRUTAR DE UMA VIDA SAUDÁVEL,

CHEIA DE ALEGRIA, AMOR, ESTABILIDADE

E FERTILIDADE.

Segure o prato com sal ou terra diante deles para que os dois coloquem a mão direita sobre o mesmo, enquanto você diz:

 

ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA. QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA A SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM AMOR, TERNURA, FELICIDADE E COMPAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

Coloque novamente o prato sobre o altar. O casal deverá se voltar para o leste. Soe o sino do altar três vezes e, então, envolva-os com o incenso e diga:

ABENÇOADOS SEJAM PELA FUMAÇA E PELO SINO

SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO

ELEMENTO AR.

QUE A DEUSA DO AMOR

EM TODA A SUA GLÓRIA

ABENÇOE-OS COM A COMUNICAÇÃO,

CRESCIMENTO INTELECTUAL E SABEDORIA

PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

 

Coloque novamente o incenso no altar. O casal deve­rá, agora, se voltar para o sul. Dê, a cada um, uma vela branca, a qual deverão segurar com a mão direita. Acenda as velas, pegue a vareta do altar e segure-a acima dos dois, enquanto diz:

ABENÇOADOS SEJAM PELA VARETA E PELA CHAMA,

SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO

ELEMENTO FOGO.

QUE A DEUSA DO AMOR

EM TODA A SUA GLÓRIA

ABENÇOE-OS COM HARMONIA, VITALIDADE,

CRIATIVIDADE E PAIXÃO

PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

Coloque novamente as velas e a vareta no altar. O casal deverá, então, se voltar para o oeste. Tome o cálice com água e salpique algumas gotas sobre a cabeça deles, enquanto diz:

ABENÇOADOS SEJAM

PELO ANTIGO E MÍSTICO

ELEMENTO ÁGUA

QUE A DEUSA DO AMOR

EM TODA A SUA GLÓRIA

ABENÇOE-OS COM A AMIZADE, A INTUIÇÃO

O CARINHO E A COMPREENSÃO

PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

Coloque o cálice com água novamente no altar. O casal mais uma vez deverá se voltar para o norte. Unte a testa deles com o óleo de rosa e segure o cristal de quartzo sobre eles, como símbolo sagrado do reino espiritual, en­quanto diz:

 

QUE A DEUSA DO AMOR

EM TODA A SUA GLÓRIA

ABENÇOE-OS COM A UNIÃO,

HONESTIDADE E CRESCIMENTO ESPIRITUAL

PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

QUE O DEUS E A DEUSA INTERIOR DE CADA UM

GUIE-OS NO CAMINHO RETO

E QUE A MAGIA DO SEU AMOR

CONTINUE A CRESCER PELO TEMPO

QUE PERMANECEREM JUNTOS NO AMOR,

POIS O SEU CASAMENTO É UMA UNIÃO SAGRADA

DOS ASPECTOS FEMININO E MASCULINO

DA DIVINDADE.

Coloque o cristal novamente no altar e consagre as alianças do casamento com uma pitada de sal e gotas de água, enquanto diz:

PELO SAL E PELA ÁGUA

EU PURIFICO E LIMPO

ESTES BELOS SÍMBOLOS DO AMOR.

QUE TODAS AS VIBRAÇÕES NEGATIVAS,

IMPUREZAS E OBSTÁCULOS

SEJAM AFASTADOS DAQUI!

E QUE PENETRE TUDO

O QUE É POSITIVO,

TERNO E BOM.

ABENÇOADAS SEJAM ESTAS ALIANÇAS

NO NOME DIVINO DA DEUSA.

ASSIM SEJA.

O noivo coloca a aliança no dedo da noiva, e ela, por sua vez, coloca a aliança no dedo dele. Agora podem trocar as promessas que escreveram com suas próprias palavras antes da cerimónia.

Após o casal haver proferido suas promessas de amor, consagre as cordas da mesma maneira que fez com as alianças, e, então, segurando-as lado a lado, faça com que o homem e a mulher segurem uma extremidade e dêem um nó enquanto expressam o seu amor um pelo outro. Amarre-as pelo meio e diga:

PÊLOS NÓS NESTA CORDA SEJA O SEU AMOR UNIDO.

Pegue a corda com os nós e amarre juntas aos mãos do noivo e da noiva. Visualize uma luz branca de energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras se unem em uma só e todos os presentes à cerimónia emitem energia, cantando repetidamente com alegria:

 

AMOR! AMOR! AMOR!

 

Após haver centralizado o poder trazido para os noi­vos e para o casamento deles, permaneça alguns minutos em silêncio e, depois, retire a corda das mãos deles, dizendo:

PELO PODER DA DEUSA

E DE SEU CONSORTE CHIFRUDO

EU OS DECLARO

MARIDO E MULHER

PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

QUE VIVAM JUNTOS NO AMOR.

ASSIM SEJA.

Os convidados agora podem aclamar, aplaudir e con­gratular-se com os recém-casados. Agradeça à Deusa e ao Deus e desfaça o círculo. Coloque a vassoura de palha horizontalmente no chão e faça com que os noivos pulem por cima dela juntos e de mãos dadas.

Termina assim o Ritual Pagão de Compromisso, que deve ser festejado por todos com vinho consagrado e o bolo do compromisso, que é tradicionalmente partido com a espada cerimonial do coven. (Ver à página 146 a receita de Bolo do Compromisso.)

 

SABÁCANDLEMAS

2 de fevereiro

Comece erigindo o altar voltado para o norte. Diante dele coloque uma vassoura de palha. Prepare uma coroa com 13 velas vermelhas e coloque-a no centro do altar. Em cada lado da coluna, coloque uma vela da cor apropriada do Sabá. À esquerda, um incensório com incenso apropria­do e um ramo de sempre-viva. (Pode também ser usado um galho da árvore ou da guirlanda do Natal anterior como decoração do altar). A direita coloque um cálice com água (água fresca de chuva ou neve derretida, se possível), um pequeno prato com pó ou areia e um punhal consagrado.

Marque um círculo com cerca de 3m de diâmetro em torno do altar, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace o círculo na direção destrógira com a espada cerimonial sagrada ou com uma vara de salgueiro, dizendo:

COM O SAL E A ESPADA SAGRADA

EU TE CONSAGRO E TE INVOCO,

OH CÍRCULO DE SABÁ DE MAGIA E LUZ.

NO NOME SAGRADO DE BRÍGIDA

E SOB A SUA PROTEÇÃO

ESTE RITUAL DE SABÁ AGORA SE INICIA.

Coloque a espada cerimonial no altar diante da coroa de velas. Acenda as duas velas do altar e diga:

OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,

A TI OFEREÇO

ESTE SÍMBOLO DO FOGO.

ASSIM SEJA.

Acenda o incenso e diga:

OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,

A TI OFEREÇO

ESTE SÍMBOLO DO AR.

ASSIM SEJA.

 

Pegue o punhal com a mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no pó ou areia e diga:

OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,

A TI OFEREÇO

ESTE SÍMBOLO DA TERRA.

ASSIM SEJA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga:

OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,

A TI OFEREÇO

ESTE SÍMBOLO DA ÁGUA.

ASSIM SEJA.

 

Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o ramo de sempre-viva e visualize na sua mente a escuridão do Inverno se desfazendo, sendo substituída pela luz agradá­vel da nova Primavera. Coloque o ramo ardente no incen­sório e diga:

 

ASSIM COMO ESTE SÍMBOLO DO INVERNO

É CONSUMADO PELO FOGO,

DA MESMA FORMA A ESCURIDÃO

É CONSUMIDA PELA LUZ.

ASSIM SEJA.

 

Acenda a coroa de velas e coloque-a cuidadosamente no topo de sua cabeça. (Quando esse ritual de Sabá é realizado por um coven, é costume o Alto Sacerdote acen­der as velas e colocar a coroa sobre a cabeça da Alta Sacerdotisa.) Pegue o punhal com a mão direita e segure-o sobre seu coração, enquanto diz:

COMO A DOCE CIBELE, EU USO UMA COROA

DE FOGO EM TORNO DA MINHA CABEÇA.

COMO DIANA, ABENÇOADA DEUSA DA SABEDORIA,

EU ACENDO AS VELAS VERMELHAS

PARA FAZER BRILHAR UMA LUZ SOBRE A MINHA PRECE

DE PAZ E AMOR SOBRE A TERRA.

OUÇAM-ME, OH, ESPÍRITOS DO AR,

OS ESPÍRITOS ABAIXO E OS ESPÍRITOS ACIMA.

ASSIM SEJA.

 

Coloque o punhal de volta no altar e termine o rito varrendo o círculo em direção levógira com uma vassoura para desfazê-lo e simbolizar a "destruição" das coisas ve­lhas. Apague as velas e devolva a coroa ao altar.

 

SABA DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA

 

Primeiro Dia da Primavera

Comece marcando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Monte um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Coloque uma vela da cor apropriada do Sabá no centro do altar. À direita (leste), coloque um incensório com o incenso apropriado do Sabá ou um turíbulo contendo pedaços de carvão aquecidos, sobre o qual a sálvia será queimada. À esquerda (oeste) da vela, coloque uma tigela com ovos cozidos decorados com runas, desenhos de fertilidade e outros símbolos mágicos.

Diante da vela (sul), coloque um punhal e uma espada cerimonial consagrados.

Após salpicar um pouco de sal sobre o círculo para purificá-lo, pegue a espada cerimonial e trace o círculo em movimento destrógiro, começando no leste. Enquanto tra­ça, diga:

ABENÇOADO SEJA ESTE CÍRCULO DO SABÁ

SOB O NOME DIVINO DE OSTARA,

ANTIGA DEUSA DA FERTILIDADE E DA PRIMAVERA.

SOB SEU SAGRADO NOME

E SOB A SUA PROTEÇÂO

ESTE RITUAL DE SABÁ AGORA SE INICIA.

Coloque a espada de volta no altar e, então, acenda a vela e o incenso. Pegue o punhal com a mão direita e ajoelhe-se diante do altar com a lâmina sobre o coração, dizendo:

ABENÇOADA SEJA A DEUSA DA FERTILIDADE, ABENÇOADO SEJA O SEU RITUAL DA ÉPOCA DA PRIMAVERA.

ABENÇOADO SEJA O REI-DEUS SOL, ABENÇOADA SEJA A SUA LUZ SAGRADA.

Coloque a lâmina da espada sobre a região do Terceiro Olho em sua testa e diga:

O SOL CRUZOU O EQUADOR CELESTE, TRAZENDO O SOL E A LUA COM A MESMA DURAÇÃO

DE HORAS.

FINALMENTE A DEUSA DA PRIMAVERA RENASCEU. A SUA BELEZA DÁ VIDA ÀS ÁRVORES E ÀS FLORES.

ABENÇOADA SEJA A DIVINA DEUSA DAS MATAS. ELA É A CRIADORA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENÇOADO SEJA O SENHOR DAS MATAS. EU CANTO ESTA CANÇÃO PARA A DEUSA E PARA O DEUS.

DESPERTEM, DESPERTEM TODOS E OUÇAM A VOZ DO CHAMADO DA DEUSA. ABENÇOADA SEJA A NOSSA MÃE TERRA, QUE ELA SEJA PREENCHIDA COM PAZ, MAGIA E AMOR.

A DEUSA RESPIRA A VIDA. A DEUSA DÁ A VIDA. A DEUSA É A VIDA. ELA REINA SUPREMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual apagando a vela e desfazendo o círculo com a espada cerimonial em movimento levógiro.

Os ovos podem ser comidos como parte do banquete do Sabá do Equinócio da Primavera, e jogam-se conchas numa fogueira ao ar livre ou enterram-nas no chão como oferenda à Mãe Terra.

 

SABÁBELTANE

1° de maio

O S aba Beltane dos Bruxos começa oficialmente ao nascer da lua da Véspera de 1^ de maio, sendo tradicional­mente realizado no alto de uma montanha onde são acesas as imensas fogueiras de Beltane para iluminar o caminho para o Verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas. (Antigamente as grandes fogueiras da Irlanda, que simbolizavam o Deus Sol doador de vida, eram acesas com a centelha de uma pederneira ou pela fricção de duas varetas.)

Se você planeja festejar Beltane em ambiente fecha­do, deverá acender o fogo em um local apropriado. (Certi­fique-se de colocar um galho ou ramo de sorveira sobre o fogo para reverenciar os espíritos guardiães de sua casa e sua família, trazendo boa sorte para a casa e mantendo afastados os fantasmas, duendes e fadas malévolos.) Se você não tiver lugar apropriado, poderá acender 13 velas verdes-escuras para simbolizar a fogueira de Beltane.

Vista-se com as cores brilhantes da Primavera (a não ser que prefira trabalhar sem roupa) e use muitas flores coloridas e de odor forte nos cabelos. (Antes de vestir-se para a cerimónia, medite e banhe-se à luz de velas com ervas para limpar seu corpo e sua alma de quaisquer impurezas ou energias negativas.)

Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro e monte um altar no centro, voltado para o leste. No topo do altar, coloque duas estatuetas para representar a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Chifrudo. Ao lado de cada uma delas, um incensório contendo olíbano e selo-de-salomão. No lado direito do altar, coloque um punhal consagrado e um cálice cheio de vinho. Acenda 13 velas verdes-escuras em torno do círculo.

Prepare uma coroa de flores do campo que florescem na Primavera, tais como margaridas, prímulas, primave­ras ou malmequeres, e coloque-a no altar diante dos sím­bolos da Deusa e do Deus.

Pode ser colocado um pequeno mastro decorado (com cerca de Im de altura) à direita do altar, enfeitado com flores e fítas de cores brilhantes.

Ajoelhe-se diante do altar. Acenda as velas e o incen­so. Feche os olhos, concentre-se na imagem divina da Deusa e do Deus, e diga:

EM HONRA À DEUSA E AO DEUS CHIFRUDO,

E SOB A SUA PROTEÇÃO,

INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.

Abra os olhos. Pegue o punhal que está no altar, cumprimente com ele o leste, e diga:

OH, DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO.

Segure o punhal em saudação na direção sul, e diga:

ABENÇOADA SEJA A VIRGEM DA PRIMAVERA, PARA ELA EU CANTO ESTA PRECE DE AMOR. ELA TORNA VERDE AS FLORESTAS E OS PRADOS, OH DEUSA DA NATUREZA, ELA REINA SUPREMA.

Segure o seu punhal em saudação ao oeste, e diga:

OLÍBANO E SELO-DE-SALOMÃO, GRAÇAS A ELA QUE FAZ GIRAR A RODA!

Segure o punhal e saúde o norte, dizendo:

ABENÇOADO SEJA O SENHOR DA PRIMAVERA,

PARA ELE EU CANTO A PRECE DO AMOR.

DEUS DIVINO DAS TREVAS,

DEUS DIVINO DA LUZ,

ESTA NOITE EU CELEBRO

OS SEUS PODERES FERTILIZANTES.

 

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a coroa de flores do campo e coloque-a no alto de sua cabeça. (Quando esse ritual é realizado por um coven, o costume é que o Alto Sacerdote a coloque sobre a cabeça da Alta Sacerdotisa.) Ajoelhe-se diante do altar, olhando para as imagens das deidades pagãs da fertilidade. Abra os braços e diga:

ESPÍRITOS DA ÁGUA E DO AR EU PEÇO QUE OUÇAM A MINHA PRECE:

QUE O CÉU E O MAR PERMANEÇAM LIMPOS,

QUE A TERRA SEJA FÉRTIL E VERDE.

ESPÍRITOS DO FOGO,

ESPÍRITOS DA MÃE TERRA,

QUE O MUNDO SEJA ABENÇOADO

COM PAZ. AMOR E ALEGRIA.

 

Pegue o cálice de vinho e levante-o com o braço esti­cado, e, enquanto derrama algumas gotas no chão, como libação à Deusa e ao Deus Chifrudo, feche os olhos e diga:

QUEIMEM OS FOGOS SAGRADOS DE BELTANE, ILUMINEM O CAMINHO PARA O RETORNO DO SOL. AS TREVAS DO INVERNO DEVEM AGORA TERMINAR, A GRANDE RODA DA VIDA GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA.

Beba o resto do vinho do cálice e, então, coloque-o de volta no altar. Apague as velas, mas deixe que o incenso termine de queimar.

O ritual está agora completo, devendo ser seguido de um banquete, de cantos e danças na direção do movimento do sol em torno da fogueira de Beltane ou do mastro decorado para simbolizar a união divina da Deusa com Seu consorte, o Deus Chifrudo.

 

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE VERÃO

Primeiro Dia do Verão

O ritual que se segue é tradicionalmente realizado pêlos Bruxos numa clareira na floresta, num grande jar­dim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza.

Comece arrumando pedras no chão para formar um grande círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente uma vara de sorveira recente­mente cortada), trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo (estrela de cinco pontas) dentro do círculo de pedras. Acenda cinco velas verdes para sim­bolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma em cada ponta do pentagrama, começando pelo leste e continuando em movimento destrógiro.

Monte um altar ou coloque uma pedra grande e acha­tada no centro do pentagrama voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado dela, acenda uma vela branca de altar. À direita (leste), coloque um sino de latão, consagrado, e um incensório de olíbano com incenso de mirra. À esquerda (oeste), coloque um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água fresca da chuva.) Abençoe o vinho, cobrindo o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz:

 

EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA.

Salpique um pouco de sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga:

COM SAL E ÁGUA

EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA.

Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu, feche os olhos e preencha a sua mente com pensamen­tos e visões agradáveis da Deusa Mãe, enquanto diz:

OH ABENÇOADA MÃE TERRA,

DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO,

A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO.

EM TEU NOME SAGRADO

E SOB A TUA PROTEÇÃO

INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.

Faça soar o sino três vezes e invoque:

ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E FORMOSA, MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA, EU INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM!

Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos, leve o cálice de vinho aos lábios. Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama, como libação à Deusa, enquanto diz:

EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO UMA OFERENDA A TI, OH GRACIOSA DEUSA DO AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.

Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça soar o sino três vezes e diga:

COM O SOL NO SEU ZÉNITE

EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO

EM HONRA A TI, OH, GRANDE DEUSA;

E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU GRAÇAS. À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER

O TEU AMOR DIVINO E OS TEUS PODERES DE CURA CRESCEM MAIS FORTES.

Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Fa­ça soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre:

ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA!

A DEUSA É VIDA.

A DEUSA É AMOR.

ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR

QUE MUDA AS ESTAÇÕES

E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO.

ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA!

A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS.

A DEUSA É A O MAR E A TERRA.

A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES

ELA É A VIDA, ELA É A MORTE

ELA É O RENASCIMENTO.

ELA É O DIA, ELA É A NOITE,

ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ,

ELA É TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES

ASSIM SEJA!

 

O Ritual do Soistício de Verão dever ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folcló­ricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa.

O Soistício de Verão é o momento tradicionalmente propício à colheita de ervas mágicas para encantamentos e poções (especialmente as da magia do amor!). E também o tempo ideal para realizar divinaçoes e rituais de cura, e para cortar varetas e bastões de divinação.

 

SABALAMMAS

 

1° de agosto

Comece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabá. À esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabá Lammas do ano anterior. À direita (leste da vela), coloque

um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.

Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a de modo destrógiro, en­quanto diz:

COM O SAL E A ESPADA SAGRADA

EU CONSAGRO E TE INVOCO,

OH CÍRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABÁ.

SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA

E SOB A SUA PROTEÇÃO

INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.

Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO FOGO.

Acenda o incenso e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR.

Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga:

OH, SENHORA DA COLHEITA,

EU TE AGRADEÇO

POR NOS SUSTENTAR

NAS PRÓXIMAS ESTAÇÕES E

PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA.

ASSIM SEJA.

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabá:

SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. À DEUSA VÓS DEVEIS VOLTAR. ABENÇOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento levógiro com a espada cerimonial.

Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabá Lammas.

 

SABÁ DO EQUINÓCIO DO OUTONO

Primeiro Dia de Outono

Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâ­metro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabá, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório. (São incenses sagra­dos para esse Sabá: benjoim, mirra, flor do maracujá, papoulas vermelhas e sálvia.)

Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, mal-me-queres, rosas brancas e car­do. As flores poderão ser arrumadas em buques ou guir-landas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.

Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo:

COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA

EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABÁ

SOB O NOME DIVINO DA DEUSA

E SOB A SUA PROTEÇÃO.

INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.

 

Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga:

OH SAGRADOS SILFOS DO AR

E REIS ELEMENTAIS DO LESTE,

EU VOS CONJURO E ORDENO

A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o sul e diga:

OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO

E REIS ELEMENTAIS DO SUL,

EU VOS CONJURO E ORDENO

A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o oeste e diga:

OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA

E REIS ELEMENTAIS DO OESTE,

EU VOS CONJURO E ORDENO

A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga:

OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA

E REIS ELEMENTAIS DO NORTE,

EU VOS CONJURO E ORDENO

A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga:

AR, FOGO, ÁGUA, TERRA,

VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER.

A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA,

O FOGO SAGRADO DO SABÁ QUEIMA.

SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA.

E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga:

ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR,

CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES.

O CALOR DO VERÃO

DEVE AGORA TERMINAR.

A GRANDE RODA SOLAR

GIROU NOVAMENTE.

QUE ASSIM SEJA!

Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos dementais e agradeça a Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.

 

SABÁ SAMHAIN

 

31 de outubro

Em muitas tradições wiccanianas, é costume o Bruxo jejuar um dia inteiro antes de realizar o Ritual do Sabá Samhain.

 

Após o banho ritual com água salgada para limpar seu corpo e sua alma de todas as impurezas e energias negativas, coloque uma veste cerimonial longa e preta (a menos que prefira trabalhar sem roupa, como fazem mui­tos Bruxos), use um colar de bolotas feito a mão em tomo do pescoço e coloque uma coroa de folhas de carvalho na cabeça.

Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro, usan­do giz ou tinta branca. Coloque 13 velas pretas e cor de laranja em tomo do círculo e à medida que for acendendo cada uma, diga:

VELA SAMHAIN DO FOGO TÃO BRILHANTE CONSAGRE ESTE CÍRCULO DE LUZ.

No centro do círculo erga um altar voltado para o norte. No centro do altar, coloque três velas (uma branca, uma vermelha e uma preta) para representar, cada uma, uma fase da Deusa Tripla. À esquerda (oeste) das velas, coloque um cálice com sidra e um prato contendo sal marinho. À direita (leste) das velas, coloque um incensório com incenso de ervas e uma pequena tigela com água. Diante das velas (sul), coloque um sino de altar de latão, um punhal consagrado e uma maçã vermelha.

Faça soar três vezes o sino do altar e diga:

SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA

E SOB A SUA PROTEÇÃO,

INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.

Salpique um pouco de sal e água em cada ponto da circunferência em tomo do círculo para limpar o espaço de qualquer negatividade ou influência malignas. Pegue o punhal com a mão direita e diga:

OUÇAM BEM, ELEMENTOS,

AR, FOGO, ÁGUA, TERRA,

PELO SINO E PELA LÂMINA EU VOS CONVOCO

NESTA SAGRADA NOITE DE ALEGRIA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com a sidra e diga:

EU TE OFEREÇO, OH, DEUSA, ESTE NÉCTAR DA ESTAÇÃO.

Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o incenso e as três velas do altar e diga:

TRÊS VELAS EU ACENDO EM TUA HONRA, OH, DEUSA:

BRANCA PARA A VIRGEM, VERMELHA PARA A MÃE, PRETA PARA A ANCIÃ.

OH DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES,

A TI ERGO ESTE TEMPLO SAGRADO

EM PERFEITO AMOR,

EM PERFEITA CONFIANÇA.

Pegue o cálice com ambas as mãos e derrame algumas gotas da sidra sobre a maçã, dizendo:

AO VENTRE DA DEUSA MÃE

RETORNA AGORA O DEUS CHIFRUDO

ATÉ O DIA EM QUE NOVAMENTE RENASCERÁ.

A GRANDE RODA SOLAR

GIRA MAIS UMA VEZ.

O CICLO DAS ESTAÇÕES NÃO TERMINA NUNCA.

ABENÇOADAS SEJAM AS ALMAS DAQUELES

QUE VIAJARAM ALÉM

PARA O MUNDO ESCURO DOS MORTOS.

EU DERRAMO ESTE NÉCTAR

EM HONRA À SUA MEMÓRIA.

QUE A DEUSA OS ABENÇOE

COM LUZ, BELEZA E ALEGRIA.

ABENÇOADAS SEJAM!

ABENÇOADAS SEJAM!

Beba o restante da sidra e, então, coloque o cálice no seu lugar no altar. Faça soar o sino três vezes, desfaça o círculo apagando as velas de cores laranja e preta, come­çando do leste e movendo em direção levógira.

Pegue a maçã do altar e enterre-a do lado de fora para nutrir as almas dos que morreram no último ano.

O Ritual do Samhain está agora completo e deve ser seguido de meditação, divinação em bola de cristal, recital de poesia mística inspirada na Deusa e uma prece dos Bruxos pelas almas de todos os membros da família e dos amigos que passaram para o Plano Espiritual.

 

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO

 

Primeiro Dia de Inverno

Comece erguendo um altar voltado para o norte. Em torno dele, trace um círculo com cerca de 3 m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Decore o altar com azevinho, visco ou qualquer outra erva sagrada para esse Sabá.

Coloque uma vela de altar branca no centro do altar. À sua esquerda coloque um cálice com vinho tinto ou sidra e um incensório. (Qualquer uma das seguintes fragrâncias de incenso é apropriada para esse ritual: louro, cedro,

pinho ou alecrim.) À direita da vela coloque um punhal consagrado e um prato com sal. Por trás do altar, um galho de carvalho de Natal com 13 velas vermelhas e verdes enfeitando-o.

Pegue o punhal com a mão direita e tire um pouco de sal com a ponta da lâmina. Deixe-o cair no círculo. Repita três vezes e diga:

ABENÇOADO SEJA ESTE CÍRCULO SAGRADO DO SABÁ

EM NOME DO GRANDE DEUS CHIFRUDO,

O SENHOR DIVINO DAS TREVAS E DA LUZ,

O DEUS DA MORTE E DE TODAS AS COISAS DO ALÉM,

abençoado SEJA ESTE CÍRCULO SAGRADO DO SABÁ

EM SEU NOME.

Coloque o punhal de volta em seu lugar no altar. Após acender o incenso e a vela, mais uma vez pegue o punhal com a mão direita. Mergulhe a lâmina no cálice e diga:

OH GRANDE DEUSA,

MÃE TERRA DE TODAS AS COISAS VIVAS,

NÓS NOS DESPEDIMOS,

POIS VAMOS DESCANSAR.

ABENÇOADO SEJA!

E NÓS TE DAMOS AS BOAS-VINDAS, OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DA CAÇA, PAI TERRA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENÇOADO SEJA!

ÁGUA, AR, FOGO, TERRA,

NÓS CELEBRAMOS O RENASCIMENTO DO SOL. NESTA NOITE ESCURA, A MAIS LONGA, ACENDEMOS O LUME DAS VELAS SAGRADAS.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue o cálice coid ambas as os e, enquanto o leva aos lábios, diga:

BEBO ESTE VINHO EM HONRA A TI,

OH DEUS DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES.

AGRADECEMOS A TI PELA LUZ DO SOL.

SALVE, OH GRANDE CHIFRUDO!

 

Beba o vinho e coloque o cálice no seu lugar no altar. Acenda as 13 velas no ramo da árvore de Natal e encerre o Ritual do Soistício de Inverno, dizendo:

 

O FOGO DO RAMO SAGRADO DO NATAL ARDE, A GRANDE RODA SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. QUE ASSIM SEJA!

 

Celebre, com alegria, num banquete com a família e os amigos até que a última vela da árvore se apague.

5

A Arte da Magia

A prática da magia é de origem antiga, sendo encon­trada em todo o mundo.

A magia é uma força que combina a energia psíquica com os poderes da vontade, para produzir os efeitos "sobre­naturais", provocar as respectivas mudanças e controlar os eventos na Natureza. Aumenta o fluxo de divindade e pode ser usada para propósitos construtivos assim como destrutivos.

A magia é uma força neutra que em si não é boa nem má. A direção do bem ou do mal é determinada pelo praticante. Entretanto, como o carma retoma por três vezes para todas as pessoas pêlos seus atos nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo ou mago utilizar a magia negra para causar danos a alguém.

Como uma ferramenta da Arte Wicca, a forma antiga da palavra magick (em inglês, com o "k" no fínal) é usada muitas vezes pêlos Bruxos para distingui-la def magica, que não pertence à Arte, mas, sim, ao teatro, ao truque com as mãos e à ilusão.

 

A magia (magick) é uma ferramenta poderosa. É parte importante de Wicca, embora secundária na adora­ção à Deusa e ao Seu consorte, o Deus Chifrudo.

Um dos elementos mais importantes na prática da magia é a sensação. É absolutamente essencial que você possua sensações fortes em relação ao que está tentando realizar para produzir o poder necessário para a realização da magia.

É também muito importante usar a visualização cria­tiva, também conhecida como "imaginação desejada". Essa é a arte ou a capacidade mágica de imaginar os resultados finais de sua magia para fazer seus desejos se materiali­zarem. É uma habilidade natural, concedida pela Deusa a determinadas pessoas; contudo, a maioria de nós precisa ativar e cultivar seus poderes por meio de muita prática, exercícios de concentração e meditação. Quando estiver lançando um encantamento, concentre-se sempre profun­damente e coloque na sua mente um claro quadro mental aquilo que você precisa ou deseja.

Sem a sensação e a visualização criativa é extrema­mente difícil (se não totalmente impossível) a magia fun­cionar.

Você também descobrirá que os melhores resultados serão obtidos se você realizar seus próprios encantamentos e/o\i criar seus próprios amuletos, talismãs e poções, em vez de confiá-los a alguém (em especial a um estranho) para realizar a magia por você. Quando fizer um encanta­mento, você estará impregnando a magia com as suas vibrações emocionais, espirituais e psíquicas.

Use a magia de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de salão ou brincadeira. Nunca utilize qualquer forma de magia para manipular a vontade ou as emoções de outra pessoa e mantenha sempre em mente o conselho wiccaniano:

NÃO PREJUDIQUE NINGUÉM, FAÇAM ELES O QUE QUISEREM.

A magia negra não lhe trará somente um mau carma por três vezes; ela também desencadeará uma contra-ex-piosão e provocará resultados desastrosos.

Antes de realizar a magia, é sempre aconselhável usar uma forma de divinação para descobrir se os resulta­dos de sua magia serão positivos ou negativos. Você poderá usar uma bola de cristal, as cartas do taro, velas, runas ou qualquer outro método que preferir. Se não for habilitado na arte da divinação, consulte um Bruxo com experiência ou um mestre respeitável nas artes ocultas.

A magia é poderosa e funciona; entretanto, determi­nados encantamentos devem ser repetidos várias vezes até que funcionem, especialmente se você for novo na arte da magia. Não se sinta desencorajado pelo fracasso. Com o treino e a prática suficientes, você logo "sentirá" a magia, e será capaz de usar os poderes para que eles trabalhem para você.

Assim como existem várias tradições wiccanianas diferentes, a magia também assume várias formas. Existe a magia cerimonial, a magia cabalística, a magia dos nativos americanos (também conhecida como xamanis-mo), o Vudu e muitas outras. A escolha da forma (ou formas) correia da magia a ser praticada depende somente da preferência pessoal do Bruxo e/ou da tradição wiccania-na, embora vários Bruxos escolham praticar a magia fol­clórica de influência europeia.

Alguns Bruxos devotara toda a sua vida ao estudo e à prática de somente uma forma de magia, enquanto outros experimentam e praticam vários tipos diferentes. Isso é questão inteiramente pessoal.

A magia é a ciência dos segredos da natureza, e, para que ela funcione apropriadamente, um Bruxo deve traba­lhar sempre em perfeita harmonia com as leis da Natureza

e da psique. O banho de água com sal e a limpeza interior do corpo mediante jejum de um dia inteiro antes de realizar o ritual mágico é, muitas vezes, necessário, especi­almente na magia cerimonial. Para ser capaz de produzir poder, o corpo físico deve ser mantido em condição saudável.

A lua e cada uma de suas fases são a parte mais essencial da magia, sendo extremamente importante que os encantamentos e os rituais sejam realizados durante a fase lunar apropriada.

A lua crescente (período entre a lua nova durante o primeiro quarto até a lua cheia) é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza.

A lua cheia aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento apropriado para realizar as invocações à Deusa lunar, os rituais de fertilidade e encantamentos que au­mentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos.

A lua minguante (época entre a lua cheia durante o último quarto até a lua nova) é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos negativos e feitiços que retirem as maldições, para terminar maus relacionamentos, reverter encantamentos de amor e afro­disíacos, acabar com maus hábitos e diminuir febres, dores e doenças.

Resumindo, para realizar magia bem-sucedida deve-se estar em harmonia com as leis da Natureza e com a psique. É importante possuir conhecimento mágico, corpo e mente saudáveis e capacidade de aceitar a responsabili­dade pelas suas próprias açÕes. É impossível obter magi­camente resultados positivos se o seu nível de energia estiver baixo ou se o seu corpo estiver contaminado por drogas prejudiciais e/ou quantidades excessivas de álcool. Trabalhe durante a fase lunar apropriada, com convicção, concentração e visualização do resultado final. Esses são os segredos para a magia bem-sucedida!

 

GOVERNANTES PLANETÁRIOS E AS INFLUÊNCIAS DOS DIAS DA SEMANA

 

DOMINGO: (governado pelo Sol) é o dia da semana apropria­do para realizar encantamentos e rituais que envol­vam o exorcismo, a cura e a prosperidade. Cores9. laranja, branco, amarelo. Incenso: limão, olíbano.

SEGUNDA-FEIRA: (governado pela Lua) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a agricultura, os animais, a fertilidade fe­minina, as mensagens, as reconciliações, os roubos e as viagens. Cores: prata, branco, cinza. Incenso: vio-leta-africana, madressilva, murta, salgueiro, absinto.

TERÇA-FEIRA: (governado por Marte) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a coragem, a força física, a vingança, as honras militares, a cirurgia e a quebra de encanta­mentos negativos. Cores: vermelho, laranja. Incenso:sangue-de-drago.

QUARTA-FEIRA: (governado por Mercúrio) é o dia da sema­na apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a comunicação, a divinação, a escrita, o conhecimento e as transações de negócios. Cores:amarelo, cinza, violeta e todas as nuanças opales-centes. Incenso: jasmim, lavanda, ervilha-de-cheiro.

QUINTA-FEIRA: (governado por Júpiter) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam sorte, felicidade, saúde, assuntos legais, fertili­dade masculina, tesouros e riqueza. Cores: azul, púrpura, índigo. Incenso: canela, ^Irmg^r^ noz-moscada, sálvia.

SEXTA-FEIRA: (governado por Vénus) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam amor, romance, casamento, assuntos sexuais, beleza física, amizades e sociedades. Cores:rosa, verde, verde-mar, verde-amarelado. Incenso:morango, sândalo, rosa, açafrão, baunilha.

SÁBADO: (governado por Saturno) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o espírito de comunicação, meditação, ataque ou defesa psíquica e localização de coisas ou pessoas desapa­recidas ou perdidas. Cores: preto, cinza, índigo. Incenso: sementes de papoula-negra, mirra.

 

ENCANTAÇÃO

 

Embora a palavra "encantação" seja frequentemente usada em relação a um amuleto ou talismã, ela corres­ponde realmente a um canto ou a uma série de palavras mágicas cantadas ou recitadas como encantamento ou entoadas sobre algum amuleto ou talismã para consagrá-lo e carregá-lo de energia mágica.

O uso das encantaçÕes é comum entre os xamãs em várias partes do mundo, especialmente na América do Sul, onde os cantos mágicos acompanham quase todos os ri­tuais mágicos.

As encantaçÕes são geralmente usadas para impedir perigos iminentes, expulsar doenças, afastar espíritos e trazer boa sorte.

Contra-encantação é um canto, amuleto ou talismã mágico e poderoso, usado para neutralizar ou reverter os efeitos de outra encantação ou encantamento.

AMULETOS

 

Amuleto é um objeto consagrado (geralmente uma pedra pequena e colorida, uma pedra preciosa ou parte de uma planta) magicamente carregado com poder para tra­zer amor ou boa sorte. Os amuletos, como as rezas e os talismãs, também podem ser usados para estimular a saúde, impedir os perigos e proteger contra as influências negativas, como o olho-grande.

Os amuletos para o amor são usados pêlos Bruxos como instrumentos mágicos para inspirar o amor e o romance, unir amores distanciados, atrair um cônjuge, evitar que um caso de amor se rompa e outras situações afins.

Quase tudo pode ser usado como amuleto: uma pedra preciosa, uma figura religiosa, uma raiz, uma flor ou um osso. Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como jóias, podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de casa, de um celeiro e até de um automóvel. Podem ser comprados, achados ou feitos. Po­dem também ser pintados ou receber inscrições de pa­lavras mágicas ou de poder e/ou símbolos para atrair determinadas influências.

O uso de amuletos é universal em quase todas as culturas, sendo familiar aos europeus e americanos mais modernos sob a forma do pé de coelho para dar boa sorte, dos trevos de quatro folhas, das ferraduras, dos anéis com a pedra do signo e das moedas de boa sorte.

Outro tipo de amuleto é o patuá: uma bolsinha de couro, seda ou algodão cheia de objetos mágicos, usada ou levada junto da pessoa para proteger ou para atrair deter­minadas coisas.

Um patuá com ervas mágicas, folhas, flores ou raízes é chamado de "patuá de ervas para o amor" ou "sache de Bruxo". Os usados para a magia do amor são chamados de "patuás do amor" ou "mojos". Na região sul dos Estados Unidos, são conhecidos como hoodoo haris^ tricks e tricken bags. Os nativos americanos chamam-nos de medicine bundies, e, na África, recebem o nome de gris-gris.

 

TALISMÃS

 

Talismã é um objeto feito a mão, de qualquer feitio ou material, carregado de propriedades mágicas para trazer boa sorte ou fertilidade e para repelir a negativi-dade.

Para carregar formalmente um talismã com poder é preciso primeiro gravá-lo e depois consagrá-lo. Inscrever nele os signos solar, lunar, astrológico, a data do nascimen­to, nome rúnico ou outro símbolo mágico que o personalize e lhe empreste um propósito.

O mais famoso de todos os talismãs mágicos é o triângulo Abracadabra que, nos tempos antigos, se acredi­tava possuir o poder de afastar as doenças e curar a febre quando as suas letras eram arrumadas em forma de pirâ­mide invertida (figura sagrada e símbolo da trindade) num pedaço de pergaminho, usado em torno do pescoço, enro­lado com linho por nove dias e nove noites e, então, atirado sobre o ombro esquerdo num regato que corresse para o lesto. (Diz-se que abracadabra é palavra cabalística deri­vada do nome "Abraxas", deidade gnóstica mística cujo nome significa "não me atinge".)

Na magia de Abramelin, talismãs mágicos poderosos, conhecidos como "quadrados mágicos", são feitos de filas de números ou letras do alfabeto arrumadas de modo que as palavras possam ser lidas vertical e horizontalmente como palíndromos, e o total dos números é o mesmo quan­do somados em ambas as direçoes.

Para que um quadrado mágico de números funcione apropriadamente, devem ser incluídos números consecu­tivos partindo do um até que o quadrado esteja completo e, de acordo com as regras da numerologia, cada número só pode ser usado uma vez em cada quadrado.

 

QUADRADOS MÁGICOS DE LETRAS

Para provocar visões em espelhos mágicos ou em bolas de cristal, inscreva o quadrado gnomótico a seguir num pedaço de pergaminho consagrado e coloque-o sob o vidro ou cristal.

G I L I O N I N

I                      I

L                    N

I                     O

O                     I

N                    L

I                      I

N I N O I L I G

Para proteger contra feitiçarias, encantos e afastar os males do olho-grande, inscreva o quadrado abaixo num pedaço de pergaminho consagrado e use-o como uma corda branca em tomo do pescoço.

L A C H A T

A               A

C                H

H               C

A               A

T A H C A L

Para fazer um espírito aparecer diante de você sob a forma humana, inscreva as palavras de poder num pedaço quadrado de pergaminho consagrado e, então, pegue o símbolo com a mão direita e diga alto três vezes o nome do espírito que você quer convocar:

 

 

L     E     V     I     A     T     A     N ERMOGASA VMI     RTEAT I     O     R     A     N     T     G     A AGTNARO     I TAETRIMV ASAGOMRE N     A     T     A     I     V     E     L

 

Deidades Pagãs

Invocam-se deidades pagãs diferentes para encanta­mentos e rituais que envolvam assuntos particulares. Temos a seguir uma lista de assuntos e suas deidades correspon­dentes:

AGRICULTURA: Adónis, Amon, Aristeus, Baldur, Bónus Eventus, Ceres, Consus, Dagon, Demeter, Dumuzi, Esus, Ghanan, Inari, Osíris, Saturno, Tamuz, Thor, Triptolemus, Vertumnus, Xochipilli, Yumcaax.

ARTES: Ea, Hathor, Odin, Thene, Thor.

ASTROLOGIA: Albion.

GATOS: Bast, Freya.

PARTO: Althea, Bes, Carmenta, Cihuatcoal, Cuchavira, Ísis, Kuan Yin, Laima, Lucina, Meshkent.

COMUNICAÇÕES: Hermes, Hermod, Janus, Mercúrio.

CORAGEM: Tyr.

SONHOS: Geshtinanna, Morfeu, Nasnshe.

TERRA: Ásia, Consus, Daghda, Eniil, Frigga, Frija, Gaia, Ge, Geb, Kronos, Ninhursag, Ops, Prithiv, Rea, Sa­turno, Sif, Tellus.

FERTILIDADE: Amun, Anaitis, Apoio, Arrianrhod, Ashera-li, Astarte, Attis, Baal, Baco, Bast, Bona Dea, Boneca, Centeotie, Cernuno, Cerridwen, Cibele, Daghda, De-meter, Dew, Dionísio, Eostre, Frey, Freya, Frigga, Indra, Isthar, Ishwara, Ísis, Kronos, Lono, Lupercus, Min, Mut, Mylitta, Ningirsu, Ops, Osíris, Ostara, Oya, Pa, Pomona, Quetzalcoati, Rea, Rhiannon, Sa­turno, Selkhet, Sida, Tane, Telepinu, TeUuno, TeUus Mater, Thunor, Tlazolteotl, Yarilo, Zarpanitu.

BOA SORTE E FORTUNA: Bónus Eventus, Daikoku, Fortuna, Ganesa, Jorojin, Laima, Tyche.

CURA: Apoio, Asclepius, Bast, Brígida, Eira, Gula, Ixtiiton, Khons, Paeon.

VIAGENS: Echua, Janus, Min.

LEI, VERDADE E JUSTIÇA: Astrea, Maat, Misharu, Themis.

