Wicca
Feitiçaria Moderna
Introdução
Wicca (nome alternativo para a
arte da feitiçaria moderna) é uma religião de natureza xamanístíca, positiva,
com duas deidades reverenciadas e adoradas em seus ritos: a Deusa (o aspecto
feminino e deidade ligada à antiga Deusa Mãe em seu aspecto triplo de Virgem,
Mãe e Anciã) e seu consorte, o Deus Chifrudo (o aspecto masculino). Seus nomes
variam de uma tradição wiccaniana para outra, e algumas delas usam nomes de
deidades diferentes, tanto em seus graus mais elevados como nos inferiores.
Frequentemente, Wicca inclui a prática de várias formas
de magia branca (geralmente com propósitos de cura ou para neutralizar a
negatividade) e ritos para harmonização pessoal com o ritmo natural das forças
da vida marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano.
Wicca (que também é conhecida como "Arte dos
Sá-bios^ou, muitas vezes, somente como "A Arte") é considerada por
muitos uma religião monista, assim como panteísta, e faz parte do ressurgimento
atual do paganismo ou movimento neopagão, como muitos preferem chamar.
"Hoje em dia muitas pessoas que se definem como Pagãs utilizam
a palavra como termo ge-nérico para as "religiões naturais e nativas, em geral politeístas, e também para seus adeptos".
Em termos simples, é uma religião positiva, baseada na natureza,
que prega o amor fraterno e a harmonia, e o respeito por todas as formas de
vida. É muito semelhante à espiritualidade dos nativos americanos. Suas origens
estão no início do desenvolvimento humano da religião: deidades animistas gradualmente assumem uma nova definição,
transformando-se em Deus ou Deusa de toda a Natureza. Esse Deus ou essa Deusa —
sob nomes diferentes em épocas e locais diferentes — pode ser encontrado em
quase todos os sistemas religiosos históricos do mundo.
O Paganismo não se opõe e nem nega qualquer outra religião. Ele é,
simplesmente, uma fé pré-cristã.
A maioria dos Pagãos
parece concordar com várias dessas crenças comumente
sustentadas:
"(l) A divindade é
imanente ou interna, bem como transcendente ou externa. Isso é expresso com
frequência nas frases Tu és Deus e Tu és Deusa'.
(2) A divindade costuma manifestar-se sob a forma feminina, o que resultou num
grande número de mulheres atraídas para a fé e ingressando no clero. (3) Uma
multiplicidade de deuses e deusas, como deidades individuais ou como facetas de
um ou de alguns arquétipos, originou sistemas de lógica de valores múltiplos e
aumentou a tolerância em relação às outras religiões.
(4) O respeito e o amor pela Natureza como algo divino por direito próprio
fazem da conscientização ecológica e dessa atividade uma obrigação religiosa. (5)
Descontentamento com as organizações religiosas monolíticas
e desconfiança de
supostos messias e gurus. Isso dificulta a organização entre os Pagãos, mesmo "para
o seu próprio bem9, e leva
a mutações constantes e ao crescimento do movimento. (6) A convicção de que os seres humanos foram feitos para
viver vidas repletas de alegria, amor,
prazer e humor. Os conceitos ocidentais tradicionais de pecado, culpa e
retribuição divina são vistos como uma interpretação errada das experiências
naturais de crescimento. (7) Um simples
conjunto de ética e de moralidade para evitar prejudicar outras pessoas. Uns
ampliam esse conceito para alguns ou todos os seres vivos e o planeta como um
todo. (8) O conhecimento de que, com treinamento e intenção apropriados, as
mentes e os corações humanos são totalmente capazes de realizar toda magia e
milagres de que, provavelmente, necessitarão por meio do uso dos poderes
psíquicos naturais que todos possuem. (9) A importância
da conscientização e celebração dos ciclos
solar e lunar e também de outros em nossas vidas. Isso provocou uma
investigação e a renovação de vários costumes antigos, e, também, uma pesquisa
sobre alguns novos. (10) O mínimo de dogma e o máximo de ecletismo. Isso significa que os Pagãos relutam em
aceitar qualquer ideia sem uma investigação
pessoal e que desejam adotar e usar qualquer
conceito que considerem útil, independente da sua origem. (11) Uma grande fé na
capacidade das pessoas de resolverem seus próprios problemas atuais em todos os
níveis, públicos e particulares. Isso conduz a... (12) Um total compromisso com
o crescimento, evolução e equilíbrio pessoais e universais. Espera-se que os
Pagãos realizem esforços intermitentes nessas direçÕes.
(13) Crença em que cada um pode progredir para atingir esse crescimento, essa
evolução e esse equilíbrio mediante alteração cuidadosamente planejada da sua
consciência, utilizando tanto os métodos
antigos como os atuais para auxiliar em concentração,
meditação, reprogramação e êxtase. (14) O conhecimento de que a
interdependência humana implica uma cooperação de comunidade. Encoraja-se os Pagãos a
utilizarem seus talentos para se ajudarem ativamente
e também a comunidade. (15) A conscdentização
de que, se quiserem atingir qualquer um de seus ideais, deverão praticar o que pregam. Isso os leva a
observarem e adotarem um estilo de vida
consistente com as crenças naquilo que proclamam".
(Extraído de um panfleto distribuído na vizinhança, intitulado O Que, em Nome dos
Céus, Está AcontecendoAqui?
Copyright 1989 do Centro de
Religião Não-Tradidonal, usado com
autorização. Para mais informações, consulte o título Panegyria, na página 193, no capítulo sobre
Publicações Pagãs.)
A religião wiccaniana é formada de várias seitas (ou "tradições"),
como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tâniea, Georgiana,
Tradicionalista ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e
introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes uns dos outros,
todas se apoiam nos princípios comuns da lei
da Arte. O dogma principal da Arte Wicca é o
Conselho Wiccaniano, um código moral simples
e benevolente:
SEM PREJUDICAR
NINGUÉM, REALIZE SUA VONTADE.
Ou, em outras
palavras, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma,
prejudique alguém — nem você mesmo. (O Conselho Wiccaniano
é extremamente importante e não pode ser
esquecido na realização de qualquer encantamento ou ritual mágico,
especialmente naqueles que podem ser considerados como não-éticos
ou de natureza manipuladora.)
A Lei
Tripla (ou a Lei dos Três) é uma lei cármica
de retribuição tripla que se aplica sempre
que você faz alguma coisa boa ou má. Por exemplo, se você usa a magia branca
(ou energia positiva) para fazer bem a alguém, por três vezes ele voltará para
você durante a sua vida. Da mesma forma, se
você usar a magia negra (ou energia negativa) para prejudicar alguém, o mal ou "pecado"
também retomará a você três vezes durante a mesma vida.
Os seguidores da religião Wicca são
chamados de Wiceanianos ou Bruxos. A palavra
Bruxo(a) aplica-se aos praticantes do sexo
masculino e do sexo feminino da Arte. (Os
Bruxos muito raramente são chamados de feiticeiros [warlocks].
A palavra warlock^ considerada um
insulto na maioria dos círculos wiccanianos,
origina-se do inglês arcaico WAERLOGA,
que significa "aquele que rompe o
juramento” e foi utilizado pela Igreja cristã de maneira aviltante, como termo correspondente
ao masculino de bruxa.)
Embora
as Bruxas se orgulhem de fazer parte da Arte, existem algumas que se opõem
fortemente ao uso do termo truxa",
considerando que a palavra possui determinadas conotações negativas e incitando
imagens estranhas e conceitos mal-entendidos
nas mentes dos que não estão familiarizados
com a Arte e que talvez se mostrem um pouco relutantes em aceitar aquilo que
não compreendem claramente.
Como a
Arte Wicca é uma religião orientada para a Natureza, a maioria doS seus membros
está envolvida de uma maneira ou de outra com o movimento ecológico e com as
reivindicações ambientais atuais.
Os Wiccanianos não aceitam o conceito arbitrário do
pecado original ou do mal absoluto, e não
acreditam num Céu ou num Inferno, mas
somente naqueles que são as suas criações
próprias.
Os
Wiccanianos não praticam qualquer forma de magia negra ou "mal",
não cultuam os diabos, demónios ou qualquer
entidade do mal, e não tentam converter membros de outras fés para o Paganismo.
Respeitam todas as outras religiões positivas e acham que a pessoa deve ouvir o
"chamado da Deusa" e desejar verdadeiramente, dentro de seu
coração, sem qualquer influência externa ou proselitismo, seguir o caminho wiccaniano. Muitos Wiccanianos usam um ou mais
nomes secretos (também conhecidos como "nomes
de iniciação para significar o renascimento espiritual e uma nova vida dentro
da Arte Wicca. Os nomes de iniciação são muito sagrados e usados somente entre os
irmãos e as irmãs do mesmo caminho. Quando
um Bruxo ou Bruxa assume um novo nome, ele ou ela deve ser extremamente cuidadoso
em escolher algum que se harmonize de uma maneira ou de outra com o aspecto numerológico do nome, do número do nascimento ou
do número das ninas. Um nome bem escolhido
vibra com o indivíduo e o une diretamente à
Arte.
Muitos
Wiccanianos trabalham juntos em pequenos grupos que são chamados de covens. Um coven
(que pode consistir de até 13 membros) é dirigido pela Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote, e reúne-se para adorar a Deusa, realizar trabalhos
mágicos e cerimónias nos Sabás e Esbás.
Os membros de um coven são chamados de coveners
e o lugar de reunião do coven covenstead.
Os que
trabalham por si só, tanto por escolha pessoal como por circunstâncias, são
chamados de bruxos solitários.
Os
Wiccanianos celebram oito Sabás anuais, destacando as transições entre as estações. Existem quatro principais
(ou grandes) Sabás e quatro menores (ou menos importantes).
Os Sabás maiores são Candiemas, Beltane, Laminas e Samhain.
Os Sabás menores são Equinócio da Primavera, Soistício
de Verão, Equinócio do Outono e Soistício de Inverno. (Esses festivais são
descritos em detalhes no Capítulo Dois.)
O Esbá é uma reunião mensal do coven, realizada pelo menos 13 vezes ao ano,
durante a lua cheia. No Esbá, os Wiccamanos
trocam ideias, discutem problemas, realizam
rituais especiais, trabalhos mágicos e de cura, e agradecem à Deusa e ao Deus
Chifrudo. Uma cerimónia tradicional, a dos "Bolos e Vinhos"
ou "Bolos e Cerveja", acontece também
em cada Esbá. Nelas são servidas comidas e refrescos consagrados, e os coveners relaxam e discutem assuntos mágicos
importantes. (O "Bolos e Vinho" ou "Bolos e Cerveja" é um costume
tradicional sempre que acontece um ritual wiccaniano
e se traça um círculo mágico.)
Num couen a Deusa é representada pela Alta
Sacerdotisa, e o Deus Chifrudo, pelo Alto Sacerdote.
A Deusa é conhecida
por vários nomes diferentes. Ela é chamada frequentemente
de Diana, Cerridwen, Freya, Ísis, Isthar, a
Senhora ou qualquer outro nome que o coven escolher
para usar ou que um Wiccaniano sinta que corresponde à sua própria visão mitopoética.
A Deusa é um
princípio feminino. Ela representa a fertilidade, a criação, os poderes
regeneradores da Natureza, e a sabedoria. Seu símbolo é a Lua, e, nas artes,
é muitas vezes representada como
possuidora de três faces — cada uma representando uma fase lunar diferente. Na
Sua fase de lua nova. Ela é a Virgem; na lua cheia, é a Mãe; e, na Sua
fase minguante, é a Anciã.
O Deus Chifrudo é uma
deidade fálica da fertilidade e da criatividade intelectual que simboliza os
poderes dos crescentes lunares do quarto crescente e do quarto minguante.
Geralmente é representado como um homem hirsuto, barbado, com os cascos e os
chifres de um bode. É o deus da Natureza e a contraparte masculina da imagem da
Deusa. Na época primitiva, era adorado como o Deus Chifrudo
da Caça.
Como a Deusa, o Deus Chifrudo é também conhecido por vários nomes diferentes. Em algumas tradições wiccanianas, é chamado de Cemunnos,
que é o nome latino para "o Chifrudo". Em outras, é conhecido como Pa, Woden e
outros nomes.
O culto à Deusa e ao
Deus Chifrudo simboliza a crença wiccaniana
de que tudo que existe no universo está dividido em dois opostos: feminino e
masculino, negativo e positivo, luz e trevas, vida e morte, yin e yang —
o equilíbrio da Natureza.
Fm certas tradições wiccanianas,
a Deusa é adorada durante os Sabás da
Primavera e do Verão, pois simboliza a fertilidade da terra na época do
crescimento, e o Deus Chifrudo, durante os Sabás do Outono e do Inverno, pois
representa a metade escura do ano.
Outras tradições
adoram a Deusa em Seus vários aspectos
durante todo o ano e observam o nascimento (na verdade o renascimento) do Deus
Chifrudo no Sabá do Soistício
de Inverno; Seu crescimento, puberdade e maturidade,
durante, respectivamente, os Sabás da Primavera, do Verão e do Outono; e a Sua
morte, no Sabá Samhain.
Após a morte, diz-se que Seu espírito retorna ao ventre divino da
Deusa Mãe até o Soistído de Inverno
seguinte, quando, mais uma vez, renasce. Esse antigo eido
mítico de nascimento-morte-renascimento se
repete a cada ano.
O Deus Chifrudo tem
sido adorado desde os tempos antigos em quase todas as culturas; entretanto, a
Igreja Católica Romana, numa tentativa de erradicar a adoração do antigo deus
pagão da caça e da fertilidade, perverteuo em seu símbolo do mal e o chamou de
Diabo.
Bruxaria: Passado e
Presente
A
BRUXARIA E O DIABO
As
raízes espirituais de Wicca remontam à era
paleolítica, quando as deidades da Natureza
eram adoradas por todos. Contudo, como resultado da influência do Cristianismo,
da propaganda antibruxaria da Igreja e com
modificação
da tradição folclórica, os sacerdotes e sacerdotisas dos primeiros tempos foram
transformados em feiticeiros e feiticeiras do diabo da Idade Média. Como a História
claramente comprova, era comum o fato de os deuses e deusas de uma religião
serem transformados em diabos e demónios da
seguinte. Sem dúvida alguma, este foi o caso da Religião Antiga e do
Cristianismo.
Infelizmente, como
resultado das concepções deliberadamente
erradas, popularizadas pelo domínio cristão, dos meios de comunicação atuais,
dos filmes de horror, das conferências e
outros eventos, muitas pessoas mal-informadas
e que não estão familiarizadas com as práticas atuais e a filosofia de Wicca
acreditam que todos os Bruxos são maus. (Algumas até não acreditam que as
Bruxas existem.) Várias pessoas, vítimas de
ignorância e/ou de uma lavagem cerebral
religiosa, acreditam que os Bruxos e os Pagãos modernos estão envolvidos de uma
maneira ou de outra com o Satanismo e que
realizam sacrifícios sangrentos aos deuses antigos ou ao Diabo cristão. Isso é
um absurdo, e, de forma alguma, é
verdadeiro! Os Wiccanianos definitivamente não defendem o sacrifício humano ou
animal e nem a morte de qualquer ser vivo como oferenda a uma divindade, e, até
onde existe uma relação entre os Bruxos e o Satanismo, a verdade é que os
Bruxos verdadeiros não o adoram, não recebem
seus poderes, não assinam pactos ou vendem sua alma ao Diabo. Na verdade, os
Bruxos nem sequer compreendem a existência do Diabo como ela é definida pela religião cristã! O Diabo é um
instrumento de propaganda antipagã inventada
pela igreja cristã. Ele nunca existiu na literatura escrita antes do Novo
Testamento. A Arte é uma religião pré-cristã
que já existia há muito tempo antes da Igreja ou do seu conceito de Satã, o
qual nunca foi adorado como deidade da Religião Antiga. O Diabo é estritamente
parte do sistema de crença cristão e não da religião telúrica e de amor à Natureza de Wicca.
O TEMPO DAS FOGUEIRAS
Após a Igreja Cristã
ter sido formada e haver adquirido poder, os costumes dos Pagãos foram vistos
como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido, e a adoração
aos deuses da Religião Antiga foi banida. Os antigos festivais foram superados
pêlos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos deuses da natureza e da
fertilidade, transformados em terríveis e maléficos demónios e diabos. (A
igreja patriarcal chegou até a transformar várias deusas pagas em diabos
masculinos e maus não somente para corromper as deidades da Religião Antiga
como, também, para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido um objeto de
adoração.
No ano de 1233, o Papa Gregário IX instituiu o Tribunal
Católico Romano conhecido como Inquisição, numa tentativa de terminar com a
heresia. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente
que a Bruxaria e a Religião Antiga dos Pagãos constituíam um movimento herético
e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo. Os bruxos tornaram-se
heréticos, e a perseguição contra todos os Pagãos espalhou-se como fogo
selvagem por toda a Europa. (É interessante notar que, antes de uma pessoa ser
considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca
foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos.)
Os Bruxos (Junto com um número incalculável de homens,
mulheres e crianças u inocentes" que não eram Bruxos) foram perseguidos,
brutalmente torturados, muitas vezes sexualmente violados ou molestados e,
então, executados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que
ensinavam que o seu Deus era um deus de amor e compaixão.
A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no
ano de 1541 e, em 1604, foi adotada uma lei que decretou a pena capital para
os Bruxos e Pagãos. Quarenta anos mais tarde, as 13 colónias na América
decretaram também a pena de morte para o "crime" de Bruxaria. No
final do século 17, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga
viviam escondidos, e a Bruxaria tomou-se uma religião subterrânea secreta após
uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levado à morte na Europa e mais
de 30 condenadas em Salem, Massachusetts, em nome do Cristianismo.
Embora os infames julgamentos das
Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem-docu-mentados da
história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na
Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connectieut, em 1647, 45 anos antes que a histeria
contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem.
Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode
Island, em 1662.
O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova
Inglaterra era a forca. Na Europa, a fogueira. Outros métodos incluíam a
prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.
Durante 260 anos, após
a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas
práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo, e, somente após as leis contra a
Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que Bruxos e
Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.
A LIBERAÇÃO DOS
BRUXOS
O estereótipo da
Bruxa — uma velha feia, voando numa vassoura, que come criancinhas e transforma
pessoas em sapos por meio da magia negra — é uma imagem extremamente negativa,
cujos responsáveis foram muitas histórias infantis e filmes de horror de Holiywood. Muitos Bruxos se cansaram e se zangaram
com esses estereótipos degradantes e lutaram contra a difamação deles e da Arte,
revelando-se em público, proferindo conferências, escrevendo livros (como este
que você está lendo agora) e protestando
contra os filmes, programas de televisão,
livros e outros instrumentos que os retraíam
de maneira negativa e reforçam essas imagens estereotipadas. Muitos Wicca-nianos estão batalhando legalmente pêlos seus direitos constitucionais, levando à
Corte vários casos de discriminação e difamação religiosa.
O movimento de liberação
dos Bruxos (que consiste de mulheres e homens com várias heranças étnicas e de todos
os vários caminhos diferentes de vida) conquistou grande espaço nos últimos 10 anos.
Várias universidades e escolas por correspondência oferecem atualmente cursos
sobre Wicca e filosofia oculta. Surgiram grupos wiccanianos de apoio,
trabalhos correlacionados, ligas antidiscri-minação e publicações por todo o país. Igrejas e oovens wiccanianos
estão sendo reconhecidos em vários estados como grupos religiosos legítimos,
com direito a isenção de impostos. As Forças Armadas já reconhecem Wicca como uma religião válida, e muita&s cristãos
(incluindo sacerdotes) defenderam Wicca publicamente como uma "religião telúrica positiva".
A Bruxaria (que foi oficialmente chamada de "Religião Antiga
após o advento do Cristianismo) percorreu um longo caminho desde os
primeiros tempos; contudo, a longa e dura
luta pela liberdade religiosa e pela aceitação social está longe de ter
acabado. Muitos Wiccanianos continuam a ser discriminados em seus empregos e em
suas comunidades por suas crenças religiosas não-cristãs.
Algumas crianças de pais wiccanianos são forçadas a manter a sua religião em
segredo ou, do contrário, correm o risco de serem discriminadas e até expulsas
da escola. Existem casos isolados de violência física contra Wiccanianos, e, em
muitas partes do mundo (incluindo, surpreendentemente, certas regiões dos
Estados Unidos), ainda é considerado atentado à lei um indivíduo praticar
magia, adivinhação e previsão. Por exemplo, no Estado de Nova York e em alguns outros, qualquer tipo de previsão
paga é ilegal, e, desde 1915, o Estado de Connecticut
tem uma lei antioeul-tismo ridícula que toma
ilegal qualquer tipo de atividade ocultista,
envolvendo ou não dinheiro. Em alguns estados é ilegal até alguém
admitir que possui poderes psíquicos (que todos os seres humanos possuem,
desenvolvidos ou não).
Em vários sistemas penitenciários nos
Estados Unidos tem ocorrido um problema crescente para os prisioneiros que
praticam os rituais antigos. A Constituição dos Estados Unidos supostamente protege o direito do indiví- duo de ter suas próprias crenças e práticas religiosas, mas existem
vários dirigentes que ocupam uma posição
vantajosa e censuram a correspondência de
tudo que pertence à Wicca, como publicações
pagãs, livros e lições da Arte das escolas wiccanianas
por correspondência. Existem casos em que os prisioneiros Pagãos não tiveram o
direito de receber ou usar as jóias religiosas wiccanianas.
A
NOVA ERA DE WICCA
Chegou o momento de todos os Wiccanianos
do mundo se unirem! Orgulhem-se! Fiquem felizes! Sejam fortes! Alegrem-se de
ter coragem de seguir um caminho diferente
de todos os outros do mundo. Sintam-se confortados com a certeza de que vocês
não estão sós. O mais importante é que não tenham medo de levantar e lutar por
seus direitos constitucionais e por suas crenças religiosas. Vocês são seres humanos com o direito legal de
adorar a Deusa e o Deus de sua escolha.
Abençoadas sejam as crianças
da nova era que se aproxima,
pois tudo que foi criado
pelas mãos da Deusa
será delas
por toda a eternidade
— do Circie
ofShadows de Gerina
Dunwich (1990)
Celebrações
dos Sabás
Os oito Sabás, celebrados a cada ano pêlos covens
dos Bruxos e pêlos Bruxos Solitários, são
belas cerimonias religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações do ano.
Os Sabás, também conhecidos como a "Grande Roda Solar do Ano" e "Mandala
da Natureza", têm sido celebrados sob
formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob
vários nomes e aparecem com frequência na
mitologia.
Os quatro Sabás principais (ou grandes) correspondem ao
antigo ano gaélico e são chamados de Candiemas, Beltane, Lammas
e Samhain. Os quatro menores são Equinócio
da Primavera, Soistício de Verão, Equinócio
do Outono e Soistício de Inverno.
Ao contrário da imagem que muitas
pessoas têm do Sabá dos Bruxos, eles não
constituem uma ocasião em que as Bruxas se reúnem para realizar orgias, lançar
encantamentos ou preparar poções misteriosas. (A magia rara mente é realizada, se é
que isso acontece, num Sabá de Bruxos.)
O Sabá, infelizmente, tem sido confundido também com a "Missa Negra"
Satânica ou "Sabá
Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que é
decorrente de séculos de propaganda antipaga
da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dos escritores
desde a Idade Média.
Uma Missa Negra não é um Sabá de Bruxos, mas uma prática
satânica que parodia o principal ritual do Catolicismo e que incluiu supostamente o sacrifício
de bebés não batizados,
orgias sexuais pervertidas e a recitação de trás para frente do Pai Nosso.
Nada disso jamais acontece nos Sabás
dos Bruxos. Não há sacrifícios (humano ou animal), não há magia negra, não há
rituais anticatólicos. Os Sabás são simplesmente
uma ocasião em que os Bruxos celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se
com alimentes pagãos e honram as deidades da Religião Antiga — principalmente a
Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Chifrudo. Em certas tradições wiccanianas, a Deusa é adorada nos Sabás da
Primavera e do Verão, enquanto o Deus Chifrudo é homenageado nos Sabás do
Outono e do Inverno.
A celebração de cada Sabá é uma experiência espiritual
intensa e sublime que permite aos Wiccanianos
permanecerem em equilíbrio harmonioso com as forças da Mãe Natureza.
As datas nas quais os oito Sabás são celebrados são as
seguintes:*
SABÁ
CANDLEMAS (também conhecido como Imbole, Oimelc e
Dia da Senhora) é celebrado a 2 de fevereiro.
·
O leitor deverá levar em consideração a oposição das estações do ano entre os
hemisférios norte e sul. Exemplo, quando no hemisfério norte se realiza o Sabá
do Equinócio da Primavera, no hemisfério sul ocorre o Sabá do Equinócio de
Outono e, assim, sucessivamente.
SABÁ DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: (também conhecido como Sabá
do Equinócio Vernal, Festival das Árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre)
é celebrado no primeiro dia da Primavera.
SABÁ BELTANE (também conhecido
como Dia 1° de Maio,
Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht) é celebrado na véspera de maio e y de maio.
SABÁ DO SOLSTÍCIO DE VERÃO (também conhecido como Meio
do Verão, Alban Hefin e Litha) é celebrado no primeiro dia do Verão.
SABÁ LAMMAS (também conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Primeiro Festival
da Coilheita) é celebrado a 1^ de agosto.
SABÁ DOEQUICÓCIO DE OUTONO (também conhecido como
Sabá de Outono, Alban Elfed e Segundo
Festival da Colheita) é celebrado no primeiro dia do Outono.
SABÁ SAMHAIN (também conhecido
como Halloween, Hal-lowmas.
Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e
Terceiro Festival da Colheita) é celebrado a 31 de outubro.
SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO (também conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno e
Alban Arthan) é celebrado no primeiro dia do
Inverno.
(nota: A cada ano as datas
astronómicas dos quatro Sabás menores mudam. Para descobrir a data exata de cada festival, consulte um calendário astrológico atualiza-do
ou qualquer outro calendário comum que mostre as datas exalas dos equinócios e soistícios.)