AMOR: Aizen Myo-o, Alpan, Angus, Afrodite, Asera, As-tarte, Asthoreth, Belili, Creiwy, Cupido, Dzydzilelya, Érato, Eros, Erzulie, Esmeralda, Februa, Freya, Frig-ga, Habondia, Hathor, Inanna, Isthar, Kades, Kama, Kivan-Non, Kubaba, Melusine, Menu, Minne, Nana-ja, Odudua, Olwen, Oxum, Prenda, Sauska, Tlazol­teotl, Turan, Vénus, Xochipilli, Xochiquetzal.

MAGIA LUNAR: Aah, Artemis, Asherali, Astarte, Baiame, Bendis, Diana, Gou, Hathor, Hécate, Ilmaqah, Isthar, Ísis, Jaci, Kabul, Khons, Kilya, Lucina, Luna, Mah, Mama Quilia, Mani, Menu, Metzii, Myestas, Nanna, Pah, Selene, Sin, Soma, Taukiyomi, Thoth, Varuna, Yarikh, Yerak, Zamna.

CASAMENTO: Airyaman, Afrodite, Aryaman, Bes, Bhaga, Ceres, Érato, Frigga, Hathor, Hera, Hymen, Juno, Pattini, Salacia, Svarog, Thalassa, Tutunis, Vor, Xo­chipilli.

MÚSICA E/OU POESIA: Apoio, Benten, Bragi, Brígida, Ha­thor, Orfeu, Odin, Thoth, Vainemuine, Woden, Xochi­pilli.

PROFECIA, DIVINAÇÃO E ARTES MÁGICAS: Anubis, Apo-lo, Brígida, Carmenta, Ea, Exu, Hécate, Ísis, Odin,

Set, Shamash, Simbi, Tages, Thoth, Untunktahe, Woden, Xoloti.

REENCARNAÇÃO: Hera, Khensu, Ra.

MAR: Anfitrite, Benten, Dylan, Ea, Enoil, Glaucus, Leuco-thea, Manannan, Mãe Lar, Netuno, Nereus, Njord, Paldemon, Phoreys, Pontus, Poseidon, Proteus, Sho-ney, Yanun.

CÉU: Aditi, Anshar, Anu, Dyaus, Frigg, Hathor, Horus, Joch-Huva, Júpiter, Kumarbis, Nut, Obatala, Rangi, Svarog, Tane, Thor, Tiwaz, Ukko, Urano, Varuna, Zeus.

MUDANÇA DEFORMA: Freya, Volkh, Xolotl, Zeus.

SONO: Hypnos (ver também as deidades pagãs que gover­nam os SONHOS.)

MAGIA SOLAR: Amaterasu, Apoio, Atum, Baldur, Bochica, Dzahbog, Helios, Hiruku, Horus, Hyperion, Inti, Leg-ba, Lugh, Mandulis, Mão, Marduk, Maui, Melkart, Mitra, Orunjan, Paiva, Perun, Febo, Ra, Sabazius, Samas, Sams, Shamash, Sol, Surya, Tezcatlipoca, Tonatiuh, Torushompek, Utto, Vishnu, Yhi.

VINGANÇA: Nêmesis.

RIQUEZA E PROSPERIDADE: Daikoku, Jambhala, Kubera, Plutão, Thor.

TRABALHO COM O TEMPO ATMOSFÉRICO: Adad, Aeolus, Agni, Amen, Baal, Bragi, Buriash, Catequil, Chac-Mool, Chemobog, Donar, Fomagata, Ilyapa, Indra, Jove, Júpiter, Kami-Nari, Koza, Lei-Kung, Marduk, Nyame, Perkunas, Rllan, Pulung, Quiateot, Raiden, Rammon, Rudra, Xangô, Sobo, Summanus, Taki-Tsu-Hiko, Tawhaki, Tawhiri, Tefhut, Thor, Thunor, Tilo, Tinia, Typhoeus, Tyfon, Yu-Tzu, Zeus, Zu.

SABEDORIA: Aruna, Atena, Atri, Baldur, Brígida, Dainichi, Ea, Enki, Fudo-Myoo, Fugen Bosatsu, Fukurokuju, Ganesa, Minerva, Nebo, Nimir, Oannes, Odin, Ogh-ma, Quetzalcoati, Sia, Sin, Thoth, Vohumano, Zeus.

 

Herbolária

A HISTORIA DAS ERVAS

As ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos.

Os remédios de ervas são um sustentáculo na me­dicina tradicional chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.). Estão re­gistrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais.

Os antigos egípcios também usaram remédios de er­vas, e, de acordo com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egito por volta do ano 2.000 a.C.

Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que estudaram suas qualidades medicinais e re­gistraram muitas observações. Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles.

No primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego.

A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem apare­cem até nos Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, inde­pendente do fato de a igreja cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a qual tentou proibir.

As tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas nati­vas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros medica­mentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos europeus nos Estados Unidos e no Canadá.

No ano de 1526, o anónimo Grete Herball foi o primei­ro livro sobre ervas publicado em língua inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa era. Foi chamado de Gerardes Herball e era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum Botanicum, de John Parkinson, seguido de outro, sobre as influências astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper.

À medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se desenvolveram, nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu popularidade nos Estados Uni­dos e na Europa, cedendo lugar às drogas químicas ativas e à prática da quimioterapia.

Atualmente, nos Estados Unidos, testemunha-se o ressurgimento do interesse popular pelas ervas e pêlos produtos derivados, e algumas pessoas (incluindo wicca-nianos, os seguidores da Nova Era e os que se voltam para a natureza) estão começando a se afastar dos medicamentos artificialmente preparados da sociedade moderna para buscar os métodos mais naturais e antigos da cura.

As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a preve­nir e a curar doenças. E, para muitas doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença.

NOTA: muitas doenças atuais precisam dos métodos atuais de tratamento. No caso de condições emocionais ou físicas crónicas ou sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente procurado.)

Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medici­nais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, floras, supermercados e até nas flores­tas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando.

CUIDADO: muitas ervas são venenosas e podem cau­sar doenças brandas ou graves e, em alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e treinado.

As ervas mais esotéricas podem ser obtidas, nos Es­tados Unidos, em lojas que vendem artigos ocultistas ou por reembolso postal (ver meu livro, The Magick Candie-buming para uma lista alfabética atualizada de fornece­dores ERVAS RITUAUSTICAS TRADICIONAIS DOS SABÁS

SABÁ CANDLEMAS: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.

SABÁ DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: bolota, quelidônia, cin-co-folhas, crocus, narciso, comiso, lírio-da-páscoa, ma­dressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.

SABÁBELTANE: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cin-co-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz saty-rion, aspérula e primaveras amarelas.

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE VERÃO: camomila, cinco-folhas, sa­bugueiro, funcho, cânhamo, espora, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.

SABÁLAMMAS: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

-SABÁ DO EQUINÓCIO DO OUTONO: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo lei­toso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.

SABÁ SAMHAIN: bolotas, giesta, maçãs, beladona, dictamo, fetos, linho, fumaria, urze, verbasco, folhas do carva­lho, abóboras, sálvia e palha.

SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.

 

PLANTIO DAS ERVAS LUNARES

 

Um número cada vez maior de Bruxos está cultivando as suas próprias ervas, seja em fazenda, pequeno jardim nos fundos ou alguns vasos de flores na janela da cozinha, e os resultados são sempre favoráveis quando elas são plantadas em harmonia com a Mãe Natureza.

A fase da lua e o signo do zodíaco em que a lua se encontra quando a erva é plantada são extremamente importantes. A maioria das ervas deve ser plantada du­rante a lua nova ou na lua crescente e no signo de Câncer, Peixes ou Escorpião.

São exceçoes:

ALHO: plantar durante a lua cheia ou crescente no signo de Escorpião ou Sagitário.

SALSA: plantar durante a lua nova no signo de Peixes, Câncer, Libra ou Escorpião.

SÁLVIA: plantar durante a lua cheia no signo de Peixes, Escorpião ou Câncer.

VALERIANA: plantar durante a lua nova ou crescente no signo de Gémeos ou Virgem.

Os compostos devem ser iniciados quando a lua min­guante estiver nos signos de Aquário, Aries, Gémeos, Leão ou Virgem.

A melhor época para fertilizar ou transplantar é quando a lua crescente está nos signos de Câncer, Peixes ou Escorpião.

Consulte sempre um calendário lunar atualizado an­tes de plantar as ervas, e evite plantar no primeiro dia da lua nova ou no primeiro dia da lua crescente.

 

ERVAS DOS DEUSES

Essas ervas são sagradas para os deuses e deusas cujos nomes aparecem após cada uma delas.

ACÁCIA: Al-Ozza, Buda, Neith e Osíris.

ACÔNITO: Hécate e Medeia.

PITEIRA: Mayauel.

ERVA-FÉRREA: Hércules.

ANÉMONA: Adónis, Afrodite e Vénus.

ANGÉLICA: Atlantis e Michael.

ANIS: Apoio e Mercúrio.

ÁSTER: todos os deuses e deusas pagãos.

AZALÉIA: Hécates.

CEVADA: Odin.

MANJERICÃO Erzulie, Krishna, Lakshmi e Vishnu.

BELADONA: Atropos, Bellona, Circe e Hécate.

BENJOIM: Afrodite, Mut e Vénus.

ABRUNHEIRO: a Deusa Tripla no Seu aspecto escuro e protetor.

CARDO SANTO: Pa.

GIESTA: Blodeuwedd.

CANDELÁRIA: Afrodite e Vénus.

AMENTILHO: Bast e Sekhmet.

CENTÁUREA-MENOR: o centauro Quíron.

CAMOMILA: Kamayna.

TUSSILAGEM: Epona.

CENTÁUREA AZUL: Flora, e associada aos mitos de Cyanus e Quíron.

PRÍMULA: Freya.

CROCOS: Afrodite e Vénus.

NARCISO: Prosérpina.

MARGARIDA: Afrodite, Artemis, Belides, Freya, Thor, Vé­nus, Zeus e associada a Maria Madalena, São João e Santa Margarida da Etióquia.

DENTE-DE-LEÁCh Erigida.

DICTAMO: Diana, Osíris e Perséfone.

CORNISO: Consus.

ÊNULA: Helena.

EUFRÁSIA: Eufrósina.

FUNCHO: Adónis.

FENO GREGO: Apoio.

FETOS: Kupala.

LINHO: Hulda.

ALHO: Hécate e Marte

ESPINHEIRO: Hymen.

URZE: Ísis e Vénus Ericina.

HELIOTROPO: Apoio, Helios, Ra, Sol e todos os Deuses Solares.

AZEVINHO: Hei, Mãe Holie e o Deus Chifrudo nos seus aspectos minguantes do ano. MARROIO BRANCO: Hórus.

SEMPRE-VIVA DOS TELHADOS: Júpiter e Thor.

JACINTO: Apoio, Artemis e Jacinto.

ÍRIS: Hera, Hórus, Íris e Ísis. HERA: Attis, Baco, Dionísio, Dusares e Osíris. JASMIM: Diana.

ESTRAMÔNIO: Apoio, Chingichnich e Kwawar.

ALQUEMILA (espécie de orquídea): várias Deusas da Terra e associada a Virgem Maria dos mitos cristãos.

LAVANDA: Hécate, Saturno e Vesta.

ALFACE: Adónis.

LÍRIO: Astarte, Hera, Juno, Lilith e Ostara.

LISIMÁQUIA: Kupala.

LÓTUS: Brahma, Buda, Cunti, Hermes, Hórus, Ísis, Juno, Kuan-Yin, Lakshmi, Osíris, Padma, Tara e associado ao mito de Lote e Priapo.

FETO DA AVENCA CABELO-DE-VÊNUS: Dis, Kupala e Vénus.

MANDRÁGORA: Afrodite, Diana, Hécate, Saturno e associada a Circe e à lendária feiticeira teutônica Virgem Airauna.

MALMEQUER: Xochiquitzal.

MANJERONA: Afrodite e Vénus.

MENTAS: Dis, Hécate, Mintha e associada à lenda clássica da ninfa Menthe.

VISCO: Júpiter, Odin, Zeus e associado aos mitos de Balder e Eneas.

ACÔNITO: Hécate e associado a Cérbero.

LUNÁRIA: Aah, Artemis, Diana, Hina, Selene, Sin, Thoth e todas as deidades lunares.

MUSGO: Tapio.

AGRIPALMA: várias figuras de Deusas-Mae.

ARTEMÍSIA: Artemis, Diana e associada à lenda medieval de João Batista.

AMOREIRA: Minerva e associada à lenda clássica dos amantes babilónios, Piramus e Thisbe.

VERBASCO: Circe e Ulisses.

NARCISO: Dis, Hades, Narciso, Perséfone e Vénus.

ORQUÍDEA: Baco e Orchis.

RAIZ DE ÍRIS: Afrodite, Hera, Ísis e Osíris.

VIMEIRO: Hécate.

SALSA: Afrodite, Perséfone, Vénus e associada à morte e ao diabo dos mitos cristãos.

PEÔNIA: associada à lenda de Peônio.

POEJO: Deméter.

HORTELÃ-PIMENTA: Zeus.

PERVINCA: Afrodite.

TANCHAGEM: Vénus.

PAPOULA: Ceres, Diana e Perséfone.

PRÍMULA: Freya e Paralisos.

BELDROEGA: Hermes.

FRAMBOESA: Vénus.

BAMBUS: Inanna e Pa.

ROSA: Afrodite, Aurora, Chioris, Cupido, Deméter, Érato, Eros, Flora, Freya, Hathor, Holda, Ísis, Vénus e as­sociada à Virgem Maria dos mitos cristãos.

ARRUDA: Marte

JUNCOS: Acis

CENTEIO: Ceres.

SÁLVIA: Consus e Zeus. SÂNDALO: Vénus.

PIMPINELA BRANCA: Kupala. TREVO: Trefuilngid Tre-Eochair.

SELO-DE-SALOMÃO: Vor e associado ao lendário rei Salo­mão, de Israel.

MORANGO: Freya, Frigga, Vénus e associado à Virgem Maria dos mitos cristãos.

CANA-DE-AÇÜCAR: Cupido, Eros e Kama.

GIRASSOL: Apoio e Deméter.

ATANÁSIA: associada à Virgem Maria e à lenda clássica de Ganimede.

ESTRAGÃO: Lilith.

CARDO: Thor e associado à Virgem Maria.

TRIFÓLIO: Olwen.

VERBENA: Diana e Hermes.

VERVENA: Aradia, Cerridwen, Deméter, Diana, Hermes, Ísis, Juno, Júpiter, Marte, Mercúrio, Perséfone, Thor e Vénus.

VIOLETA: Afrodite, Attis, Io, Vénus, Zeus e associada à Virgem Maria.

NENÚFAR: Surya e todas as ninfas aquáticas.

AZEDINHA: todas as Deusas Triplas e associada a São Patrício.

ABSINTO: Artemis, Diana, a Grande Mãe e todas as ninfas pagãs da Rússia.

MILEFÓLIO: o Deus Chifrudo dos Bruxos e associado ao herói grego Aquiles.

 

OUTROS NOMES PARA AS ERVAS

Antigamente, várias ervas e plantas, que se supunha possuírem poderes místicos, recebiam apelidos ''bruxos" Alguns desses antigos nomes ainda são usados por muitos Bruxos e herbalistas de hoje, como "grama-de-feiticeira" para a grama-de-ponta (Agropyron repens); "sinos de fei­ticeira" ou "luvas de feiticeira" para dedaleira (Digitalis);"vassoura de feiticeira" para urze (Calluna vulgaris); "er­va de feiticeira" para cicuta venenosa (Çonium macula-tum); "círio de bruxa" ou "vela de feiticeira" para verbasco (Verbascum thapsus); "bolsa de feiticeira" para bolsa-de-pastor (Çapsella bursa-pastoris); "flor de cigano" para cinoglossa (Çynoglossam officinale); "erva de cigano" para verónica (Verónica officinalis); "pé de druida velho" para estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum)*; "violeta de mágico" para pervinca (Vinca minor); e "raiz de feiticei­ra" para ginseng (Panax schin-seng).

Historicamente, a verbena (Verbena) tem sido asso­ciada à bruxaria, magia e feitiçaria; por essa razão recebeu os apelidos bem apropriados de "erva de bruxo" e "planta de encantamento". Na antiga Roma era conhecida como a "erva do bom presságio", sendo utilizada para decorar os altares dos deuses.

Muitas ervas usadas pêlos Bruxos foram colhidas, comidas ou sacrificadas em honra a certas deidades pagãs. Suas associações mitológicas estão refletidas nos apelidos:

"grupo de Júpiter" para o verbasco (Verbascum thapsus);

"raio de Júpiter" para o meimendro (Hyoscyamus níger);

"lágrima de Juno", "planta de Mercúrio" ou "lágrimas de Ísis" para a verbena (Verbena); e "barba de Júpiter" ou "olho de Júpiter" para a sempre-viva dos telhados (Sem-pervivum tectorum).

* Nome popular de três plantas norte-americanas: Alteris farinosa, Çhamaelirium luteum e Liatris squarrosa. (N.T.)

Na Idade Média, quando a Igreja Cristã ganhou po­der, as deidades de natureza pacífica da Religião Antiga foram transformadas nos diabos da nova religião, e muitas ervas, associadas aos pagãos, tomaram-se ervas do diabo e receberam apelidos como "pedaço do diabo" para a estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum), "nabo do diabo" para a briônia (Bryonia dioica)} "chapéu do diabo" para a bardana (Petasites); "erva do diabo" para o junípero ÇJuni-per sabina)\ "provocação do diabo" e "brinquedo do diabo" para o milefólio (Achilea millefolium)9, "vinha do diabo" para a trepadeira (Çonuolvulus sepium)', "maçã de satã" e "vela do diabo" para a mandrágora europeia (Mandragora officinarum); "pedaço do diabo" para o heléboro (Veratrum viride): "ossos do diabo" para o inhame selvagem (Diosco-rea villosa); "maçã do diabo" e "trombeta do diabo" para o estômago (Datara stramonium)} "olho do diabo" para o meimendro (Hyoscyamus niger) ; "excremento do diabo" para a férula (Ferula foetidá); "doce do diabo" para o visco (Viscum álbum); e "raiz do diabo" para o cacto peiote (Lophorora williamsiï).

Na Alemanha e na Holanda, a artemísia (Artemísia vulgaris) era conhecida como "planta de São João", pois acreditava-se que, quando colhida na véspera do dia de São João (Véspera do Soistício do Verão), dava proteção contra feitiçaria, maus espíritos, doenças e infortúnios.

O estragão (Artemísia dracuncuius) é muitas vezes chamado de "erva do dragão" ou "pequeno dragão"; a arruda (Ruta graveolens) é conhecida como "erva da gra­ça", e o manjericão (Ocimum basilicum) é a "erva do amor".

Círculos de cogumelos em áreas gramadas, que mar­cam a periferia do crescimento dos micélios sob o solo, são chamados de "anéis das fadas", em virtude da crença de que os círculos são produzidos por fadas aladas. Muitas ervas estão também associadas a músicas folclóricas e recebem apelidos, como "cavalos das fadas" para a erva-de-santiago (Seneció)', "dedos de fada", "capas de fada", "dedais de fada" e "luva de fada" para a dedaleira (Digita-lis); "fumaça de fada" para cachimbo de índio (Monotropa uniflora); "erva de duende" e "cauda de duende" para a ênula (Inula helenium); e "trevo de duende" para o trevo ou azedinha (Qxalis acetosella).

O visco (Viscum álbum) era erva altamente reveren­ciada nos aspectos mágico e religioso entre os antigos sacerdotes druidas da Bretanha e da Gália pré-cristãs e se tomou conhecido apropriadamente como "erva de druida".

Acreditava-se que a centáurea (Çentaurium umbella-tum) possuía grandes poderes mágicos conhecidos dos druidas, que usavam a planta como amuleto para atrair a boa sorte e repelir o mal. E muitas vezes chamada de "casco de centauro", ligada ao lendário centauro Quíron, que a utilizava para curar ferimentos de flechas.

O absinto (Artemísia absinthium) era sagrado para a Grande Mãe, sendo conhecido como "espírito- mãe".

A alquemila (Alchem illa vulgaris), uma erva silvestre europeia, passou a ser conhecida como planta mágica importante no século 16 com a descoberta do orvalho notumo recolhido das dobras em forma de funil nas suas folhas semifechadas de nove lobos. Cientistas de mentes alquímicas daquela época consideravam o orvalho subs­tância altamente mágica, e a planta logo recebeu o nome de Alchemilia^ que significa "pequeno mago".

A mandrágora, com sua raiz misteriosa com forma humana, é planta associada à feitiçaria medieval e talvez seja a mais mágica entre todas as plantas e ervas. Na Arábia, ela é chamada de "vela do diabo" ou "luz do diabo", pela antiga crença de que suas folhas brilham no escuro, fenómeno, na realidade, causado pêlos vagalumes. Os antigos gregos chamavam a mística mandrágora de "plan­ta de Circe", pois acreditavam que Circe, feiticeira que fazia encantamentos, usava infusão de mandrágora pri­meiro para cativar e, depois, para transformar suas víti­mas. A mandrágora possui vários outros apelidos, incluindo "homem-dragão", "raiz de bruxo", "anão-terra", "raiz do diabo" e "pequeno homem enforcado".

 

ERVAS QUE CURAM

A lista que se segue dos males físicos comuns e as várias ervas usadas ao longo dos tempos para tratá-los é aqui incluída apenas para exemplificar o poder curador das ervas utilizadas pêlos Bruxos, xamas e curandeiros. Não pretende ser um guia completo do autotratamento com ervas (os métodos de tratamento não são descritos). Em caso de qualquer doença física ou emergência médica, você deverá buscar tratamento médico imediatamente.

ACNE: agrimônia, bardana, camomila, amor-de-hortelão, dente-de-leão, sabugueiro, noz-inglesa, feijão roxo, lavanda, frutos do visco, valeriana, morango-silvestre.

ALCOOLISMO: angélica, cânhamo, pimenta-caiena, matri-cária, gengibre, selo-dourado, tomilho, maracujá, quássia, groselha-vermelha, jasmim-amarelo.

ANEMIA: alfafa, alcachofra, bérberis, amora-preta, beca-bunja, pimpinela, cebolinha, confrey, dente-de-leão, ênula, feno, grego-fumária, genciana, hera-rasteira, líquen-islandês, artemísia, malvaísco, milefólio, urti­ga, quássia, erva-de-são-joão, espinafre, cálamo, to­milho, agrião.

ARTEROSCLEROSE (ENDURECIMENTO DAS ARTÉRIAS): arni­ca, alcachofra, cerefólio, dedaleira, alho, espinheiro, visco, noz-moscada, azeitona, cebola, amor-perfeito, arruda, bolsa-de-pastor, agrião, erva-de-feiticeira.

ARTRITE: amieiro, alfafa, aloé, fruto do loureiro, groselha-preta, álamo-preto, fava-dos-pântanos, bardana, bo-tão-de-ouro, pimenta-caiena, morrião-dos-passari nhos, confrey, casca de amora silvestre, filipêndula; violeta-de-jardim, alho, lúpulo, rábano silvestre, j uní-pero, kava-kava, perpétua, açafrão-do-campo, barba-de-bode, acônito, azevinho-do-monte, caruru-de-cacho, briônia-vennelha, salva, sassafrás, repolho, atanásia, tomilho, salgueiro, pírola, erva-de-feiticeira, absinto.

ASMA BRÔNQUICA: amêndoa, anis, copo-de-leite, assaféti-da, erva-cidreira, betônica, erva-impigem, vervena-azul, eupatório, bardana, goma-da-califórnia, cânha­mo, quelidônia, raiz de amora silvestre, tussilagem, confrey, cubeba, margarida, urtiga-de-anão, casca de sabugueiro, ênula, eucalipto, matricária, alho, hera-rasteira, amor-perfeito, marroio comum, rábano sil­vestre, hissopo, tabaco-indiano, estramônio, alface, lobélia, ligústica, imperatória, erva-leitosa, verbasco, mirra, urtiga, chá-de-nova-jersey, salsa, peônia, cin-za-de-espinheiro, faia-preta, trevo a vermelho, pal-meira-serra, repolho, verónica, espicanardo, drósera, verbena, agrião, cereja-preta silvestre, manjerona sil­vestre, erva-santa.

BOLHAS DE CRIANÇAS: angélica, bérberis, calêndula, alho, espinheiro, rábano silvestre, alquemila, milefólio, vis­co, artemísia, cebola, sálvia, cardo-de-são-benedito, bolsa-de-pastor, nabo, agrião.

BRONQUITE: angélica, anis, assafétida, cevada, uva-ursi-na, betônica, bago do mirtilo, álamo-preto, fava-dos-pântanos, erva-impigem, borragem, botão-de-ouro, j ataria, aipo, morrião-dos-passarinhos, trevo, cravo-da-índia, tussilagem, confrey, prímula, cubeba, dente-de-leão, ênula, eucalipto, funcho, matricária, violeta-de-jardim, alho, selo-dourado, hera-trepadei-ra, urze, cânhamo, marroio, castanha-da-índia, Uquen-islandês, líquen-irlandês, estramônio, sanguinária, alquemila, lavanda, alcaçuz, lobélia, ligústica, pulmo-nária, malvaísco, serpão, azevinho-da-montanha, orelha-de-macaco, verbasco, chá-da-nova-jersey, ce­bola, raiz de lírio, amor-perfeito, pessegueiro, tancha-gem, pleuris, prímula, rabanete, trevo-vermelho, arruda, açafrão, sálvia, erva-de-são-joão, sândalo, se-gurelha, repolho, olmo, verónica, abeto-vermelho, drósera, mirra-doce, manjerona-doce, verbena, agrião, erva-santa.

CÂIMBRAS: angélica, anis, bálsamo, beladona, betônica, sabugueiro-preto, pimpinela-branca, botão-de-ouro, calêndula, alcaravia, pimenta-caiena, quelidônia, ca­momila, coentro, prímula, casca de amora silvestre, margarida, endro, funcho, alho, meimendro, alquemi-la, lavanda, manjerona, imperatória, milefólio, agri-palma, hortelã-pimenta, rabanete, rosa, alecrim, arruda, segurelha, erva-prata, tonúlho, valeriana, menta-aquática, inhame-selvagem, pírola, aspérula, absinto.

CÂIMBRAS MUSCULARES E ESPASMOS: arnica, óleo de euca­lipto, hortelã-pimenta.

CÂNCER: cevada, erva-impigem, quelidônia, amor-de-horte-Ião, labaça, caruru-de-cacho, trevo-vermelho, eufórbio.

CASPA: piteira, camomila, hera-inglesa, feno-grego, figuei­ra, malvaísco, oliveira, quássia, alecrim, salgueiro.

CATARRO: cardo-santo, borragem, raiz de selo-dourado, língua-de-cão.

CÓLICA: angélica, anis, assafétida, cravoila, gatária, ca­momila, gengibre, hortelã-pimenta, alecrim, arruda, raiz de unicórnio.

CONDIÇÕES NERVOSAS: amendoeira, assafétida, bálsamo, betônia, borragem, gatária, aipo, camomila, espi­nheiro, meimendro, lúpulo, cachimbo-de-índio, jas­mim, lírio-do-vale, agripalma, louro-da-montanha, chá-de-nova-jersey, oliveira, amor-perfeito, maracu­já, hortelã-pimenta, pervinca, rainha-do-pântano, alecrim, arruda, sálvia, erva-de-são-joão, segurelha, scutellaricL) repolho, abeto-vermelho, tomilho, vale-nana, verbena, inhame-bravo, hamamélis, aspérula, absinto.

CONSTIPAÇÃO: piteira, amieiro, aloé, aspargo, manjericão, espadana-azul, eupatório, briônia, fava-dos-pânta-nos, bardana, evônimo-da-américa, nogueira-branca, mamona, quelidônia, centáurea, morrião-dos-passa-rinhos, chicória, pepino, dente-de-leão, apócino, mer-cúrio-de-cão, olmo, matricária, figueira, linhaça, fumitória, selo-dourado, trepadeira de cerca, mar-roio-branco, hissopo, espora, alcaçuz, óleo de linhaça, magnólia, mandrágora, malvaísco, artemísia, amo­reira, oliveira, caruru-de-cacho, prímula, linho pur­gante, rabanete, sabugueiro-vermelho, ruibarbo, sorveira-brava, sálvia, bolsa-de-pastor, erva-sabão, azeda, eufórbio, tamarindo, evônimo, nozes, labaça-da-água, freixo-branco, absinto.

CONTUSÕES: aloé, arnica, bálsamo-de-meca, erva-mora, vidoeiro, sabugueiro-preto, bardana, pimpinela-branca, calêndula, aipo, confrey, urtiga anã, feno-grego, figueira, linho, violeta-de-jardim, vara-doura-da, erva-roberto, língua-de-cão, hissopo, louro, perpé­tua, liabélia, manjerona, malvaísco, artemísia, urtiga, quiabo, oliveira, poejo, prímula, faia-preta, erva-de-são-joão, selo-de-salomão, catinga-de-mula-ta, tomilho, salgueiro, pírola, avelã-de-feiticeira, ab­sinto, erva-santa.

DIABETES: alcachofra, bago domirtilo, centáurea, chicória, dente-de-leão, urtiga-anã, ênula, feno-grego, linho, arruda-de-bode.juníparo, alface, núlefólio, urtiga, ce­bola, rainha-do-pântano, palmito-serra, selo-de-salo­mão, gerânio-pintado, sumagre, framboesa-vermelha silvestre, pírola.

DIARREIA' acácia, agrimônia, raiz de alume, amaranto, maçã, avenca, bérberis, manjericão, fruto do loureiro, erva-benta, betônica, bago do mirtilo, bistorta, erva- leitosa amarga, amieiro-preto, amora-preta, grose-lha-preta, nogueira-preta, calêndula, cânfora, cenou­ra, gatária, camomila, cinco-folhas, tussilagem, aquilégia, confrey, gerânio, labaça, filipêndula, alho, gengibre, vara-dourada, hera-trepadeira, erva-roberto, castanha-da-índia, menta, cauda-de-cavalo, língua-de-cão, hissope, líquen-islandês, árvore-de-judas, sanguinária, alquemila, perpétua, lisimáquia, pulmo-nária, garança, magnólia, barba-de-bode, agripalma, verbasco, amor-perfeito, hortelã-pimenta, pervinca, ficaria, tanchagem, romã (casca), alfena, rabanete, sabugueiro-vermelho, ruibarbo, sorveira-brava, sal­va, erva-de-sao-joão, segurelha, bolsa-de-pastor, er-va-prata, olmo, sumagre, tormentilho, vervena, cravoila-aquática, árvore-de-cera, casca de carvalho-branco, casca de salgueiro, erva-de-feiticeira, hama-méiis, vulnerária.

DIFTERIA: lobélia.

DISENTERIA: cravoila, fruto do loureiro, amora-preta, er-va-impigem, gatária, confrey, funcho, alteia, erva-de-são-joão.

DISTÚRBIOS ESTOMACAIS: camomila, goma, malmequer, menta, hortelã-pimenta, alecrim, olmo, azeda, vale-riana, milefólio.

DISTÚRBIOS FEMININOS: bérberis, trílio, tasneirinha, selo-dourado, milefólio, poejo, trílio-púrpura, erva-de-san-tiago, arruda, bolsa-de-pastor, erva-estrela, bico-de-cegonha, catinga-de-mulata, núlefólio.

DOENÇAS CARDÍACAS: acônito, angélica, arnica, aspargo, bálsamo, bérberis, betônica, bostorta, heléboro-preto, erva-impigem, borragem calêndula, cânfora, caiena, prímula, luva-da-raposa, espinheiro, alquemila, limão, lírio-do-vale, milefólio, visco, agripalma, artemísia, prímula, alecrim, arruda, açafrão, erva-de-são-joão, bolsa-de-pastor, erva-prata, valeriana, evônimo, as-pérula, semente de absinto.

DOR DE CABEÇA: angélica, anis, bálsamo, manjericão, betô-nica, vidoeiro, camomila, cânhamo, gafaria, centáu­rea, trevos, filipêndula, ferrugem, eufrásia (vermelha), funcho, matricária, gengibre, hera-trepadeira, hena, lúpulo, hera, alquemila, lavanda, lírio-do-vale, alteia, barba-de-bode, visco, artemísia, poejo, hortelã-pimen-ta, prünula, rosa, alecrim, arruda, sálvia, segurelha, bolsa-de-pastor, cardo, verbena, vervena, salgueiro-branco, pírola, aspérula, absinto, erva-santa.

DOR DE DENTE: angélica, bálsamo, pimpinela-branca, ca­momila, trevo, canabrás, gridélia, lúpulo, lavanda, verbasco, mirra, poejo, pervinca, freixo-espinhento, rosa, sassafrás, segurelha, mirra-doce, manjerona-doce, catinga-de-mulata, milefólio.

DOR DE GARGANTA: agrimônia, groselha-preta, estrela-bril-hante, bardana, confrey, gengibre, marroio-branco, limão, ligústica, malva, mirra, raiz de lírio, rosa, sassafrás, segurelha, olmo, frângula, sumaque, veró­nica.

DORDEOUVIDO: louro, alcaravia, camomila, alho, verbasco, cebola, gengibre-silvestre, milefólio.

DORES MENSTRUAIS: gatária, camomila, gengibre, agripal-ma, poejo, mirra-doce.

DORESMUSCULARESEDORES: folhas de arbor vitae, pimen-ta-caiena, hortelã-pimenta.

ECZEMA: babosa, folhas de alcachofra, folhas de amora-preta, erva-impigem, flores de giesta, bardana, botào-de-ouro, quelidônia (maior), chicória, dente-de-leão, ènula, amor-perfeito, marroio-branco, lavanda, mal­mequer, alteia, uva-da-montanha, urtiga, milefólio.

ENVENENAMENTO POR HERA: plantas de goma, impatiens pailida, estramônio, artemísia, feto-doce, erva-santa.

EPILEPSIA: alho, amor-perfeito, lobélia, malmequer, visco, artemísia, valeriana.

ERUPÇÕES: lúpulo, tanchagem.

FEBRE: acônito, angélica, maçã, cravoila, bálsamo-de-me-ca, bérberis, manjericão, vidoeiro, língua-de-passari-nho, groselha-preta, sabugueiro-preto, álamo-preto, abrunheiro, cardo-santo, eupatório, borragem, fava-dos-pântanos, pimpinela-branca, botão-de-ouro, ca-lêndula, carlina, gafaria, pimenta-caiena, cinco- folhas, prímula, dente-de-leão, rabo-de-cào, comiso, fílipên-dula, flores de sabugueiro, hera-inglesa, carvalho-in-glês, eucalipto, eríngio-feno, grego, violeta-de-jardim, ginseng, arruda-de-bode, marroio-branco, hissopo, ca-chimbo-de-índio, artemísia, limão, perpétua, lobélia, ligústica, magnólia, mandrágora, malmequer, impe-ratória, barba-de-bode, milefólio, agripalma, azevin-ho-das-montanhas, oliveira, maracujá, poejo, ficaria, casca de romã, faia-preta, quássia, framboesa, sabu-gueiro-vermelho, sálvia, sândalo, salsaparrilha, sas-safrás, morango, sumagre, tormentilho, raiz de cobra-da-virgínia, evônimo, carvalho- branco, casca de salgueiro, pírola, absinto, milefólio, erva-santa.

FEBRE TIFÓIDE: sálvia, olmo.

FERIMENTOS: aloé-vera, amaranto, arnica, betônia, erva-bicha, bistorta, amora-preta, botão-de-ouro, calêndu-la, carlina, amentilho, camomila, trevo, licopódio, confrey, prímula, ciclâmem, dente-de-leão, escrofulá-ria, linho, genciana, vara-dourada, selo-dourado, men­ta, cavalinha, sempre-viva-dos-telhados, alquemila, lariço, limão, tuia, pulmonária, bálsamo-da-montan-ha, cebola, cacto pountia, amor-perfeito, papaia, tan-chagem, álamo, amieiro-espinhento, erva-de-são-joão, sanícula, olmo, selo-de-salomão, goma- doce, plátano, vervena, pinheiro-branco, lírio-branco- do-lago, mar-garida-silvestre, índigo-silvestre, salgueiro, hamamé-lis, vulnerária, erva-santa.

GASTROENTERITE: cravoila, bálsamo, manjericão, palha (amarela), bago do mirtilo, bistorta, groselha-preta, cálamo-azul, flores de giesta, fava-dos-pântanos, cen táurea, camomila, trevos, tussilagem, ênula, eufrásia (vermelha), cinco-em-rama, alho, hissopo, sanguiná­ria, artemísia, alquemila, alcaçuz, lisimáquia, alteia, milefólio, verbasco, hortelã-pimenta, tanchagem, sal­va, cardo-de-são-benedito, erva-de-são-joão, segure-slha, erva-prata, cálamo, tomilho, menta-da-água, morango-silvestre, segurelha-de-inverno, erva-de-feiticeira, azedinha.

GOTA: betônia, vidoeiro, dulcamara, erva-moura, mostar-da-preta, fava-dos-pântanos, bardana, aipo, camomi­la, confrey, fílipêndula, genciana, rábano silvestre, estramônio, kava-kava, açafrão-do-campo, barba-de-bode, acônito, azevinho-das-montanhas, urtiga, poejo, faia-preta, erva-de-são-joão, salsaparrilha, sassafrás, verónica, catinga-de-mulata, agrião, mostarda-bran-ca, salgueiro, erva-de-feiticeira, erva-mate.

GRIPE: bálsamo, vidoeiro, amora-preta, cardo-santo, bor­ragem, pimpinela-branca, nogueira-branca, calêndu-la, cinco-folhas, trevo, tussilagem, fílipêndula, sabugueiro, alquemila, lavanda, alteia, barba-de-bode, amor-perfeito, hortelã-pimenta, raiz de pulmo-nária, prímula, alecrim, sálvia, milefólio.

HAUTOSE (MAU HÁLITO): anis, maça, erva-benta, alcaravia, canela, trevos, endro, feno-grego, selo-dourado, tuia, ligústica, mirra, salsa, hortelã-pimenta, alecrim, sálvia.

HEMORRÓIDAS: aloé, amaranto, fruto do loureiro, vidoeiro, bardana, pimpinela-branca, camomila, sabugueiro, selo-dourado, madressilva, castanha-da-índia, cava-linha, sempre-viva-dos-telhados, limão, pulmonária, milefólio, urtiga, cebola, tanchagem, ficaria, caruru-de-cacho, álamo, selo-de-salomão, cereja-preta silves­tre, hamamélis, labaça-amarela.

HEPATITE: agrimônia, dente-de-leão, labaça, quelidônia-maior.

HERPES: erva-impigem, calêndula.

HIDROPISIA: alho, espinheiro, mandrágora.

ICTERÍCIA: agrimônia, bardana, quelidônia, dente-de-leão, grama-da-praia, salsa, erva-de-são-joão.

INDIGESTÃO: angélica, anis-bálsamo, mostarda-preta, car-do-santo, genciana-azul, fava-dos-pântanos, alcara-via, pimenta-caiena, camomila, confrey, coentro, maisena, cubeba, dente-de-leão, endro, eucalipto, funcho, matricária, alho, selo-dourado, grindélia, lú­pulo, pimenta-de-eavalo, hissope, junípero, lavanda, tuia, ligústica, magnólia, milefólio, artemísia, noz-moscada, papaia, salsa, hortelã-pimenta, ruibarbo, alecrim, açafrão, salva, barba-de-bode, sândalo, saní-cula, segurelha, hortelã, mirra-doce, cálamo, valeria-na, gengibre-silvestre, segurelha-de-inverno, absinto, erva-boa.

INFECÇÕES RENAIS: trevo, dente-de-leão, grama-da-praia, bastão dourado, quelidônia-maior, cavalinha, rfdz de salsa.

INFLAMAÇÃO: arnica, borragem briônia, pimpinela-branca, camomila, morrião-dos-passarinhos, chicória, tussi­lagem, confrey, feno-grego, ginseng, selo-dourado, go­ma, trepadeira de cerca, lúpulo, lobélia, acônito, artemísia, verbasco, caruru-de-cacho, sândalo, salsa-parrilha, olmo, selo-de-salomão, catinga-de-mulata, salgueiro, pírola e hamamélis.

INSÓNIA: cânhamo, gafaria, camomila, trevo, dente-de-leão, endro, urze, lúpulo, raiz-nervosa, maracujá, prí-mula, alecrim, scutellaria^ aspérula.

INVEJA: camomila, gengibre, hortelã-pimenta.

LACTAÇÃO: angélica, anis, manjericão, erva-leitosa amar­ga, borragem, pimpinela-branca, funcho, fraxinela, arruda-de-bode, lúpulo, líquen islandês, lavanda, sal­sa, framboesa-silvestre.

LEPRA: olíbano, alho, mirra.

LEUCORRÉIA: bálsamo, uva-ursina, bistorta, nogueira pre­ta, centáurea, confrey, cubeba, feno-grego, selo-dou­rado, marroio-hranco, junípero, kava-kava, alquemila, perpétua, magnólia, mil-folhas, mirra, tanchagem, erva-de-santiago, sálvia, erva-de-sao- João, olmo, su-maque, catinga-de-mulata, tormentilha, árvore-de-cera, pírola, absinto.

MENOPAUSA: bálsamo, erva-bicha, espinheiro, lúpulo, al-quemila, raiz-da-vida, mil-folhas, visco, agripalma, artemísia, alecrim, arruda, bolsa-de-pastor, valeria-na, aspérula, absinto.

NÁUSEA: arnica, aspargo, bálsamo, bálsamo-de-meca, ce­vada, manjericão, cálamo, calêndula, alcaravia, ca­momila, trevo, gengibre, ginseng, selo-dourado, lúpulo, menta, lavanda, poejo, hortelã-pimenta, faia-preta, salva, segurelha, hortelã, valeriana, inhame-bravo, betônia, aspérula.

NEVRALGIA: pimenta-da-jamaica, botão-de-ouro, cânha­mo, camomila, prímula, meimendro, castanha-da-ín-dia, língua-de-cão, árvore da kola, lavanda, visco, acônito, laurel-da-montanha, rainha-do-pântano, scutellaria, selo-de-salomão, valeriana, inhame bra­vo, salgueiro, aspérula, absinto, erva-mate.

OBESIDADE: maçã, bálsamo, centáurea, morrião-dos-pas-sarinhos, trevo, filipêndula, funcho, vara-dourada, hera-trepadeira, lúpulo, líquen islandês, barba-de-bode, sementes de urtiga, erva-de-são-joão, sassafrás, cocleária, agrião, salgueiro.

PARALISIA: lavanda, acônito.

PEDRAS NA VESÍCULA: amieiro, espinheiro, alcachofra, bér-beris, chicória, dente-de-leão, filipêndula, linho, ár­vore do linho, hissope, mandrágora, barba-de-bode, asclepidácea, salsa, vervena, salgueiro, aspérula.

PLEURISIA: angélica, arruda, salva, olmo, verbena.

PNEUMONIA: acônito.

PRESSÃO ALTA: bérberis, erva-impigem, eupatório, cerefó­lio, trevo, ferrugem, violeta-de-jardim, alho, gengibre, espinheiro, visco, cebola, salsa, arruda, giesta-escoce sã, solidéu, bico-de-cegonha, catinga-de-mulata, cere-ja-preta silvestre, labaça-amarela.