CandIemcLS é o Festival do Fogo
que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabá é o
de Erigida,
a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela
também é deidade associada à profecia, à divinação
e à cura.
Esse Sabá representa
também os novos começos e o crescimento
individual, sendo o "afastamento
do antigo" simbolizado pela varredura
do círculo com uma vassoura, ou vassoura da
Bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta
Sacerdotisa do coven^ que usa uma
brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.
Na Europa, o Sabá Candiemas
era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para
purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e
para glorificar as várias deidades e os
espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.
A versão cristianizada da procissão de Candiemas honra a Virgem Maria, e, no México, ela
corresponde ao Ano-Novo Asteca.
O Sabá do Equinócio chi Primavera é o rito de
fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar
da vida na terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao
nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos — um antigo
costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da
reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários
símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa.
Em certas partes do mundo pintavam-se os
ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas),
utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.
Os aspectos da Deusa, invocados nesse Sabá, são Eostre (a deusa saxônica
da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da
fertilidade). Em algumas tradições wiccanianas, as deidades da fertilidade adoradas
nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.
Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio
da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a
ressurreição de Jesus Cristo.
A Páscoa (em inglês Easter^
nome derivado da deidade saxônica da
fertilidade, Eostre)
só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.
Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo
sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo
após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente
isso marca a fase de "gravidez" da Deusa Tripla, atravessando a estação
fértil.)
A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas
cristãs, é enriquecida com inúmeros características,
costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como
mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos.
A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na
cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara,
cujo animal era o coelho.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinócio da Primavera são os ovos
cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na
Suécia, os waffles eram o prato
tradicional da época.
O Sabá Beltane é derivado do antigo
Festival Druida do Fogo, que celebrava a
união da Deusa ao seu consorte, o Deus Chifrudo, sendo também um festival de
fertilidade. (Na Religião Antiga, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas
fazendas e nos campos e não a atívidade
erótica por si só.)
Beltane celebra também o retomo do sol
(ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma
original. É baseado na Floralia, um antigo
festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores. Em tempos mais
antigos, esse festival era dedicado a Plutão,
o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O
primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão
e penduravam guirlandas de flores diante de
seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas
famílias e suas casas.
No dia de Beltane o sol
está astrologicamente
no signo de Taurus, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento"
da Primavera e o começo da estação do plantio.
Beltane inida-se,
acendendo-se, segundo a tradição, as
fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de l0 de maio para iluminar o caminho para o
Verão. Realiza-se o ritual do Sabá em honra à Deusa e ao Deus Chifrudo, seguido
da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos,
leitura de poesias e canto de canções
sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos dementais, e os membros
do couen dançam de maneira muito
alegre, no sentido destrógiro, em tomo do
Mastro (símbolo fálico da fertilidade). Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união
do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus Chifrudo. A alegria e o
divertimento costumam estender-se até a
primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1^
o orvalho da manhã é coletadp das flores e
da grama para ser usado em porções místicas de boa sorte.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá Beltane são
frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho
rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de
Beltane.
Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram
divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito
do Sabá. Antes da cerimónia, uma porção do
bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de "bruxo de Beltane" e tomava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira
ardente.
Nas Terras Altas da Escócia,
os bolos de Beltane são usados para
adivinhação, sendo atirados pedaços deles da
fogueira como oferenda aos espíritos e deidades protetores.
O Soistício de
Verão (também conhecido como Dia de
São João, na Europa) marca o dia mais longo
do ano, quando o Sol está no seu zénite.
Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado
simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo na Grande Roda
Solar do Ano, pois, após o Soistício de
Verão, os dias se tomam visivelmente mais curtos.
Em certas tradições wiccanianas,
o Soistícdo de Verão simboliza o término do
reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu
sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabá do Inverno do Natal, o dia mais curto do
ano.)
O Soistício de Verão é
uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para
encantamentos e poções, pois acredita-se que
o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. É o momento ideal para as divinaçÕes, os rituais de cura e o corte das
varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do
amor) são também extremamente potentes na Véspera do Soistício
de Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se
tornará verdade para quem sonhar.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Soistício de Verão são vegetais frescos, frutas do Verão, pão de centeio integral,
cerveja* e hidromel.
Laminas é o Festival da Colheita. Nesse Sabá (que marca
o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos
deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação
da fertilidade da terra) e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da
Deusa e seu consorte, o Deus Chifrudo.
* Em inglês, ale,
cerveja inglesa de sabor amargo e cor clara, bebida nas festas folclóricas. (N.T.)
Laminas era originalmente celebrado pêlos
antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh.
Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais
de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Laminas
era celebrado como o festival dos grãos e o
dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.
A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo
costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabá Laminas.
As bonecas (ou bebés da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas
no altar do Sabá para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. É costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de
milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá T^mnnfla são pães caseiros (trigo, aveia e,
especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs,
arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de
olmo.
O Sabá do Equinócio do Outono é o segundo Festival da
Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em
Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.
Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte,
sendo realizadas cerimónias de iniciação
pela Alta Sacerdotisa e pêlos Sacerdotes dos
covens.
Muitas tradições
wiccanianas realizam um rito especial para
a descida da deusa Perséfone ao Submundo,
como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo,
no dia do Equinócio do Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se
com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem, que
instantaneamente se apaixonou por ela. Agar rou-a,
raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de
governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força,
e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores
murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retomo de Persé-fone; porém, enquanto ela estava com Hades,
foi enganada e comeu uma pequena semente de
romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por
toda a eternidade.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinó-do
do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães nozes, vegetais, maçãs,
raízes (cenouras, cebolas, batatas, ete.),
cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone
ao tenebroso reino do Submundo).
Samhain (pronunciado "sou-en") é o mais importante dos oito Sabás dos Bruxos. Como Halloween,
é um dos mais conhecidos de todos os Sabás fora da comunidade
wiccaniana e o mais mal-interpretado
e temido.
Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa, e
marca a chegada do Inverno, governado pelo Deus. (O nome Samhain significa "Final do Verão".)
Samhain é também o antigo Ano-Novo
celtq/druida, o início da estação da cidra,
um rito solene e o festival dos mortos. É o momento em que os espíritos dos seres
amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na
história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retomavam
para passear entre os vivos. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos
espíritos.
A versão cristã do Samhain é o Dia de
Todos os Santos (3^ de novembro), que foi
introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século 7, para substituir o
festival pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação
cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela Igreja Católica Romana
como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.
Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas
destinadas a morrer naquele ano podem ser
vistos andando entre as sepulturas à meia-noite
de Samham. Pensava-se
que alguns fantasmas tinlimn natureza
má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e
iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malévolos. Na
Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.
Um antigo costume de Samhain
na Bélgica era o preparo de "Bolos para
os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos
brancos e pequenos). Comia-se um bolo para
cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro antigo costume de Samhain era acender um fogo no
forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da
Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol,
grandes fogueiras no cume dos morros em
honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus
parentes.
Era no Samhain que os druidas marcavam o seu gado e
acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte. O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertilidade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e
cavalos, como oferendas sacrificiais.
Diz-se que acender uma
vela de cor laranja à meia-noite no Samhain e deixá-la
queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda
antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele
que fizer pão nesse dia ou viajar após o
pôr-do-sol.
As artes divinatórias,
como a observação de bola de cristal e o jogo de ninas,
na noite mágica de Samhain, são tradições wiccanianas,
assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá Samham são
maças, tortas de abóbora, avelãs. Bolos
para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.
O Sabá do Soistício
de Inverno (Natal) é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os
dias começam a crescer, e as horas de escuridão,
a rtirmmnr- É o festival do
renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus Chifrudo. (O aspecto do Deus
invocado nesse Sabá por certas tradições wiccanianas
é Frey, o deus escandinavo da fertilidade, deidade associada à paz e à
prosperidade.) São também celebrados o
amor, a união da família e as realizações do ano que passou.
Nesse Sabá os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o
Deus Chifrudo renascido que governa a "metade
escura do ano".
Nos tempos antigos, o Soistício
de Inverno correspondia à Satumália romana
(17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de
adoração ao sol.
Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão
do Natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho
queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristà. (O Natal, que acontece alguns dias
após o Soistício de Inverno e que celebra o
nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da
antiga festa pagã da época do Natal.)
A queima da acha de Natal originou-se
do antigo costume da fogueira de Natal que era acesa para dar vida e poder ao
sol, que, pensava-se, renascia no Soistício
de Inverno. Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi
substituído pela queima dentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas
gravadas com esculturas de motivos solares e outros símbolos mágicos. Como o
carvalho era considerado a Árvore Cósmica da Vida pêlos
antigos druidas, a acha de Natal é tradicionalmente de carvalho. Algumas tradições
wiccanianas usam
a acha de pinheiro para simbolizar os deuses agonizantes Attis, Dio-nísio
ou Woden. Antigamente as cinzas da acha de
Natal eram misturadas à ração das vacas,
para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram espargidas sobre os campos para assegurar
uma nova vida e uma Primavera fértil.
Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições
favoritas do Natal, repleta de simbolismo
pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos
costumes antigos da religião Antiga dos Pagãos.
O visco era considerado extremamente mágico pêlos druidas, que o chamavam de ^Árvore Dourada".
Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos
mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva,
que é, na verdade, um arbusto parasita com folhas coriáceas
sempre verdes e frutos brancos revestidos de
cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore
sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da ideia de
que seus frutos brancos eram gotas do sémen
divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao
sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco
sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para
aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de
êxtase sexual acompanhavam frequentemente os
ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o
costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.
A tradição
relativamente moderna de decorar árvores de Natal é costume que se desenvolveu
dos bosques de pinheiro associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites
pendurados na árvore como decoração são, na
verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como
aparecem na Árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já
partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram
nos atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como oferendas
a várias deidades, como Attis e Dionísio.
O outro exemplo das
raízes pagãs das festas do Natal está na moderna personificação do espírito de
Natal, conhecido como Santa Claus, que foi, em determinada época, o deus pagão
do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o "Cristo na Roda",
um antigo título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Soistício de Inverno.
Colocar bolos nos galhos das macieiras
mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo
costume pagão da época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como "Beber à Saúde das Árvores do Pomar".
Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como
parte de um rito de fertilidade do Soistício
de Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agradecer
a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem
a produzir abundantemente.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Soistício de
Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente com especiarias.
INCENSOS
DOS SABAS
CANDLEMAS: manjericão, mirra e
glicínia.
EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: violeta africana,
jasmim, rosa sálvia e morango.
BELTANE: olíbano, lilás e rosa.
SOLSTÍCIO DE VERÃO: olíbano, limão,
mirra, pinho, rosa e glicínia.
LAMMAS: aloé, rosa e
sândalo.
EQUINÓCIO DO OUTONO: benjoim, mirra e sálvia. SAMHAIN:
maçã, heliotropo, menta, noz-moseada e sálvia. SOLSTÍCIO
DE INVERNO: louro, cedro, pinho e alecrim.
CORES DAS VELAS DOS SABÁS
CANDLEMAS: marrom, rosa,
vermelha.
EQUINÓCIO DA
PRIMAVERA:
dourada, verde, amarela.
BELTANE: verde escuro.
SOLSTÍCIO DE VERÃO: azul, verde.
LAMMAS: laranja, amarela.
EQUINÓCIO DO OUTONO: marrom, verde,
laranja, amarela.
SAMHAIN: preta, laranja.
SOLSTÍCIO DE INVERNO: dourada, verde,
vermelha, branca.
PEDRAS
PRECIOSAS SAGRADAS DOS SABÁS
CANDLEMAS: ametista, granada, ônix, turquesa.
EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: ametista, água-marinha, he-matita,
jaspe vermelho.
BELTANE: esmeralda, comalina laranja, safira, quartzo rosa.
SOLSTÍCIO DE VERÃO: todas as pedras
verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
LAMMAS: aventurina, citrino, peridoto
e sardônia.
EQUINÓCIO DO OUTONO: cornalina, lápis-lázuli,
safira, ágata amarela.
SAMHAIN: todas as pedras
negras, especialmente azeviche, obsidiana e
ônix.
SOLSTÍCIO DE INVERNO: olho-de-gato e rubi.
Ferramentas
e Símbolos da Arte Wicca
FERRAMENTAS
O punhal
O punhal (também conhecido como "punhal
do ar") é uma faca ritualística com cabo preto e lâmina de fio duplo,
tradicionalmente gravada ou cunhada com vários símbolos mágicos e/ou astrológicos.
Representa o antigo e místico elemento ar, símbolo da Força
da Vida, e é usado pêlos Bruxos para traçar
círculos, exorcizar o mal e as forças negativas, controlar e banir os
espíritos elementais, e guardar e diredonar a energia durante os rituais mágicos.
Utiliza-se
o punhal com cabo branco somente para cortar
varetas, colher ervas para magia ou para cura, esculpir a tradicional lanterna
de Samhain e gravar ninas e outros símbolos mágicos ou astrológicos
em velas e ta
O sino
O sino de cristal ou de latão é frequentemente usado pêlos
Bruxos para sinalizar o início e/ou o fechamento de um ritual ou Sabá,
para invocar um espírito ou deidade em particular e para despertar os membros
do coven que estão em meditação. Os
sinos são tocados também em vários ritos funerários wiccanianos
para abençoar a alma do Bruxo que cruzou o reino dos mortos.
O
Livro
das Sombras
O Livro das Sombras (também conhecido como "Livro Negro")
é o diário secreto no qual o Bruxo registra seus encantamentos, invocações,
rituais, sonhos, receitas de várias poções pessoais e outros assuntos.
Um livro desse tipo pode ser mantido por um indivíduo em
separado ou por todo um coven.
Quando ocorre a morte do Bruxo, o Livro das Sombras pode
ser passado para seus filhos ou netos, mantido pela Alta Sacerdotisa e pelo
Alto Sacerdote do coven ( se o Bruxo
for membro de um deles no momento de sua morte) ou queimado para proteger os
segredos da Arte. Qualquer que seja a decisão tomada, ela naturalmente depende
dos costumes daquela determinada tradição wiccaniana
e/ou da vontade pessoal do Bruxo.
O buril
O buril é um ferro de gravar usado por
muitos Bruxos (e Magos Cerimoniais) para marcar ritualisticamente
nomes sagrados, números, runas e vários
símbolos mágicos e/ou astrológicos em seus punhais, espadas, sinos de
latão do altar, joalheria
metálica e outras ferramentas da magia e do
ritual.
O
caldeirão
O caldeirão é um pequeno pote escuro, de ferro fundido
que combina simbolicamente as influências dos quatro antigos e místicos
elementos e que representa o ventre divino da Deusa Mãe, sendo utilizado pêlos Bruxos para vários propósitos e até para
ferver poções, queimar incenso e guardar carvão, flores, ervas ou outros
elementos mágicos.
O caldeirão pode ser usado também como instrumento para divinação. (Muitos Bruxos enchem seu caldeirão com
água na noite de Samhain e os utilizam como
espelho mágico para olhar o futuro ou o passado.)
A espada cerimonial
A espada cerimonial representa o elemento fogo e é o
símbolo da força do Bruxo.
Em certas tradições wiccanianas,
a espada cerimonial é usada no lugar do punhal de cabo preto pela Alta
Sacerdotisa de um coven, para traçar
e apagar o círculo.
A espada cerimonial, como o punhal, pode também ser usada
para controlar e banir espíritos dementais (especialmente na Magia Cerimonial)
e para guardar e direcionar a energia
durante os rituais mágicos.
O cálice
O cálice (também conhecido como taça
ou vaso sagrado) representa o elemento ar e é usado no altar durante os
rituais mágicos e Sabás, como recipiente
para a água ou o vinho consagrado.
O cálice sagrado é tradicionalmente feito de prata e
decorado com vários símbolos mágicos; entretanto, muitos Bruxos modernos usam
cálices feitos de latão, estanho e até de
cristal.
O pentáculo
O pentáculo é um disco
chato feito de madeira, cera, metal ou
argila. Ostenta a estrela mística de cinco pontas do Bruxo (pentagrama) e é usado em cerimónias mágicas e encantamentos para representar a
energia feminina e o elemento terra, para invocar e prender gnomos (espíritos dementais da
terra) e também para proteger objetos consagrados, como amuletos, ervas, cristais e
outros.
A vareta
A vareta mágica (também conhecida como "Bastão do fogo")
é um bastão fino de madeira, feito de um galho de árvore. Representa o antigo e
místico elemento fogo, é símbolo da força, da vontade e do poder mágico do
Bruxo que o possui. Na Magia Cerimonial, a vareta representa o elemento ar.
A vareta (que, de acordo com vários compêndios de magia,
deve ter aproximadamente 50cm de
comprimento) é usada pêlos Bruxos para
invocar as salamandras (espíritos dementais do fogo) em determinados tipos de rituais, traçar círculos, desenhar símbolos mágicos
no chão, direcionar a energia e mexer
bebidas no caldeirão.
vestes, velas, ferramentas ritualísticas, amuletos e
talismãs, e são ritualisticamente usados pêlos Bruxos para alterar sua
consciência e produzir energia mágica.
Os signos do zodíaco e dos planetas são muitas vezes
utilizados em Wicca, assim como também os símbolos indicados em seguida:
A Lua Crescente é um símbolo sagrado da Deusa e também um
símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do crescimento abundante
e dos poderes secretos da Natureza. É utilizado nas invocações à Deusa e a
todas as deidades lunares (tanto masculinas quanto femininas), na magia da
lua, nas celebrações dos Sabás e nos rituais
de cura das mulheres.
O Pentagrama é
dos símbolos pagãos mais poderosos e mais populares utilizados pêlos Bruxos e na Magia Cerimonial de natureza
afim. O pentagrama (uma estrela de cinco
pontas circunscrita num círculo) representa os quatro antigos e místicos
elementos, fogo, água, ar e terra, superados pela Espírito.
Km Wicca, o símbolo do pentagrama é geralmente
desenhado com a ponta voltada para cima, a fim
de simbolizar as aspirações espirituais humanas. Um pentagrama com a ponta
voltada para baixo é um símbolo do Deus Chifrudo.
O Triângulo é um símbolo da manifestação finita na
magia ocidental, sendo usado em rituais para invocar os espíritos quando o selo
ou sinal da entidade a ser invocada está colocado no centro do triângulo.
O triângulo, equivalente ao número três (número mágico
poderoso), é também um símbolo sagrado da Deusa Tripla: Virgem, Mãe, Anciã.
Invertido, ele representa o princípio masculino.
O Selo de Salomão
(antigo e poderoso símbolo mágico) é um hexagrama
que consiste de dois triângulos entrelaçados, um voltado para cima, e o outro,
para baixo. Simboliza a alma humana, sendo usado por vários Bruxos e Magos
Cerimoniais em encantamentos e rituais que envolvem comunicação com espíritos,
sabedoria, purificações e reforço de poderes psíquicos.
O Tridente é um símbolo sagrado de três falos, ostentado
por qualquer deidade masculina cuja função é unir-se sexualmente à Deusa
Tripla. É utilizado principalmente em Cirandes Rituais, Magia Sexual e rituais
de fertilidade.
O Ankh é um antigo símbolo egípcio que lembra uma cruz
com um laço no topo. Simboliza ávida, o conhecimento cósmico, o intercurso
sexual e o renascimento. (Qualquer deus ou deusa maior do antigo panteão
egípcio é representado portando esse símbolo.) Também conhecido como "Cruz
Ansata", é usado por vários Bruxos contemporâneos em encantamentos e
rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinaçào.
O Olho de Horas é outro antigo símbolo egípcio muitas
vezes utilizado na Feitiçaria moderna. Representa o olho divino do deus Hórus,
as energias solar e lunar, e frequentemente é usado para simbolizar a proteção
espiritual e também o poder clarividente do Terceiro Olho.
O Pentalfa é um desenho mágico formado pela interseção de
cinco letras Â. É usado por vários Bruxos e Magos Cerimoniais tanto na
divinaçào como na conjuração de espíritos.
O Círculo (imagem altamente potente que não possui
princípio e nem fim) é usado por muitos Bruxos e Neopagãos como símbolo sagrado
de íoní, da energia mágica, da protecão, do infinito, da perfeição e da
renovação constante.
A Suástica é um
antigo símbolo religioso formado pela cruz
grega com os braços em ângulos retos tanto
na direçào destrógira quanto levógira. Antes de ter sido adotada e pervertida em 1935 como o emblema
oficial infame da Alemanha nazista, a suástica era um símbolo
sagrado de boa sorte e de saúde na Europa pré-cristã e em muitas outras culturas pagãs em
todo o mundo, incluindo as orientais,
egípcias e tribos nativas das Américas do Norte, Central e do Sul.
A palavra "suástica"
origina-se do sânscrito svastika, que significa
"um sinal de boa sorte". Existem mais de 1.200 desenhos conhecidos
da suástica, e o mais antigo data do ano 12.000 aC.
Além dos mencionados, existem centenas de outros símbolos
antigos, e modernos, usados em Wicca, como
os de fertilidade masculina e feminina, cruzes, sinais de paz, números, flores,
animais, criaturas mitológicas (dragões, fénix,
unicórnio, etc.),
a Árvore do Mundo e outros.
ALGUNS SÍMBOLOS DA ARTE WICCA
Suástica
Ankh
|
Olho de Horus
|
Selo de Salomão
Triângulo
Pentagrama
4
Rituais Pagãos
RITO DA AUTODEDICAÇÃO
(para Bruxos Solitários)
(nota: Antes da auto-iniciação na Arte, é imprescindível que a
pessoa primeiro estude a filosofia básica de Wicca
e sinta sinceramente em seu coração que a Religião Antiga é o caminho correio a seguir.)
Se você deseja se tornar um Bruxo e não pode ser iniciado
por um coven (ou se prefere trabalhar
como um Solitário), pode iniciar-se na Arte
e dedicar-se à Deusa e ao Seu consorte,
realizando o ritual da Auto-iniciação em uma noite de lua cheia ou crescente, em qualquer um dos oito Sabás
ou no seu aniversário.
Comece despindo suas roupas e tomando
um banho ritualístico perfumado ou de ervas
(simbolizando o elemento água) para purificar seu corpo e seu espírito de
qualquer vibração negativa. Durante o banho,
limpe com-pletamente sua mente de todos os
pensamentos inunda nos, negativos e desagradáveis,
e medite até seu corpo ficar totalmente
relaxado.
Após o banho, trace no chão um círculo com cerca de l,5m de diâmetro, usando giz ou tinta branca.
Salpique um pouco de sal (simbolizando o elemento terra) sobre o círculo para
consagrá-lo, dizendo:
COM O O SAL EU CONSAGRO
E ABENÇOO
ESTE CÍRCULO
SOB OS NOMES DIVINOS DA DEUSA
E DO SEU CONSORTE, O DEUS CHIFRUDO.
ABENÇOADO SEJA!
Sente-se no centro do círculo, voltado para o norte, com
duas velas brancas (simbolizando o elemento fogo) e um incensório de olíbano com incenso de mirra (simbolizando o
elemento ar) diante de você. (É melhor realizar esse ritual a sós e nu;
entretanto, se você não se sentir à vontade para trabalhar sem roupa, poderá
usar uma veste cerimonial branca.)
Acenda o incenso, em seguida, a primeira vela e repita:
EU TE INVOCO E TE CHAMO,
OH DEUSA MÃE, CRIADORA
DE VIDA
E ALMA DO UNIVERSO INFINITO.
PELA CHAMA DA VELA E PELA FUMAÇA DO
INCENSO
EU TE INVOCO PARA ABENÇOAR ESTE RITUAL
E PARA GARANTIR A MINHA ADMISSÃO
NA COMPANHIA DOS TEUS FILHOS AMADOS.
OH BELA DEUSA DA VIDA E DO
RENASCIMENTO, QUE É CONHECIDA COMO CERRIDWEN,
ASTARTE,
ATENAS, BRÍGIDA,
DIANA, ÍSIS, MELUSINE,
AFRODITE E POR MUITOS OUTROS NOMES DIVINOS, NESTE CÍRCULO CONSAGRADO À LUZ DE
VELAS
EU ME COMPROMETO A TE HONRAR,
A TE AMAR E A TE SERVIR.
ENQUANTO EU VIVER
PROMETO RESPEITAR E OBEDECER À TUA LEI
DE AMOR A TODOS OS SERES VIVOS.
PROMETO NUNCA REVELAR OS SEGREDOS DA
ARTE
A QUALQUER HOMEM OU MULHER QUE NÃO
PERTENÇA AO MESMO CAMINHO;
E JURO ACEITAR O CONSELHO WICCANIANO DE "NÃO
PREJUDICAR NINGUÉM, FAÇAM O QUE QUISEREM."
OH DEUSA, RAINHA DE
TODAS AS BRUXAS, ABRO MEU CORAÇÃO E MINHA ALMA PARA TI. ASSIM SEJA.
Acenda a segunda vela e diga:
EU TE INVOCO E TE CHAMO,
OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DOS PAGÃOS,
SENHOR DAS MATAS VERDES
E PAI DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E
LIVRES.
PELA CHAMA DA VELA E PELA FUMAÇA DO
INCENSO
EU TE INVOCO PARA ABENÇOAR ESTE
RITUAL.
OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DA MORTE
E DE TUDO O QUE VEM DEPOIS,
QUE É CONHECIDO COMO CERNUNNOS, ATTIS,
PA,
DAGHDA, FAUNO, FREY, ODIN, LUPERCUS
E POR MUITOS OUTROS NOMES,
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO À LUZ DE
VELAS
EU ME COMPROMETO A TE HONRAR,
A TE AMAR E A TE BEM SERVIR
ENQUANTO EU VIVER.
OH GRANDE DEUS CHIFRUDO DA PAZ E DO
AMOR ABRO MEU CORAÇÃO E MINHA ALMA PARA TI. ASSIM SEJA.
Mantenha suas mãos abertas e voltadas para os céus. Feche
os olhos e visualize dois raios brancos de luz brilhante descendo dos céus e
penetrando a palma de suas mãos. Uma
sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder
do amor da Deusa e do Deus purificar sua alma.
Não se assuste se começar a ouvir uma voz (ou vozes)
falando dentro de sua mente, como por telepatia. São a Deusa e o Deus dentro de
você, revelando sua presença. (Embora nem
todos os Wiccanianos ouçam ou percebam as
verdadeiras palavras ditas pela Deusa e pelo Deus Chifrudo — alguns sentem sua
presença divina e seu amor —, não é incomum que as deidades pagãs falem direta-mente com um Bruxo recentemente auto-iniciado, especialmente se ele ou ela for
sensitivo.)
Permaneça no círculo sagrado até que as velas e o incenso
terminem.
E, então, encerra-se o Ritual de Auto-iniciação.
RITUAL
DA CONSAGRAÇÃO DO CRISTAL
Realize esse ritual numa noite de lua cheia para limpar o
cristal das influências negativas e para carregá-lo de poder curativo.
Comece acendendo duas velas brancas de altar (uma em cada
lado do altar). Coloque uma pequena tigela ou xícara com água fresca de chuva e
um prato de areia, terra ou sal sobre o altar. No centro desse, coloque um
incensório contendo um dos seguintes incensos:
olíbano, mirra, noz-moscada, patchuli, rosa, açafrão ou sândalo.
Pegue o cristal com sua mão direita e passe-o pela fumaça
do incenso, enquanto diz:
nize com sua aura e sua
consciência espiritual. Respire gentilmente
sobre ele enquanto lhe dirige seus pensamentos e intenções. O cristal imantado
responderá à energia da sua vontade.
INVOCAÇÃO
E RITUAL DE HÉCATE
Hécate, a misteriosa Deusa das Trevas e protetora de todos os Bruxos, é a personificação
da lua e do lado escuro do princípio feminino. Seu nome é grego e significa "aquela que tem êxito de longe", o que a liga a Diana (Artemis), a virgem caçadora da lua.
Na mitologia, Hécate era filha dos titãs Perses e Asteria,
e acreditava-se que vagava pela terra e assombrava as encruzilhadas nas noites
sem lua com uma matilha de cães fantasmagóricos e uivantes.
Como Diana, Hécate pertence à classe das deidades
portadoras de archote, sendo retratada
portando um, a fim de se ajustar à crença de que era a deusa lunar noturna e poderosa caçadora que conhecia seu
caminho no reino dos espíritos. Controlava as fases de nascimento, vida e
morte, e dizia-se que os poderes secretos da Natureza estavam sob seu comando.
Embora os cães fossem os animais mais sagrados para ela,
Hécate estava associada às lebres na antiga Grécia, como a sua equivalente
germânica, a deusa lunar Harek. (A lebre, de
acordo com uma série de hieróglifos egípcios, é um "sinal
determinador que define o conceito do ser, e simboliza, em consequência, a existência elementar. Para os antigos
chineses, a lebre era tida como animal de augúrio, e dizia-se que vivia na
lua.)
Na arte, Hécate é muitas vezes
representada como uma mulher com três cabeças, com serpentes sibilantes
entrelaçadas em seu pescoço. Por essa razão, ela é chamada de Triforme — símbolo que pode estar ligado aos três
níveis. Nascimento, Vida e Morte
(representando o Passado, o Presente e o Futuro) e à trindade da Deusa Tripla:
Virgem, Mãe e Anciã.
Hécate é uma poderosa deidade lunar, e todos os
rituais realizados em sua honra devem ser feitos à meia-noite,
em noites sem lua ou ao nascer da lua do dia 13 de agosto, o principal festival
pagão de Hécate.
Antes de começar a invocação e o ritual, escolha um local
retirado numa clareira escura, calma e cercada de árvores, e trace um círculo
de pedras com cerca de 3 a 4m de diâmetro. No ponto norte do círculo, monte um
pequeno altar. Coloque um símbolo da Deusa (alguma estatueta ou figura
feminina, por exemplo) no topo do altar e acenda um incenso de olíbano, mirra ou jasmim diante dela. A esquerda
do símbolo da Deusa, coloque uma vela preta e um cálice com vinho branco. À
direita, outra vela preta, um punhal consagrado,
um sino de latão, uma tigela com água e um prato com sal marinho. Velas
dementais brancas deverão ser colocadas nos pontos leste, sul e oeste do
círculo. Um vela elemental representando o
norte deverá ser colocada por trás da figura da Deusa no altar.
A Alta Sacerdotisa (ou o Solitário) acenderá as velas e,
então, abençoará a água, mergulhando a lâmina do punhal na tigela com água,
dizendo:
EU TE EXORCIZO, OH CRIATURA DA ÁGUA,
SOB O NOME DIVINO DE HÉCATE
E RETIRO DE TI
TODAS AS IMPUREZAS E ESPÍRITOS
IMUNDOS.
ASSIM SEJA.
A Alta Sacerdotisa colocará a ponta do punhal no sal e o
purificará, dizendo:
ABENÇOADO SEJA ESTE SAL
EM NOME DA DEUSA HÉCATE.
QUE TODA A MALIGNIDADE E TODOS OS OBSTÁCULOS
SEJAM AFASTADOS DAQUI PARA A FRENTE
E QUE PENETRE TODO O BEM.
ASSIM SEJA.
O punhal voltará para o altar, e o sal será, então,
despejado na tigela com água.
A Alta Sacedotisa
traçará o círculo com a sua espada na direção
destrógira, dizendo:
EU TE CONJURO, OH CÍRCULO DE PODER,
PARA QUE TU SEJAS UM ANEL DE PROTEÇÃO
QUE PRESERVE E CONTENHA
O PODER QUE SURGIRÁ DENTRO DELE,
UM ESCUDO CONTRA TODA A INIQUIDADE E
TODO O MAL
PARA O QUE TE ABENÇOO
E CONSAGRO EM NOME DE HÉCATE,
DEUSA DAS TREVAS,
DEUSA DA LUA.
A Alta Sacerdotisa acenderá um fogo no centro do círculo
e colocará sobre ele o caldeirão pintado com símbolos lunares e cheio de uma
mistura perfumada de água da fonte, óleo de rosa e mel. A bebida deverá ser
colocada para ferver e, então, a Alta Sacerdotisa adicionará uma pitada de
pedra lunar em pó, penas de corvo preto, um pouco de geada colhida à luz da lua
e plantas místicas governadas pela lua: erva-moura
e lunária. (Os ingredientes originais do
caldeirão na antiga versão do ritual de Hécate
falava nas vísceras de um lobo juntamente com os outros mencionados; entretanto, esse ingrediente foi omitido
na versão moderna, pois seria extremamente difícil, além de perigoso, de ser
obtido pelo Bruxo.)
Após todos os ingredientes terem sido colocados, a mistura
fervente será mexida com um galho seco de oliveira. A Alta Sacerdotisa ficará de pé diante do caldeirão, voltada para o
norte, com os braços estendidos, e dirá:
EU VOS CONVOCO,
OH FORÇAS INVISÍVEIS DA
NATUREZA,
A SE REUNIREM EM TORNO DE MIM NESTE CÍRCULO,
POIS NA HORA MÍSTICA DA NOITE
INVOCO A DEUSA ESCURA
DA LUA.
INVOCO E CONJURO A TI, HÉCATE,
DEUSA DO SUBMUNDO
E PROTETORA
DE TODOS OS BRUXOS.
VEM AGORA PARA ESTE CÍRCULO DE FOGO,
POIS EU REALIZO ESTE RITUAL
EM TUA HONRA.
Todo o coven
deverá ajoelhar-se diante do altar, voltado para a imagem da Deusa, enquanto a
Alta Sacerdotisa tomará o cálice de vinho com ambas as mãos e dirá:
EM TUA HONRA,
OH GRANDE DEUSA HÉCATE,
EU FAÇO ESTA LIBAÇÃO E TOMO ESTE
BRINDE.
A Alta Sacerdotisa derramará algumas gotas de vinho no
chão diante do altar, como oferenda à Deusa. Levará o cálice aos lábios, tomará
um gole do vinho e o entregará ao Alto Sacerdote, que beberá um pequeno gole e
o colocará de volta em seu lugar no altar. Ele pegará o sino e o tocará três
vezes, enquanto a Alta Sacerdotisa segurará o punhal com a mão direita,
apontará com ele o céu, dizendo:
NESTA HORA ESCURA E MÍSTICA DA NOITE
A DEUSA HÉCATE
REINA
SUPREMA E EM TEU NOME EU LOUVO AGORA:
EU TE SAÚDO, OH
HÉCATE!
EU TE SAÚDO, OH
HÉCATE!
BENDITA SEJAS!
A Alta Sacerdotisa
beijará a lâmina do punhal e o colocará de volta no altar, enquanto o coven repetirá o cântico:
EU TE SAÚDO, OH HÉCATE! EU TE SAÚDO,
OH HÉCATE! BENDITA SEJAS!
Em seguida, todo o coven
deverá relaxar e meditar sobre a imagem da Deusa. Poderão ser entoadas músicas
folclóricas em sua honra ou recitadas poesias místicas nela inspiradas.
Após o término do ritual, o coven agradecerá à
Deusa pela presença, e a Alta Sacerdotisa desfará o círculo com a espada em
movimento levógiro.
RITUAL
DO TERCEIRO OLHO
Realize esse ritual neopagão
para aprimorar os poderes psíquicos três dias antes da lua cheia e, preferivelmente,
quando ela estiver nos signos astrológicos
de Câncer, Peixes ou Escorpião.
Comece preparando um chá mágico bem forte de artemísia ou
mil-folhas (ervas que estimulam os sentidos
psíquicos) e acenda 13 velas votivas de cor púrpura para ajudar a atrair as
influências psíquicas.
Tome o chá e olhe
fixamente para um espelho mágico, uma bola de cristal ou uma pirâmide de
cristal enquanto entoa três vezes o seguinte encantamento:
EU TE INVOCO, OH
ASARIEL,
ARCANJO DE NETUNO
E GOVERNANTE DOS PODERES DA
CLARIVIDÊNCIA.
EU TE PEÇO QUE ABRAS O MEU TERCEIRO
OLHO
E QUE ME MOSTRES A LUZ OCULTA.
PERMITE-ME VER O FUTURO.
PERMITE-ME VER O PASSADO.
PERMITE-ME PERCEBER OS DIVINOS
REINOS DO DESCONHECIDO.
PERMITE-ME COMPREENDERA SABEDORIA
DO SAGRADO UNIVERSO.
ASSIM SEJA.
Após isso, relaxe, respire lentamente e se concentre para
abrir o seu Terceiro Olho. Não permita que pensamentos negativos contaminem
sua mente.
O Terceiro Olho, chakra
invisível localizado no centro de sua testa, acima do espaço entre as
sobrancelhas, é a fonte de poder mais elevada do corpo humano, da visão
sobrenatural e da clarividência.
O
GRANDE RITUAL
O Grande Ritual (também conhecido como "casamento
sagrado") é o intercurso
sexual ritualístico, realizado realmente ou
somente de maneira simbólica, como experiência religiosa sublime.
Esse grande ritual de "polaridade^masculin^/femini-na é, muitas
vezes, realizado nos Sabás principais (espe cialmente em Samhain
pela Alta Sacerdotisa e pelo Alto Sacerdote, que trazem
para dentro de si os espíritos da Deusa e do Deus Chifrudo, respectivamente, e
experimentam a união divina, tanto espiritual quanto física).
Em certas tradições wiccanianas
(como a Gardneria-na), o Grande Ritual é
realizado como parte da Iniciação do Terceiro Grau, que eleva um Bruxo ao mais
alto dos três graus da Arte.
O Grande Ritual Verdadeiro: após a invocação da
Deusa ter sido realizada pelo Alto Sacerdote, os membros do coven deixam o círculo e a sala, e a Alta
Sacerdotisa e o Alto Sacerdote realizam particularmente o ato do amor. Após o
seu término, os membros do coven são readmitidos no círculo, e servem-se
bolos consagrados e vinho (ou cerveja).
O Grande Ritual Simbólico: após a invocação da
Deusa ter sido realizada pelo Alto Sacerdote, ele mergulha a lâmina do punhal
numa taça de vinho (ou de suco de fruta) que a Alta Sacerdotisa está segurando.
O vinho é, então, passado entre todos os membros do coven para ser
bebido.
ATRAIR
A LUA
Atrair a Lua (também conhecido como "Chamar a Lua")
é um ritual de invocação da força-espírito
da Deusa para a Alta Sacerdotisa, realizado pelo Alto Sacerdote, que utiliza
sua polaridade masculina para conjurar a essência divina na polaridade feminina
da Alta Sacerdotisa.
Durante o ritual moderno de Wicca, a Alta Sacerdotisa entra num estado
alterado de consciência, semelhante a um transe, e atrai o poder da Deusa para
dentro de si. A Alta Sacerdotisa funciona, então, como um canal da Deusa ou
como a Deusa encarnada, dentro do círculo, até que ele seja desfeito.
ATRAIR O SOL
Atrair o Sol (também conhecido como "Chamar
o SoFou "Atrair
o Deus Chifrudo") é o ritual de invocação da força-espírito
do Deus Chifrudo para o Alto Sacerdote pela Alta Sacerdotisa, que utiliza sua
polaridade feminina para conjurar a essência divina na polaridade masculina do
Alto Sacerdote.
Durante o ritual moderno de Wicca,
o Alto Sacerdote entra num estado alterado de consciência semelhante a um
transe e atrai o poder do Deus Chifrudo para dentro de si. O Alto Sacerdote
funciona como um canal do Deus ou como o Deus Chifrudo encarnado dentro do
círculo, até que esse seja desfeito.
RITUAL
PAGÃO DE COMPROMISSO
O Compromisso é uma cerimónia de noivado wicca-niana
na qual as mãos do noivo e da noiva são unidas com uma laçada consagrada para
significar que eles foram unidos em matrimónio.
O ritual geralmente é realizado tanto pela Alta Sacerdotisa como pelo Alto
Sacerdote do coven (se o casamento
não for legal) ou por um ministro legalmente reconhecido, se for preferida uma
união legal. (Antes de se casarem legalmente, muitos wiccanianos
preferem viver numa lei comum de "tentativa" de casamento, que pode ser dissolvida pela
Alta Sacerdotisa final do ano, se o
marido ou a esposa estiver insatisfeito com
o arranjo.)
Atradição pagã de "Pular
a Vassoura", na qual o noivo e a noiva
pulam j untos por cima do cabo da vassoura é uma antiga forma de cerimónia comum de casamento, praticada em certas
regiões da Escócia, Dinamarca e China, e muito popular entre os ciganos. O Pulo
da Vassoura é realizado ao término do Ritual de Compromisso.
A cerimónia de
casamento apresentada a seguir é um rito de comprometimento de ligação
espiritual, não legal, que pode ser realizado pela Alta Sacerdotisa ou pelo
Alto Sacerdote do coven.
Antes da cerimónia, é
extremamente importante que toda a área onde será realizado o compromisso seja
consagrada com sal, água e qualquer incenso purificador, como o de cedro, olíbano, sálvia
ou sândalo.
Monte o altar e coloque nele tudo que será necessário
para a cerimónia: duas velas brancas, um
incensório, um prato com sal ou terra, um sino de altar de latão, uma vareta,
um cálice com água, uma xícara com óleo de rosa para consagração, um cristal de
quartzo, as alianças de casamento e duas cordas brancas. Próximo ao altar, coloque
uma grande vassoura de palha para ser usada no tradicional Pulo da Vassoura no
final do rito.
Trace um círculo na direção
destrógira, usando um punhal ou a espada
cerimonial, e, após cada convidado ter sido abençoado com saudações e incenso, faça soar o sino do altar para dar
início à cerimónia.
O noivo e a noiva devem entrar no círculo de mãos dadas.
Abençoe-os com incenso e saudações, e
coloque-os defronte de você e do altar (norte), enquanto os convidados para o
casamento estarão reunidos em tomo do perímetro do círculo, dando-se as mãos
para formar uma corrente humana. De frente para o noivo e para a noiva, levante as suas mãos para o céu e diga:
NESTE SAGRADO CÍRCULO DE LUZ
REUNIMO-NOS EM PERFEITO AMOR
E PERFEITA VERDADE.
OH DEUSA DO AMOR DIVINO,
EU TE PEÇO QUE ABENÇOES ESTE CASAL,
O SEU AMOR E O SEU CASAMENTO
PELO TEMPO EM QUE VIVEREM
JUNTOS NO AMOR.
POSSA CADA UM DESFRUTAR DE UMA VIDA SAUDÁVEL,
CHEIA DE ALEGRIA, AMOR, ESTABILIDADE
E FERTILIDADE.
Segure o prato com
sal ou terra diante deles para que os dois coloquem a mão direita sobre o
mesmo, enquanto você diz:
ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA A SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM AMOR, TERNURA,
FELICIDADE E COMPAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque novamente o prato sobre o altar. O casal deverá
se voltar para o leste. Soe o sino do altar três vezes e, então, envolva-os com o incenso e diga:
ABENÇOADOS SEJAM PELA FUMAÇA E PELO SINO
SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO
ELEMENTO AR.
QUE A DEUSA DO AMOR
EM TODA A SUA GLÓRIA
ABENÇOE-OS COM A COMUNICAÇÃO,
CRESCIMENTO INTELECTUAL E SABEDORIA
PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque novamente o
incenso no altar. O casal deverá, agora, se voltar para o sul. Dê, a cada um, uma vela branca, a qual deverão segurar com a
mão direita. Acenda as velas, pegue a vareta do altar e segure-a acima dos
dois, enquanto diz:
ABENÇOADOS SEJAM PELA VARETA E PELA CHAMA,
SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO
ELEMENTO FOGO.
QUE A DEUSA DO AMOR
EM TODA A SUA GLÓRIA
ABENÇOE-OS COM HARMONIA, VITALIDADE,
CRIATIVIDADE E PAIXÃO
PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque novamente as
velas e a vareta no altar. O casal deverá, então, se voltar para o oeste. Tome
o cálice com água e salpique algumas gotas sobre a cabeça deles, enquanto diz:
ABENÇOADOS SEJAM
PELO ANTIGO E MÍSTICO
ELEMENTO ÁGUA
QUE A DEUSA DO AMOR
EM TODA A SUA GLÓRIA
ABENÇOE-OS COM A AMIZADE, A INTUIÇÃO
O CARINHO E A COMPREENSÃO
PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque o cálice com
água novamente no altar. O casal mais uma vez deverá se voltar para o norte.
Unte a testa deles com o óleo de rosa e segure o cristal de quartzo sobre eles,
como símbolo sagrado do reino espiritual, enquanto diz:
QUE A DEUSA DO AMOR
EM TODA A SUA GLÓRIA
ABENÇOE-OS COM A UNIÃO,
HONESTIDADE E CRESCIMENTO ESPIRITUAL
PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
QUE O DEUS E A DEUSA INTERIOR DE CADA UM
GUIE-OS NO CAMINHO RETO
E QUE A MAGIA DO SEU AMOR
CONTINUE A CRESCER PELO TEMPO
QUE PERMANECEREM JUNTOS NO AMOR,
POIS O SEU CASAMENTO É UMA UNIÃO SAGRADA
DOS ASPECTOS FEMININO E MASCULINO
DA DIVINDADE.
Coloque o cristal novamente no altar e consagre as
alianças do casamento com uma pitada de sal
e gotas de água, enquanto diz:
PELO SAL E PELA ÁGUA
EU PURIFICO E LIMPO
ESTES BELOS SÍMBOLOS DO AMOR.
QUE TODAS AS VIBRAÇÕES NEGATIVAS,
IMPUREZAS E OBSTÁCULOS
SEJAM AFASTADOS DAQUI!
E QUE PENETRE TUDO
O QUE É POSITIVO,
TERNO E BOM.
ABENÇOADAS SEJAM ESTAS ALIANÇAS
NO NOME DIVINO DA DEUSA.
ASSIM SEJA.
O noivo coloca a aliança no dedo da noiva, e ela, por sua
vez, coloca a aliança no dedo dele. Agora podem trocar as promessas que
escreveram com suas próprias palavras antes da cerimónia.
Após o casal haver proferido suas promessas de amor, consagre as cordas da mesma maneira que fez
com as alianças, e, então, segurando-as lado a lado, faça com que o homem e a
mulher segurem uma extremidade e dêem um nó enquanto expressam o seu amor um
pelo outro. Amarre-as pelo meio e diga:
PÊLOS
NÓS NESTA CORDA SEJA O SEU AMOR UNIDO.
Pegue a corda com os nós e amarre juntas aos mãos do
noivo e da noiva. Visualize uma luz branca de energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras
se unem em uma só e todos os presentes à cerimónia
emitem energia, cantando repetidamente com alegria:
AMOR! AMOR! AMOR!
Após haver centralizado o poder trazido para os noivos e
para o casamento deles, permaneça alguns minutos em silêncio e, depois, retire
a corda das mãos deles, dizendo:
PELO PODER DA DEUSA
E DE SEU CONSORTE CHIFRUDO
EU OS DECLARO
MARIDO E MULHER
PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
QUE VIVAM JUNTOS NO AMOR.
ASSIM SEJA.
Os convidados agora
podem aclamar, aplaudir e congratular-se com os recém-casados.
Agradeça à Deusa e ao Deus e desfaça o círculo. Coloque a vassoura de palha
horizontalmente no chão e faça com que os noivos pulem por cima dela juntos e
de mãos dadas.
Termina assim o Ritual Pagão de
Compromisso, que deve ser festejado por
todos com vinho consagrado e o bolo do compromisso, que é tradicionalmente
partido com a espada cerimonial do coven.
(Ver à página 146 a receita de Bolo do Compromisso.)
SABÁCANDLEMAS
2 de fevereiro
Comece erigindo o altar voltado para o norte. Diante dele
coloque uma vassoura de palha. Prepare uma coroa com 13 velas vermelhas e
coloque-a no centro do altar. Em cada lado da coluna, coloque uma vela da cor
apropriada do Sabá. À esquerda, um incensório com incenso apropriado e um ramo
de sempre-viva. (Pode também ser usado um
galho da árvore ou da guirlanda do Natal
anterior como decoração do altar). A direita coloque um cálice com água (água
fresca de chuva ou neve derretida, se possível), um pequeno prato com pó ou
areia e um punhal consagrado.
Marque um círculo com cerca de 3m de diâmetro em torno do
altar, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal dentro do círculo
e, então, trace o círculo na direção destrógira com a espada cerimonial sagrada ou com
uma vara de salgueiro, dizendo:
COM O SAL E A ESPADA SAGRADA
EU TE CONSAGRO E TE INVOCO,
OH CÍRCULO DE SABÁ DE
MAGIA E LUZ.
NO NOME SAGRADO DE BRÍGIDA
E SOB A SUA PROTEÇÃO
ESTE RITUAL DE SABÁ AGORA SE INICIA.
Coloque a espada cerimonial no altar diante da coroa de
velas. Acenda as duas velas do altar e diga:
OH DEUSA DO FOGO DA
PRIMAVERA,
A TI OFEREÇO
ESTE SÍMBOLO DO FOGO.
ASSIM SEJA.
Acenda o incenso e diga:
OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,
A TI OFEREÇO
ESTE SÍMBOLO DO AR.
ASSIM SEJA.
Pegue o punhal com a mão
direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo
(estrela de cinco pontas) no pó ou areia e diga:
OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,
A TI OFEREÇO
ESTE SÍMBOLO DA TERRA.
ASSIM SEJA.
Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga:
OH DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA,
A TI OFEREÇO
ESTE SÍMBOLO DA ÁGUA.
ASSIM SEJA.
Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o ramo de sempre-viva e visualize na sua mente a escuridão
do Inverno se desfazendo, sendo substituída pela luz agradável da nova
Primavera. Coloque o ramo ardente no incensório e diga:
ASSIM COMO ESTE SÍMBOLO DO INVERNO
É CONSUMADO PELO FOGO,
DA MESMA FORMA A ESCURIDÃO
É CONSUMIDA PELA LUZ.
ASSIM SEJA.
Acenda a coroa de velas e coloque-a cuidadosamente no
topo de sua cabeça. (Quando esse ritual de Sabá
é realizado por um coven, é costume o Alto Sacerdote acender as
velas e colocar a coroa sobre a cabeça da Alta Sacerdotisa.) Pegue o punhal com
a mão direita e segure-o sobre seu coração, enquanto diz:
COMO A DOCE CIBELE, EU USO UMA COROA
DE FOGO EM TORNO DA MINHA CABEÇA.
COMO DIANA, ABENÇOADA DEUSA DA
SABEDORIA,
EU ACENDO AS VELAS VERMELHAS
PARA FAZER BRILHAR UMA LUZ SOBRE A
MINHA PRECE
DE PAZ E AMOR SOBRE A TERRA.
OUÇAM-ME, OH, ESPÍRITOS DO AR,
OS ESPÍRITOS ABAIXO E OS ESPÍRITOS
ACIMA.
ASSIM SEJA.
Coloque o punhal de volta no altar e termine o rito
varrendo o círculo em direção levógira com uma vassoura para desfazê-lo e simbolizar a "destruição" das coisas velhas. Apague as velas e
devolva a coroa ao altar.
SABA
DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA
Primeiro Dia da Primavera
Comece marcando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz
ou tinta branca. Monte um altar no centro do círculo, voltado para o norte.
Coloque uma vela da cor apropriada do Sabá
no centro do altar. À direita (leste), coloque
um incensório com o incenso apropriado do Sabá ou um turíbulo
contendo pedaços de carvão aquecidos, sobre o qual a sálvia
será queimada. À esquerda (oeste) da vela, coloque uma tigela com ovos cozidos
decorados com runas, desenhos de fertilidade
e outros símbolos mágicos.
Diante da vela (sul), coloque um punhal e uma espada
cerimonial consagrados.
Após salpicar um pouco de sal sobre o círculo para
purificá-lo, pegue a espada cerimonial e trace o círculo em movimento destrógiro, começando no leste. Enquanto traça,
diga:
ABENÇOADO SEJA ESTE CÍRCULO DO SABÁ
SOB O NOME DIVINO DE OSTARA,
ANTIGA DEUSA DA FERTILIDADE E DA PRIMAVERA.