PROBLEMAS MASCULINOS: carlina, licopódio, sementes de melão, sementes de abóbora, óleo de açafroa, óleo de soja, sementes de girassol, germe de trigo.

QUEIMADURAS: aloé, erva-moura, bardana, ealêndula, morrião-dos-passarinhos, amor-de-hortelã, tussila­gem, confrey, pepino, gomífera, língua-de-cão, sem-pre-viva-dos-telhados, líquen-irlandês, alquemila, linhaça, oliveira, tanchagem, choupo, abóbora, faia-preta, semente de marmelo, sálvia, erva-de-são-joão, olmo, espadana-doce, salgueiro, avelã-de-feiticeira.

RESFRIADOS: angélica, bálsamo, betônica, bago do mirtilo, vidoeiro, sabugueiro, erva-impigem, vervena-azul, eupatório, nogueira-branca, gatária, camomila, tus­silagem, comiso (casca), perpétua, matricária, figuei­ra, galangel, alho, gengibre, ginseng, vara-dourada (cinza), hera-trepadeira, goma, marroio-branco, his-sopo, erva-indiana, louro, limão, alcaçuz, lobélia, im-peratória, milefólio, poejo, hortelã-pimenta, raiz de pleuris, espinho do freixo, rosa, açafroa, sálvia, salsa-parrilha, cheiro-verde, palmeira-serra, saponária, es-picanardo, valeriana, bistorta-da-Virgínia, pinheiro-braneo, pírola, erva-de-feiticeira, absinto, mil-folhas, erva-santa.

REUMATISMO: alfafa, pimenta-da-jamaica, aspargo, erva-bicha, erva-moura, vidoeiro-preto, sabugueiro-preto, mostarda-preta, bistorta-preta, borragem, madeira-de-buxo, bardana, carlina, aquilégia, confrey, coen­tro, prímula, dente-de-leão, filipêndula, bolota do sa­bugueiro, matricária, alho, urze, meimendro, menta, rábano silvestre, imperatória, junípero, louro, mag-nólia, açafrão-do-campo, acônito, urtiga, amor-perfei-to, caruru-de-cacho, álamo, quássia, alecrim, sorveira brava, arruda, salsaparrilha, sassafrás, scutellaria,

repolho, cálamo, agrião, salgueiro, pírola, grama-de-feiticeira, absinto, erva santa, teixo.

ROUQUIDÃO', amora-preta, groselha-preta, morrião-dos-passarinhos, tussilagem, confrey, alho, selo-dourado, líquen islandês, alcaçuz, lobélia, pulmonária, feto de avenca, alteia, chá-do-pântano, verbasco, quiabo, tanchagem, sorveira-brava, sálvia, repolho, olmo, ce-reja-preta silvestre.

SANGRAMENTO NASAL: milefólio.

TONSILITE: betônia, bistorta, nogueira-preta, selo-doura­do, lobélia, malva, verbasco, chá-de-nova-jersey, hor-telã-pimenta, caruru-de-cacho, sorveira-brava, sálvia, olmo, catinga-de-mulata, pinheiro-branco, sal­gueiro, hamamélis, jasmini-amarelo.

TORCEDURA: confrey, lavanda, lobélia, manjerona, malme­quer, alteia, catinga-de-mulata, acônito (arnica).

TORPOR: lavanda, visco.

TOSSE: acácia, agrimônia, amêndoa, angélica, anis, assa-fétida, bálsamo-de-meca, bago do mirtilo, trílio, erva-leitosa amarga, sabugueiro-preto, erva-impigem, borragem, quelidônia, tussilagem, confrey, sobreiro, casca de amora-silvestre, cubeba, ênula, hera-ingle-sa, prímula, linho, alho, ginseng, hera trepadeira, urze, marroio-branco, rábano-silvestre, língua-de-cão, hissopo, iïquen islandês, raiz-indiana, Uquen-irlandês, estramônio, artemísia, limão, alface, alca­çuz, lobélia, ligústica, pulmonária, avenca-cabelo-de-vênus, malvaísco, milefólio, verbasco, mirra, quiabo, cebola, raiz de lírio, amor-perfeito, tanchagem, erva-lepuris, faia-preta, rabanete, trevo-vermelho, ale­crim, arruda, açafrão, sanícula, salsaparrilha, aça­froa, repolho, olmo, espinacárdio, drósera, cardo, vervena (azul), cravoila-da-água, pinheiro-branco, ce-reja-preta silvestre, erva-santa, teixo.

TUBERCULOSE: agave, betônia, trílio, morrião-dos-passa-rinhos, confrey, cubeba, eucalipto, feno-grego, linho, alho, hera-trepadeira, pulmonária, mil-folhas, ver­basco, raiz de pleuris, sálvia, olmo, evônimo, agrião, árvore-de-cera, cereja-preta silvestre, erva-santa, teixo.

TUMORES: hamamélis.

ÚLCERA DE ESTÔMAGO: alfafa, alteia, angélica, amaranto, copo-de-leite, bálsamo, bálsamo-de-meca, bistorta, bardana, calêndula, morrião-dos-passarinhos, confrey, urtiga-anã, ênula, feno-grego, alho, linha-dourada, lúpulo, líquen-islandês, sanguinária, alca­çuz, gnafálio, hibisco, urtiga, quiabo, poejo, tancha-gem, sálvia, catinga-de-mulata, grama-de-feiticeira, azeda, absinto.

VARÍOLA: gafaria, malmequer, açafrão.

VEIAS VARICOSAS: bérberis, erva-benta, bistorta, urtiga cega, pimpinela-branca, calêndula, pimenta-caiena, espinheiro, castanha-da-índia, malmequer, manjero-na, visco, casca de carvalho, sálvia, sassafrás, bolsa-de-pastor, catinga-de-mulata, árvore-de-cera, carva lho branco, hamamélis, azeda-silvestre.

VERTIGEM: bálsamo, betônia, gafaria, espinheiro, cachim bo-de-índio, lavanda, limão, visco, agripalma, hor telã-pimenta, rosa, arruda, sálvia, bolsa-de-pastor.

VERRUGAS: amieiro, espinheiro, calêndula, dente-de-leão, figueira, alho, quelidônia-maior, sempre-viva-dos-te-lhados, limão, mandrágora, erva-leitosa, verbasco, macho, drósera, sálvia-silvestre.

VERMES: aloé, erva-santa, erva-impigem, fava-dos-pânta^ nos, cenoura, gatária, pimenta-caiena, ciclâmem, ênula, alho, arruda-de-bode, rábano-silvestre, sem pre-viva-dos-telhados, espora, limão, perpétua, arte mísia, amora, cebola, papaia, romã, semente de abóbora, quássia, tamarindo, catinga-de-mulata, es tragão, tomilho, carvalho-branco, ameixa-silvestre, semente de absinto, absinto, vulnerária.

VESÍCULA BILIAR: agrimônia, alcachofra, bérberis, barda na, quelidônia, centáurea-menor, chicória, licopódio, margarida, dente-de-leão, ênula, fumaria, alho, gen­ciana, hepática, lavanda, milefólio, artemísia, cebola, hortelã-pimenta, rabanete, alecrim, morriao-escar-late, erva-de-feiticeira, absinto, linho-bravo-amarelo.

 

ERVAS DO ZODÍACO

Segue-se uma lista de ervas e os seus regentes plane­tários e influências astrológicas, se existirem.

ACÁCIA9. Marte, Escorpião. ACANTO: Lua.

ACÕNITO: Saturno, Capricórnio. BOLOTAS: Terra.

RAIZ-DE-ADÃO-E-EVA: Netuno. LÍNGUA-DE-SERPENTE: Lua, Câncer. MARGARIDA-AFRICANA: Lua. VIOLETA-AFRICANA: Vénus. AGÁRICO: Mercúrio e Plutão, Leão. AGÉRATO: Vénus. AGRIMÔNIA: Júpiter, Câncer. ALEXANDRE: Júpiter, Sagitário. ALFAFA: Júpiter. ALGA: Lua, Peixes. ALCANA: Vénus. PRUNELA: Marte, Escorpião. PIMENTA-DA-JAMAICA: Urano. ALOÉ: Marte e Vénus. ALSTÔNIA: Mercúrio

AMARANTO: Saturno.

AMARÍLIS: Vénus.

ANÉMONAS: Marte.

ANGÉLICA: Sol, Leão.

ANIS: Lua, Aquário.

ARNICA: Saturno, Capricórnio.

SETA: Júpiter.

ARARUTA: Júpiter.

ALCACHOFRA: Sol.

ASSAFÉTIDA: Plutão.

ASFÓDELO: Plutão.

ASPARGO: Júpiter.

FETO DO ASPARGO: Marte, Escorpião.

CRAVOILA: Júpiter.

AZALÉIA: Mercúrio.

LÍRIO-ASTECA: Vénus.

BÁLSAMO: Júpiter, Câncer.

BÁLSAMO-DE-MECA: Vénus e Júpiter.

ERVA-CIDREIRA: Netuno.

BÉRBERIS: Marte, Escorpião.

CEVADA: Saturno, Leão.

MANJERICÃO: Marte, Escorpião.

FRUTO DO LOUREIRO: Mercúrio.

FEIJÕES: Vénus.

UVA-URSINA: Marte e Plutão, Escorpião.

BETERRABA: Saturno.

BELADONA: Saturno, Capricórnio.

BETÓNIA (AQUÁTICA): Júpiter, Câncer.

BETÔNIA (TERRESTRE): Júpiter, Aries

BAGO DO MIRTILO: Júpiter

TREPADEIRA: Saturno.

CORNICHÃO: Saturno.

PODAGRÁRIA: Vénus.

BISTORTA: Saturno.

DULCAMARA: Mercúrio.

AMORA-PRETA: Vénus, Aries.

UTRICULÁRIA: Júpiter.

ESTRELA-RESPLANDECENTE: Júpiter.

ERVA-IMPIGEM: Vénus, Escorpião.

CAMPAINHA: Saturno.

EUPATÓRIO: Vénus e Júpiter.

BORRAGEM: Júpiter, Leão.

AMOREIRA-PRETA: Vénus, Aries e Escorpião.

BROMELIÁCEAS: Sol.

SÂMOLO: Marte.

GIESTA: Marte, Escorpião.

 

BRIÔNIA: Marte.

ESPINHEIRO CERVAL: Saturno.

FAGÓPIRO: Mercúrio.

TRIGO SARRACENO: Vénus.

BÜGULA: Vénus.

BUGLOSSA: Júpiter, Leão.

BARDANA: Vénus.

PIMPINELA: Sol.

RANÜCULO: Sol.

REPOLHO: Lua.

CACTO: Marte, Aries e Escorpião.

CALAMINTA: Mercúrio.

COPO-DE-LEITE: Lua, Escorpião.

CANDELÁRIA: Saturno.

ALGARAVIA: Mercúrio.

CARDAMONO: Júpiter.

CRAVO: Júpiter.

ALFARROBEIRA: Saturno.

CENOURAS: Mercúrio, Escorpião.

CANELA: Mercúrio.

GATÁRIA: Vénus.

CAIENA: Marte, Escorpião.

QUELIDÓNIA: Sol, Leão.

AIPO: Mercúrio.

CENTÁUREA: Sol.

CAMOMILA: Sol. Leão.

ANTHRISCUS CEREFOLIUM: Júpiter.

GRÃO-DE-BICO: Vénus.

CHICÓRIA: Júpiter e Urano.

PIMENTA EMPO: Marte, Aries.

CEBOLINHA: Marte, Escorpião.

CANELA: Sol.

CINCO-FOLHAS: Júpiter e Mercúrio.

ESCLARÉIA: Lua.

AMOR-DE-HORTELÃO Lua.

CLEMATITE (Barba-de-velho, na Inglaterra): Saturno.

TREVO: Vénus.

CRAVO-DA-ÍNDIA: Júpiter.

COUVE: Lua.

TUSSILAGEM: Vénus.

AQUILÉGIA: Vénus.

CONFREY: Saturno, Capricórnio.

CORIANDRO: Marte, Escorpião.

TALO DO MILHO: Vénus e Saturno.

HORTELÃ-FRANCESA: Júpiter.

BOTÃO-DE-ALGODÃO: Vénus.

GNAFÁLIO: Vénus.

GRAMA-DE-PONTA: Júpiter.

CANABRÁS: Mercúrio.

PRÍMULA: Vénus, Aries.

CASCA DE AMORA-SILVESTRE: Saturno.

BICO-DE-CEGONHA: Marte, Escorpião.

AGRIÃO (PRETO): Marte, Escorpião.

AGRIÃO (SCATIA): Saturno, Capricórnio.

AGRIÃO (ÁGUA): Lua.

CROCOS: Vénus.

ERVA-DA-CRUZ: Saturno.

BOTÃO-DE-OURO: Marte, Escorpião.

CUBEBA: Marte, Escorpião.

PÉ-DE-BEZERRO: Marte, Escorpião.

PEPINO: Lua, Câncer e Escorpião.

COMINHO: Marte, Escorpião e Touro.

GROSELHAS: Júpiter.

NARCISO: Sol.

MARGARIDA: Vénus, Câncer.

DENTE-DE-LEÃO: Júpiter, Sagitário.

JOIO: Saturno.

BELADONA: Saturno, Capricórnio.

URTIGA: Vénus.

ENDRO: Mercúrio.

DICTAMO: Vénus.

LABAÇA: Júpiter.

ROSA-BRAVA: Lua.

GRAMA-DA-PRAIA: Júpiter.

CÃO-DE-MERCÚRIO: Mercúrio.

ERITRÔNIO: Lua, Câncer.

FIUPÊNDULA: Vénus.

LENTILHA-D^GUA: Lua, Câncer.

ÊNULA: Mercúrio e Urano.

ENDÍWA: Júpiter

ERYNJIUMMARITIMUM: Vénus.

PERPÉTUA: Vénus.

EUFRÁSIA: Sol, Leão.

FUNCHO: Mercúrio, Virgem.

FENO-GREGO: Mercúrio.

FETOS: Mercúrio.

MATRICÁRIA: Vénus, Sagitário.

ESCROFULÁRIA: Vénus, Touro.

ESPADANA: Lua.

UNHO: Mercúrio.

PULICÁRIA: Vénus.

ERVA-DE-SANTA-MARIA: Saturno.

FLOR-DE-US: Lua

DEDALEIRA: Vénus ePIutao.

OLÍBANO: Sol, Aquário.

FUMIRIO: Saturno, Capricórnio.

TOJO: Marte, Escorpião.

GALANGEL (Cyperus hnjus): Sol, Leão.

GARDÉNIA: Vénus.

ALHO: Marte, Aries e Escorpião.

GENCIANA: Marte, Escorpião.

GERÂNIO: Vénus, Libra.

GERMANO: Marte e Mercúrio.

GENGIBRE: Lua.

GINSENG: Urano, Escorpião.

ARRUDA-DE-BODE: Mercúrio, Leão.

VARA-DOURADA: Vénus.

SELO-DOURADO: Vénus.

GROSELHA: Vénus.

POTENTILHA: Lua.

AEJOPODIUM PODAGRARIA: Saturno.

HERA-RASTEIRA: Vénus.

TASNEIRINHA: Vénus.

ORELHA-DE-LEBRE: Júpiter.

PÉ-DE-LEBRE: Mercúrio.

AMOR-PERFEITO: Saturno.

URZE: Vénus.

HELIOTROPO: Sol.

HELÉBORO: Saturno, Capricórnio.

CÂNHAMO: Netuno e Saturno, Peixes.

MEIMENDRO: Saturno, Capricórnio.

HENA: Júpiter.

ERVA-ROBERTO: Vénus.

HIBISCO: Vénus.

AZEVINHO: Saturno.

MALVA-ROSA: Vénus.

MADRESSILVA: Mercúrio e Marte, Câncer.

LÚPULO: Marte, Aries.

MARROIO-COMUM: Mercúrio.

RÁBANO-SILVESTRE: Marte, Escorpião.

CAVALINHA: Saturno.

SEMPRE-VIVA-DOS-TELHADOS: Júpiter.

JACINTO: Júpiter.

HISSOPO: Marte, Câncer.

ÍRIS: Lua.

MUSGO-IRLANDÊS: Saturno. HERA: Saturno.

ESCADA-DE-JACO Mercúrio. JASMIM: Lua e Júpiter, Câncer.

ERVA-PRECIOSA: Vénus e Netuno.

ESTRAMÔNIO: Saturno, Capricórnio.

KAVA-KAVA: Vénus.

CONCHELO: Vénus, Libra.

CENTÜREA: Saturno. SANGUINÁRIA: Saturno.

ALQUEMILA: Vénus.

ERVA-COALHEIRA: Vénus. ORQUÍDEA: Mercúrio.

CARDAMINA: Lua. LAVANDA: Mercúrio, Virgem.

ALHO-PORRÓ: Marte, Escorpião.

CAPIM-CIDREIRA: Vénus.

LENTILHA: Vénus.

ALFACE: Lua, Câncer.

 LÍQUEN: Marte, Aries.

ALCAÇUZ: Mercúrio.

LÍRIO-DO-VALE: Mercúrio e Vénus.

HEPÁTICA: Júpiter, Câncer.

LOBÉLIA: Netuno.

LISIMÁQUIA: Lua e Câncer.

LÓTUS: Netuno.

LIGÜSTICA: Sol, Touro.

PULMONÁRIA: Júpiter.

TREMOÇO: Marte, Aries e Escorpião.

GARANÇA: Marte, Escorpião. MALVA: Vénus, Sagitário.

MANDRÁGORA: Mercúrio. MALMEQUER: Sol, Leão.

MACONHA: Saturno, Capricórnio. IMPERATÓRIA: Marte, Escorpião.

CAMOMILA: Sol.

BARBA-DE-BODE: Vénus e Mercúrio, Gémeos.

MESCAL: Marte, Saturno e Netuno.

MEZEREÃO: Saturno.

PLANTAS DE SUCO LEITOSO: Júpiter

MENTAS: Vénus.

VISCO: Sol e Júpiter.

NUMULÁRIA: Vénus e Júpiter.

ACÔNITO: Lua, Câncer.

MUSGOS: Saturno, Capricórnio e Gémeos.

ERVA-MÃE: Vénus, Leão.

ARTEMÍSIA: Lua e Vénus.

VERBASCO: Saturno.

COGUMELOS: Terra, Touro.

MOSTARDA: Marte, Aries e Escorpião.

MIRRA: Júpiter e Saturno, Aquário.

NARCISO: Netuno.

URTIGA: Marte, Aries e Escorpião.

NOZ-MOSCADA: Júpiter.

AVEIA: Plutão, Leão e Virgem.

CEBOLA: Marte, Aries.

PAPOULA-DO-ÓPIO: Lua.

ARMOLE: Lua.

ORQUÍDEA: Vénus.

ORÉGANO: Marte, Escorpião.

SEDUMTELEPHIUM: Lua.

RAIZ-DE-ÍRIS: Lua.

AMOR-PERFEITO: Saturno, Câncer.

SALSA: Mercúrio.

MARACUJÁ: Vénus e Netuno.

PATCHULI: Plutão.

TRIFÓLIO: Lua.

PARIETÁRIA: Mercúrio.

POEJO: Vénus.

PEÔNIA: Sol, Leão.

HOTELÃ-PIMENTA: Vénus.

PIMENTAS: Marte, Aries e Escorpião.

MASTRUÇO: Marte.

PERVINCA: Vénus.

PEIOTE: Marte e Saturno.

FICARIA: Marte, Escorpião.

TANCHAGEM: Marte e Vénus.

RAIZ DE PLEURIS: Júpiter.

PLUMBAGINA: Saturno.

CICUTA-VENENOSA: Saturno, Capricórnio.

CARURU-DE-CACHO: Saturno, Capricórnio.

POLIPÓDIO: Saturno.

BATATA: Saturno.

PRÍMULA: Vénus, Libra.

ALFENA: Lua.

ABÓBORA: Lua.

BELDROEGA: Lua.

LAÇO-DA-RAINHA-ANNE: Mercúrio.

RABANETE: Marte, Aries.

ERVA-DE-SANTIAGO Vénus.

TASNEIRA: Vénus.

RAPONÇO: Vénus.

FRAMBOESA: Vénus.

RUIBARBO: Marte, Escorpião.

ARROZ: Sol.

ROSA (VERMELHA): Vénus.

ROSA (BRANCA): Lua, Libra.

BOTÕES DE ROSA: Júpiter.

ALECRIM: Sol, Aries.

ARRUDA: Sol, Leão.

JUNCOS: Lua, Câncer.

CENTEIO: Plutão, Virgem e Leão.

AÇAFRÃO: Sol, Leão.

SÁLVIA: Júpiter e Vénus, Leão.

ERVA-DE-SÃO-JOÃO: Sol, Leão.

SANFIRA: (Çrithmum maritimum) Júpiter.

SÂNDALO: Júpiter.

 

SANÍCULA: Vénus.

SALSAPARRILHA: Marte e Mercúrio.

SASSAFRÁS: Mercúrio.

ZIMBRO: Marte, Escorpião.

SEGURELHA: Mercúrio.

SAXÍFRAGA: Sol.

ESCABIOSA: Mercúrio.

MORRIÃO-VERMELHO: Sol.

COCLEÁRIA: Júpiter.

AZEVINHO-MARINHO: Lua, Peixes.

PLANTAS AQUÁTICAS: Lua, Peixes.

CIPERÁRIA: Mercúrio.

AUTOCURA: Vénus.

SENE: Mercúrio

GERGELIM: Lua, Touro.

BOLSA-DE-PASTOR: Saturno.