SOB SEU SAGRADO NOME
E SOB A SUA PROTEÇÂO
ESTE RITUAL DE SABÁ AGORA SE INICIA.
Coloque a espada de
volta no altar e, então, acenda a vela e o incenso. Pegue o punhal com a mão
direita e ajoelhe-se diante do altar com a lâmina sobre o coração, dizendo:
ABENÇOADA SEJA A DEUSA DA FERTILIDADE, ABENÇOADO SEJA O
SEU RITUAL DA ÉPOCA DA PRIMAVERA.
ABENÇOADO SEJA O REI-DEUS
SOL, ABENÇOADA SEJA A SUA LUZ SAGRADA.
Coloque a lâmina da
espada sobre a região do Terceiro Olho em sua testa e diga:
O SOL CRUZOU O EQUADOR CELESTE,
TRAZENDO O SOL E A LUA COM A MESMA DURAÇÃO
DE HORAS.
FINALMENTE
A DEUSA DA PRIMAVERA RENASCEU. A SUA BELEZA DÁ VIDA ÀS ÁRVORES E ÀS FLORES.
ABENÇOADA SEJA A DIVINA DEUSA DAS
MATAS. ELA É A CRIADORA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENÇOADO SEJA O SENHOR DAS
MATAS. EU CANTO ESTA CANÇÃO PARA A DEUSA E
PARA O DEUS.
DESPERTEM, DESPERTEM TODOS E OUÇAM A
VOZ DO CHAMADO DA DEUSA. ABENÇOADA SEJA A NOSSA MÃE
TERRA, QUE ELA SEJA PREENCHIDA COM PAZ, MAGIA E AMOR.
A DEUSA RESPIRA A VIDA. A DEUSA DÁ A
VIDA. A DEUSA É A VIDA. ELA REINA SUPREMA. ASSIM SEJA!
Encerre o ritual apagando a vela e desfazendo o círculo
com a espada cerimonial em movimento levógiro.
Os ovos podem ser comidos como parte do banquete do Sabá do Equinócio da Primavera, e jogam-se conchas
numa fogueira ao ar livre ou enterram-nas no chão como oferenda à Mãe Terra.
SABÁBELTANE
1° de maio
O S aba Beltane dos Bruxos começa oficialmente ao nascer
da lua da Véspera de 1^ de maio, sendo tradicionalmente realizado no alto de uma
montanha onde são acesas as imensas fogueiras de Beltane para iluminar o
caminho para o Verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas. (Antigamente as
grandes fogueiras da Irlanda, que simbolizavam o Deus Sol doador de vida, eram
acesas com a centelha de uma pederneira ou pela fricção de duas varetas.)
Se você planeja festejar Beltane em ambiente fechado,
deverá acender o fogo em um local apropriado. (Certifique-se de colocar um
galho ou ramo de sorveira sobre o fogo para
reverenciar os espíritos guardiães de sua casa e sua família, trazendo boa
sorte para a casa e mantendo afastados os fantasmas, duendes e fadas
malévolos.) Se você não tiver lugar apropriado, poderá acender 13 velas verdes-escuras para simbolizar a fogueira de
Beltane.
Vista-se com as cores brilhantes da Primavera (a não ser
que prefira trabalhar sem roupa) e use muitas flores coloridas e de odor forte
nos cabelos. (Antes de vestir-se para a cerimónia,
medite e banhe-se à luz de velas com ervas para limpar seu corpo e sua alma de
quaisquer impurezas ou energias negativas.)
Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro e monte um
altar no centro, voltado para o leste. No topo do altar, coloque duas
estatuetas para representar a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus
Chifrudo. Ao lado de cada uma delas, um incensório contendo olíbano e selo-de-salomão.
No lado direito do altar, coloque um punhal consagrado e um cálice cheio de
vinho. Acenda 13 velas verdes-escuras em torno do círculo.
Prepare uma coroa de flores do campo
que florescem na Primavera, tais como margaridas, prímulas,
primaveras ou malmequeres, e coloque-a no
altar diante dos símbolos da Deusa e do Deus.
Pode ser colocado um pequeno mastro decorado (com cerca
de Im de altura) à direita do altar,
enfeitado com flores e fítas de cores
brilhantes.
Ajoelhe-se diante do altar. Acenda as velas e o incenso.
Feche os olhos, concentre-se na imagem divina da Deusa e do Deus, e diga:
EM HONRA À DEUSA E AO DEUS CHIFRUDO,
E SOB A SUA PROTEÇÃO,
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.
Abra os olhos. Pegue o punhal que está no altar,
cumprimente com ele o leste, e diga:
OH, DEUSA DE TODAS AS
COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO.
Segure o punhal em saudação na direção sul, e diga:
ABENÇOADA SEJA A VIRGEM DA PRIMAVERA,
PARA ELA EU CANTO ESTA PRECE DE AMOR. ELA TORNA VERDE AS FLORESTAS E OS PRADOS,
OH DEUSA DA NATUREZA, ELA REINA SUPREMA.
Segure o seu punhal em saudação ao
oeste, e diga:
OLÍBANO E SELO-DE-SALOMÃO, GRAÇAS A ELA QUE FAZ GIRAR A
RODA!
Segure o punhal e saúde o norte,
dizendo:
ABENÇOADO SEJA O SENHOR DA PRIMAVERA,
PARA ELE EU CANTO A PRECE DO AMOR.
DEUS DIVINO DAS TREVAS,
DEUS DIVINO DA LUZ,
ESTA NOITE EU CELEBRO
OS SEUS PODERES FERTILIZANTES.
Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a coroa de
flores do campo e coloque-a no alto de sua cabeça. (Quando esse ritual é
realizado por um coven,
o costume é que o Alto Sacerdote a
coloque sobre a cabeça da Alta Sacerdotisa.) Ajoelhe-se diante do altar, olhando
para as imagens das deidades pagãs da fertilidade. Abra os braços e diga:
ESPÍRITOS DA ÁGUA E DO AR EU PEÇO QUE
OUÇAM A MINHA PRECE:
QUE O CÉU E O MAR PERMANEÇAM LIMPOS,
QUE A TERRA SEJA FÉRTIL E VERDE.
ESPÍRITOS DO FOGO,
ESPÍRITOS DA MÃE TERRA,
QUE O MUNDO SEJA ABENÇOADO
COM PAZ. AMOR E ALEGRIA.
Pegue o cálice de vinho e levante-o com o braço esticado,
e, enquanto derrama algumas gotas no chão, como libação à Deusa e ao Deus
Chifrudo, feche os olhos e diga:
QUEIMEM OS FOGOS SAGRADOS DE BELTANE, ILUMINEM O CAMINHO PARA O RETORNO DO SOL.
AS TREVAS DO INVERNO DEVEM AGORA TERMINAR, A GRANDE RODA DA VIDA GIROU
NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA.
Beba o resto do vinho do cálice e, então, coloque-o de
volta no altar. Apague as velas, mas deixe que o incenso termine de queimar.
O ritual está agora completo, devendo ser seguido de um
banquete, de cantos e danças na direção do
movimento do sol em torno da fogueira de Beltane
ou do mastro decorado para simbolizar a união
divina da Deusa com Seu consorte, o Deus Chifrudo.
SABÁ
DO SOLSTÍCIO DE VERÃO
Primeiro Dia do Verão
O ritual que se segue é tradicionalmente realizado pêlos Bruxos numa clareira na floresta, num grande
jardim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza.
Comece arrumando pedras no chão para formar um grande
círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma
espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente
uma vara de sorveira recentemente cortada),
trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo
(estrela de cinco pontas) dentro do círculo de pedras. Acenda cinco velas
verdes para simbolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma
em cada ponta do pentagrama, começando pelo
leste e continuando em movimento destrógiro.
Monte um altar ou coloque uma pedra grande e achatada no
centro do pentagrama voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado
dela, acenda uma vela branca de altar. À direita (leste), coloque um sino de
latão, consagrado, e um incensório de olíbano
com incenso de mirra. À esquerda (oeste), coloque um cálice com vinho, um
pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água
fresca da chuva.) Abençoe o vinho, cobrindo
o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz:
EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA
DEUSA.
Salpique um pouco de
sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga:
COM SAL E ÁGUA
EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA
DEUSA. ABENÇOADO SEJA.
Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu,
feche os olhos e preencha a sua mente com pensamentos e visões agradáveis da
Deusa Mãe, enquanto diz:
OH ABENÇOADA MÃE TERRA,
DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO,
A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO.
EM TEU NOME SAGRADO
E SOB A TUA PROTEÇÃO
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.
Faça soar o sino três vezes e invoque:
ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E
FORMOSA, MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA, EU
INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM!
Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos, leve o cálice de vinho aos lábios.
Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama,
como libação à Deusa, enquanto diz:
EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO
UMA OFERENDA A TI, OH GRACIOSA DEUSA DO
AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.
Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça
soar o sino três vezes e diga:
COM O SOL NO SEU ZÉNITE
EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO
EM HONRA A TI, OH, GRANDE DEUSA;
E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU
GRAÇAS. À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER
O TEU AMOR DIVINO E OS TEUS PODERES DE
CURA CRESCEM MAIS FORTES.
Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Faça
soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre:
ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA
A DEUSA!
A DEUSA É VIDA.
A DEUSA É AMOR.
ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR
QUE MUDA AS ESTAÇÕES
E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO.
ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA
A DEUSA!
A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS.
A DEUSA É A O MAR E A TERRA.
A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES
ELA É A VIDA, ELA É A MORTE
ELA É O RENASCIMENTO.
ELA É O DIA, ELA É A NOITE,
ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ,
ELA É TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES
ASSIM SEJA!
O Ritual do Soistício de Verão dever ser seguido de um
banquete de alegria e do canto feliz de músicas
folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação
de poesia inspirada na Deusa.
O Soistício de Verão é o momento tradicionalmente
propício à colheita de ervas mágicas para encantamentos e poções (especialmente
as da magia do amor!). E também o tempo
ideal para realizar divinaçoes e rituais de
cura, e para cortar varetas e bastões de divinação.
SABALAMMAS
1° de agosto
Comece
marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do
círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do
Sabá. À esquerda (oeste) da vela, coloque um
cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de
montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de
milho e uma do Sabá Lammas do ano anterior.
À direita (leste da vela), coloque
um
incensório com incenso de sândalo ou de
rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento terra. Diante
da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.
Salpique
um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace
o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a
de modo destrógiro, enquanto diz:
COM
O SAL E A ESPADA SAGRADA
EU
CONSAGRO E TE INVOCO,
OH
CÍRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABÁ.
SOB
O NOME SAGRADO DA DEUSA
E
SOB A SUA PROTEÇÃO
INICIA-SE
AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.
Coloque
de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga:
NESTE
CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO,
AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO
FOGO.
Acenda
o incenso e diga:
NESTE
CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO
ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR.
Segure o punhal na mão direita e, com a ponta
da lâmina, trace um pentáculo (estrela de
cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga:
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ
EU VOS CONJURO AGORA, OH ESPÍRITOS
SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.
Mergulhe
a lâmina do punhal no cálice com água e diga:
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABÁ EU VOS CONJURO, AGORA,
OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.
Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a
boneca nova de milho e coloque-a à direita
da vela, e diga:
OH, SENHORA DA COLHEITA,
EU TE AGRADEÇO
POR NOS SUSTENTAR
NAS PRÓXIMAS ESTAÇÕES E
PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA.
ASSIM SEJA.
Pegue
a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou
prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabá:
SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. À DEUSA VÓS
DEVEIS VOLTAR. ABENÇOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM
SEJA!
Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo
em movimento
levógiro com a espada cerimonial.
Enterre
as cinzas da antiga boneca de milho, como
oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova
para o próximo Sabá Lammas.
SABÁ
DO EQUINÓCIO DO OUTONO
Primeiro Dia de Outono
Comece
fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar
voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabá, um cálice com água,
uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um
incensório. (São incenses sagrados para
esse Sabá: benjoim, mirra, flor do maracujá, papoulas vermelhas e sálvia.)
Enfeite
o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, mal-me-queres, rosas brancas e cardo. As flores
poderão ser arrumadas em buques ou guir-landas para o altar ou para o círculo, ou
reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.
Salpique
um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial
consagrada ou com uma vareta, dizendo:
COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA
EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABÁ
SOB O NOME DIVINO DA DEUSA
E SOB A SUA PROTEÇÃO.
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.
Acenda
a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para
iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais.
Pegue o punhal com a mão direita, volte-se
para o leste e diga:
OH
SAGRADOS SILFOS DO AR
E
REIS ELEMENTAIS DO LESTE,
EU
VOS CONJURO E ORDENO
A
VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ
NESTE
CÍRCULO CONSAGRADO.
Volte-se
para o sul e diga:
OH
SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO
E
REIS ELEMENTAIS DO SUL,
EU
VOS CONJURO E ORDENO
A
VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ
NESTE
CÍRCULO CONSAGRADO.
Volte-se
para o oeste e diga:
OH
SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA
E
REIS ELEMENTAIS DO OESTE,
EU
VOS CONJURO E ORDENO
A
VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ
NESTE
CÍRCULO CONSAGRADO.
Volte-se
para o norte e diga:
OH
SAGRADOS GNOMOS DA TERRA
E
REIS ELEMENTAIS DO NORTE,
EU
VOS CONJURO E ORDENO
A
VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABÁ
NESTE
CÍRCULO CONSAGRADO.
Toque
três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga:
AR, FOGO, ÁGUA, TERRA,
VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER.
A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA,
O FOGO SAGRADO DO SABÁ
QUEIMA.
SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA.
E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.
Mergulhe
a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga:
ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR,
CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES.
O CALOR DO VERÃO
DEVE AGORA TERMINAR.
A GRANDE RODA SOLAR
GIROU NOVAMENTE.
QUE ASSIM SEJA!
Toque
três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos dementais
e agradeça a Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira
com a espada cerimonial ou com a vareta.
SABÁ SAMHAIN
31 de outubro
Em
muitas tradições wiccanianas, é costume o
Bruxo jejuar um dia inteiro antes de realizar o Ritual do Sabá Samhain.
Após
o banho ritual com água salgada para limpar
seu corpo e sua alma de todas as impurezas e energias negativas, coloque uma
veste cerimonial longa e preta (a menos que prefira
trabalhar sem roupa, como fazem muitos
Bruxos), use um colar de bolotas feito a mão em tomo do pescoço e coloque uma
coroa de folhas de carvalho na cabeça.
Comece
traçando um círculo de 3m de diâmetro, usando
giz ou tinta branca. Coloque 13 velas pretas e cor de laranja em tomo do
círculo e à medida que for acendendo cada uma, diga:
VELA SAMHAIN DO FOGO TÃO BRILHANTE CONSAGRE ESTE CÍRCULO DE LUZ.
No centro do círculo erga um altar voltado
para o norte. No centro do altar, coloque três velas (uma branca, uma vermelha
e uma preta) para representar, cada uma, uma fase da Deusa Tripla. À esquerda
(oeste) das velas, coloque um cálice com sidra e um prato contendo sal marinho.
À direita (leste) das velas, coloque um incensório com incenso de ervas e uma
pequena tigela com água. Diante das velas (sul), coloque um sino de altar de
latão, um punhal consagrado e uma maçã vermelha.
Faça soar três vezes o sino do altar e diga:
SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA
E SOB A SUA PROTEÇÃO,
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABÁ.
Salpique um pouco de sal e água em cada ponto
da circunferência em tomo do círculo para limpar o espaço de qualquer negatividade ou influência malignas. Pegue o
punhal com a mão direita e diga:
OUÇAM
BEM, ELEMENTOS,
AR,
FOGO, ÁGUA, TERRA,
PELO
SINO E PELA LÂMINA EU VOS CONVOCO
NESTA
SAGRADA NOITE DE ALEGRIA.
Mergulhe
a lâmina do punhal no cálice com a sidra e
diga:
EU
TE OFEREÇO, OH, DEUSA, ESTE NÉCTAR DA
ESTAÇÃO.
Coloque
o punhal de volta no altar. Acenda o incenso e as três velas do altar e diga:
TRÊS
VELAS EU ACENDO EM TUA HONRA, OH, DEUSA:
BRANCA
PARA A VIRGEM, VERMELHA PARA A MÃE, PRETA PARA A ANCIÃ.
OH DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES,
A
TI ERGO ESTE TEMPLO SAGRADO
EM
PERFEITO AMOR,
EM
PERFEITA CONFIANÇA.
Pegue o cálice com ambas as mãos e derrame
algumas gotas da sidra sobre a maçã, dizendo:
AO
VENTRE DA DEUSA MÃE
RETORNA
AGORA O DEUS CHIFRUDO
ATÉ
O DIA EM QUE NOVAMENTE RENASCERÁ.
A
GRANDE RODA SOLAR
GIRA
MAIS UMA VEZ.
O CICLO DAS ESTAÇÕES NÃO TERMINA NUNCA.
ABENÇOADAS SEJAM AS ALMAS DAQUELES
QUE VIAJARAM ALÉM
PARA O MUNDO ESCURO DOS MORTOS.
EU DERRAMO ESTE NÉCTAR
EM HONRA À SUA MEMÓRIA.
QUE A DEUSA OS ABENÇOE
COM LUZ, BELEZA E ALEGRIA.
ABENÇOADAS SEJAM!
ABENÇOADAS SEJAM!
Beba
o restante da sidra e, então, coloque o cálice no seu lugar no altar. Faça soar
o sino três vezes, desfaça o círculo apagando as velas de cores laranja e
preta, começando do leste e movendo em direção levógira.
Pegue
a maçã do altar e enterre-a do lado de fora para nutrir as almas dos que
morreram no último ano.
O
Ritual do Samhain está agora completo e deve
ser seguido de meditação, divinação em bola
de cristal, recital de poesia mística inspirada na Deusa e uma prece dos Bruxos
pelas almas de todos os membros da família e dos amigos que passaram para o
Plano Espiritual.
SABÁ
DO SOLSTÍCIO DE INVERNO
Primeiro Dia de Inverno
Comece erguendo um altar voltado para o
norte. Em torno dele, trace um círculo com cerca de 3 m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Decore o altar com
azevinho, visco ou qualquer outra erva sagrada para esse Sabá.
Coloque uma vela de altar branca no centro do
altar. À sua esquerda coloque um cálice com vinho tinto ou sidra e um
incensório. (Qualquer uma das seguintes fragrâncias de incenso é apropriada
para esse ritual: louro, cedro,
pinho
ou alecrim.) À direita da vela coloque um punhal consagrado e um prato com sal.
Por trás do altar, um galho de carvalho de Natal com 13 velas vermelhas e
verdes enfeitando-o.
Pegue
o punhal com a mão direita e tire um pouco de sal com a ponta da lâmina.
Deixe-o cair no círculo. Repita três vezes e diga:
ABENÇOADO
SEJA ESTE CÍRCULO SAGRADO DO SABÁ
EM
NOME DO GRANDE DEUS CHIFRUDO,
O
SENHOR DIVINO DAS TREVAS E DA LUZ,
O
DEUS DA MORTE E DE TODAS AS COISAS DO ALÉM,
abençoado SEJA ESTE CÍRCULO SAGRADO DO SABÁ
EM
SEU NOME.
Coloque
o punhal de volta em seu lugar no altar. Após acender o incenso e a vela, mais
uma vez pegue o punhal com a mão direita. Mergulhe a lâmina no cálice e diga:
OH
GRANDE DEUSA,
MÃE
TERRA DE TODAS AS COISAS VIVAS,
NÓS
NOS DESPEDIMOS,
POIS
VAMOS DESCANSAR.
ABENÇOADO
SEJA!
E
NÓS TE DAMOS AS BOAS-VINDAS, OH GRANDE DEUS
CHIFRUDO DA CAÇA, PAI TERRA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENÇOADO SEJA!
ÁGUA,
AR, FOGO, TERRA,
NÓS
CELEBRAMOS O RENASCIMENTO DO SOL. NESTA NOITE ESCURA, A MAIS LONGA, ACENDEMOS O
LUME DAS VELAS SAGRADAS.
Coloque
o punhal de volta no altar. Pegue o cálice coid ambas as mãos
e, enquanto o leva aos lábios, diga:
BEBO
ESTE VINHO EM HONRA A TI,
OH
DEUS DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES.
AGRADECEMOS
A TI PELA LUZ DO SOL.
SALVE,
OH GRANDE CHIFRUDO!
Beba
o vinho e coloque o cálice no seu lugar no altar. Acenda as 13 velas no ramo da
árvore de Natal e encerre o Ritual do Soistício de Inverno, dizendo:
O
FOGO DO RAMO SAGRADO DO NATAL ARDE, A GRANDE RODA SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. QUE
ASSIM SEJA!
Celebre, com alegria, num banquete com a
família e os amigos até que a última vela da árvore se apague.
5
A Arte
da Magia
A
prática da magia é de origem antiga, sendo
encontrada em todo o mundo.
A
magia é uma força que combina a energia psíquica com os poderes da vontade,
para produzir os efeitos "sobrenaturais", provocar as respectivas mudanças e
controlar os eventos na Natureza. Aumenta o fluxo de divindade e pode ser usada
para propósitos construtivos assim como destrutivos.
A
magia é uma força neutra que em si não é boa nem má. A direção
do bem ou do mal é determinada pelo praticante. Entretanto, como o carma retoma por três vezes para todas as pessoas
pêlos seus atos
nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo ou mago
utilizar a magia negra para causar danos a alguém.
Como
uma ferramenta da Arte Wicca, a forma antiga da palavra magick (em inglês, com
o "k" no fínal) é usada muitas vezes pêlos Bruxos para distingui-la
def magica, que não pertence à Arte, mas, sim, ao teatro, ao truque com as mãos
e à ilusão.
A
magia (magick) é uma ferramenta
poderosa. É parte importante de Wicca,
embora secundária na adoração à Deusa e ao Seu consorte, o Deus Chifrudo.
Um
dos elementos mais importantes na prática da magia é a sensação. É
absolutamente essencial que você possua sensações fortes em relação ao que está
tentando realizar para produzir o poder necessário para a realização da magia.
É
também muito importante usar a visualização criativa, também conhecida como "imaginação desejada".
Essa é a arte ou a capacidade mágica de imaginar os resultados finais de sua magia
para fazer seus desejos se materializarem. É uma habilidade natural, concedida
pela Deusa a determinadas pessoas; contudo,
a maioria de nós precisa ativar e cultivar
seus poderes por meio de muita prática, exercícios de concentração e meditação.
Quando estiver lançando um encantamento, concentre-se sempre profundamente e
coloque na sua mente um claro quadro mental aquilo que você precisa ou deseja.
Sem
a sensação e a visualização criativa é extremamente difícil (se não totalmente
impossível) a magia funcionar.
Você
também descobrirá que os melhores resultados serão obtidos se você realizar
seus próprios encantamentos e/o\i criar seus próprios amuletos, talismãs e
poções, em vez de confiá-los a alguém (em especial a um estranho) para realizar
a magia por você. Quando fizer um encantamento, você estará impregnando a
magia com as suas vibrações emocionais, espirituais e psíquicas.
Use
a magia de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A
magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de
salão ou brincadeira. Nunca utilize qualquer forma de magia para manipular a
vontade ou as emoções de outra pessoa e mantenha sempre em mente o conselho wiccaniano:
NÃO PREJUDIQUE NINGUÉM, FAÇAM
ELES O QUE QUISEREM.
A
magia negra não lhe trará somente um mau carma por
três vezes; ela também desencadeará uma contra-ex-piosão
e provocará resultados desastrosos.
Antes
de realizar a magia, é sempre aconselhável usar uma forma de divinação para descobrir se os resultados de sua
magia serão positivos ou negativos. Você poderá usar uma bola de cristal, as
cartas do taro, velas, runas ou qualquer outro método que preferir. Se
não for habilitado na arte da divinação, consulte um Bruxo com experiência ou
um mestre respeitável nas artes ocultas.
A
magia é poderosa e funciona; entretanto, determinados encantamentos devem ser
repetidos várias vezes até que funcionem, especialmente se você for novo na
arte da magia. Não se sinta desencorajado pelo fracasso. Com o treino e a
prática suficientes, você logo "sentirá" a magia, e será capaz de usar os poderes
para que eles trabalhem para você.
Assim
como existem várias tradições wiccanianas diferentes,
a magia também assume várias formas. Existe a magia cerimonial, a magia cabalística, a magia dos nativos
americanos (também conhecida como xamanis-mo),
o Vudu e muitas outras. A escolha da forma
(ou formas) correia da magia a ser praticada
depende somente da preferência pessoal do Bruxo e/ou
da tradição wiccania-na, embora vários
Bruxos escolham praticar a magia folclórica de influência europeia.
Alguns
Bruxos devotara toda a sua vida ao estudo e à prática de somente uma forma de
magia, enquanto outros experimentam e praticam vários tipos diferentes. Isso é
questão inteiramente pessoal.
A
magia é a ciência dos segredos da natureza, e, para que ela funcione
apropriadamente, um Bruxo deve trabalhar sempre em perfeita harmonia com as
leis da Natureza
e da psique. O banho
de água com sal e a limpeza interior do
corpo mediante jejum de um dia inteiro antes de realizar o ritual mágico é,
muitas vezes, necessário, especialmente na
magia cerimonial. Para ser capaz de produzir poder,
o corpo físico deve ser mantido em condição saudável.
A
lua e cada uma de suas fases são a parte mais essencial da magia, sendo
extremamente importante que os encantamentos e os rituais sejam realizados
durante a fase lunar apropriada.
A
lua crescente (período entre a lua nova durante o primeiro quarto até a lua
cheia) é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos
que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza.
A
lua cheia aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento apropriado para
realizar as invocações à Deusa lunar, os rituais de fertilidade e encantamentos
que aumentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos.
A
lua minguante (época entre a lua cheia durante o último quarto até a lua nova)
é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos
negativos e feitiços que retirem as maldições, para terminar maus relacionamentos,
reverter encantamentos de amor e afrodisíacos, acabar com maus hábitos e
diminuir febres, dores e doenças.
Resumindo,
para realizar magia bem-sucedida deve-se
estar em harmonia com as leis da Natureza e com a psique.
É importante possuir conhecimento mágico, corpo e mente saudáveis e capacidade
de aceitar a responsabilidade pelas suas
próprias açÕes. É impossível obter magicamente
resultados positivos se o seu nível de energia estiver baixo ou se o seu corpo
estiver contaminado por drogas prejudiciais e/ou
quantidades excessivas de álcool. Trabalhe durante a fase lunar apropriada, com
convicção, concentração e visualização do resultado final. Esses são os
segredos para a magia bem-sucedida!
GOVERNANTES
PLANETÁRIOS E AS INFLUÊNCIAS DOS DIAS DA SEMANA
DOMINGO: (governado pelo Sol)
é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos
e rituais que envolvam o exorcismo, a cura
e a prosperidade. Cores9. laranja, branco,
amarelo. Incenso: limão, olíbano.
SEGUNDA-FEIRA: (governado pela Lua) é o dia da semana
apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a agricultura, os
animais, a fertilidade feminina, as mensagens, as reconciliações, os roubos e as viagens. Cores: prata,
branco, cinza. Incenso: vio-leta-africana,
madressilva, murta, salgueiro, absinto.
TERÇA-FEIRA: (governado por
Marte) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que
envolvam a coragem, a força física, a vingança, as honras militares, a cirurgia
e a quebra de encantamentos negativos. Cores: vermelho, laranja. Incenso:sangue-de-drago.
QUARTA-FEIRA: (governado por
Mercúrio) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais
que envolvam a comunicação, a divinação, a
escrita, o conhecimento e as transações de negócios. Cores:amarelo,
cinza, violeta e todas as nuanças opales-centes.
Incenso: jasmim, lavanda, ervilha-de-cheiro.
QUINTA-FEIRA: (governado por Júpiter) é o dia da semana
apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam sorte, felicidade,
saúde, assuntos legais, fertilidade masculina, tesouros e riqueza.
Cores: azul, púrpura, índigo. Incenso: canela, ^Irmg^r^ noz-moscada,
sálvia.
SEXTA-FEIRA: (governado por Vénus) é o dia da semana apropriado para realizar
encantamentos e rituais que envolvam amor, romance, casamento, assuntos
sexuais, beleza física, amizades e sociedades. Cores:rosa, verde, verde-mar, verde-amarelado.
Incenso:morango, sândalo, rosa, açafrão, baunilha.
SÁBADO:
(governado por Saturno) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o espírito de
comunicação, meditação, ataque ou defesa psíquica e localização de coisas ou
pessoas desaparecidas ou perdidas. Cores: preto, cinza, índigo. Incenso:
sementes de papoula-negra, mirra.
ENCANTAÇÃO
Embora
a palavra "encantação" seja frequentemente usada em relação a um amuleto ou
talismã, ela corresponde realmente a um canto ou a uma série de palavras
mágicas cantadas ou recitadas como encantamento ou entoadas sobre algum amuleto
ou talismã para consagrá-lo e carregá-lo de energia mágica.
O
uso das encantaçÕes é comum entre os xamãs em várias partes do mundo, especialmente na
América do Sul, onde os cantos mágicos acompanham quase todos os rituais
mágicos.
As
encantaçÕes são geralmente usadas para impedir perigos iminentes, expulsar
doenças, afastar espíritos e trazer boa sorte.
Contra-encantação é um canto, amuleto ou talismã mágico e
poderoso, usado para neutralizar ou reverter os efeitos de outra encantação ou encantamento.
AMULETOS
Amuleto é um objeto
consagrado (geralmente uma pedra pequena e colorida, uma pedra preciosa ou
parte de uma planta) magicamente carregado com poder para trazer amor ou boa
sorte. Os amuletos, como as rezas e os talismãs,
também podem ser usados para estimular a saúde, impedir os perigos e proteger
contra as influências negativas, como o olho-grande.
Os
amuletos para o amor são usados pêlos Bruxos
como instrumentos mágicos para inspirar o amor e o romance, unir amores
distanciados, atrair um cônjuge, evitar que um caso de amor se rompa e outras
situações afins.
Quase
tudo pode ser usado como amuleto: uma pedra preciosa, uma figura religiosa, uma
raiz, uma flor ou um osso. Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como
jóias, podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de
casa, de um celeiro e até de um automóvel. Podem ser comprados, achados ou
feitos. Podem também ser pintados ou receber inscrições
de palavras mágicas ou de poder e/ou
símbolos para atrair determinadas influências.
O
uso de amuletos é universal em quase todas as culturas, sendo familiar aos
europeus e americanos mais modernos sob a forma do pé de coelho para dar boa
sorte, dos trevos de quatro folhas, das ferraduras, dos anéis com a pedra do
signo e das moedas de boa sorte.
Outro
tipo de amuleto é o patuá: uma bolsinha de
couro, seda ou algodão cheia de objetos
mágicos, usada ou levada junto da pessoa para proteger ou para atrair determinadas
coisas.
Um
patuá com ervas mágicas, folhas, flores ou raízes é chamado de "patuá de ervas para o amor" ou "sache de Bruxo".
Os usados para a magia do amor são chamados de "patuás
do amor" ou "mojos".
Na região sul dos Estados Unidos, são conhecidos como hoodoo haris^ tricks e tricken
bags. Os nativos americanos chamam-nos de medicine bundies, e, na África, recebem o nome de gris-gris.
TALISMÃS
Talismã
é um objeto
feito a mão, de qualquer feitio ou material, carregado de propriedades mágicas para trazer
boa sorte ou fertilidade e para repelir a negativi-dade.
Para
carregar formalmente um talismã com poder é preciso primeiro gravá-lo e depois
consagrá-lo. Inscrever nele os signos solar, lunar, astrológico,
a data do nascimento, nome rúnico ou outro
símbolo mágico que o personalize e lhe empreste um propósito.
O
mais famoso de todos os talismãs mágicos é o triângulo Abracadabra que, nos
tempos antigos, se acreditava possuir o poder de afastar as doenças e curar a
febre quando as suas letras eram arrumadas em forma de pirâmide invertida
(figura sagrada e símbolo da trindade) num pedaço de pergaminho, usado em torno
do pescoço, enrolado com linho por nove dias e nove noites e, então, atirado
sobre o ombro esquerdo num regato que corresse para o lesto. (Diz-se que
abracadabra é palavra cabalística derivada do nome "Abraxas",
deidade gnóstica mística cujo nome significa
"não me atinge".)
Na
magia de Abramelin, talismãs mágicos
poderosos, conhecidos como "quadrados
mágicos", são feitos de filas de
números ou letras do alfabeto arrumadas de modo que as palavras possam ser
lidas vertical e horizontalmente como palíndromos,
e o total dos números é o mesmo quando somados em ambas as direçoes.
Para
que um quadrado mágico de números funcione apropriadamente, devem ser incluídos
números consecutivos partindo do um até que o quadrado esteja completo e, de
acordo com as regras da numerologia, cada
número só pode ser usado uma vez em cada quadrado.
QUADRADOS
MÁGICOS DE LETRAS
Para
provocar visões em espelhos mágicos ou em bolas de cristal, inscreva o quadrado
gnomótico a seguir num pedaço de pergaminho
consagrado e coloque-o sob o vidro ou cristal.
G I L I O N I N
I I
L N
I O
O I
N L
I I
N I N O I L I G
Para
proteger contra feitiçarias, encantos e afastar os males do olho-grande, inscreva o quadrado abaixo num pedaço
de pergaminho consagrado e use-o como uma corda branca em tomo do pescoço.
L A C H A T
A A
C H
H C
A A
T A H C A L
Para
fazer um espírito aparecer diante de você sob a forma humana, inscreva as
palavras de poder num pedaço quadrado de pergaminho consagrado e, então, pegue
o símbolo com a mão direita e diga alto três vezes o nome do espírito que você
quer convocar:
L E
V I A
T A N ERMOGASA VMI RTEAT I O
R A N
T G A AGTNARO I TAETRIMV
ASAGOMRE N A T
A I V
E L
Deidades Pagãs
Invocam-se
deidades pagãs diferentes para encantamentos e rituais que envolvam assuntos
particulares. Temos a seguir uma lista de assuntos e suas deidades correspondentes:
AGRICULTURA: Adónis, Amon, Aristeus, Baldur,
Bónus Eventus,
Ceres, Consus, Dagon,
Demeter, Dumuzi,
Esus, Ghanan, Inari, Osíris, Saturno, Tamuz, Thor, Triptolemus, Vertumnus,
Xochipilli, Yumcaax.
ARTES: Ea, Hathor,
Odin, Thene,
Thor.
ASTROLOGIA: Albion.
GATOS: Bast, Freya.
PARTO: Althea, Bes, Carmenta, Cihuatcoal,
Cuchavira, Ísis, Kuan
Yin, Laima,
Lucina, Meshkent.
COMUNICAÇÕES: Hermes, Hermod, Janus,
Mercúrio.
CORAGEM: Tyr.
SONHOS: Geshtinanna, Morfeu,
Nasnshe.
TERRA: Ásia, Consus, Daghda, Eniil, Frigga, Frija,
Gaia, Ge, Geb, Kronos,
Ninhursag, Ops,
Prithiv, Rea,
Saturno, Sif, Tellus.
FERTILIDADE: Amun, Anaitis,
Apoio, Arrianrhod,
Ashera-li, Astarte,
Attis, Baal,
Baco, Bast,
Bona Dea,
Boneca, Centeotie,
Cernuno, Cerridwen,
Cibele, Daghda, De-meter,
Dew, Dionísio,
Eostre, Frey,
Freya, Frigga,
Indra, Isthar, Ishwara, Ísis, Kronos, Lono, Lupercus, Min, Mut,
Mylitta, Ningirsu,
Ops, Osíris,
Ostara, Oya, Pa, Pomona,
Quetzalcoati, Rea,
Rhiannon, Saturno, Selkhet,
Sida, Tane, Telepinu,
TeUuno, TeUus
Mater, Thunor, Tlazolteotl, Yarilo,
Zarpanitu.
BOA
SORTE E FORTUNA:
Bónus Eventus,
Daikoku, Fortuna, Ganesa,
Jorojin, Laima,
Tyche.
CURA: Apoio, Asclepius, Bast, Brígida,
Eira, Gula, Ixtiiton, Khons, Paeon.
VIAGENS: Echua, Janus,
Min.
LEI, VERDADE E JUSTIÇA: Astrea, Maat, Misharu, Themis.
AMOR: Aizen Myo-o, Alpan, Angus, Afrodite, Asera,
As-tarte, Asthoreth,
Belili, Creiwy,
Cupido, Dzydzilelya, Érato, Eros, Erzulie, Esmeralda, Februa,
Freya, Frig-ga,
Habondia, Hathor,
Inanna, Isthar,
Kades, Kama,
Kivan-Non, Kubaba, Melusine, Menu, Minne,
Nana-ja, Odudua,
Olwen, Oxum,
Prenda, Sauska,
Tlazolteotl, Turan, Vénus, Xochipilli,
Xochiquetzal.
MAGIA
LUNAR:
Aah, Artemis,
Asherali, Astarte,
Baiame, Bendis, Diana, Gou, Hathor, Hécate,
Ilmaqah, Isthar, Ísis,
Jaci, Kabul,
Khons, Kilya, Lucina,
Luna, Mah, Mama Quilia, Mani, Menu, Metzii,
Myestas, Nanna,
Pah, Selene, Sin,
Soma, Taukiyomi, Thoth,
Varuna, Yarikh, Yerak,
Zamna.
CASAMENTO: Airyaman, Afrodite, Aryaman,
Bes, Bhaga, Ceres,
Érato, Frigga, Hathor, Hera, Hymen, Juno, Pattini,
Salacia, Svarog,
Thalassa, Tutunis,
Vor, Xochipilli.
MÚSICA E/OU POESIA: Apoio, Benten, Bragi, Brígida, Hathor, Orfeu,
Odin, Thoth, Vainemuine,
Woden, Xochipilli.
PROFECIA, DIVINAÇÃO E ARTES MÁGICAS: Anubis, Apo-lo, Brígida, Carmenta,
Ea, Exu,
Hécate, Ísis, Odin,
Set, Shamash, Simbi,
Tages, Thoth,
Untunktahe, Woden, Xoloti.
REENCARNAÇÃO: Hera, Khensu,
Ra.
MAR: Anfitrite, Benten,
Dylan, Ea,
Enoil, Glaucus,
Leuco-thea, Manannan,
Mãe Lar, Netuno, Nereus,
Njord, Paldemon, Phoreys,
Pontus, Poseidon,
Proteus, Sho-ney,
Yanun.
CÉU: Aditi, Anshar,
Anu, Dyaus, Frigg,
Hathor, Horus,
Joch-Huva, Júpiter, Kumarbis, Nut, Obatala,
Rangi, Svarog, Tane,
Thor, Tiwaz,
Ukko, Urano, Varuna,
Zeus.
MUDANÇA
DEFORMA:
Freya, Volkh,
Xolotl, Zeus.
SONO: Hypnos (ver também as deidades pagãs que governam
os SONHOS.)
MAGIA
SOLAR:
Amaterasu, Apoio,
Atum, Baldur, Bochica,
Dzahbog, Helios, Hiruku, Horus, Hyperion, Inti,
Leg-ba, Lugh,
Mandulis, Mão,
Marduk, Maui,
Melkart, Mitra, Orunjan,
Paiva, Perun, Febo,
Ra, Sabazius, Samas, Sams, Shamash, Sol, Surya, Tezcatlipoca,
Tonatiuh, Torushompek, Utto, Vishnu, Yhi.
VINGANÇA: Nêmesis.
RIQUEZA
E PROSPERIDADE:
Daikoku, Jambhala,
Kubera, Plutão, Thor.
TRABALHO
COM O TEMPO ATMOSFÉRICO: Adad, Aeolus, Agni, Amen,
Baal, Bragi,
Buriash, Catequil,
Chac-Mool, Chemobog,
Donar, Fomagata,
Ilyapa, Indra,
Jove, Júpiter, Kami-Nari, Koza, Lei-Kung,
Marduk, Nyame, Perkunas,
Rllan, Pulung,
Quiateot, Raiden,
Rammon, Rudra, Xangô, Sobo, Summanus,
Taki-Tsu-Hiko, Tawhaki,
Tawhiri, Tefhut,
Thor, Thunor, Tilo, Tinia, Typhoeus, Tyfon, Yu-Tzu,
Zeus, Zu.
SABEDORIA: Aruna,
Atena, Atri,
Baldur, Brígida, Dainichi,
Ea, Enki, Fudo-Myoo,
Fugen Bosatsu,
Fukurokuju, Ganesa, Minerva, Nebo, Nimir, Oannes, Odin, Ogh-ma, Quetzalcoati,
Sia, Sin,
Thoth, Vohumano,
Zeus.
Herbolária
A HISTORIA DAS ERVAS
As
ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais
data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos.
Os
remédios de ervas são um sustentáculo na medicina tradicional chinesa, e o
livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.).
Estão registrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais.
Os
antigos egípcios também usaram remédios de ervas, e, de acordo com um registro
antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de
2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egito
por volta do ano 2.000 a.C.
Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos,
que estudaram suas qualidades medicinais e registraram muitas observações.
Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto,
mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles.
No
primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades
e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides,
médico grego.
A
cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem aparecem
até nos Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, independente do fato de a igreja
cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a
qual tentou proibir.
As
tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como
para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas
nativas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros medicamentos botânicos foi
passado para os colonizadores brancos
europeus nos Estados Unidos e no Canadá.
No
ano de 1526, o anónimo Grete Herball foi o primeiro livro sobre ervas
publicado em língua inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa
era. Foi chamado de Gerardes Herball e
era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum Botanicum,
de John Parkinson, seguido de outro, sobre
as influências astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper.
À
medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se desenvolveram,
nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu popularidade nos Estados Unidos
e na Europa, cedendo lugar às drogas químicas ativas
e à prática da quimioterapia.
Atualmente, nos Estados Unidos, testemunha-se o
ressurgimento do interesse popular pelas ervas e pêlos
produtos derivados, e algumas pessoas (incluindo wicca-nianos,
os seguidores da Nova Era e os que se voltam para a natureza) estão começando a
se afastar dos medicamentos artificialmente
preparados da sociedade moderna para buscar os métodos mais naturais e antigos
da cura.
As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a
prevenir e a curar doenças. E, para muitas doenças,
a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de
sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário
dos sintomas, mas não erradicam a causa da
doença.
NOTA:
muitas doenças atuais precisam dos métodos atuais de tratamento. No caso de
condições emocionais ou físicas crónicas ou
sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente
procurado.)
Muitos
Wiccanianos apreciam plantar seus próprios
jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medicinais (e mágicas) pode
ser obtida também em lojas de produtos naturais, floras,
supermercados e até nas florestas ao longo das estradas, se você conhecer o
que está procurando.
CUIDADO:
muitas ervas são venenosas e podem causar doenças brandas ou graves e, em
alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas
selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja
acompanhado de um herbalista experimentado e
treinado.
As
ervas mais esotéricas podem ser obtidas, nos Estados Unidos, em lojas que
vendem artigos ocultistas ou por reembolso
postal (ver meu livro, The Magick Candie-buming
para uma lista alfabética atualizada de
fornecedores ERVAS RITUAUSTICAS TRADICIONAIS
DOS SABÁS
SABÁ CANDLEMAS: angélica,
manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores
amarelas.
SABÁ
DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: bolota, quelidônia, cin-co-folhas,
crocus, narciso, comiso,
lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim,
rosa, morango, atanásia e violetas.
SABÁBELTANE: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cin-co-folhas, margarida, olíbano,
espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode,
prímula, rosas, raiz saty-rion, aspérula e
primaveras amarelas.
SABÁ
DO SOLSTÍCIO DE VERÃO: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo,
espora, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e
verbena.
SABÁLAMMAS: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e
trigo.
-SABÁ DO EQUINÓCIO DO OUTONO: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer,
plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho,
rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.
SABÁ SAMHAIN:
bolotas, giesta, maçãs, beladona, dictamo, fetos, linho, fumaria,
urze, verbasco, folhas do carvalho, abóboras, sálvia
e palha.
SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO: louro, fruto do
loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva,
olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo,
carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.
PLANTIO
DAS ERVAS LUNARES
Um
número cada vez maior de Bruxos está
cultivando as suas próprias ervas, seja em fazenda, pequeno jardim nos fundos
ou alguns vasos de flores na janela da cozinha, e os resultados são sempre
favoráveis quando elas são plantadas em harmonia com a Mãe Natureza.
A
fase da lua e o signo do zodíaco em que a lua se encontra quando a erva é
plantada são extremamente importantes. A maioria das ervas deve ser plantada durante
a lua nova ou na lua crescente e no signo de
Câncer, Peixes ou Escorpião.
São exceçoes:
ALHO: plantar durante a lua cheia ou crescente no signo
de Escorpião ou Sagitário.
SALSA: plantar durante a lua nova no signo de Peixes,
Câncer, Libra ou Escorpião.
SÁLVIA: plantar durante a lua cheia no signo de
Peixes, Escorpião ou Câncer.
VALERIANA: plantar durante a lua nova ou
crescente no signo de Gémeos ou Virgem.
Os
compostos devem ser iniciados quando a lua minguante estiver nos signos de
Aquário, Aries, Gémeos,
Leão ou Virgem.
A
melhor época para fertilizar ou transplantar é quando a lua crescente está nos
signos de Câncer, Peixes ou Escorpião.
Consulte
sempre um calendário lunar atualizado antes
de plantar as ervas, e evite plantar no primeiro dia da lua nova ou no primeiro
dia da lua crescente.
ERVAS
DOS DEUSES
Essas
ervas são sagradas para os deuses e deusas cujos nomes aparecem após cada uma
delas.
ACÁCIA: Al-Ozza, Buda, Neith e Osíris.
ACÔNITO: Hécate e
Medeia.
PITEIRA: Mayauel.
ERVA-FÉRREA: Hércules.
ANÉMONA: Adónis,
Afrodite e Vénus.
ANGÉLICA: Atlantis e Michael.
ANIS: Apoio e Mercúrio.
ÁSTER:
todos os deuses e deusas pagãos.
AZALÉIA: Hécates.
CEVADA: Odin.
MANJERICÃO Erzulie, Krishna,
Lakshmi e Vishnu.
BELADONA: Atropos, Bellona, Circe
e Hécate.
BENJOIM: Afrodite, Mut e Vénus.
ABRUNHEIRO: a Deusa Tripla no Seu aspecto escuro e protetor.
CARDO SANTO: Pa.
GIESTA: Blodeuwedd.
CANDELÁRIA: Afrodite e Vénus.
AMENTILHO: Bast e Sekhmet.
CENTÁUREA-MENOR: o centauro Quíron.
CAMOMILA: Kamayna.
TUSSILAGEM: Epona.
CENTÁUREA
AZUL:
Flora, e associada aos mitos de Cyanus e
Quíron.
PRÍMULA: Freya.
CROCOS: Afrodite e Vénus.
NARCISO: Prosérpina.
MARGARIDA: Afrodite, Artemis, Belides,
Freya, Thor, Vénus,
Zeus e associada a Maria Madalena, São João e Santa Margarida da Etióquia.
DENTE-DE-LEÁCh Erigida.
DICTAMO: Diana, Osíris e Perséfone.
CORNISO: Consus.
ÊNULA:
Helena.
EUFRÁSIA: Eufrósina.
FUNCHO: Adónis.
FENO
GREGO:
Apoio.
FETOS: Kupala.
LINHO: Hulda.
ALHO: Hécate e Marte
ESPINHEIRO: Hymen.
URZE: Ísis e Vénus Ericina.
HELIOTROPO: Apoio, Helios, Ra, Sol e todos os Deuses Solares.
AZEVINHO: Hei, Mãe Holie e
o Deus Chifrudo nos seus aspectos minguantes do ano. MARROIO BRANCO: Hórus.
SEMPRE-VIVA DOS TELHADOS: Júpiter e Thor.
JACINTO: Apoio, Artemis e
Jacinto.
ÍRIS: Hera, Hórus, Íris e
Ísis. HERA: Attis, Baco, Dionísio, Dusares
e Osíris. JASMIM:
Diana.
ESTRAMÔNIO: Apoio, Chingichnich e Kwawar.
ALQUEMILA (espécie de orquídea): várias Deusas da Terra e
associada a Virgem Maria dos mitos cristãos.
LAVANDA: Hécate, Saturno e Vesta.
ALFACE: Adónis.
LÍRIO: Astarte, Hera, Juno, Lilith
e Ostara.
LISIMÁQUIA: Kupala.
LÓTUS:
Brahma, Buda,
Cunti, Hermes, Hórus, Ísis, Juno, Kuan-Yin, Lakshmi,
Osíris, Padma, Tara e associado ao mito de
Lote e Priapo.
FETO
DA AVENCA CABELO-DE-VÊNUS: Dis, Kupala e Vénus.
MANDRÁGORA: Afrodite, Diana,
Hécate, Saturno e associada a Circe e à
lendária feiticeira teutônica Virgem Airauna.
MALMEQUER: Xochiquitzal.
MANJERONA: Afrodite e Vénus.
MENTAS: Dis, Hécate, Mintha e associada à lenda clássica da ninfa Menthe.
VISCO: Júpiter, Odin, Zeus e
associado aos mitos de Balder e Eneas.
ACÔNITO: Hécate e
associado a Cérbero.
LUNÁRIA: Aah, Artemis, Diana, Hina,
Selene, Sin,
Thoth e todas as deidades lunares.
MUSGO: Tapio.
AGRIPALMA: várias figuras de Deusas-Mae.
ARTEMÍSIA: Artemis, Diana e
associada à lenda medieval de João Batista.
AMOREIRA: Minerva e associada
à lenda clássica dos amantes babilónios, Piramus e Thisbe.
VERBASCO: Circe e
Ulisses.
NARCISO: Dis, Hades, Narciso, Perséfone
e Vénus.
ORQUÍDEA: Baco e Orchis.
RAIZ
DE ÍRIS:
Afrodite, Hera, Ísis e Osíris.
VIMEIRO: Hécate.
SALSA: Afrodite, Perséfone,
Vénus e associada à morte e ao diabo dos
mitos cristãos.
PEÔNIA: associada à lenda de Peônio.
POEJO:
Deméter.
HORTELÃ-PIMENTA: Zeus.
PERVINCA: Afrodite.
TANCHAGEM: Vénus.
PAPOULA: Ceres, Diana e
Perséfone.
PRÍMULA: Freya e Paralisos.
BELDROEGA: Hermes.
FRAMBOESA: Vénus.
BAMBUS: Inanna e Pa.
ROSA: Afrodite, Aurora, Chioris, Cupido, Deméter, Érato,
Eros, Flora, Freya, Hathor, Holda, Ísis, Vénus
e associada à Virgem Maria dos mitos cristãos.
ARRUDA: Marte
JUNCOS: Acis
CENTEIO: Ceres.
SÁLVIA: Consus e Zeus. SÂNDALO: Vénus.
PIMPINELA BRANCA: Kupala. TREVO: Trefuilngid
Tre-Eochair.
SELO-DE-SALOMÃO: Vor e associado ao lendário rei Salomão, de
Israel.
MORANGO: Freya,
Frigga, Vénus
e associado à Virgem Maria dos mitos cristãos.
CANA-DE-AÇÜCAR: Cupido, Eros e Kama.
GIRASSOL: Apoio
e Deméter.
ATANÁSIA: associada à Virgem
Maria e à lenda clássica de Ganimede.
ESTRAGÃO: Lilith.
CARDO: Thor e
associado à Virgem Maria.
TRIFÓLIO: Olwen.
VERBENA: Diana e Hermes.
VERVENA: Aradia, Cerridwen,
Deméter, Diana, Hermes, Ísis, Juno, Júpiter,
Marte, Mercúrio, Perséfone, Thor e Vénus.