SCUTELLARIA: Saturno.

BISTORTA: Saturno.

BOCA-DE-LEÃO: Marte, Escorpião.

SAPONÁRIA: Vénus e Netuno.

SELO-DE-SALOMÃO: Saturno.

VERÓNICA: Vénus.

ESPICANARDO: Marte, Escorpião e Aquário.

ESPINAFRE: Júpiter.

ASPLÊNIO: Saturno.

EUFÓRBIO: Mercúrio.

ALBARRÃ: Marte, Escorpião.

SAIÃO-ACRE: Lua.

MORANGO: Vénus, Libra.

DRÓSERA: Sol, Câncer.

GIRASSOL: Sol.

ERVA-PASSARINHO: Sol.

MIRRA-DOCE: Júpiter.

CÁLAMO: Lua.

ATANÁSIZ: Vénus, Touro e Gémeos.

ESTRAGÃO: Marte, Escorpião.

CHÁ: Mercúrio.

CARDO: Vénus.

CARDO-SANTO: Marte, Escorpião e Aries.

CARDO-MELANCOLIA: Saturno, Capricórnio.

CARDO-DE-NOSSA-SENHORA: Júpiter.

CARDO (SEMENTE): Vénus.

CARDO-ESTRELA: Marte, Escorpião.

ESPINHEIRO: Júpiter.

TOMILHO: Vénus, Aries.

LINÁRIA: Vénus e Marte.

TABACO: Marte, Escorpião.

TORMENTIL: Sol.

ARBUSTO-RASTEJANTE: Urano.

TULIPA: Vénus.

RAIZ DE UNICÓRNIO (FALSA): Plutão.

RAIZ DE UNICÓRNIO (VERDADEIRA): Urano.

VALERIANA: Mercúrio.

VERBENA: Vénus.

VERVENA: Vénus, Touro e Gémeos.

VINHAS: Sol.

VIOLETAS: Vénus, Libra.

TREPADEIRA-DA-VIRGÍNIA: Saturno.

GOIVO-AMARELO: Lua.

JUDEU-ERRANTE: Mercúrio.

CASTANHA-DA-ÍNDIA: Lua.

AGRIÂO-AQUÁTICO: Lua.

NENÚFAR: Lua, Câncer.

MUSGOS AQUÁTICOS: Lua, Peixes.

FLOR-DE-CERA: Saturno.

CEREJA-DE-INVERNO: Vénus.

PÍROLA: Lua.

GLICÍNIA: Netuno, Aquário.

ERVA-DE-FEITICEIRA: Júpiter

HAMAMÉLIS: Saturno.

ISATIS: Saturno.

VENENO-DE-LOBO: Saturno.

ASPÉRULA: Vénus e Marte.

AZEDINHA: Vénus.

ABSINTO: Marte e Plutão, Escorpião.

VULNERÁRIA: Saturno.

MILEFÓLIO: Vénus.

IÚCA: Plutão.

 

 

A Cozinha da Bruxa

INCENSO DA DEUSA

(Prepare esse incenso na lua nova.)

Ig de óleo de cipreste

Ig de azeite de oliva

15g de pétalas de rosa secas

15g de casca de salgueiro banco

3 sorvas secas

l colher (de chá) de semente de anis

 

Numa pequena tigela misture o óleo de cipreste e o azeite de oliva. Separe. Usando um almofariz e um pilão, reduza as folhas das rosas e as cascas de salgueiro-branco, as sorvas e as sementes de anis a pó e misture. Adicione esses ingredientes ao óleo, misture e agite bem.

Consagre o Incenso da Deusa com uma bênção e queime-o num bloco de carvão em brasa para glorificar

e/OM invocar a Deusa. (Pode também ser usado nos rituais de cura, nos rituais lunares, nas divinaçoes e em todas as formas de magia do amor).

Para fazer o incenso em forma de bastão ou de cone, não adicione o óleo de cipreste nem o azeite de oliva e acrescente um pouco de goma arábica ou de acácia na mistura em pó das ervas para torná-la viscosa. Cuidado­samente coloque palha de giesta na mistura ou use as pontas dos dedos para enrolar pequenas porções da mis­tura em forma de cone. Deixe o incenso secar bem antes de queimá-lo.

 

INCENSO DO DEUS CHIFRUDO

15g de tintura de benjoim

Ig de óleo de sândalo

Ig de óleo de olíbano

Ig de óleo de mirra

salitre

30g de carvão em pó

l pitada de assafétida seca

l pitada de cardo-santo seco

l pitada de hortelã-pimenta seca

Numa pequena tigela misture o benjoim e os três óleos. Adicione uma pitada de salitre e agite bem. Usando um almofariz e um pilão, reduza a pó o carvão e as ervas secas e, então, lentamente, junte-os à mistura de óleos e salitre. Continue agitando até que se forme uma massa grossa. Espalhe a mistura num recipiente pequeno, qua­drado e bem untado, de vidro ou de cerâmica (pode ser usado também uma pequena caixa de metal ou de plástico revestida de alumínio) e deixe-a secar por 45 minutos. Usando uma faca afiada ou um punhal cerimonial de cabo branco, corte o incenso em pequenos quadrados, retire-o do recipiente e consagre-o antes de usar.

O Incenso do Deus Chifrudo pode ser queimado como poderoso incenso de altar para glorificar e/o\i invocar o Deus Chifrudo (ou qualquer deus fálico pagão), afastar todas as energias negativas e ampliar os trabalhos mági­cos de todos os rituais wiccanianos.

 

INCENSO EGÍPCIO DO AMOR

(Prepare esse incenso à luz de uma vela vermelha ou rosa numa noite de lua nova.)

15g de benjoim

15g de canela

15g de galangal

15g de olíbano

30g de mirra

3 gotas de mel

3 gotas de óleo de lótus

l gota de óleo de rosa

l pitada de semente de íris seca e em pó

Usando as mãos nuas, misture o benjoim, a canela, a galangal, o olíbano e a mirra numa grande tigela não-me-tálica. Adicione o mel, os óleos de lótus e de rosa e a raiz de íris. Misture bem enquanto recita o seguinte encanta­mento mágico:

 

PELO ANTIGO E MÍSTICO PODER DE ÍSIS,

DEUSA SUPREMA DE DEZ MIL NOMES

E SÍMBOLO DA MATERNIDADE DIVINA E DO AMOR,

EU CONSAGRO E DEDICO ESTE INCENSO

COMO INSTRUMENTO PODEROSO DE MAGIA DO AMOR

PELO FOGO DO SOL,

PELO FOGO DA LUZ,

QUE ESTE INCENSO SEJA CARREGADO

NO NOME DIVINO DE ÍSIS,

SENHORA DOS MISTÉRIOS

E BELA DEUSA DA MAGIA

E DO ENCANTAMENTO.

ABENÇOADO SEJA SOB OS NOME DE AHIO, ARIAHA, ARAINAS E KHA.

QUE ASSIM SEJA!

Cubra bem a tigela com uma toalha plástica e deixe-a repousar por, pelo menos, duas semanas em local escuro e tranquilo para maturar.

Usando um almofariz e um pilão, moa os ingredientes até obter um pó fino e utilize-o em encantamentos de amor como "pó do amor" ou queime-o num bloco de carvão em brasa, como incenso mágico para atrair amor, reunir par­ceiros afastados ou invocar as deidades egípcias antigas (especialmente Ísis e Hathor.)

OLÍBANO

2 colheres (de sopa) de olíbano em pó

l colher (de sopa) de raiz de íris em pó

l colher (de chá) de trevo em pó

l colher (de chá) de óleo de limão.

 

Misture o olíbano, a raiz de íris e o trevo. Adicione o óleo de limão, agitando a misture. Coloque-a numa jarra de vidro claro, sele ou coloque uma rolha de cortiça aper­tada e mantenha num local escuro e fresco por dois ou três meses antes de usar.

O incenso de olíbano é excelente para ser usado ao realizar magia de cura. Pode também ser consagrado e queimado sob um bloco de carvão em brasa como um incenso de altar para glorificar o Deus Chifrudo e a Mãe Deusa.

 

INCENSO DE HÉCATE

3/2 colher (de chá) de folhas secas de louro

1/2 colher (de chá) de folhas secas de menta

1/2 colher (de chá) de cardo seco

l pitada de resina de mirra

l pitada de resina de olíbano

13 gotas de óleo de ciprestre

3 gotas de óleo de cânfora

Usando um almofariz e um pilão, amasse o louro, a menta e o cardo até quase reduzi-los a pó. Agite as resinas de olíbano e de mirra. Adicione os óleos de cipreste e de cânfora e misture bem. Guarde numa jarra coberta e bem tampada e deixe a mistura maturar por, pelo menos, duas semanas antes de usar.

Queime num bloco de carvão em brasa durante o Ritual de Hécate (13 de agosto) para honrar a Deusa ou nos rituais de lua cheia como poderoso incenso para previsão.

 

INCENSO DE BOM AUGÚRIO

5 pétalas de rosa

15g de mirra

30g de sangue de drago

15g de sassafrás

15g de flores de laranja

15g de juníparo

15g de salva

Ig de óleo de olíbano

 

Usando um almofariz e um pilão, reduza a pó e misture todos os ingredientes secos juntos numa noite de lua nova, enquanto visualiza as coisas de que precisa e que deseja. O incenso do Bom Augúrio pode ser queimado sobre carvões em brasa enquanto realiza encantamentos mágicos e rituais que envolvam dinheiro, sorte e oportunidade.

POTPOURRIBO SABÁ LAMMAS

l colher (de sopa) de absinto seco

3 colheres (de sopa) de noz moscada rasteira

1/2 colher (de sopa) de raiz de mandrágora em pó

13 gotas de óleo de pinho

1/4 xícara de azeite de oliva.

 

Coloque todos os ingredientes numa jarra de vidro limpa e, cuidadosamente, mexa na direção destrógira. Feche bem e deixe repousar durante 13 noites em local escuro e fresco.

Coe numa gaze e use o óleo para untar velas para magia de desejo, quebrar a má sorte e encantamentos para atrair boa sorte, dinheiro e sucesso.

 

ÓLEO DE AZAR

 

1/4 xícara de óleo de girassol

3 colheres (de sopa) de mel

3 sementes secas de abóbora

6 gotas de óleo de madressilva

3 gotas de óleo de rosa

3 gotas de óleo de patchuli

 

Quando a lua estiver cheia, amasse as sementes de abóbora com um pilão num almofariz e, então, misture todos os ingredientes junto à luz de uma vela branca nova. Utilizando um alfinete de prata esterilizado, pique o seu polegar direito e adicione três gotas de seu sangue à mistura. Cuspa duas vezes e agite por três vezes. Guarde num recipiente hermético até que você esteja pronto para usá-lo.

Use o óleo do Azar para untar velas para lançar encantamento, para divinação, comunicação com espíritos e invocação do loas Vudu.

 

ÓLEO DE ESPÍRITO

 

l colher (de sopa) de íris em pó ou de raiz de serpentária

l colher (de sopa) de selo-de-salomão seco

l colher (de sopa) de alecrim seco e triturado

l pequena pitada de jade ou turquesa em pó*

3 gotas de óleo de sândalo

3 gotas de óleo de menta

1/4 xícara de óleo de açafroa

* As pedras podem ser facilmente tutoradas, utilizando-se uma lima de metal

 

Misture todos os ingredientes e guarde num vidro bem fechado por, pelo menos, três semanas em local escuro e fresco.

Coe numa gaze e use para untar velas para exorcis-mos, sessões espíritas, anular encantamentos, rituais de purificação, proteção contra influências malignas e encan­tamentos para aumentar os poderes de clarividência.

 

RECEITAS DE UNGUENTO PARA O VOO DAS BRUXAS

Dizia-se que o conhecido "Unguento para o voo das Bruxas", poderosa mistura herbal que produz efeitos psi-codélicos, era usado pelas Bruxas na Idade Média. Consis­tia, principalmente, de salsa, cicuta, água de acônito, folhas de papoula, fuligem, sangue de morcego, beladona, meimendro e haxixe.

Num grande caldeirão sobre o fogo esses ingredientes seriam misturados junto com gordura derretida de uma criança não-batizada e, então, esfregado em várias partes do corpo da Bruxa para capacitá-la a "voar" para o Sabá. (Naturalmente as Bruxas não voavam literalmente; entre­tanto, o unguento realmente induzia a alucinações incrí­veis, visões psíquicas e projeções astrais.)

Segue-se uma receita atual de um unguento para o voo das Bruxas. É mais seguro de ser usado e muito mais fácil de preparar.

1/4 xícara de toucinho

1/2 colher (de chá) de óleo de trevo

l colher (de chá) de fuligem de chaminé

1/4 de colher (de chá) de cinco-folhas seca

 

1/4 de colher (de chá) de artemísia seca

1/4 de colher (de chá) de cardo seco

1/4 de colher (de chá) de vervena seca

1/2 colher (de chá) de tintura de benjoim

 

Com um almofariz e um pilão, triture as ervas secas até que virem pó. Num pequeno caldeirão ou panela, aqueça o toucinho em chama baixa até que dissolva com-pletamente. Adicione as ervas, o óleo de trevo e a fuligem de chaminé ao toucinho e misture bem. Junte o benjoim como preservativo natural, misture tudo em movimento destrógiro e, então, cozinhe por 10 a 15 minutos. Coe-o numa gaze para um recipiente à prova de calor e deixe esfriar. Guarde na geladeira ou em local escuro e fresco até que esteja pronto para ser usado.

Numa noite de lua cheia, unte suas têmporas e o "Terceiro Olho" com uma pequena porção do unguento para voar antes de uma projeção astral ou sonho mágico.

NOTA: Esse unguento para voar é de uso somente externo.

 

POÇÃO DO AMOR DOS BRUXOS E CIGANOS

l colher (de sopa) de manjericão seco e triturado

l colher (de sopa) de funcho seco

l colher (de sopa) de vervena europeia seca

3 pitadas de noz moscada rasteira

1/4 xícara de vinho tinto

Coloque todos os ingredientes num caldeirão. Misture bem e leve o caldeirão ao fogo. Acenda uma vela cor-de-rosa que tenha sido untada com óleo de rosa e diga:

 

LUZ DA VELA, MORNA E BRILHANTE, ACENDA AS CHAMAS DO AMOR ESTA NOITE QUE O AMOR DA MINHA ALMA COMPANHEIRA QUEIME FORTE POR MIM. ESTA É A MINHA VONTADE, QUE ASSIM SEJA!

Após a poção ter fervido por três minutos, retire o caldeirão do fogo e deixe esfriar. Coe o líquido numa gaze limpa e coloque numa xícara. Adicione um pouco de mel para adoçar a poção e beba.

Se você deseja o amor de determinado homem ou mulher, concentre-se sobre ele ou ela enquanto prepara a bebida. Beba metade da poção e dê a outra metade para o ser amado a fim de que ele a beba logo que possível. Se ele ou ela for carmicamente perfeito para você, a centelha do amor será instantaneamente acesa. Naturalmente, o resto ficará por sua conta.

NOTA: As melhores épocas para preparar a Poção do Amor dos Bruxos e Ciganos, como todas as poções e encan­tamentos de amor, são as sextas-feiras (regidas por Vé­nus), a Véspera de Santa Agnes (a noite de 20 de janeiro), o dia de São Valentim (14 de fevereiro), qualquer noite de lua crescente e sempre que a lua estiver nos signos regidos por Vénus, Touro ou Libra.

 

BOLO DO COMPROMISSO WICCANIANO

 

l xícara de manteiga

l xícara de açúcar

1/2 xícara de mel

5 ovos

2 xícaras de farinha

2 colheres (de sopa) de casca de limão ralada

2 1/2 colheres (de sopa) de suco de limão

l colher (de chá) de água de rosas

l pitada de manjericão

6 folhas frescas de gerânio rosa

 

Nuína tigela grande apropriada bata a manteiga e o açúcar até fícar leve e com bolhas. Adicione o mel e misture bem. Coloque os ovos, um a um, batendo bem a cada um. Adicione a farinha aos poucos, misturando bem com uma colher grande de madeira após cada porção. Bata as raspas de limão, o suco do limão, a água de rosas e a pitada de manjericão — a erva do amor. Forre uma forma untada para pão com 22cm x 12cm x 7cm com as folhas de gerânio rosa e despeje a massa. Asse o bolo em forno pré-aquecido a 350° por uma hora e 15 minutos. Retire do forno quando estiver pronto e deixe-o descansar por 20 minutos antes de desenformar. Cubra com glacê ou açúcar antes de servir.

 

SABÃO DOS BRUXOS À MODA ANTIGA

2 kg de toucinho

400g de lixívia (l caneca)

5 xícaras de água fria

l colher (de sopa) de óleo de lavanda

l colher (de sopa) de óleo de patchuli

l xícara de suco fresco de morangos

1/4 xícara de casca seca de saponária

 

Numa grande caldeira esmaltada ou de ferro dissolva o toucinho em fogo baixo. (NOTA IMPORTANTE: nunca use panelas e utensílios de alumínio quando trabalhar com um sabão que contenha lixívia.) Num pote de ferro ou esmal­tado, separado, mexa a lixívia com a água. Aqueça até que surjam pequenas bolhas. Não ferva. Retire do fogo e len­tamente despeje a solução de lixívia no toucinho. Com uma grande colher de madeira, misture os óleos de lavanda e patchuli, o suco de morango e a casca da saponária. Co­zinhe por 30 minutos, mexendo sempre. Despeje em reci­pientes de vidro ou esmaltados de 50cm e deixe esfriar por uma noite. Corte o sabão em quadrados e deixe-os no recipiente por, pelo menos, três dias antes de retirá-los Coloque as barras de sabão em papel encerado e deixe-as maturar em local de pouco movimento por quatro a seis semanas antes de usar.

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A Magia das Arvores

CULTO A ARVORE

O culto às árvores é a primeira forma que surgiu de religião. O culto envolvia originalmente o sacrifício de seres humanos e de animais aos "espíritos das florestas" em troca de proteção contra o infortúnio. Finalmente esse costume bárbaro foi abandonado e surgiram atos mais civilizados e menos repulsivos, como o bater na madeira para afastar olho-grande, que se mantém até hoje.

DEUSES E ESPÍRITOS DAS ÁRVORES

A Arvore, símbolo fálico e sagrado para vários deuses e deusas, representa a vida e a imortalidade. Na história, existiram várias associações mitológicas entre deidades e árvores, como a de Apoio e o louro, Attis e o pinheiro, Atena e a oliveira, Osíris e o cedro, e Júpiter e o grande carvalho.

A árvore é o símbolo mais poderoso e majestoso de vegetação e teve papel importante em várias lendas da antiguidade. Acreditava-se que várias deidades, tanto do panteão grego como do romano, tinham nascido sob ár­vores, e, em vários mitos e fábulas, heróis incontáveis (e também deuses) eram magicamente transformados em árvores como resultado da pena ou da ira dos deuses poderosos.

As árvores têm sido encarnações e símbolos de várias deidades (Gautama Buda encarnou como espírito de ár­vore 43 vezes) e também serviram como residência de espíritos, ninfas e vários outros seres sobrenaturais, aos quais eram consagradas.

O génio da antiga Arábia vivia dentro de árvores e possuía poderes de mudar as formas. Na Alemanha e na Escandinávia, acreditava-se que criaturas semelhantes a duendes estranhos, conhecidas como "esposas-de-musgo" ou "mulheres-selvagens", habitavam determinadas árvo­res nas florestas. Na Rússia existem histórias de demónios de um olho só. Na América do Sul, fantasmas perigosos da floresta, que atraem os humanos para a morte, habitam as florestas. No folclore japonês, existem grotescos espíri­tos da floresta que possuem cabeça e patas de falcão, corpo de homem e um grande nariz. No antigo Egito e na Pérsia, vários deuses e deusas frequentemente habitavam ou to­mavam a forma de árvores (sicômoros sagrados em par­ticular), e, na Grécia, as três ninfas conhecidas como dríades e hamadríades tinham a vida ligada a determina­da árvore, sentindo qualquer dano a algum galho ou ramo, como um ferimento, e morrendo quando a árvore murcha­va ou morria.

Assim como havia associações mitológicas entre os deuses e as árvores, havia também associações entre elas e as ninfas; Rea e a romã; Hélica e o salgueiro; Filira e a lima; Dafne e o laurel, entre outras.

As árvores são reverenciadas na África, e acredita-se que sejam habitadas por deuses tribais e espíritos benevo­lentes que dão o sol e a chuva, fazem as sementes cres­cerem e abençoam as mulheres com a fertilidade. Entretanto, é crença comum entre o povo Basoga da África Central que um espírito da árvore ficará enraivecido se sua moradia for cortada e trará a morte para o chefe da tribo e para toda a sua família.

Os iroqueses e outras tribos nativas americanas acre­ditam que cada árvore possui o seu espírito guardião ou deus guardião, sendo costume agradecer-lhe pêlos pre­sentes que dão em forma dos frutos.

Os textos religiosos japoneses mencionam Kuku-No-Chi, um deus que habita os troncos das árvores, e Hamori, um deus que protege as folhas das árvores. Os japoneses também acreditam que cada árvore é protegida por sua própria deidade particular.

 

AS ARVORES NA RELIGIÃO ANTIGA

A árvore é um dos símbolos tradicionais mais essen­ciais, e seu culto tem sido parte importante e altamente influente na história da religião de quase todas as raças sobre a face da terra.

No culto às árvores de muitas culturas pagãs antigas, a maioria delas era tida como feminina, e sua seiva, oferecida em cálices dourados aos deuses. Acreditava-se que todas as suas partes possuíam poderes místicos, e os rebentos que nasciam sobre as sepulturas dos seres huma­nos ou dos animais sacrificados eram tidos como especial­mente sagrados.