VIOLETA: Afrodite, Attis,
Io, Vénus, Zeus e associada à Virgem Maria.
NENÚFAR: Surya e todas as ninfas aquáticas.
AZEDINHA: todas as Deusas Triplas e associada a
São Patrício.
ABSINTO: Artemis,
Diana, a Grande Mãe e todas as ninfas pagãs da Rússia.
MILEFÓLIO: o Deus Chifrudo dos
Bruxos e associado ao herói grego Aquiles.
OUTROS
NOMES PARA AS ERVAS
Antigamente,
várias ervas e plantas, que se supunha
possuírem poderes místicos, recebiam apelidos ''bruxos" Alguns desses antigos nomes ainda são
usados por muitos Bruxos e herbalistas de
hoje, como "grama-de-feiticeira" para
a grama-de-ponta (Agropyron
repens); "sinos de feiticeira" ou "luvas
de feiticeira" para dedaleira (Digitalis);"vassoura
de feiticeira" para urze (Calluna vulgaris); "erva
de feiticeira" para cicuta venenosa (Çonium
macula-tum); "círio de bruxa"
ou "vela de feiticeira" para verbasco (Verbascum thapsus); "bolsa de feiticeira" para
bolsa-de-pastor (Çapsella
bursa-pastoris); "flor de
cigano" para cinoglossa (Çynoglossam officinale);
"erva de cigano" para verónica (Verónica
officinalis); "pé de druida
velho" para estrela resplandecente (Çhamaelirium
luteum)*; "violeta de mágico"
para pervinca (Vinca
minor); e "raiz
de feiticeira" para ginseng (Panax schin-seng).
Historicamente,
a verbena (Verbena) tem sido associada à bruxaria, magia e feitiçaria;
por essa razão recebeu os apelidos bem
apropriados de "erva de bruxo" e "planta de encantamento".
Na antiga Roma era conhecida como a "erva
do bom presságio", sendo utilizada para decorar os altares dos deuses.
Muitas ervas usadas pêlos
Bruxos foram colhidas, comidas ou sacrificadas em honra a certas deidades
pagãs. Suas associações mitológicas estão refletidas nos apelidos:
"grupo
de Júpiter" para o verbasco (Verbascum thapsus);
"raio
de Júpiter" para o meimendro (Hyoscyamus níger);
"lágrima
de Juno", "planta de
Mercúrio" ou "lágrimas de Ísis"
para a verbena (Verbena); e "barba de Júpiter" ou "olho
de Júpiter" para a sempre-viva dos
telhados (Sem-pervivum tectorum).
* Nome popular de três plantas norte-americanas: Alteris farinosa, Çhamaelirium luteum e Liatris squarrosa. (N.T.)
Na
Idade Média, quando a Igreja Cristã ganhou poder, as deidades de natureza
pacífica da Religião Antiga foram transformadas
nos diabos da nova religião, e muitas ervas, associadas aos pagãos, tomaram-se ervas do diabo e receberam apelidos
como "pedaço do diabo" para a
estrela resplandecente (Çhamaelirium luteum), "nabo
do diabo" para a briônia (Bryonia
dioica)} "chapéu
do diabo" para a bardana (Petasites);
"erva do diabo"
para o junípero ÇJuni-per
sabina)\ "provocação do diabo"
e "brinquedo do diabo" para o milefólio
(Achilea millefolium)9,
"vinha do diabo" para a trepadeira (Çonuolvulus
sepium)', "maçã de satã" e
"vela do diabo" para a mandrágora
europeia (Mandragora
officinarum); "pedaço do diabo" para o heléboro (Veratrum
viride): "ossos do diabo" para o inhame selvagem (Diosco-rea villosa);
"maçã do diabo" e "trombeta do diabo" para o estômago (Datara stramonium)}
"olho do diabo" para o meimendro (Hyoscyamus niger)
; "excremento do diabo" para a férula
(Ferula foetidá);
"doce do diabo" para o visco (Viscum
álbum);
e "raiz do diabo" para o cacto peiote (Lophorora
williamsiï).
Na
Alemanha e na Holanda, a artemísia (Artemísia
vulgaris) era conhecida como
"planta de São João", pois acreditava-se que, quando colhida na
véspera do dia de São João (Véspera do Soistício
do Verão), dava proteção contra feitiçaria,
maus espíritos, doenças e infortúnios.
O
estragão (Artemísia
dracuncuius) é muitas vezes chamado de
"erva do dragão" ou "pequeno dragão"; a arruda (Ruta graveolens)
é conhecida como "erva da graça", e o manjericão (Ocimum basilicum)
é a "erva do amor".
Círculos
de cogumelos em áreas gramadas, que marcam a periferia do crescimento dos micélios sob o solo, são chamados de "anéis
das fadas", em virtude da crença de que os círculos são produzidos por
fadas aladas. Muitas ervas estão também associadas a músicas folclóricas e
recebem apelidos, como "cavalos das fadas" para a erva-de-santiago (Seneció)',
"dedos de fada", "capas de fada", "dedais
de fada"
e "luva de fada" para a dedaleira (Digita-lis);
"fumaça
de fada" para cachimbo de índio (Monotropa
uniflora); "erva de
duende" e "cauda de duende" para a ênula
(Inula helenium);
e "trevo de duende" para o trevo ou azedinha (Qxalis acetosella).
O
visco (Viscum álbum)
era erva altamente reverenciada nos aspectos mágico e religioso entre os
antigos sacerdotes druidas da Bretanha e da Gália
pré-cristãs e se tomou conhecido
apropriadamente como "erva de druida".
Acreditava-se
que a centáurea (Çentaurium umbella-tum) possuía grandes poderes mágicos
conhecidos dos druidas, que usavam a planta
como amuleto para atrair a boa sorte e repelir o mal. E muitas vezes chamada de
"casco de centauro", ligada ao
lendário centauro Quíron, que a utilizava
para curar ferimentos de flechas.
O
absinto (Artemísia absinthium) era sagrado para a Grande Mãe, sendo conhecido como "espírito- mãe".
A
alquemila (Alchem
illa vulgaris),
uma erva silvestre europeia, passou a ser conhecida
como planta mágica importante no século 16 com a descoberta do orvalho notumo recolhido das dobras em forma de funil nas
suas folhas semifechadas de nove lobos.
Cientistas de mentes alquímicas daquela
época consideravam o orvalho substância altamente mágica, e a planta logo
recebeu o nome de Alchemilia^ que
significa "pequeno mago".
A mandrágora, com sua
raiz misteriosa com forma humana, é planta associada à feitiçaria medieval e
talvez seja a mais mágica entre todas as plantas e ervas. Na Arábia, ela é
chamada de "vela do diabo" ou "luz do diabo", pela antiga
crença de que suas folhas brilham no escuro, fenómeno,
na realidade, causado pêlos vagalumes. Os antigos gregos chamavam a mística
mandrágora de "planta de Circe", pois acreditavam que Circe, feiticeira que fazia encantamentos, usava
infusão de mandrágora primeiro para cativar e, depois, para transformar suas
vítimas. A mandrágora possui vários outros apelidos, incluindo "homem-dragão", "raiz
de bruxo", "anão-terra",
"raiz do diabo" e "pequeno homem enforcado".
ERVAS
QUE CURAM
A
lista que se segue dos males físicos comuns e as várias ervas usadas ao longo
dos tempos para tratá-los é aqui incluída apenas para exemplificar o poder
curador das ervas utilizadas pêlos Bruxos, xamas e curandeiros. Não pretende ser um guia
completo do autotratamento com ervas (os
métodos de tratamento não são descritos). Em caso de qualquer doença física ou
emergência médica, você deverá buscar
tratamento médico imediatamente.
ACNE: agrimônia, bardana,
camomila, amor-de-hortelão, dente-de-leão,
sabugueiro, noz-inglesa, feijão roxo,
lavanda, frutos do visco, valeriana, morango-silvestre.
ALCOOLISMO: angélica, cânhamo,
pimenta-caiena, matri-cária, gengibre, selo-dourado, tomilho, maracujá, quássia, groselha-vermelha,
jasmim-amarelo.
ANEMIA: alfafa, alcachofra, bérberis, amora-preta,
beca-bunja, pimpinela,
cebolinha, confrey, dente-de-leão, ênula, feno, grego-fumária,
genciana, hera-rasteira, líquen-islandês,
artemísia, malvaísco, milefólio, urtiga, quássia, erva-de-são-joão, espinafre, cálamo, tomilho, agrião.
ARTEROSCLEROSE (ENDURECIMENTO DAS ARTÉRIAS): arnica, alcachofra,
cerefólio, dedaleira, alho, espinheiro,
visco, noz-moscada, azeitona, cebola, amor-perfeito, arruda, bolsa-de-pastor,
agrião, erva-de-feiticeira.
ARTRITE: amieiro, alfafa, aloé, fruto do
loureiro, groselha-preta, álamo-preto, fava-dos-pântanos, bardana,
bo-tão-de-ouro, pimenta-caiena, morrião-dos-passari
nhos, confrey, casca de amora silvestre,
filipêndula; violeta-de-jardim, alho, lúpulo,
rábano silvestre, j uní-pero, kava-kava, perpétua, açafrão-do-campo,
barba-de-bode, acônito,
azevinho-do-monte, caruru-de-cacho,
briônia-vennelha, salva, sassafrás,
repolho, atanásia, tomilho, salgueiro, pírola, erva-de-feiticeira,
absinto.
ASMA
BRÔNQUICA: amêndoa, anis, copo-de-leite, assaféti-da,
erva-cidreira, betônica,
erva-impigem, vervena-azul,
eupatório, bardana,
goma-da-califórnia, cânhamo, quelidônia, raiz de amora silvestre, tussilagem, confrey, cubeba,
margarida, urtiga-de-anão, casca de sabugueiro,
ênula, eucalipto, matricária,
alho, hera-rasteira, amor-perfeito, marroio
comum, rábano silvestre, hissopo, tabaco-indiano, estramônio,
alface, lobélia, ligústica,
imperatória, erva-leitosa,
verbasco, mirra, urtiga, chá-de-nova-jersey,
salsa, peônia, cin-za-de-espinheiro,
faia-preta, trevo a vermelho, pal-meira-serra, repolho, verónica, espicanardo,
drósera, verbena, agrião, cereja-preta silvestre, manjerona
silvestre, erva-santa.
BOLHAS
DE CRIANÇAS:
angélica, bérberis, calêndula,
alho, espinheiro, rábano silvestre, alquemila,
milefólio, visco, artemísia, cebola, sálvia, cardo-de-são-benedito,
bolsa-de-pastor, nabo, agrião.
BRONQUITE: angélica, anis, assafétida, cevada, uva-ursi-na,
betônica, bago do mirtilo, álamo-preto, fava-dos-pântanos,
erva-impigem, borragem, botão-de-ouro, j ataria, aipo, morrião-dos-passarinhos,
trevo, cravo-da-índia, tussilagem, confrey, prímula, cubeba, dente-de-leão,
ênula, eucalipto, funcho, matricária, violeta-de-jardim,
alho, selo-dourado, hera-trepadei-ra,
urze, cânhamo, marroio, castanha-da-índia, Uquen-islandês, líquen-irlandês,
estramônio, sanguinária, alquemila, lavanda, alcaçuz, lobélia, ligústica, pulmo-nária, malvaísco,
serpão, azevinho-da-montanha,
orelha-de-macaco, verbasco, chá-da-nova-jersey, cebola, raiz de lírio, amor-perfeito,
pessegueiro, tancha-gem, pleuris, prímula,
rabanete, trevo-vermelho, arruda, açafrão, sálvia, erva-de-são-joão,
sândalo, se-gurelha, repolho, olmo, verónica, abeto-vermelho,
drósera, mirra-doce, manjerona-doce, verbena, agrião, erva-santa.
CÂIMBRAS: angélica, anis, bálsamo, beladona,
betônica, sabugueiro-preto, pimpinela-branca, botão-de-ouro,
calêndula, alcaravia, pimenta-caiena, quelidônia,
camomila, coentro, prímula, casca de amora
silvestre, margarida, endro, funcho, alho, meimendro,
alquemi-la, lavanda, manjerona, imperatória, milefólio, agri-palma,
hortelã-pimenta, rabanete, rosa, alecrim,
arruda, segurelha, erva-prata,
tonúlho, valeriana,
menta-aquática, inhame-selvagem, pírola, aspérula, absinto.
CÂIMBRAS
MUSCULARES E ESPASMOS: arnica, óleo de eucalipto, hortelã-pimenta.
CÂNCER: cevada, erva-impigem,
quelidônia, amor-de-horte-Ião, labaça, caruru-de-cacho,
trevo-vermelho, eufórbio.
CASPA:
piteira, camomila, hera-inglesa, feno-grego, figueira, malvaísco,
oliveira, quássia, alecrim, salgueiro.
CATARRO: cardo-santo, borragem, raiz de selo-dourado, língua-de-cão.
CÓLICA: angélica, anis, assafétida, cravoila,
gatária, camomila, gengibre,
hortelã-pimenta, alecrim, arruda, raiz de unicórnio.
CONDIÇÕES
NERVOSAS:
amendoeira, assafétida, bálsamo, betônia,
borragem, gatária, aipo, camomila, espinheiro, meimendro, lúpulo, cachimbo-de-índio, jasmim, lírio-do-vale, agripalma,
louro-da-montanha, chá-de-nova-jersey,
oliveira, amor-perfeito, maracujá,
hortelã-pimenta, pervinca, rainha-do-pântano, alecrim, arruda, sálvia,
erva-de-são-joão, segurelha, scutellaricL)
repolho, abeto-vermelho, tomilho, vale-nana,
verbena, inhame-bravo, hamamélis, aspérula, absinto.
CONSTIPAÇÃO: piteira, amieiro,
aloé, aspargo, manjericão, espadana-azul, eupatório, briônia,
fava-dos-pânta-nos, bardana,
evônimo-da-américa, nogueira-branca,
mamona, quelidônia, centáurea, morrião-dos-passa-rinhos, chicória, pepino, dente-de-leão, apócino,
mer-cúrio-de-cão, olmo, matricária, figueira, linhaça, fumitória, selo-dourado,
trepadeira de cerca, mar-roio-branco, hissopo, espora, alcaçuz, óleo de linhaça, magnólia, mandrágora,
malvaísco, artemísia, amoreira, oliveira, caruru-de-cacho, prímula,
linho purgante, rabanete, sabugueiro-vermelho,
ruibarbo, sorveira-brava, sálvia, bolsa-de-pastor,
erva-sabão, azeda, eufórbio,
tamarindo, evônimo, nozes, labaça-da-água, freixo-branco,
absinto.
CONTUSÕES: aloé, arnica, bálsamo-de-meca, erva-mora,
vidoeiro, sabugueiro-preto, bardana, pimpinela-branca, calêndula,
aipo, confrey, urtiga anã, feno-grego, figueira, linho, violeta-de-jardim, vara-doura-da,
erva-roberto, língua-de-cão,
hissopo, louro, perpétua, liabélia, manjerona, malvaísco, artemísia, urtiga, quiabo,
oliveira, poejo, prímula, faia-preta, erva-de-são-joão, selo-de-salomão, catinga-de-mula-ta,
tomilho, salgueiro, pírola, avelã-de-feiticeira, absinto, erva-santa.
DIABETES: alcachofra, bago domirtilo, centáurea, chicória, dente-de-leão, urtiga-anã, ênula,
feno-grego, linho, arruda-de-bode.juníparo,
alface, núlefólio, urtiga, cebola, rainha-do-pântano, palmito-serra,
selo-de-salomão, gerânio-pintado, sumagre, framboesa-vermelha
silvestre, pírola.
DIARREIA' acácia, agrimônia, raiz de alume,
amaranto, maçã, avenca, bérberis, manjericão, fruto do loureiro, erva-benta, betônica,
bago do mirtilo, bistorta,
erva- leitosa amarga,
amieiro-preto, amora-preta,
grose-lha-preta, nogueira-preta,
calêndula, cânfora, cenoura, gatária, camomila, cinco-folhas,
tussilagem, aquilégia, confrey, gerânio, labaça, filipêndula,
alho, gengibre, vara-dourada, hera-trepadeira, erva-roberto,
castanha-da-índia, menta, cauda-de-cavalo,
língua-de-cão, hissope, líquen-islandês, árvore-de-judas, sanguinária, alquemila, perpétua, lisimáquia,
pulmo-nária, garança,
magnólia, barba-de-bode,
agripalma, verbasco, amor-perfeito, hortelã-pimenta,
pervinca, ficaria,
tanchagem, romã (casca), alfena, rabanete, sabugueiro-vermelho,
ruibarbo, sorveira-brava, salva, erva-de-sao-joão, segurelha,
bolsa-de-pastor, er-va-prata,
olmo, sumagre, tormentilho,
vervena, cravoila-aquática, árvore-de-cera, casca de carvalho-branco,
casca de salgueiro, erva-de-feiticeira, hama-méiis, vulnerária.
DIFTERIA: lobélia.
DISENTERIA: cravoila,
fruto do loureiro, amora-preta, er-va-impigem, gatária, confrey, funcho, alteia, erva-de-são-joão.
DISTÚRBIOS
ESTOMACAIS:
camomila, goma, malmequer, menta, hortelã-pimenta, alecrim, olmo, azeda, vale-riana, milefólio.
DISTÚRBIOS
FEMININOS:
bérberis, trílio,
tasneirinha, selo-dourado,
milefólio, poejo, trílio-púrpura,
erva-de-san-tiago, arruda, bolsa-de-pastor, erva-estrela, bico-de-cegonha,
catinga-de-mulata, núlefólio.
DOENÇAS
CARDÍACAS:
acônito, angélica, arnica, aspargo, bálsamo,
bérberis, betônica, bostorta,
heléboro-preto, erva-impigem, borragem calêndula, cânfora, caiena,
prímula, luva-da-raposa, espinheiro,
alquemila, limão, lírio-do-vale, milefólio,
visco, agripalma, artemísia, prímula, alecrim, arruda, açafrão, erva-de-são-joão, bolsa-de-pastor, erva-prata, valeriana,
evônimo, as-pérula,
semente de absinto.
DOR
DE CABEÇA:
angélica, anis, bálsamo, manjericão, betô-nica,
vidoeiro, camomila, cânhamo, gafaria, centáurea,
trevos, filipêndula, ferrugem, eufrásia (vermelha), funcho, matricária, gengibre, hera-trepadeira,
hena, lúpulo, hera, alquemila,
lavanda, lírio-do-vale, alteia, barba-de-bode,
visco, artemísia, poejo, hortelã-pimen-ta, prünula,
rosa, alecrim, arruda, sálvia, segurelha, bolsa-de-pastor, cardo, verbena, vervena, salgueiro-branco, pírola, aspérula, absinto, erva-santa.
DOR
DE DENTE:
angélica, bálsamo, pimpinela-branca, camomila,
trevo, canabrás, gridélia,
lúpulo, lavanda, verbasco, mirra, poejo, pervinca,
freixo-espinhento, rosa, sassafrás, segurelha, mirra-doce,
manjerona-doce, catinga-de-mulata,
milefólio.
DOR
DE GARGANTA:
agrimônia, groselha-preta,
estrela-bril-hante, bardana,
confrey, gengibre, marroio-branco,
limão, ligústica, malva, mirra, raiz
de lírio, rosa, sassafrás, segurelha, olmo, frângula,
sumaque, verónica.
DORDEOUVIDO: louro, alcaravia,
camomila, alho, verbasco, cebola, gengibre-silvestre,
milefólio.
DORES
MENSTRUAIS:
gatária, camomila, gengibre, agripal-ma, poejo, mirra-doce.
DORESMUSCULARESEDORES: folhas de arbor vitae,
pimen-ta-caiena, hortelã-pimenta.
ECZEMA: babosa, folhas de
alcachofra, folhas de amora-preta, erva-impigem, flores de giesta, bardana, botào-de-ouro, quelidônia
(maior), chicória, dente-de-leão, ènula, amor-perfeito, marroio-branco, lavanda, malmequer,
alteia, uva-da-montanha,
urtiga, milefólio.
ENVENENAMENTO
POR HERA:
plantas de goma, impatiens pailida, estramônio, artemísia, feto-doce,
erva-santa.
EPILEPSIA: alho, amor-perfeito,
lobélia, malmequer, visco, artemísia, valeriana.
ERUPÇÕES: lúpulo, tanchagem.
FEBRE: acônito, angélica, maçã,
cravoila, bálsamo-de-me-ca,
bérberis, manjericão, vidoeiro, língua-de-passari-nho, groselha-preta,
sabugueiro-preto, álamo-preto,
abrunheiro, cardo-santo, eupatório, borragem, fava-dos-pântanos,
pimpinela-branca, botão-de-ouro,
ca-lêndula, carlina,
gafaria, pimenta-caiena,
cinco- folhas, prímula, dente-de-leão, rabo-de-cào,
comiso, fílipên-dula,
flores de sabugueiro, hera-inglesa, carvalho-in-glês, eucalipto, eríngio-feno, grego, violeta-de-jardim,
ginseng, arruda-de-bode, marroio-branco, hissopo,
ca-chimbo-de-índio, artemísia, limão,
perpétua, lobélia, ligústica, magnólia, mandrágora,
malmequer, impe-ratória, barba-de-bode, milefólio,
agripalma, azevin-ho-das-montanhas,
oliveira, maracujá, poejo, ficaria, casca
de romã, faia-preta, quássia, framboesa, sabu-gueiro-vermelho,
sálvia, sândalo, salsaparrilha,
sas-safrás, morango, sumagre, tormentilho, raiz
de cobra-da-virgínia, evônimo, carvalho- branco,
casca de salgueiro, pírola, absinto,
milefólio, erva-santa.
FEBRE
TIFÓIDE:
sálvia, olmo.
FERIMENTOS: aloé-vera, amaranto,
arnica, betônia, erva-bicha,
bistorta, amora-preta,
botão-de-ouro, calêndu-la, carlina, amentilho, camomila, trevo, licopódio, confrey, prímula, ciclâmem, dente-de-leão,
escrofulá-ria, linho, genciana, vara-dourada, selo-dourado,
menta, cavalinha, sempre-viva-dos-telhados,
alquemila, lariço, limão, tuia, pulmonária,
bálsamo-da-montan-ha, cebola, cacto pountia, amor-perfeito,
papaia, tan-chagem, álamo, amieiro-espinhento, erva-de-são-joão,
sanícula, olmo, selo-de-salomão,
goma- doce, plátano, vervena, pinheiro-branco, lírio-branco-
do-lago, mar-garida-silvestre,
índigo-silvestre, salgueiro, hamamé-lis, vulnerária, erva-santa.
GASTROENTERITE: cravoila, bálsamo, manjericão, palha (amarela),
bago do mirtilo, bistorta, groselha-preta, cálamo-azul, flores de giesta, fava-dos-pântanos, cen
táurea, camomila, trevos, tussilagem, ênula,
eufrásia (vermelha), cinco-em-rama, alho, hissopo,
sanguinária, artemísia, alquemila, alcaçuz,
lisimáquia, alteia, milefólio,
verbasco, hortelã-pimenta, tanchagem, salva,
cardo-de-são-benedito, erva-de-são-joão, segure-slha,
erva-prata, cálamo,
tomilho, menta-da-água, morango-silvestre, segurelha-de-inverno, erva-de-feiticeira,
azedinha.
GOTA: betônia, vidoeiro, dulcamara,
erva-moura, mostar-da-preta,
fava-dos-pântanos, bardana,
aipo, camomila, confrey, fílipêndula, genciana, rábano silvestre, estramônio, kava-kava,
açafrão-do-campo, barba-de-bode,
acônito, azevinho-das-montanhas,
urtiga, poejo, faia-preta, erva-de-são-joão,
salsaparrilha, sassafrás,
verónica, catinga-de-mulata,
agrião, mostarda-bran-ca, salgueiro, erva-de-feiticeira, erva-mate.
GRIPE: bálsamo, vidoeiro, amora-preta, cardo-santo,
borragem, pimpinela-branca, nogueira-branca, calêndu-la,
cinco-folhas, trevo, tussilagem,
fílipêndula, sabugueiro, alquemila, lavanda, alteia,
barba-de-bode, amor-perfeito,
hortelã-pimenta, raiz de pulmo-nária, prímula, alecrim, sálvia,
milefólio.
HAUTOSE (MAU HÁLITO): anis, maça, erva-benta,
alcaravia, canela, trevos, endro, feno-grego, selo-dourado,
tuia, ligústica,
mirra, salsa, hortelã-pimenta, alecrim, sálvia.
HEMORRÓIDAS: aloé, amaranto, fruto do loureiro, vidoeiro, bardana,
pimpinela-branca, camomila, sabugueiro, selo-dourado,
madressilva, castanha-da-índia, cava-linha, sempre-viva-dos-telhados,
limão, pulmonária, milefólio, urtiga,
cebola, tanchagem, ficaria, caruru-de-cacho,
álamo, selo-de-salomão, cereja-preta silvestre, hamamélis,
labaça-amarela.
HEPATITE: agrimônia, dente-de-leão,
labaça, quelidônia-maior.
HERPES: erva-impigem, calêndula.
HIDROPISIA: alho, espinheiro, mandrágora.
ICTERÍCIA: agrimônia, bardana,
quelidônia, dente-de-leão, grama-da-praia, salsa,
erva-de-são-joão.
INDIGESTÃO: angélica,
anis-bálsamo, mostarda-preta,
car-do-santo, genciana-azul,
fava-dos-pântanos, alcara-via,
pimenta-caiena, camomila, confrey, coentro, maisena, cubeba,
dente-de-leão, endro, eucalipto, funcho, matricária, alho, selo-dourado,
grindélia, lúpulo, pimenta-de-eavalo,
hissope, junípero,
lavanda, tuia, ligústica,
magnólia, milefólio,
artemísia, noz-moscada, papaia, salsa, hortelã-pimenta, ruibarbo, alecrim, açafrão, salva, barba-de-bode,
sândalo, saní-cula, segurelha,
hortelã, mirra-doce, cálamo, valeria-na, gengibre-silvestre,
segurelha-de-inverno, absinto, erva-boa.
INFECÇÕES
RENAIS:
trevo, dente-de-leão, grama-da-praia, bastão
dourado, quelidônia-maior, cavalinha, rfdz
de salsa.
INFLAMAÇÃO: arnica, borragem briônia, pimpinela-branca,
camomila, morrião-dos-passarinhos,
chicória, tussilagem, confrey, feno-grego, ginseng,
selo-dourado, goma, trepadeira de cerca, lúpulo, lobélia,
acônito, artemísia, verbasco, caruru-de-cacho, sândalo, salsa-parrilha, olmo, selo-de-salomão,
catinga-de-mulata, salgueiro, pírola e hamamélis.
INSÓNIA: cânhamo, gafaria,
camomila, trevo, dente-de-leão, endro, urze, lúpulo, raiz-nervosa,
maracujá, prí-mula, alecrim, scutellaria^ aspérula.
INVEJA: camomila, gengibre,
hortelã-pimenta.
LACTAÇÃO: angélica, anis,
manjericão, erva-leitosa amarga, borragem, pimpinela-branca, funcho, fraxinela, arruda-de-bode, lúpulo, líquen islandês, lavanda, salsa,
framboesa-silvestre.
LEPRA: olíbano, alho, mirra.
LEUCORRÉIA: bálsamo, uva-ursina,
bistorta, nogueira preta, centáurea,
confrey, cubeba, feno-grego, selo-dourado, marroio-hranco,
junípero, kava-kava, alquemila, perpétua, magnólia, mil-folhas,
mirra, tanchagem, erva-de-santiago, sálvia, erva-de-sao-
João, olmo, su-maque,
catinga-de-mulata, tormentilha,
árvore-de-cera, pírola,
absinto.
MENOPAUSA: bálsamo, erva-bicha,
espinheiro, lúpulo, al-quemila, raiz-da-vida, mil-folhas, visco, agripalma, artemísia, alecrim, arruda, bolsa-de-pastor, valeria-na, aspérula, absinto.
NÁUSEA: arnica, aspargo,
bálsamo, bálsamo-de-meca, cevada,
manjericão, cálamo, calêndula,
alcaravia, camomila, trevo, gengibre, ginseng, selo-dourado,
lúpulo, menta, lavanda, poejo, hortelã-pimenta, faia-preta,
salva, segurelha, hortelã, valeriana, inhame-bravo,
betônia, aspérula.
NEVRALGIA: pimenta-da-jamaica, botão-de-ouro,
cânhamo, camomila, prímula,
meimendro, castanha-da-ín-dia,
língua-de-cão, árvore da kola, lavanda, visco, acônito,
laurel-da-montanha, rainha-do-pântano,
scutellaria, selo-de-salomão, valeriana,
inhame bravo, salgueiro, aspérula, absinto, erva-mate.
OBESIDADE: maçã, bálsamo, centáurea, morrião-dos-pas-sarinhos, trevo, filipêndula, funcho, vara-dourada,
hera-trepadeira, lúpulo, líquen islandês,
barba-de-bode, sementes de urtiga, erva-de-são-joão,
sassafrás, cocleária, agrião, salgueiro.
PARALISIA: lavanda, acônito.
PEDRAS
NA VESÍCULA:
amieiro, espinheiro, alcachofra, bér-beris,
chicória, dente-de-leão, filipêndula, linho,
árvore do linho, hissope, mandrágora, barba-de-bode,
asclepidácea, salsa, vervena, salgueiro, aspérula.
PLEURISIA: angélica, arruda, salva, olmo, verbena.
PNEUMONIA: acônito.
PRESSÃO ALTA: bérberis, erva-impigem,
eupatório, cerefólio, trevo, ferrugem, violeta-de-jardim, alho, gengibre, espinheiro,
visco, cebola, salsa, arruda, giesta-escoce
sã, solidéu,
bico-de-cegonha, catinga-de-mulata,
cere-ja-preta silvestre, labaça-amarela.
PROBLEMAS
MASCULINOS:
carlina, licopódio,
sementes de melão, sementes de abóbora, óleo
de açafroa, óleo de soja, sementes de girassol, germe de trigo.
QUEIMADURAS: aloé, erva-moura, bardana,
ealêndula, morrião-dos-passarinhos, amor-de-hortelã, tussilagem, confrey, pepino, gomífera,
língua-de-cão, sem-pre-viva-dos-telhados,
líquen-irlandês, alquemila,
linhaça, oliveira, tanchagem, choupo,
abóbora, faia-preta, semente de marmelo, sálvia, erva-de-são-joão,
olmo, espadana-doce, salgueiro, avelã-de-feiticeira.
RESFRIADOS: angélica, bálsamo, betônica, bago do mirtilo,
vidoeiro, sabugueiro, erva-impigem, vervena-azul, eupatório, nogueira-branca,
gatária, camomila, tussilagem, comiso (casca), perpétua, matricária,
figueira, galangel, alho, gengibre, ginseng, vara-dourada (cinza),
hera-trepadeira, goma, marroio-branco, his-sopo,
erva-indiana, louro, limão, alcaçuz, lobélia, im-peratória,
milefólio, poejo,
hortelã-pimenta, raiz de pleuris, espinho do freixo, rosa, açafroa, sálvia,
salsa-parrilha, cheiro-verde,
palmeira-serra, saponária,
es-picanardo, valeriana,
bistorta-da-Virgínia, pinheiro-braneo, pírola,
erva-de-feiticeira, absinto, mil-folhas, erva-santa.
REUMATISMO: alfafa, pimenta-da-jamaica, aspargo, erva-bicha, erva-moura, vidoeiro-preto,
sabugueiro-preto, mostarda-preta, bistorta-preta, borragem, madeira-de-buxo,
bardana, carlina, aquilégia,
confrey, coentro, prímula, dente-de-leão, filipêndula,
bolota do sabugueiro, matricária, alho, urze, meimendro,
menta, rábano silvestre, imperatória, junípero, louro, mag-nólia,
açafrão-do-campo, acônito,
urtiga, amor-perfei-to, caruru-de-cacho, álamo, quássia,
alecrim, sorveira brava, arruda, salsaparrilha, sassafrás,
scutellaria,
repolho, cálamo, agrião,
salgueiro, pírola,
grama-de-feiticeira, absinto, erva santa,
teixo.
ROUQUIDÃO', amora-preta, groselha-preta,
morrião-dos-passarinhos, tussilagem, confrey, alho, selo-dourado,
líquen islandês, alcaçuz, lobélia, pulmonária,
feto de avenca, alteia, chá-do-pântano,
verbasco, quiabo, tanchagem, sorveira-brava,
sálvia, repolho, olmo,
ce-reja-preta silvestre.
SANGRAMENTO NASAL: milefólio.
TONSILITE: betônia, bistorta, nogueira-preta,
selo-dourado, lobélia, malva, verbasco, chá-de-nova-jersey, hor-telã-pimenta,
caruru-de-cacho, sorveira-brava, sálvia,
olmo, catinga-de-mulata, pinheiro-branco, salgueiro, hamamélis, jasmini-amarelo.
TORCEDURA: confrey, lavanda,
lobélia, manjerona, malmequer, alteia, catinga-de-mulata, acônito
(arnica).
TORPOR: lavanda, visco.
TOSSE: acácia, agrimônia, amêndoa, angélica, anis, assa-fétida, bálsamo-de-meca,
bago do mirtilo, trílio,
erva-leitosa amarga, sabugueiro-preto, erva-impigem, borragem,
quelidônia, tussilagem, confrey, sobreiro,
casca de amora-silvestre, cubeba, ênula, hera-ingle-sa, prímula,
linho, alho, ginseng, hera trepadeira, urze,
marroio-branco, rábano-silvestre,
língua-de-cão, hissopo,
iïquen islandês, raiz-indiana,
Uquen-irlandês, estramônio,
artemísia, limão, alface, alcaçuz, lobélia, ligústica,
pulmonária, avenca-cabelo-de-vênus,
malvaísco, milefólio, verbasco, mirra,
quiabo, cebola, raiz de lírio, amor-perfeito,
tanchagem, erva-lepuris, faia-preta, rabanete, trevo-vermelho,
alecrim, arruda, açafrão, sanícula, salsaparrilha, açafroa, repolho, olmo, espinacárdio, drósera,
cardo, vervena (azul), cravoila-da-água, pinheiro-branco, ce-reja-preta silvestre, erva-santa,
teixo.
TUBERCULOSE: agave, betônia, trílio, morrião-dos-passa-rinhos,
confrey, cubeba, eucalipto, feno-grego,
linho, alho, hera-trepadeira, pulmonária, mil-folhas,
verbasco, raiz de pleuris, sálvia, olmo, evônimo, agrião, árvore-de-cera,
cereja-preta silvestre, erva-santa, teixo.
TUMORES: hamamélis.
ÚLCERA
DE ESTÔMAGO:
alfafa, alteia, angélica, amaranto, copo-de-leite,
bálsamo, bálsamo-de-meca,
bistorta, bardana, calêndula,
morrião-dos-passarinhos, confrey, urtiga-anã, ênula,
feno-grego, alho, linha-dourada,
lúpulo, líquen-islandês, sanguinária, alcaçuz,
gnafálio, hibisco,
urtiga, quiabo, poejo, tancha-gem, sálvia,
catinga-de-mulata, grama-de-feiticeira,
azeda, absinto.
VARÍOLA: gafaria,
malmequer, açafrão.
VEIAS
VARICOSAS: bérberis,
erva-benta, bistorta, urtiga cega, pimpinela-branca, calêndula, pimenta-caiena, espinheiro, castanha-da-índia, malmequer, manjero-na, visco, casca de carvalho, sálvia, sassafrás, bolsa-de-pastor,
catinga-de-mulata, árvore-de-cera, carva lho branco, hamamélis, azeda-silvestre.
VERTIGEM: bálsamo, betônia, gafaria,
espinheiro, cachim bo-de-índio, lavanda,
limão, visco, agripalma, hor telã-pimenta, rosa, arruda, sálvia, bolsa-de-pastor.
VERRUGAS: amieiro, espinheiro,
calêndula, dente-de-leão, figueira, alho, quelidônia-maior, sempre-viva-dos-te-lhados,
limão, mandrágora, erva-leitosa,
verbasco, macho, drósera, sálvia-silvestre.
VERMES: aloé, erva-santa, erva-impigem, fava-dos-pânta^
nos, cenoura, gatária, pimenta-caiena, ciclâmem,
ênula, alho, arruda-de-bode, rábano-silvestre, sem pre-viva-dos-telhados,
espora, limão, perpétua, arte mísia, amora,
cebola, papaia, romã, semente de abóbora, quássia,
tamarindo, catinga-de-mulata, es tragão,
tomilho, carvalho-branco, ameixa-silvestre, semente de absinto, absinto,
vulnerária.
VESÍCULA
BILIAR:
agrimônia, alcachofra, bérberis, barda na,
quelidônia, centáurea-menor,
chicória, licopódio, margarida, dente-de-leão, ênula,
fumaria, alho, genciana, hepática, lavanda,
milefólio, artemísia,
cebola, hortelã-pimenta, rabanete, alecrim, morriao-escar-late, erva-de-feiticeira,
absinto, linho-bravo-amarelo.
ERVAS
DO ZODÍACO
Segue-se
uma lista de ervas e os seus regentes planetários e influências astrológicas, se existirem.
ACÁCIA9. Marte, Escorpião. ACANTO: Lua.
ACÕNITO: Saturno,
Capricórnio. BOLOTAS: Terra.
RAIZ-DE-ADÃO-E-EVA: Netuno. LÍNGUA-DE-SERPENTE: Lua, Câncer. MARGARIDA-AFRICANA: Lua. VIOLETA-AFRICANA: Vénus.
AGÁRICO: Mercúrio e Plutão, Leão. AGÉRATO: Vénus.
AGRIMÔNIA: Júpiter, Câncer. ALEXANDRE:
Júpiter, Sagitário. ALFAFA: Júpiter. ALGA: Lua, Peixes. ALCANA: Vénus.
PRUNELA: Marte, Escorpião. PIMENTA-DA-JAMAICA: Urano. ALOÉ: Marte
e Vénus. ALSTÔNIA:
Mercúrio
AMARANTO: Saturno.
AMARÍLIS: Vénus.
ANÉMONAS: Marte.
ANGÉLICA: Sol, Leão.
ANIS: Lua, Aquário.
ARNICA: Saturno,
Capricórnio.
SETA: Júpiter.
ARARUTA: Júpiter.
ALCACHOFRA: Sol.
ASSAFÉTIDA: Plutão.
ASFÓDELO: Plutão.
ASPARGO: Júpiter.
FETO
DO ASPARGO:
Marte, Escorpião.
CRAVOILA: Júpiter.
AZALÉIA: Mercúrio.
LÍRIO-ASTECA: Vénus.
BÁLSAMO: Júpiter, Câncer.
BÁLSAMO-DE-MECA: Vénus e
Júpiter.
ERVA-CIDREIRA: Netuno.
BÉRBERIS: Marte, Escorpião.
CEVADA: Saturno, Leão.
MANJERICÃO: Marte, Escorpião.
FRUTO
DO LOUREIRO:
Mercúrio.
FEIJÕES: Vénus.
UVA-URSINA: Marte e Plutão, Escorpião.
BETERRABA: Saturno.
BELADONA: Saturno, Capricórnio.
BETÓNIA (AQUÁTICA): Júpiter, Câncer.
BETÔNIA (TERRESTRE): Júpiter, Aries
BAGO
DO MIRTILO: Júpiter
TREPADEIRA: Saturno.
CORNICHÃO: Saturno.
PODAGRÁRIA: Vénus.
BISTORTA: Saturno.
DULCAMARA: Mercúrio.
AMORA-PRETA: Vénus, Aries.
UTRICULÁRIA: Júpiter.
ESTRELA-RESPLANDECENTE: Júpiter.
ERVA-IMPIGEM: Vénus, Escorpião.
CAMPAINHA: Saturno.
EUPATÓRIO: Vénus e Júpiter.
BORRAGEM: Júpiter, Leão.
AMOREIRA-PRETA: Vénus, Aries e Escorpião.
BROMELIÁCEAS: Sol.
SÂMOLO: Marte.
GIESTA:
Marte, Escorpião.
BRIÔNIA: Marte.
ESPINHEIRO
CERVAL: Saturno.
FAGÓPIRO: Mercúrio.
TRIGO
SARRACENO:
Vénus.
BÜGULA: Vénus.
BUGLOSSA: Júpiter, Leão.
BARDANA: Vénus.
PIMPINELA: Sol.
RANÜCULO: Sol.
REPOLHO: Lua.
CACTO: Marte, Aries e Escorpião.
CALAMINTA: Mercúrio.
COPO-DE-LEITE: Lua, Escorpião.
CANDELÁRIA: Saturno.
ALGARAVIA: Mercúrio.
CARDAMONO: Júpiter.
CRAVO: Júpiter.
ALFARROBEIRA: Saturno.
CENOURAS: Mercúrio, Escorpião.
CANELA: Mercúrio.
GATÁRIA: Vénus.
CAIENA: Marte, Escorpião.
QUELIDÓNIA: Sol, Leão.
AIPO: Mercúrio.
CENTÁUREA:
Sol.
CAMOMILA: Sol. Leão.
ANTHRISCUS CEREFOLIUM: Júpiter.
GRÃO-DE-BICO: Vénus.
CHICÓRIA: Júpiter e Urano.
PIMENTA
EMPO: Marte, Aries.
CEBOLINHA: Marte, Escorpião.
CANELA: Sol.
CINCO-FOLHAS: Júpiter e Mercúrio.
ESCLARÉIA: Lua.
AMOR-DE-HORTELÃO Lua.
CLEMATITE (Barba-de-velho, na Inglaterra): Saturno.
TREVO: Vénus.
CRAVO-DA-ÍNDIA: Júpiter.
COUVE: Lua.
TUSSILAGEM: Vénus.
AQUILÉGIA: Vénus.
CONFREY: Saturno, Capricórnio.
CORIANDRO: Marte, Escorpião.
TALO
DO MILHO:
Vénus e Saturno.
HORTELÃ-FRANCESA: Júpiter.
BOTÃO-DE-ALGODÃO: Vénus.
GNAFÁLIO: Vénus.
GRAMA-DE-PONTA: Júpiter.
CANABRÁS: Mercúrio.
PRÍMULA: Vénus, Aries.
CASCA
DE AMORA-SILVESTRE: Saturno.
BICO-DE-CEGONHA: Marte, Escorpião.
AGRIÃO
(PRETO):
Marte, Escorpião.
AGRIÃO
(SCATIA): Saturno, Capricórnio.
AGRIÃO (ÁGUA): Lua.
CROCOS: Vénus.
ERVA-DA-CRUZ: Saturno.
BOTÃO-DE-OURO: Marte, Escorpião.
CUBEBA: Marte, Escorpião.
PÉ-DE-BEZERRO: Marte, Escorpião.
PEPINO: Lua, Câncer e
Escorpião.
COMINHO: Marte, Escorpião e
Touro.
GROSELHAS: Júpiter.
NARCISO: Sol.
MARGARIDA: Vénus, Câncer.
DENTE-DE-LEÃO: Júpiter, Sagitário.
JOIO: Saturno.
BELADONA: Saturno, Capricórnio.
URTIGA: Vénus.
ENDRO: Mercúrio.
DICTAMO: Vénus.
LABAÇA: Júpiter.
ROSA-BRAVA: Lua.
GRAMA-DA-PRAIA: Júpiter.
CÃO-DE-MERCÚRIO: Mercúrio.
ERITRÔNIO: Lua, Câncer.
FIUPÊNDULA: Vénus.
LENTILHA-D^GUA: Lua, Câncer.
ÊNULA:
Mercúrio e Urano.
ENDÍWA: Júpiter
ERYNJIUMMARITIMUM: Vénus.
PERPÉTUA: Vénus.
EUFRÁSIA: Sol, Leão.
FUNCHO: Mercúrio, Virgem.
FENO-GREGO: Mercúrio.
FETOS: Mercúrio.
MATRICÁRIA: Vénus, Sagitário.
ESCROFULÁRIA: Vénus,
Touro.
ESPADANA: Lua.
UNHO: Mercúrio.
PULICÁRIA: Vénus.
ERVA-DE-SANTA-MARIA: Saturno.
FLOR-DE-US: Lua
DEDALEIRA: Vénus ePIutao.
OLÍBANO: Sol, Aquário.
FUMITÓRIO: Saturno, Capricórnio.
TOJO: Marte, Escorpião.
GALANGEL
(Cyperus hnjus): Sol, Leão.
GARDÉNIA: Vénus.
ALHO: Marte, Aries e Escorpião.
GENCIANA: Marte, Escorpião.
GERÂNIO: Vénus,
Libra.
GERMANO: Marte e Mercúrio.
GENGIBRE: Lua.
GINSENG: Urano, Escorpião.
ARRUDA-DE-BODE: Mercúrio,
Leão.
VARA-DOURADA: Vénus.
SELO-DOURADO: Vénus.
GROSELHA: Vénus.
POTENTILHA: Lua.
AEJOPODIUM PODAGRARIA: Saturno.
HERA-RASTEIRA: Vénus.
TASNEIRINHA: Vénus.
ORELHA-DE-LEBRE: Júpiter.
PÉ-DE-LEBRE: Mercúrio.
AMOR-PERFEITO: Saturno.
URZE: Vénus.
HELIOTROPO: Sol.
HELÉBORO: Saturno, Capricórnio.
CÂNHAMO: Netuno e Saturno, Peixes.
MEIMENDRO: Saturno, Capricórnio.
HENA:
Júpiter.
ERVA-ROBERTO: Vénus.
HIBISCO: Vénus.
AZEVINHO: Saturno.
MALVA-ROSA: Vénus.
MADRESSILVA: Mercúrio e Marte,
Câncer.
LÚPULO: Marte, Aries.
MARROIO-COMUM: Mercúrio.
RÁBANO-SILVESTRE: Marte, Escorpião.
CAVALINHA: Saturno.
SEMPRE-VIVA-DOS-TELHADOS: Júpiter.
JACINTO: Júpiter.
HISSOPO: Marte, Câncer.
ÍRIS: Lua.
MUSGO-IRLANDÊS: Saturno. HERA:
Saturno.
ESCADA-DE-JACO Mercúrio. JASMIM: Lua e Júpiter, Câncer.
ERVA-PRECIOSA: Vénus e Netuno.
ESTRAMÔNIO: Saturno, Capricórnio.
KAVA-KAVA: Vénus.
CONCHELO: Vénus, Libra.
CENTÜREA: Saturno. SANGUINÁRIA: Saturno.
ALQUEMILA: Vénus.
ERVA-COALHEIRA: Vénus. ORQUÍDEA: Mercúrio.
CARDAMINA: Lua. LAVANDA: Mercúrio, Virgem.
ALHO-PORRÓ: Marte, Escorpião.
CAPIM-CIDREIRA: Vénus.
LENTILHA: Vénus.
ALFACE: Lua, Câncer.
LÍQUEN: Marte, Aries.
ALCAÇUZ: Mercúrio.
LÍRIO-DO-VALE: Mercúrio e Vénus.
HEPÁTICA: Júpiter, Câncer.
LOBÉLIA: Netuno.
LISIMÁQUIA: Lua e Câncer.
LÓTUS:
Netuno.
LIGÜSTICA: Sol, Touro.
PULMONÁRIA: Júpiter.
TREMOÇO: Marte, Aries e Escorpião.
GARANÇA: Marte, Escorpião. MALVA: Vénus, Sagitário.
MANDRÁGORA: Mercúrio. MALMEQUER: Sol, Leão.
MACONHA: Saturno,
Capricórnio. IMPERATÓRIA: Marte,
Escorpião.
CAMOMILA: Sol.
BARBA-DE-BODE: Vénus e
Mercúrio, Gémeos.
MESCAL: Marte, Saturno e Netuno.
MEZEREÃO: Saturno.
PLANTAS
DE SUCO LEITOSO:
Júpiter
MENTAS: Vénus.
VISCO: Sol e Júpiter.
NUMULÁRIA: Vénus e Júpiter.
ACÔNITO: Lua,
Câncer.
MUSGOS: Saturno, Capricórnio
e Gémeos.
ERVA-MÃE: Vénus, Leão.
ARTEMÍSIA: Lua e Vénus.
VERBASCO: Saturno.
COGUMELOS: Terra, Touro.
MOSTARDA: Marte, Aries e Escorpião.
MIRRA: Júpiter e Saturno,
Aquário.
NARCISO: Netuno.
URTIGA: Marte, Aries e Escorpião.
NOZ-MOSCADA: Júpiter.
AVEIA: Plutão, Leão e
Virgem.
CEBOLA: Marte, Aries.
PAPOULA-DO-ÓPIO: Lua.
ARMOLE: Lua.
ORQUÍDEA: Vénus.
ORÉGANO: Marte, Escorpião.
SEDUMTELEPHIUM: Lua.
RAIZ-DE-ÍRIS: Lua.
AMOR-PERFEITO: Saturno, Câncer.
SALSA:
Mercúrio.
MARACUJÁ: Vénus e Netuno.
PATCHULI: Plutão.
TRIFÓLIO: Lua.
PARIETÁRIA: Mercúrio.
POEJO:
Vénus.
PEÔNIA: Sol, Leão.
HOTELÃ-PIMENTA: Vénus.
PIMENTAS: Marte, Aries e Escorpião.
MASTRUÇO: Marte.
PERVINCA: Vénus.
PEIOTE: Marte e Saturno.
FICARIA: Marte, Escorpião.
TANCHAGEM: Marte e Vénus.
RAIZ
DE PLEURIS: Júpiter.
PLUMBAGINA: Saturno.
CICUTA-VENENOSA: Saturno, Capricórnio.
CARURU-DE-CACHO: Saturno, Capricórnio.
POLIPÓDIO: Saturno.
BATATA: Saturno.
PRÍMULA: Vénus, Libra.
ALFENA: Lua.
ABÓBORA: Lua.
BELDROEGA: Lua.
LAÇO-DA-RAINHA-ANNE: Mercúrio.
RABANETE: Marte, Aries.
ERVA-DE-SANTIAGO Vénus.
TASNEIRA: Vénus.
RAPONÇO: Vénus.
FRAMBOESA: Vénus.
RUIBARBO: Marte, Escorpião.
ARROZ: Sol.
ROSA
(VERMELHA):
Vénus.
ROSA
(BRANCA):
Lua, Libra.
BOTÕES DE ROSA: Júpiter.
ALECRIM: Sol, Aries.
ARRUDA: Sol, Leão.
JUNCOS: Lua, Câncer.
CENTEIO: Plutão, Virgem e
Leão.
AÇAFRÃO: Sol, Leão.
SÁLVIA: Júpiter e Vénus, Leão.
ERVA-DE-SÃO-JOÃO: Sol, Leão.
SANFIRA: (Çrithmum maritimum) Júpiter.
SÂNDALO: Júpiter.
SANÍCULA: Vénus.
SALSAPARRILHA: Marte e Mercúrio.
SASSAFRÁS: Mercúrio.
ZIMBRO:
Marte, Escorpião.
SEGURELHA: Mercúrio.
SAXÍFRAGA: Sol.
ESCABIOSA: Mercúrio.
MORRIÃO-VERMELHO: Sol.
COCLEÁRIA: Júpiter.
AZEVINHO-MARINHO: Lua, Peixes.
PLANTAS
AQUÁTICAS: Lua, Peixes.
CIPERÁRIA: Mercúrio.
AUTOCURA: Vénus.
SENE:
Mercúrio
GERGELIM:
Lua, Touro.
BOLSA-DE-PASTOR: Saturno.
SCUTELLARIA: Saturno.
BISTORTA: Saturno.
BOCA-DE-LEÃO: Marte, Escorpião.
SAPONÁRIA: Vénus e Netuno.
SELO-DE-SALOMÃO: Saturno.
VERÓNICA: Vénus.
ESPICANARDO: Marte, Escorpião e Aquário.
ESPINAFRE:
Júpiter.
ASPLÊNIO: Saturno.
EUFÓRBIO: Mercúrio.