As árvores eram símbolo essencial da religião caidéia. Símbolos em forma de árvore foram encontrados nos tem­plos antigos e em cilindros gravados, e há descrições de usos dos ramos tanto nas cerinias religiosas como má­gicas nos textos sagrados dos caldeus.

Na antiga Ática, durante a orgia dionisíaca (o festival do deus grego do vinho, Dionísio), as árvores eram cobertas com vestes e jóias para representar o deus. Essa prática era também comum em outros festivais gregos (e também romanos).

Árvores sagradas estilizadas, cercadas de seguidores e decoradas com guirlandas aparecem em muitas escultu­ras indianas dos tempos antigos. (Outro estágio de estili-zação da árvore sagrada é sua decoração com máscara ou artigo de vestuário para simbolizar a deidade; e, por fim, a escultura do seu tronco numa estátua.)

Na Grécia, quando se honrava um deus ou uma deu­sa, eram colocadas grinaldas feitas dos galhos da sua árvore sagrada sobre a mesma, que era, então, adorada. Penduravam-se, também, várias oferendas e presentes, trofeus de caça e armas dos conquistadores para trazer boa sorte.

Mesmo após muitos pagãos terem sido convertidos aos novos caminhos do cristianismo, as pessoas continua­ram a acender velas e a oferecer pequenos sacrifícios sob árvores sagradas. (Nos tempos atuais os Bruxos ainda penduram guirlandas sobre certas árvores e dançam em torno de seus troncos.)

 

YGGDRASIL

O conceito de universo como árvore aparece repetida­mente na mitologia e no simbolismo pagãos, sendo talvez mais bem conhecido na sua forma escandinava, onde, acredita-se, um freixo gigante sempre verde, conhecido como "Yggdrasil", é a "Arvore do Mundo", que liga o Céu ao submundo. Seu tronco sagrado passa pelo centro do mundo, e seus galhos se espalham sobre os céus e estão cheios de estrelas brilhantes. As três deusas do destino habitam suas raízes, junto com uma serpente gigantesca, semelhante a um dragão. Debaixo do Yggdrasil, os deuses teutônicos se reúnem todos os dias para julgar.

 

A ARVORE DA VIDA

O folclore e as mitologias de várias culturas diferentes em todo o mundo contêm uma gigantesca Árvore da Vida, que é a essência de todas as árvores e cujos frutos conferem a imortalidade quando comidos pêlos mortais.

A Árvore da Vida, na lenda nahua, era a piteira — uma planta tropical que se dizia ter sido descoberta pela deusa de 400 troncos Mayauel. (De acordo com a antiga religião asteca, o "leite" da piteira fora utilizado pelo deus de cabeça de cachorro, Xolotl, para nutrir o primeiro ho­mem e a primeira mulher criados pêlos deuses.)

Na Cabala, a Árvore da Vida é um diagrama místico de Deus, do homem e do universo, e até na Bíblia (Génesis, capítulo II) existe menção à Árvore da Vida que crescia no Jardim do Éden junto com a Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que originou o fruto proibido.

De acordo com a lenda dos chineses, indianos e sul-americanos, as almas dos mortos ascendem ao reino do paraíso pelo tronco de uma Árvore da Vida sagrada.

A macieira era a Árvore da Vida adorada pêlos anti­gos celtas. A chinesa era tanto o pessegueiro como a tamareira. A dos semitas era também a tamareira, e Árvore da Vida na história do "Jardim do Éden", da Babi­lónia, era a palmeira.

Na Índia, a Árvore da Vida sagrada (Asvatthd) era a figueira. Como o Yggdrasil, seus galhos atingiam o céu, e suas raízes desciam às profundezas do submundo.

A figueira é tida como a Árvore da Vida por muitos povos, sendo com frequência adorada como a Árvore do Conhecimento.

Os kayans do Boméu Central acreditam que se origi­naram dos ramos e das folhas de uma Árvore da Vida milagrosa que, no início dos tempos, caiu dos céus na terra.

 

BOSQUES SAGRADOS

No Antigo Testamento existem numerosas referên­cias a bosques sagrados e a altares neles erigidos.

Na mitologia grega, um oráculo do deus Zeus estava localizado num bosque sagrado de carvalhos. Um bosque sagrado em Dodona possuía o dom da profecia, e os fogos das vestais que ardiam no bosque consagrado em Nemi consistiam de varetas e galhos de carvalho.

Uma árvore grande dentro de um bosque sagrado representava a deidade masculina dentro da Deusa, tanto como filho quanto como amante, e o ato de quebrar um dos seus galhos significava o mesmo que ameaçar o deus de castrá-lo.

Nos bosques de Diana, em Nemi, os reis sagrados combatiam os inimigos que ousavam quebrar um galho das árvores sagradas. Os sacerdotes patriarcais tendam os bosques sagrados e os consideravam perigosos e maus. Aqueles que os tentavam destruir eram punidos com uma maldição da mãe-Deusa, como aparece em vários mitos moralizantes, como o de Erisichton, que foi transformado num mendigo sujo e desgraçado pela ira da deusa Demeter.

umbigo do culpado e pendurá-lo na parte da árvore que tinha sido atingida. Esse era, então, conduzido em torno do tronco várias e várias vezes ate que o lado interno do seu corpo estivesse ferido para substituir a casca retirada.

Em várias outras partes do mundo existem leis contra o corte de árvores ou de danos causados a elas, e até o século 14 o simples ato de quebrar um galho era conside­rado pecado na Láturânia.

ARVORES E VAMPIROS

 

Na Era das Trevas, os juníparos eram utilizados como proteção contra vampiros em vários países. Acreditava-se que freixos, oervinas e sorveiras possuíam qualidades místicas e protetoras, e a madeira dessas árvores em particular era esculpida em forma de estacas e enterradas no coração dos corpos suspeitos de se transformarem em vampiros e de se levantarem das tumbas à noite em busca de sangue humano.

 

TRADIÇÕES SOBRE AS ÁRVORES

 

Desde os tempos antigos, as árvores têm desempe­nhado papel importante na medicina popular, no xama-nismo, na divinação, na magia e na superstição. Suas raízes, cascas, folhas, galhos, sementes e frutos curaram muitas doenças, protegeram casas, seres humanos e ani­mais contra o mal, a má sorte e os raios, trouxeram força para bebidas e poções mágicas e afrodisíacos, e auxiliaram Bruxos e Feiticeiros no lançamento de todos os tipos de encantamentos maravilhosos da magia.

ACÁCIA

Na índia e na Patagônia, acredita-se que a acácia seja habitada por espíritos, sendo realizadas várias oferendas e sacrifícios em troca de fertilidade, cura e proteção contra o mal e o infortúnio.

A madeira da acácia é ritualisticamente queimada nos altares sagrados dos budistas e utilizada para prepa­rar os fogos sacrificiais dos hindus.

 

AMIEIRO

Nos tempos antigos, o amieiro era usado nos ritos de idolatria em honra à deusa Astarte e nas práticas divina-tórias para diagnosticar doenças.

Segundo a lenda, o amieiro sangra, chora e começa a falar quando é cortado. Houve uma época em que era ilegal cortar um deles.

É usado, na medicina popular, no tratamento de queimaduras, coceiras e reumatismos.

 

MACIEIRA

A macieira é conhecida na Europa como ^Árvore da Imortalidade pela Sabedoria", e seu fruto tem sido assunto de inúmeros provérbios e ditos populares.

De acordo com lendas irlandesas, as macieiras (como as nogueiras, os carvalhos e as cinco árvores místicas que representam os cinco sentidos) eram produzidas pelo deus trifólio (ou trevo) Trefuilngid Tre-Eochair, que foi associa­do a São Patrício, e, também, eram conhecidas como a Árvore Tripla ou Chave Tripla (nome que se refere ao tridente, ao falo triplo, destinado a fertilizar a Deusa Tripla.)

Em várias partes da Europa planta-se uma macieira quando nasce um bebé e acredita-se que esse bebé crescerá ou definhará junto com a árvore. O costume de plantar uma "Árvore do Nascimento" é também comum na África Ocidental, na Papua, Nova Guiné, no sul dos Estados Unidos e em regiões do Bornéu holandês.

Na mitologia dos índios iroqueses, a macieira é a árvore central do Céu.

A madeira da macieira é transformada em varetas que são utilizadas para traçar círculos mágicos, e o seu futuro usado na magia do amor, nos encantamentos Vudu de amor, nos amuletos para fertilidade, nas divinaçoes e nos encantamentos para imortalidade.

Os clérigos da Idade Média acreditavam que as feiti­ceiras podiam provocar uma possessão demoníaca por intermédio'de maçãs encantadas ou envenenadas dadas as suas vítimas escolhidas.

A tradição de procurar maçãs no Halloween é rema­nescente da antiga divinação mágica druida do casamento, e, na Europa medieval, acreditava-se que uma mulher solteira poderia ver a imagem de seu futuro marido se descascasse uma maçã diante de um espelho iluminado por uma v.'Ia na noite do Halloween.

A maçã é mais conhecida como o fruto proibido comido por Adão e Eva, mas o fruto não foi identificado na Bíblia, e a maçã nunca mencionada em relação à história de Adão e Eva.

 

FREIXO

Na Irlanda, as varetas feitas de freixo eram usadas pêlos druidas nos seus rituais mágicos. Na Escócia, o freixo era usado para proteger as crianças dos feiticeiros e, na Inglaterra, como remédio popular para curar verrugas.

As crianças eram frequentemente rezadas com ramos de freixo para serem curadas de cortes e raquitismo.

Bastões de freixo eram usados para curar doenças pela magia em animais domésticos, para traçar círculos mágicos e manter longe as serpentes.

BAMBU

O bambu simboliza, na Índia, a amizade, sendo o emblema do fogo sagrado. Sua madeira é comumente usada em rituais mágicos das tribos melanésias e entre os Semang da Malaia. No Japão, é tida como sagrada e está ligada ao culto da lua e à magia lunar.

 

FIGUEIRA DE BENGALA

 

A figueira-da-índia é sagrada para os videntes e as­cetas da Índia, sendo a Árvore do Conhecimento na mito­logia indiana. O deus hindu Vishnu nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia, e acredita-se que aquele que duvidar e danificar ou cortar uma delas despertará a ira dos deuses e será punido com a morte.

 

LOUREIRO

 

O loureiro é tido como símbolo da ressurreição, sendo usado na cura, na divinação e nos sonhos mágicos. Os herbalistas da antiguidade usavam suas raízes para tra­tar as enfermidades do fígado, do baço e de outros órgãos, internos. Acreditavam que os frutos da árvore podiam neutralizar o veneno das criaturas peçonhentas e auxilia­vam no tratamento das tosses e da tuberculose. As folhas eram tidas como altamente místicas, sendo usadas para proteger as casas dos raios e dos trovões, e para manter longe os feiticeiros e os demónios.

VIDOEIRO

Na mitologia escandinava, o vidoeiro simboliza o re­nascimento da Primavera.

Como uma árvore da magia, o vidoeiro é usado nos rituais de purificação e nos trabalhos com o tempo atmos­férico. A vassoura dos Bruxos (de galhos) era tradicional­mente feita de vidoeiro.

É uma antiga superstição na Terra Nova que uma vassoura de vidoeiro "limpará" a família.

Uma vassoura especial feita com galhos de vidoeiro era usada na Europa medieval como açoite para exorcizar os demónios, os duendes e os fantasmas. Em certas áreas da Rússia é costume, no domingo de Petencostes, vestir um vidoeiro com roupas de mulher.

CEDRO

 

Na Mesopotâmia, o cedro era tido tanto como deidade quanto como oráculo.

Diz-se que para revelar os que praticam as artes negras da feitiçaria basta queimar varetas de sabugueiro no fogo da noite de Natal ou cortá-las na véspera do dia de São João.

Os frutos podem ser levados nos bolsos, como amule­tos para proteger contra a inveja venenosa e também podem ser usados em torno do pescoço, como remédio mágico contra hidropisia.

As flores do sabugueiro, com seu perfume doce e acentuado, há muito são associadas à morte e aos funerais, e houve época em que se acreditava que, se um broto de sabugueiro plantado numa sepultura começasse a crescer, era sinal de que a alma de quem estivesse ali enterrado se encontrava em paz.

Antigamente penduravam-se flores de sabugueiro nas portas do estábulo para proteger os cavalos da magia negra. Guirlandas feitas com elas eram usadas pêlos drui­das para decorar altares sagrados para Beltane e para afastar as influências malignas.

Os nativos americanos chamavam o sabugueiro de "árvore da música" e faziam flautas mágicas dos seus ramos. Usavam também a casca como antídoto, sob a forma de cataplasma, nas inflamações e nos inchaços dolorosos.

Todas as partes do sabugueiro têm sido usadas pela medicina popular no tratamento de numerosos distúrbios e doenças.

Os frutos de cor púrpura escura fazem um vinho deli­cioso, e as flores secas podem ser usadas para fazer um chá relaxante. O sabugueiro tem sido usado pêlos Bruxos como afrodisíaco e pode também ser ingrediente mágico em vários encantamentos de amor, proteçào e prosperidade.

OLMO

O olmo é uma árvore frondosa que se diz possuir poder místico para proteger contra os raios. Na Inglaterra, era associado aos duendes, e os santeros da Santería o utiliza­vam no lançamento de encantamentos mágicos.

Segundo a mitologia teutônica, a primeira mulher sobre a terra foi criada de um olmo pêlos deuses.

Na medicina popular é usado para tratar de in­chações, tosses, doenças de pele e infecções venéreas.

 

FIGUEIRA

A figueira é o símbolo da paz e da plenitude. Acredi­ta-se que sua sombra seja frequentada por espíritos; sua casca e frutos são usados tanto na magia como na medicina popular para tratar vários problemas e doenças.

Segundo os Evangelhos, a figueira era "amaldiçoada com a infertilidade" por Jesus Cristo porque se recusou a dar um fruto para ele fora da estação (Marcos 2: 13-22). O Livro do Génesis testemunha que as folhas da figueira foram usadas por Adão e Eva logo que eles adquiriram o conhecimento para cobrir a nudez.

 

AVELEIRA

A aveleira sempre esteve associada aos Bruxos, e o nome "aveleira-dos-bruxos" sobrevive até hoje. A árvore tem sido associada também ao deus Thor.

É conhecida como a "Árvore do Conhecimento" (espe­cialmente nas lendas irlandesas), sendo usada nos encan­tamentos mágicos para a imortalidade, proteção e cura. Acreditava-se que os bastões de aveleira possuíam pro­priedades divinatórias, e há muito é usada pêlos rabdo mantos para localizar tesouros enterrados e água. São também tradicionalmente usados como varetas pêlos ma­gos brancos e para proteger os animais contra encanta­mentos das fadas ou dos demónios maldosos. Segundo o folclore galês, os ramos de aveleira tecidos em "capas do desejo" ajudam a realização dos desejos.

LOURO

O louro é símbolo da imortalidade, da vitória e da paz. Diz-se que é capaz de dotar os profetas com a visão, e está associado à inspiração poética.

Suas folhas eram mastigadas pelas devotas da Deusa Tripla para induzir o transe poético e erótico. Eram tam­bém mascadas pelas sacerdotisas do Oráculo de Delfos para inspiração oracular.

O louro é largamente usado em todas as formas de magia do amor, do desejo e da cura.

 

LIMEIRA

Na Alemanha, a limeira era sagrada. Segundo lendas populares e superstições, era habitada por duendes e pos­suía o poder de fazer os heróis dormirem um sono encan­tado.

Seus fruto é usado principalmente na magia do amor, mas, em certas partes da Índia, é o ingrediente principal em várias maldições poderosas.

Na medicina popular, a lima é usada como emplastro para ferimentos e para tratar de resfriados, dores de garganta e escorbuto.

 

BORDO

O bordo é o símbolo da reserva. Houve época em que seus galhos eram comumente usados como bastões de adivinhação para localizar águas subterrâneas. Suas fo­lhas são usadas pêlos japoneses nos festivais da florada. A decocçao feita com suas cascas é utilizada em várias tribos norte-americanas para provocar o vómito.

 

MURTA

A murta é uma árvore verdejante, simbolicamente associada ao amor e ao casamento, e sagrada para muitas deusas do amor. É também símbolo da autoridade, da imortalidade, da morte e da ressurreição.

Guirlandas de flores de murta eram usadas pêlos antigos noivos romanos no dia do seu casamento; mas era também o símbolo do amor ilegal ou incestuoso, e foi muitas vezes banida de várias cerimónias religiosas.

Na magia popular, a murta é usada nos encantamen­tos de amor, nos amuletos, nos afrodisíacos das paixões e nos encantamentos para atrair boa sorte.

 

CARVALHO

O carvalho é uma árvore com várias e antigas asso­ciações mitológicas e mágicas. Na tradição alexandrina de Wicca, o carvalho simboliza os aspectos crescentes do ano do Deus Chifrudo. Era tida como a "árvore do oráculo", pelo filósofo grego Sócrates, e como a mais sagrada das árvores, pêlos antigos druidas celtas, que acreditavam que as fo­lhas possuíam grandes poderes sobrenaturais para curar e renovar as forças. As bolotas (o "fruto" do carvalho) eram comidas pêlos druidas na preparação para realizarprofecias.

Os antigos romanos também acreditavam nos extra­ordinários poderes do carvalho e, para se proteger das forças do mal, eles usavam guirlandas feitas com suas folhas sobre cabeça, como coroas protetoras.

Sacrifícios humanos eram realizados ao deus fenício Baal "sob cada carvalho frondoso" (Ezequiel 6:13), e, na Estónia, o sangue dos animais sacrificados era despejado nas suas raízes, como libação aos deuses.

O carvalho é a madeira tradicional e essencial para as achas do Natal e nas fogueiras do Soistício de Verão. Seus ramos são usados nos encantamentos wiccanianos para atrair boa sorte, e a casca da árvore é transformada em incenso para glorificar deuses e deusas para os quais o carvalho é sagrado. Na medicina popular, o chá de carvalho é usado no tratamento de oxiúros, pedras da vesícula, dentes moles e doenças venéreas.

 

OLIVEIRA

O oliveira é um símbolo da paz e das bênçãos divinas. Seus ramos faziam as coroas que eram usadas pêlos noivos gregos, conquistadores romanos e deuses que viviam no topam do Monte Olimpo. Ramos de oliveira eram colocados em chaminés e sobre as portas para impedir a queda de raios e para afastar feiticeiros, demónios e fantasmas.

A oliveira e seu fruto têm sido usados em encanta­mentos para cura, na magia do amor e nos antigos ritos de fertilidade. Seu óleo é usado para untar velas de altar, abençoar estátuas religiosas e alimentar lâmpadas sagra­das de templos.

LARANJEIRA

A laranjeira é o símbolo do amor eterno, da castidade e da pureza. Suas flores eram usadas como flores de noivado, e seus frutos, pêlos praticantes de Vudu na magia do amor, e pêlos feiticeiros europeus na magia negra complacente.

PALMEIRA

A palmeira é a Árvore da Vida e local de habitação da Deusa e vários mitos antigos. É usada pêlos santeros nos rituais de fertilidade e na magia de trabalhos com o tempo atmosférico.

 

PESSEGUEIRO

Na China, o pessegueiro é emblema da longevidade e símbolo sagrado do ioni da Deusa. Acreditava-se que a árvore possuísse forças espirituais fortes, e as varetas mágicas feitas dos seus galhos eram usadas pêlos chineses nos encantamentos de imortalidade, nos rituais de fertili­dade e nos ritos para manter os demónios e espíritos malévolos afastados O pessegueiro, no Japão, simboliza a fertilidade, e sua madeira é usada para bastões divinatórios pêlos rab-domantes.

Varetas de pessegueiro são usadas na medicina popu­lar para tratar problemas de estômago, abdómen inchado e dores no coração. Segundo uma antiga crença, na Itália e nas regiões do sul dos Estados Unidos, as verrugas podem ser curadas, enterrando-se folhas de pessegueiro.

 

PEREIRA

Em várias partes da Europa planta-se uma pereira quando nasce uma menina, e acredita-se que a criança crescerá ou definhará junto com a árvore.

 

PINHEIRO

O pinheiro simboliza a vida, a longevidade e a imor­talidade. A pinha é o símbolo semítico da vida.

Na mitologia japonesa, os espíritos do pinheiro são conhecidos como Jo e Ubá. Essas árvores são o símbolo da fidelidade no casamento, e existem numerosos mitos sobre amantes devotados que foram magicamente transforma­dos em pinheiros.

Os galhos do pinheiro são utilizados em várias ce­rimónias dos nativos americanos, e sua fumaça é usada pêlos indianos para tratar problemas de reumatismo, tosse e resfriados.

Elas são plantadas como "Árvores do casamento" no Tirol e usadas pêlos Bruxos na Europa e nos Estados Unidos com o objetivo de proteção, cura e encantamentos, bem como para atrair o afeto de uma pessoa. O incenso de pinho é comumente usado na magia para desfazer outra, e nos ritos de purificação.

ÁLAMO

O álamo-branco é tido como a árvore do Equinócio do Outono e da antiguidade. Na Grécia pré-helênica, o álamo-preto era usado como "árvore de funeral" e consagrado à Mãe Terra.

No antigo folclore romano, os álamos eram sagrados para o herói Hércules, e, no século 17, na Inglaterra, suas folhas constituíam ingrediente importante nos "caldos-do-infemo" e nos amuletos mágicos.

SORVEIRA

A sorveira (também conhecida como freixo-das-mon-tanhas) tem várias associações mágicas e míticas. Era uma das árvores sagradas dos druidas, e acreditava-se uma proteção contra feitiçaria e espíritos do mal na Idade Média.

Os frutos da sorveira eram usados para curar os ferimentos adquiridos nas batalhas, e acreditava-se que davam ao homem um ano extra de vida. Atualmente os frutos secos são moídos e transformados em incenses má­gicos que são queimados ritualisticamente para invocar a Deusa, os guias espirituais familiares dos Bruxos ou espí­ritos elementais.

As folhas são usadas em divinaçoes de amar e encan­tamentos ou em rituais destinados a ampliar a criativi­dade poética.

Antigamente a sorveira do Dia dos Bruxos era cele­brada no antigo festival celta de Beltane (Véspera de Maio), que é, agora, um dos quatro grandes Sabás celebra­dos pêlos Bruxos.

 

SALGUEIRO

O salgueiro, em geral encontrado próximo de poços sagrados, há muito tem sido associado à Bruxaria e ao culto da Deusa. Era tido como sagrado pêlos Bruxos e poetas pagãos, pois todas as suas partes são úteis na prática da magia. A madeira dá varetas excelentes para rituais de cura e magia lunar, e pode também ser usada em talismãs quando se busca a proteçào da Deusa.

Os salgueiros, que são associados tanto à cura como à Primavera, são apropriados para decorar os altares no Candiemas, pois esse Sabá (também conhecido como Imbolc) é o festival de Brígida — a deusa pagã da cura e dos poços sagrados. Eram usados pêlos druidas como amuletos protetores, e, na Idade Média, havia a crença comum de que as famílias dos Bruxos cresciam entre os salgueiros.

No norte da Europa, o salgueiro estava tão ligado à Religião Antiga que até a palavra witch (feiticeira) tem a mesma raiz de willow (salgueiro).

Na China, o salgueiro é reverenciado como a árvore da Imortalidade, e, na Europa, é o símbolo da eloquência.

 

TEIXO

O teixo, como outras coníferas, é conhecido como a "Árvore da Imortalidade" em várias partes do mundo. Era comumente usado na prática da feitiçaria medieval, sendo um dos ingredientes místicos do caldeirão da Deusa-Bruxa Hécate, na peça Macbeth, de Shakespeare (ato IV, cena l)

Segundo uma antiga superstição popular, o homem ou a mulher que ousar dormir na sombra de um teixo certamente terá morte horrível ou cairá em sono encantado

 

CORRESPONDÊNCIAS ZODIACAIS E PLANETÁRIAS

 

Temos a seguir uma lista de árvores e de seus gover­nantes planetários, bem como de influências astrológicas correspondentes, se é que existem

AMIEIRO: Vénus, Câncer (amiei^o-preto) e Peixes (amieiro comum).

AMENDOEIRA: Sol.

MACIEIRA: Vénus, Libra e Touro.

DAMASQUEIRO: Vénus e Netuno.

FREIXO: Sol.

ÁLAMO: Mercúrio.

ABACATEIRO: Vénus.

BALSAMINA: Mercúrio.

BANANEIRA: Lua; Escorpião.

FIGUEIRA-DE-BENGALA: Júpiter.

LOUREIRO: Sol; Leão.

ÁRVORE-DE-CERA: Mercúrio.

LOURO-DE-CERA: Ver Loureiro.

FAIA: Saturno; Sagitário.

BERGAMOTA: Vénus.

VIDOEIRO: Vénus.

ÁRVORE BO: Júpiter.

BUXO: Saturno.

FRUTA-PÃO: Vénus.

CAJUEIRO: Marte; Escorpião.

CEDRO: Mercúrio.

CEREJEIRA: Vénus; Libra.

CASTANHEIRO: Júpiter.

COQUEIRO: Vénus.

CAFEEIRO: Mercúrio e Urano.

CIPRESTE: Saturno; Capricórnio.

CORNISO: Vénus e Netuno.

SABUGUEIRO: Vénus.

OLMO: Saturno; Sagitário.

EUCALIPTO: Plutão.

FIGUEIRA: Júpiter.

ABETO: Júpiter.

ESPINHEIRO: Marte.

AVELEIRA: Mercúrio

CICUTA: Saturno; Capricórnio.

CARVALHO-SAGRADO: Ver Azevinho.

CARVALHO-DA-VÁRZEA: Ver Azevinho.

AZEVINHO: Saturno; Capricórnio.

JUNÍPERO: Sol e Marte.

COLA: Urano.

LIMEIRA: Júpiter.

MAGNÓLIA: Júpiter.

MANGUEIRA: Lua.

BORDO: Júpiter.

LENTISCO: Marte; Escorpião.

NESPEREIRA: Saturno.

REIXO-DA-MONFTANHA: Lua.

AMOREIRA: Mercúrio e Júpiter.

MIRRA: Júpiter; Aquário.

MURTA: Vénus.

NOZ-MOSCADA: Júpiter e Urano.

CARVALHO: Júpiter; Sagitário.

OLIVEIRA: Sol e Júpiter.

LARANJEIRA: Vénus e Netuno; Leão.

PALMEIRA: Sol; Escorpião.

PESSEGUEIRO: Vénus e Netuno.

PEREIRA: Vénus e Netuno.

FIGUEIRA-DOS-PAGODES: Júpiter.

PINHEIRO: Saturno.

PIPAL: Ver Figueira-dos-pagodes.

PLÁTANO: Vénus e Júpiter.

AMEIXEIRA: Vénus.

ROMÃZEIRA: Vénus, Mercúrio e Urano.

CHOUPO: Saturno.

MARMELEIRO: Saturno.

SORVEIRA-BRAVA: Lua.

SORVEIRA: Saturno.

ESTORAQUE: Sol.

SUMAGRE: Júpiter.

SICÔMORO: Vénus e Júpiter.

TAMARINEIRO: Saturno.

NOGUEIRA: Sol.

SALGUEIRO: Lua.

TEIXO: Saturno; Capricórnio.

 

ÁRVORES DAS DEIDADES PAGÃS, DAS NINFAS E DOS HERÓIS

Temos a seguir uma lista de árvores que são sagradas para as deidades pagas, para as ninfas e para os heróis.

AMIEIRO: Bran.

AMENDOEIRA: Artemis, Attis, Chandra, Hécate, Júpiter, Fillis e Zeus.

 MACIEIRA: Afrodite, Flora, Hércules, as Hespérides, Frey, Idhumm, Pomona e todas as Deusas do Amor.

DAMASQUEIRO: Vénus.

FREIXO: Akka, Marte, Odin, Poseidon e Rauni.

ÁLAMO: Gaia (Mãe Terra), os Maruts, Nunu e Zeus.

ABACATEIRO: Flora e Pomona. BANANEIRA: Kanaloa.

FIGUEIRA-DE-BENGALA: Hina, Shu, Shiva, Vishnu e Zeus.

LOURO: Apoio, Adónis, Buda, Ra, Artemis, Gaia (Mãe Terra), Marte, Hélios, Esculápio e Dafae. FAIA: Baco, Diana, Dionísio e Hércules.

VIDOEIRO: Thor, Kupala e a Senhora das Florestas.

ÁRVORE BO: Buda.

FRUTA-PÃO: Pukuha Kana e Opinéia.

CEDRO: Artemis, Ea e Wotan.

CEREJEIRA: Flora, Pomona e Maya, a Virgem mãe de Buda.

COQUEIRO: Ganimede e Tamaa.

CIPRESTE: Ahura Mazda, Apoio, Artemis, Astarte, Beroth, Cupido, Dis, o Destino, as Fúrias, Hades, Hércules, Jove, Melcarth, Mitra, Ohrmazd, Plutão, Saturno e Zoroastro.

CORNISO: Apoio, Consus e Marte.

SABUGUEIRO: as Dríades, Elle, Freya, Holda, Hylder-Moer, Vénus e todas as figuras de Deusas-Mãe.

OLMO: os Devas, Embla, Ut e Vertumnus.

FICUS: Rômulo e Remo.

FIGUEIRA: Baco, Brahma, Dionísio, Flora, Jesus Cristo, Juno Caprotina, Marte, Maomé, Plutão, Pomona, Zeus e a Grande Mãe indo-iraniana.

ESPINHEIRO: Baco, Dionísio, Tapio, Biblos, Atena, Pa, Ci­bele, Artemis, Diana e outras Deusas lunares.

AVELEIRA: Thor e Chandra.

AZEVINHO: Fauno.

MANGUEIRA: Pattini.

BORDO: Nanabozho.

AMOREIRA: Flora, Minerva, Pomona, e San Ku Fu Jen.

MIRRA: Adónis, Afrodite, Cibele, Demeter, Hécate, Juno, Mara, Mirra, Ra, Rea e Saturno.

MURTA: Alcina, Afrodite, Artemis, Astarte, Dionísio, Ha-thor, Mirsine, Mirtelio e Vénus.

CARVALHO: Alá, Ares, Balder, Blodeuwedd, Brahma, Ce­res, Dagda, Demeter, Diana, Dianus, as Dríades, Hades, Har Hou, Hera, Hércules, Hórus, Janicot, Jeová, Jumala, Júpiter, Kashiwa-No-Kami, Marte, Odin, Perkunas, Perun, Plutão, Taara, Thor, Zeus e todos os Deuses do Trovão.

OLIVEIRA: Amon-Ra, Apoio, Aristeus, Atena, Brahma, Flo­ra, Ganimede, Indra, Júpiter, Minerva, Pomona, Po-seidon, Wotan, Zeus e todos os Deuses solares.

LARANJEIRA: Hera e Zeus.

PALMEIRA: Afrodite, Apoio, Astarte, Baal-Peor, Chango, Hanuman, Hermes, Mercúrio e Sarasvati.

PESSEGUEIRO: Flora, Pomona, Shou-Hsing e Wang Mu.

PEREIRA: Flora, Hera e Pomona.

PINHEIRO: Atti, Cibele, Dionísio, Pa, Poseidon, Rea, Shou-Hsing e Silvano.

PLÁTANO: Helena.

AMEIXEIRA: Flora e Pomona.

ROMÃZEIRA: Du'uzu, Hera, Kubaba, Mercúrio, Perséfone, Saturno e Urano.

CHOUPO: Brahma, Dis, as Helíades, Hércules, Perséfone, Faeton, Plutão e Zeus.

MARMELEIRO: Afrodite e Vénus.

SORVEIRA-BRAVA: todas as Deusas lunares.

ESTORAQUE: Loki, Mercúrio e Thoth.

SICÔMORO: todos os Deuses e Deusas egípcios.

TAMAREIRA: Apoio.

NOGUEIRA: Dionísio.

SALGUEIRO: Artemis, Beli, Brígida, Circe, Hécate, Hélice, Hera, Hermes, Orfeu, Osíris, Perséfone e todos os aspectos de morte da Deusa Tripla da Lua.

TEIXO: Hécate e Saturno.

 

ENCANTAMENTO DO CARVALHO PARA A BOA SAÚDE

 

Para ter boa saúde durante todo o ano, segundo um antigo costume galês, esfregue em silêncio a palma de sua mão esquerda num tronco de carvalho, no dia de São João.

 

DIVINAÇÃO DO AMOR COM AS BOLOTAS DA CARVALHO

 

Coloque duas bolotas num balde cheio com água fres­ca de chuva. Se flutuarem um contra o outro e se tocarem, indicam amor verdadeiro e casamento; se se afastarem, não haverá casamento num futuro próximo.

ENCANTAMENTO COM MURTA PARA AMOR E PAZ

 

Para trazer amor e paz à sua casa, plante uma murta em cada lado da porta de entrada quando a lua estiver no signo de Touro ou de Libra.

BÊNÇÃO PARA CASA

Para abençoar uma casa e exorcizar todas as energias negativas, pendure um galho de louro-de-cera, queime Bores de sabugueiro ou incenso de pinho, ou coloque folhas ie sorveira em cada cómodo numa noite de lua cheia.

 

 

ENCANTAMENTO PARA DAR BOA SORTE

Numa noite, quando a lua estiver na fase crescente, queime agulhas secas de junípero sobre carvão em brasa como poderoso incenso mágico para atrair boa sorte. Um amuleto feito de frutos secos de junípero pode também ser usado para trazer boa sorte.

 

10 A Magia nos Sonhos

A Magia nos Sonhos é tão antiga quanto a humani­dade e sempre desempenha papel importante na Arte Wicca. Os sonhos são vistos como o presságio em que melhor podemos confiar, e, desde os primórdios da huma­nidade, Bruxos, sacerdotes e sacerdotisas pagãos e xamãs os têm utilizado para advinhar o futuro. (O termo técnico usado para a arte e a prática da divinação pêlos sonhos é Quiromancia.)

Existem vários tipos diferentes de sonhos: pesadelos ou imagens torcidas que, muitas vezes, são causadas por pressões do ambiente ou por problemas físicos, sonhos causados por emoções suprimidas, experiências fora do corpo (também conhecidas como projeçÕes astrais) e so­nhos proféticos, que são sonhos vívidos relacionados a acontecimentos futuros.

Um número significativo de sonhos é de natureza profética, especialmente aqueles que acontecem três noites seguidas, de acordo com a tradição popular. Os sonhos proféticos, quando corretamente interpretados, po dem revelar o futuro, tanto por quadros diretos como por simbolismo.

Quando aparecera imagens sagradas ou transcenden­tais num sonho, chamamos de sonho elevado.

Os sonhos telepáticos (também conhecidos como so­nhos PÉS) são experiências nas quais aquele que sonha capta as energias do pensamento de outra pessoa ou espí­rito. (Sonhos dessa natureza em geral estão ligados a acontecimentos atuais.)

Os sonhos psíquicos contêm mensagens importantes, avisos e outras comunicações. Esse tipo particular de sonho é frequentemente tão forte e profundo que acorda quem está sonhando.

O sonho lúcido é aquele no qual a pessoa que sonha está conscientemente sabendo que está sonhando.

Os sonhos são altamente simbólicos, sendo impor­tante registrá-los num livro ou diário logo ao despertar para não os esquecer mais tarde. (Segundo certas supers­tições folclóricas, é considerado sorte alguém esquecer o sonho da noite anterior.) Após registrá-los (e também os pesadelos), você poderá estudá-los quanto a padrões e símbolos que se repetem e interpretá-los utilizando um dicionário de sonhos.

Existem, atualmente no mercado, vários dicionários desse tipo, como também livros que os analisam. Encon­tram-se em quase todas as livrarias. Alguns contêm inter­pretações de simbologia onírica, outros, superstições e antigas crenças, e alguns, a combinação de ambos os enfoques.

Uma das obras mais antigas e formais da interpreta­ção de sonhos é "A Treatise ofthe Interpretation ofSundry Dreams", originalmente publicada no início do século 17. Contudo, o mais antigo dicionário publicado sobre sonhos e seu significado oculto é provavelmente a obra em quatro volumes do adivinho grego Artemidorus.

Vários sonhos de natureza profética podem ser deli-beradamente induzidos por meio de meditação, encanta­mentos mágicos, rituais e até de bebidas feitas com ervas.

Para sonhar sobre o futuro, de acordo com uma antiga crença folclórica do País de Gales, uma pessoa deve juntar brotos de visco no dia de São João e colocá-los debaixo do travesseiro antes de dormir.

Para ter sonhos proféticos, pegue uma rosa vermelha durante as primeiras horas da manhã no soistício de Verão e fumigue-a por cinco minutos sobre uma brasa de enxofre. Num pedaço de pergaminho escreva o seu nome e o nome do seu amor. Enrole a flor no pergaminho, sele três vezes com cera e enterre tudo, no mesmo local onde a rosa foi colhida. À meia-noite do sexto dia do sétimo mês, desen­terre a rosa e durma com ela sob o travesseiro por três noites seguidas.

Segundo um velho livro de magia e divinação folcló­rica, para ver o futuro esposo num sonho, pregue nove parafusos na omoplata de uma lebre e coloque-a sob o seu travesseiro numa noite de lua cheia.

Para receber um sonho do seu futuro marido ou esposa, coloque duas folhas de louro sob seu travesseiro no Dia de São Valentim antes de ir para a cama.

Numa noite de lua cheia, coloque sob seu travesseiro a carta do taro conhecida como "Os Enamorados" para provocar sonhos proféticos sobre o seu futuro amor.

Para fazer solteirões sonharem com suas futuras noivas, de acordo com um tratado medieval sobre divina­ção nos sonhos, misture pó de magneto e pó de coral com o sangue de um pombo branco até formar uma massa. Coloque-a dentro de um figo grande, enrole num pedaço de algodão azul e use-o em torno do pescoço quando dor dormir.

Para sonhar com o futuro marido, durma com uma combinação, uma liga de meia, raízes de margaridas, uma cebola ou um pedaço de bolo de casamento debaixo da cabeça. Amarre um galho do choupo em suas meias compri­das ou soquetes e coloque-as debaixo do travesseiro ou esfregue suas têmporas com algumas gotas de sangue de pomba antes de ir dormir.

Para sonhar com seu futuro casamento, segundo um antigo método irlandês de divinação por sonhos, junte em silêncio folhas de hera numa noite de Samhain. Jogue fora uma das folhas e coloque as restantes debaixo do traves­seiro antes de ir dormir.

Para sonhar com o futuro esposo ou esposa Junte nove folhas de azevinho "fêmea" ao soar da meia-noite de uma sexta-feira (dia da semana governado por Vénus). Colo­que-as num lenço de três pontas com nove nós e bote o encantamento debaixo do seu travesseiro antes de ir dormir.

NOTA: Esse encantamento não funcionará se você falar alguma coisa, até mesmo uma palavra, antes do nascer do sol seguinte.

Arranque um pouco de milefólio de um cemitério e coloque-o sob seu travesseiro à noite, antes de ir dormir. Seu amor aparecerá para você em sonho.

 

ENCANTAMENTO DO MILEFÓLIO PARA VISUALIZAR O SEU AMOR

 

Para receber a visão em sonho psíquico do seu futuro amor, costure 30g de milefólio num pequeno quadrado de flanela vermelha e coloque-o debaixo de seu travesseiro à noite antes de ir dormir. Feche os olhos e recite essas palavras mágicas:

^OH ERVA DA ÁRVORE DE VÉNUS, TEU NOME VERDADEIRO É MILEFÓLIO. QUEM SERÁ O MEU VERDADEIRO AMOR, EU TE IMPLORO QUE ME DIGAS AMANHAI

 

ENCANTAMENTO PARA SONHOS PROFÉTICOS

Para invocar um sonho profético, realize esse encan­tamento quando a lua estiver cheia e no signo de Escorpião ou Aquário. (Para resultados melhores, é aconselhável jejuar, ingerindo somente água por um dia inteiro antes de realizá-lo.)

Num caldeirão (ou numa grande chaleira) com água fervendo, coloque uma pitada de: areia branca, pó de olho-de-gato (pedra preciosa) e fuligem de uma chaminé velha. Usando um almofariz e um pilão, triture e mis­ture uma pequena quantidade de erva-de-são-joão, olí-bano, língua-de-cobra e raiz de mandrágora. Junte três colheres, das de sopa, de mistura de erva-trepadeira à água do caldeirão e mexa cuidadosamente com uma colher bem grande de madeira, enquanto recita a se­guinte reza mágica:

ERVA-DE-SÂO-JOÃO COLHIDA NA NOITE, OLÍBANO E Pó DE LÍNGUA-DE-COBRA BRANCA, E RAIZ DE MANDRÁGORA, OLHO-DE-GATO EM PÓ, E FULIGEM DE CHAMINÉ, EU MISTURO NESTE CALDEIRÃO A FERVER PARA INVOCAR UM SONHO PROFÉTICO.

Deixe a mistura ferver por alguns momentos e retire o caldeirão do fogo.

Após ter esfriado, prepare um banho e adicione algu­mas gotas na água. Acenda uma vela de cor púrpura e coloque próximo da banheira. Tire as roupas e molhe seu corpo no banho relaxante de ervas enquanto fixa o olhar na chama de vela. Abra seu coração e sua mente para a Deusa e entoe Seu nome em voz alta ou telepaticamente até sentir Sua Divina presença penetrar você.

Após o banho, envolva-se numa roupa branca ou púrpura, salpique um pouco da bebida num círculo à volta da sua cama e diga:

EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO DE SONHO EM NOME DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA!

Salpique, então, um pouco da bebida sobre o traves­seiro e deite-se para dormir. Antes de o sol levantar você terá um ou mais sonhos proféticos.

ERVAS PARA A MAGIA DOS SONHOS

 

Essas ervas são tradicionalmente usadas pêlos Bru­xos nos travesseiros, para ter sonhos mágicos, ou em poções para induzir visões em sonhos proféticos: língua-de-cobra       malmequer agrimônia, visco anis, artemísia, cânfora, cebola, quelidônia  (menor), hortelã-pimenta, canela, bolsa-de-pastor, margarida, rosa, azevinho, erva-de-são-joão, lúpulo,               verbena, hera, vervena verbena-limão, absinto, raiz de mandrágora, milefólio

Publicações Pagas

Temos aqui uma lista atualizada de várias publicações e jornais editados no Estados Unidos pêlos Pagãos e pêlos Wiccanianos, e que podem ser do seu interesse.

Muitas delas contêm novidades wiccanianas impor­tantes, encantamentos, diretrizes para rituais de Sabás, informações sobre ervas, críticas de livros e contatos para Pagãos.

Quando escrever para qualquer um deles para pedir exemplares, por favor mencione que você obteve a infor­mação neste livro. IMPORTANTE: Sempre que escrever para qualquer jornal ou revista solicitando outras informações ou para enviar algum material para ser publicado, asse­gure-se de enviar sempre um envelope selado para a cor­respondência de retorno.

THE ANCIENTARTS Exemplar: 4 dólares The Ancient Arts P.O. Box 3127 Morgantown, WV 26505