ALBARRÃ: Marte, Escorpião.
SAIÃO-ACRE: Lua.
MORANGO:
Vénus, Libra.
DRÓSERA: Sol, Câncer.
GIRASSOL:
Sol.
ERVA-PASSARINHO: Sol.
MIRRA-DOCE: Júpiter.
CÁLAMO:
Lua.
ATANÁSIZ: Vénus, Touro e Gémeos.
ESTRAGÃO: Marte, Escorpião.
CHÁ:
Mercúrio.
CARDO:
Vénus.
CARDO-SANTO: Marte, Escorpião e Aries.
CARDO-MELANCOLIA: Saturno, Capricórnio.
CARDO-DE-NOSSA-SENHORA: Júpiter.
CARDO
(SEMENTE): Vénus.
CARDO-ESTRELA: Marte, Escorpião.
ESPINHEIRO:
Júpiter.
TOMILHO:
Vénus, Aries.
LINÁRIA: Vénus e Marte.
TABACO:
Marte, Escorpião.
TORMENTIL: Sol.
ARBUSTO-RASTEJANTE: Urano.
TULIPA:
Vénus.
RAIZ
DE UNICÓRNIO (FALSA): Plutão.
RAIZ
DE UNICÓRNIO (VERDADEIRA): Urano.
VALERIANA: Mercúrio.
VERBENA:
Vénus.
VERVENA: Vénus, Touro e Gémeos.
VINHAS:
Sol.
VIOLETAS:
Vénus, Libra.
TREPADEIRA-DA-VIRGÍNIA: Saturno.
GOIVO-AMARELO: Lua.
JUDEU-ERRANTE: Mercúrio.
CASTANHA-DA-ÍNDIA: Lua.
AGRIÂO-AQUÁTICO: Lua.
NENÚFAR:
Lua, Câncer.
MUSGOS
AQUÁTICOS: Lua, Peixes.
FLOR-DE-CERA: Saturno.
CEREJA-DE-INVERNO: Vénus.
PÍROLA: Lua.
GLICÍNIA:
Netuno, Aquário.
ERVA-DE-FEITICEIRA: Júpiter
HAMAMÉLIS: Saturno.
ISATIS:
Saturno.
VENENO-DE-LOBO: Saturno.
ASPÉRULA: Vénus e Marte.
AZEDINHA: Vénus.
ABSINTO: Marte e Plutão,
Escorpião.
VULNERÁRIA: Saturno.
MILEFÓLIO: Vénus.
IÚCA:
Plutão.
A Cozinha da Bruxa
INCENSO DA DEUSA
(Prepare esse incenso na lua nova.)
Ig de óleo de cipreste
Ig de azeite de oliva
15g de pétalas de rosa secas
15g de casca de salgueiro banco
3 sorvas secas
l colher (de chá) de semente de anis
Numa pequena tigela misture
o óleo de cipreste e o azeite de oliva. Separe. Usando um almofariz e um pilão,
reduza as folhas das rosas e as cascas de salgueiro-branco,
as sorvas e as sementes de anis a pó e misture. Adicione esses
ingredientes ao óleo, misture e agite bem.
Consagre
o Incenso da Deusa com uma bênção e queime-o num bloco de carvão em brasa para
glorificar
e/OM invocar a Deusa.
(Pode também ser usado nos rituais de cura,
nos rituais lunares, nas divinaçoes e em todas as formas de magia do amor).
Para
fazer o incenso em forma de bastão ou de cone, não adicione o óleo de cipreste
nem o azeite de oliva e acrescente um pouco de goma arábica ou de acácia na
mistura em pó das ervas para torná-la viscosa. Cuidadosamente coloque palha de
giesta na mistura ou use as pontas dos dedos para enrolar pequenas porções da mistura em forma de cone. Deixe o incenso secar
bem antes de queimá-lo.
INCENSO
DO DEUS CHIFRUDO
15g de tintura de benjoim
Ig de óleo de sândalo
Ig de óleo de olíbano
Ig de óleo de mirra
salitre
30g de carvão em pó
l pitada de assafétida
seca
l pitada de cardo-santo
seco
l pitada de hortelã-pimenta
seca
Numa
pequena tigela misture o benjoim e os três óleos. Adicione uma pitada de
salitre e agite bem. Usando um almofariz e um pilão, reduza a pó o carvão e as
ervas secas e, então, lentamente, junte-os à mistura de óleos e salitre.
Continue agitando até que se forme uma massa grossa. Espalhe a mistura num
recipiente pequeno, quadrado e bem untado, de vidro ou de cerâmica (pode ser
usado também uma pequena caixa de metal ou de plástico revestida de alumínio) e
deixe-a secar por 45 minutos. Usando uma faca afiada
ou um punhal cerimonial de cabo branco,
corte o incenso em pequenos quadrados,
retire-o do recipiente e consagre-o antes de usar.
O Incenso do Deus Chifrudo pode ser queimado
como poderoso incenso de altar para glorificar
e/o\i
invocar o Deus Chifrudo (ou qualquer deus fálico pagão),
afastar todas as energias negativas e ampliar os trabalhos mágicos de todos os
rituais wiccanianos.
INCENSO
EGÍPCIO DO AMOR
(Prepare esse incenso à luz de uma vela
vermelha ou rosa numa noite de lua nova.)
15g de benjoim
15g de canela
15g de galangal
15g de olíbano
30g de mirra
3 gotas de mel
3 gotas de óleo de lótus
l gota de óleo de rosa
l pitada de semente de íris seca e em pó
Usando
as mãos nuas, misture o benjoim, a canela, a galangal, o olíbano e a mirra numa
grande tigela não-me-tálica. Adicione o mel,
os óleos de lótus e de rosa e a raiz de íris. Misture bem enquanto recita o
seguinte encantamento mágico:
PELO ANTIGO E MÍSTICO PODER DE ÍSIS,
DEUSA SUPREMA DE DEZ MIL NOMES
E SÍMBOLO DA MATERNIDADE DIVINA E DO AMOR,
EU CONSAGRO E DEDICO ESTE INCENSO
COMO INSTRUMENTO PODEROSO DE MAGIA DO AMOR
PELO FOGO DO SOL,
PELO FOGO DA LUZ,
QUE ESTE INCENSO SEJA CARREGADO
NO NOME DIVINO DE ÍSIS,
SENHORA DOS MISTÉRIOS
E BELA DEUSA DA MAGIA
E DO ENCANTAMENTO.
ABENÇOADO SEJA SOB OS NOME DE AHIO,
ARIAHA, ARAINAS E KHA.
QUE ASSIM SEJA!
Cubra
bem a tigela com uma toalha plástica e deixe-a repousar por, pelo menos, duas semanas em local escuro e tranquilo para maturar.
Usando
um almofariz e um pilão, moa os ingredientes até obter um pó fino e utilize-o em encantamentos de amor como "pó do amor"
ou queime-o num bloco de carvão em brasa, como incenso mágico para atrair amor,
reunir parceiros afastados ou invocar as deidades egípcias antigas
(especialmente Ísis e Hathor.)
OLÍBANO
2 colheres (de sopa) de olíbano
em pó
l colher (de sopa) de raiz de íris em pó
l colher (de chá) de trevo em pó
l colher (de chá) de óleo de limão.
Misture
o olíbano, a raiz de íris e o trevo. Adicione o óleo de limão, agitando a misture.
Coloque-a numa jarra de vidro claro, sele ou
coloque uma rolha de cortiça apertada e mantenha num local escuro e fresco por
dois ou três meses antes de usar.
O
incenso de olíbano é excelente para ser
usado ao realizar magia de cura. Pode também ser consagrado e queimado sob um
bloco de carvão em brasa como um incenso de altar para glorificar o Deus Chifrudo e a Mãe Deusa.
INCENSO
DE HÉCATE
3/2 colher (de chá) de
folhas secas de louro
1/2 colher (de chá) de
folhas secas de menta
1/2 colher (de chá) de
cardo seco
l pitada de resina de mirra
l pitada de resina de olíbano
13 gotas de óleo de ciprestre
3 gotas de óleo de cânfora
Usando
um almofariz e um pilão, amasse o louro, a menta e o cardo até quase reduzi-los
a pó. Agite as resinas de olíbano e de mirra. Adicione os óleos de cipreste e
de cânfora e misture bem. Guarde numa jarra coberta e bem tampada e deixe a
mistura maturar por, pelo menos, duas
semanas antes de usar.
Queime
num bloco de carvão em brasa durante o Ritual de Hécate
(13 de agosto) para honrar a Deusa ou nos rituais de lua cheia como poderoso
incenso para previsão.
INCENSO
DE BOM AUGÚRIO
5 pétalas de rosa
15g de mirra
30g de sangue de drago
15g de sassafrás
15g de flores de laranja
15g de juníparo
15g de salva
Ig de óleo de olíbano
Usando
um almofariz e um pilão, reduza a pó e
misture todos os ingredientes secos juntos numa noite de lua nova, enquanto
visualiza as coisas de que precisa e que deseja. O incenso do Bom Augúrio pode
ser queimado sobre carvões em brasa enquanto
realiza encantamentos mágicos e rituais que envolvam dinheiro, sorte e
oportunidade.
POTPOURRIBO SABÁ LAMMAS
l colher (de sopa) de absinto seco
3 colheres (de sopa) de noz moscada rasteira
1/2 colher (de sopa)
de raiz de mandrágora em pó
13 gotas de óleo de pinho
1/4 xícara de azeite
de oliva.
Coloque todos os ingredientes numa jarra de
vidro limpa e, cuidadosamente, mexa na direção
destrógira. Feche bem e deixe repousar
durante 13 noites em local escuro e fresco.
Coe numa gaze e use o óleo para untar velas
para magia de desejo, quebrar a má sorte e encantamentos para atrair boa sorte,
dinheiro e sucesso.
ÓLEO DE
AZAR
1/4 xícara de óleo de
girassol
3 colheres (de sopa) de mel
3 sementes secas de abóbora
6 gotas de óleo de madressilva
3 gotas de óleo de rosa
3 gotas de óleo de patchuli
Quando
a lua estiver cheia, amasse as sementes de
abóbora com um pilão num almofariz e, então, misture
todos os ingredientes junto à luz de uma vela branca nova. Utilizando um alfinete
de prata esterilizado, pique o seu polegar
direito e adicione três gotas de seu sangue à mistura. Cuspa duas vezes e agite
por três vezes. Guarde num recipiente hermético até que você esteja pronto para
usá-lo.
Use
o óleo do Azar para untar velas para lançar encantamento, para divinação, comunicação com espíritos e invocação do loas Vudu.
ÓLEO DE
ESPÍRITO
l colher (de sopa) de íris em pó ou de raiz de
serpentária
l colher (de sopa) de selo-de-salomão
seco
l colher (de sopa) de alecrim seco e triturado
l pequena pitada de jade ou turquesa em pó*
3 gotas de óleo de sândalo
3 gotas de óleo de menta
1/4 xícara de óleo de
açafroa
* As pedras podem ser facilmente tutoradas, utilizando-se uma lima de metal
Misture
todos os ingredientes e guarde num vidro bem
fechado por, pelo menos, três semanas em local escuro e fresco.
Coe
numa gaze e use para untar velas para exorcis-mos,
sessões espíritas, anular encantamentos,
rituais de purificação, proteção contra
influências malignas e encantamentos para aumentar os poderes de
clarividência.
RECEITAS
DE UNGUENTO PARA O VOO
DAS BRUXAS
Dizia-se
que o conhecido "Unguento para o voo
das Bruxas", poderosa mistura herbal que produz efeitos psi-codélicos,
era usado pelas Bruxas na Idade Média. Consistia,
principalmente, de salsa, cicuta, água de acônito, folhas
de papoula, fuligem, sangue de morcego, beladona,
meimendro e haxixe.
Num
grande caldeirão sobre o fogo esses ingredientes seriam misturados junto com
gordura derretida de uma criança não-batizada
e, então, esfregado em várias partes do corpo da Bruxa para capacitá-la a "voar"
para o Sabá. (Naturalmente as Bruxas não
voavam literalmente; entretanto, o unguento
realmente induzia a alucinações incríveis, visões
psíquicas e projeções astrais.)
Segue-se
uma receita atual de um unguento para o voo
das Bruxas. É mais seguro de ser usado e muito mais fácil de preparar.
1/4 xícara de toucinho
1/2 colher (de chá) de
óleo de trevo
l colher (de chá) de fuligem de chaminé
1/4 de colher (de chá)
de cinco-folhas seca
1/4 de colher (de chá)
de artemísia seca
1/4 de colher (de chá)
de cardo seco
1/4 de colher (de chá)
de vervena seca
1/2 colher (de chá) de
tintura de benjoim
Com
um almofariz e um pilão, triture as ervas secas até que virem pó. Num pequeno
caldeirão ou panela, aqueça o toucinho em chama baixa até que dissolva com-pletamente. Adicione as ervas, o óleo de trevo
e a fuligem de chaminé ao toucinho e misture bem. Junte o benjoim como
preservativo natural, misture tudo em movimento destrógiro
e, então, cozinhe por 10 a 15 minutos. Coe-o numa
gaze para um recipiente à prova de calor e deixe esfriar. Guarde na geladeira
ou em local escuro e fresco até que esteja pronto para ser usado.
Numa
noite de lua cheia, unte suas têmporas e o "Terceiro
Olho" com uma pequena porção do unguento para voar antes de uma projeção astral ou sonho mágico.
NOTA:
Esse unguento para voar é de uso somente
externo.
POÇÃO DO AMOR DOS BRUXOS E CIGANOS
l colher (de sopa) de manjericão seco e triturado
l colher (de sopa) de funcho seco
l colher (de sopa) de vervena europeia seca
3 pitadas de noz moscada rasteira
1/4 xícara de vinho
tinto
Coloque
todos os ingredientes num caldeirão. Misture bem e leve o caldeirão ao fogo.
Acenda uma vela cor-de-rosa que tenha sido
untada com óleo de rosa e diga:
LUZ DA VELA, MORNA E BRILHANTE, ACENDA AS CHAMAS DO AMOR ESTA NOITE QUE O
AMOR DA MINHA ALMA COMPANHEIRA QUEIME FORTE POR MIM.
ESTA É A MINHA VONTADE, QUE ASSIM SEJA!
Após
a poção ter fervido por três minutos, retire
o caldeirão do fogo e deixe esfriar. Coe o líquido numa
gaze limpa e coloque numa xícara. Adicione
um pouco de mel para adoçar a poção e beba.
Se
você deseja o amor de determinado homem ou mulher, concentre-se sobre ele ou
ela enquanto prepara a bebida. Beba metade da poção e dê a outra metade para o
ser amado a fim de que ele a beba logo que possível. Se ele ou ela for carmicamente perfeito para você, a centelha do
amor será instantaneamente acesa. Naturalmente, o resto ficará por sua conta.
NOTA:
As melhores épocas para preparar a Poção do Amor dos Bruxos e Ciganos, como
todas as poções e encantamentos de amor, são as sextas-feiras
(regidas por Vénus), a Véspera de Santa Agnes (a noite de 20 de janeiro), o dia de São Valentim (14 de fevereiro), qualquer noite de lua
crescente e sempre que a lua estiver nos signos regidos por Vénus, Touro ou Libra.
BOLO DO
COMPROMISSO WICCANIANO
l xícara de manteiga
l xícara de açúcar
1/2 xícara de mel
5 ovos
2 xícaras de farinha
2 colheres (de sopa) de casca de limão ralada
2 1/2 colheres (de
sopa) de suco de limão
l colher (de chá) de água de rosas
l pitada de manjericão
6 folhas frescas de gerânio rosa
Nuína
tigela grande apropriada bata a manteiga e o açúcar até fícar leve e com bolhas. Adicione o mel e misture bem. Coloque
os ovos, um a um, batendo bem a cada um.
Adicione a farinha aos poucos, misturando bem com uma colher grande de madeira
após cada porção. Bata as raspas de limão, o
suco do limão, a água de rosas e a pitada de manjericão — a erva do amor. Forre
uma forma untada para pão com 22cm x 12cm x
7cm com as folhas de gerânio rosa e despeje a massa. Asse o bolo em forno pré-aquecido a 350° por uma hora e 15 minutos.
Retire do forno quando estiver pronto e deixe-o descansar por 20 minutos antes
de desenformar. Cubra com glacê ou açúcar
antes de servir.
SABÃO DOS BRUXOS À MODA ANTIGA
2 kg de toucinho
400g de lixívia (l caneca)
5 xícaras de água fria
l colher (de sopa) de óleo de lavanda
l colher (de sopa) de óleo de patchuli
l xícara de suco fresco de morangos
1/4 xícara de casca seca
de saponária
Numa
grande caldeira esmaltada ou de ferro dissolva o toucinho em fogo baixo. (NOTA
IMPORTANTE: nunca use panelas e utensílios de alumínio quando trabalhar com um
sabão que contenha lixívia.) Num pote de ferro ou esmaltado, separado, mexa a lixívia com a água. Aqueça até
que surjam pequenas bolhas. Não ferva. Retire do fogo e lentamente despeje a
solução de lixívia no toucinho. Com uma
grande colher de madeira, misture os óleos de lavanda e patchuli, o suco de morango e a casca da saponária. Cozinhe por 30 minutos, mexendo
sempre. Despeje em recipientes de vidro ou esmaltados de 50cm e deixe esfriar por uma noite. Corte o sabão em
quadrados e deixe-os no recipiente por, pelo menos, três dias antes de
retirá-los Coloque as barras de sabão em papel encerado e deixe-as maturar em local de pouco movimento por quatro a
seis semanas antes de usar.
9
^
A Magia das Arvores
CULTO A ARVORE
O
culto às árvores é a primeira forma que surgiu de religião. O culto envolvia
originalmente o sacrifício de seres humanos e de animais aos "espíritos das florestas" em troca de proteção
contra o infortúnio. Finalmente esse costume bárbaro foi abandonado e surgiram atos mais civilizados e menos repulsivos, como o
bater na madeira para afastar olho-grande,
que se mantém até hoje.
DEUSES E ESPÍRITOS DAS ÁRVORES
A
Arvore, símbolo fálico e sagrado para vários deuses e deusas, representa a vida
e a imortalidade. Na história, existiram várias associações mitológicas entre
deidades e árvores, como a de Apoio e o
louro, Attis e o pinheiro, Atena e a oliveira, Osíris
e o cedro, e Júpiter e o grande carvalho.
A
árvore é o símbolo mais poderoso e majestoso de vegetação e teve papel
importante em várias lendas da antiguidade.
Acreditava-se que várias deidades, tanto do panteão grego como do romano,
tinham nascido sob árvores, e, em vários mitos e fábulas, heróis incontáveis (e
também deuses) eram magicamente transformados em árvores como resultado da pena
ou da ira dos deuses poderosos.
As
árvores têm sido encarnações e símbolos de várias deidades (Gautama Buda
encarnou como espírito de árvore 43 vezes) e também serviram como residência
de espíritos, ninfas e vários outros seres sobrenaturais, aos quais eram
consagradas.
O
génio da antiga Arábia vivia dentro de
árvores e possuía poderes de mudar as formas. Na Alemanha e na Escandinávia,
acreditava-se que criaturas semelhantes a duendes estranhos, conhecidas como "esposas-de-musgo" ou "mulheres-selvagens", habitavam
determinadas árvores nas florestas. Na
Rússia existem histórias de demónios de um
olho só. Na América do Sul, fantasmas perigosos da floresta, que atraem os
humanos para a morte, habitam as florestas. No folclore japonês, existem
grotescos espíritos da floresta que possuem cabeça e patas de falcão, corpo de
homem e um grande nariz. No antigo Egito e
na Pérsia, vários deuses e deusas frequentemente
habitavam ou tomavam a forma de árvores (sicômoros sagrados em particular), e, na Grécia,
as três ninfas conhecidas como dríades e hamadríades tinham a vida ligada a determinada
árvore, sentindo qualquer dano a algum galho ou ramo, como um ferimento, e
morrendo quando a árvore murchava ou morria.
Assim como havia associações mitológicas entre os deuses e as árvores, havia também associações entre elas e as ninfas; Rea e a romã; Hélica e o salgueiro; Filira e a lima; Dafne e o laurel, entre outras.
As
árvores são reverenciadas na África, e acredita-se que sejam habitadas por
deuses tribais e espíritos benevolentes que dão o sol e a chuva, fazem as sementes crescerem e abençoam as mulheres
com a fertilidade. Entretanto, é crença comum entre o povo Basoga da África
Central que um espírito da árvore ficará
enraivecido se sua moradia for cortada e trará a morte para o chefe da tribo e
para toda a sua família.
Os
iroqueses e outras tribos nativas americanas
acreditam que cada árvore possui o seu espírito guardião ou deus guardião,
sendo costume agradecer-lhe pêlos presentes
que dão em forma dos frutos.
Os
textos religiosos japoneses mencionam Kuku-No-Chi,
um deus que habita os troncos das árvores, e Hamori,
um deus que protege as folhas das árvores. Os japoneses também acreditam
que cada árvore é protegida por sua própria deidade particular.
AS
ARVORES NA RELIGIÃO ANTIGA
A
árvore é um dos símbolos tradicionais mais essenciais, e seu culto tem sido
parte importante e altamente influente na história da religião de quase todas
as raças sobre a face da terra.
No
culto às árvores de muitas culturas pagãs antigas, a maioria delas era tida
como feminina, e sua seiva, oferecida em cálices dourados aos deuses.
Acreditava-se que todas as suas partes possuíam poderes místicos, e os rebentos
que nasciam sobre as sepulturas dos seres humanos ou dos animais sacrificados
eram tidos como especialmente sagrados.
As árvores eram símbolo essencial da religião caidéia. Símbolos em forma de árvore foram
encontrados nos templos antigos e em cilindros gravados, e há descrições de
usos dos ramos tanto nas cerimónias
religiosas como mágicas nos textos sagrados dos caldeus.
Na
antiga Ática, durante a orgia dionisíaca (o
festival do deus grego do vinho, Dionísio), as
árvores eram cobertas com vestes e jóias para representar o deus. Essa prática
era também comum em outros festivais gregos (e também romanos).
Árvores
sagradas estilizadas, cercadas de seguidores e decoradas com guirlandas aparecem em muitas esculturas indianas
dos tempos antigos. (Outro estágio de estili-zação
da árvore sagrada é sua decoração com máscara ou artigo de vestuário para
simbolizar a deidade; e, por fim, a escultura do seu tronco numa estátua.)
Na
Grécia, quando se honrava um deus ou uma deusa, eram colocadas grinaldas
feitas dos galhos da sua árvore sagrada sobre a mesma, que era, então, adorada.
Penduravam-se, também, várias oferendas e presentes, trofeus de caça e armas dos conquistadores para trazer
boa sorte.
Mesmo
após muitos pagãos terem sido convertidos aos novos caminhos do cristianismo,
as pessoas continuaram a acender velas e a oferecer pequenos sacrifícios sob
árvores sagradas. (Nos tempos atuais os Bruxos ainda penduram guirlandas sobre
certas árvores e dançam em torno de seus troncos.)
YGGDRASIL
O conceito de universo como árvore aparece repetidamente
na mitologia e no simbolismo pagãos, sendo
talvez mais bem conhecido na sua forma escandinava, onde, acredita-se, um
freixo gigante sempre verde, conhecido como "Yggdrasil",
é a "Arvore do Mundo", que liga o Céu ao submundo. Seu tronco
sagrado passa pelo centro do mundo, e seus galhos se espalham sobre os céus e
estão cheios de estrelas brilhantes. As três deusas do destino habitam suas
raízes, junto com uma serpente gigantesca, semelhante
a um dragão. Debaixo do Yggdrasil, os deuses teutônicos
se reúnem todos os dias para julgar.
A
ARVORE DA VIDA
O
folclore e as mitologias de várias culturas diferentes em todo o mundo contêm
uma gigantesca Árvore da Vida, que é a essência de todas as árvores e cujos
frutos conferem a imortalidade quando comidos pêlos
mortais.
A
Árvore da Vida, na lenda nahua, era a
piteira — uma planta tropical que se dizia ter sido descoberta pela deusa de
400 troncos Mayauel. (De acordo com a antiga
religião asteca, o "leite" da piteira fora utilizado pelo deus de
cabeça de cachorro, Xolotl, para nutrir o
primeiro homem e a primeira mulher criados pêlos
deuses.)
Na
Cabala, a Árvore da Vida é um diagrama místico de Deus, do homem e do universo,
e até na Bíblia (Génesis, capítulo II)
existe menção à Árvore da Vida que crescia no Jardim do Éden junto com a Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que
originou o fruto proibido.
De
acordo com a lenda dos chineses, indianos e sul-americanos,
as almas dos mortos ascendem ao reino do paraíso pelo tronco de uma Árvore da
Vida sagrada.
A
macieira era a Árvore da Vida adorada pêlos
antigos celtas. A chinesa era tanto o pessegueiro como a tamareira. A dos
semitas era também a tamareira, e Árvore da Vida na história do "Jardim do Éden",
da Babilónia, era a palmeira.
Na
Índia, a Árvore da Vida sagrada (Asvatthd) era a figueira. Como o Yggdrasil, seus galhos atingiam o céu, e suas
raízes desciam às profundezas do submundo.
A
figueira é tida como a Árvore da Vida por
muitos povos, sendo com frequência adorada como a Árvore do Conhecimento.
Os
kayans do Boméu
Central acreditam que se originaram dos ramos e das folhas de uma Árvore da
Vida milagrosa que, no início dos tempos, caiu dos céus na terra.
BOSQUES
SAGRADOS
No
Antigo Testamento existem numerosas referências a bosques sagrados e a altares
neles erigidos.
Na
mitologia grega, um oráculo do deus Zeus estava localizado num bosque sagrado
de carvalhos. Um bosque sagrado em Dodona
possuía o dom da profecia, e os fogos das vestais
que ardiam no bosque consagrado em Nemi consistiam
de varetas e galhos de carvalho.
Uma
árvore grande dentro de um bosque sagrado representava a deidade masculina
dentro da Deusa, tanto como filho quanto como amante, e o ato de quebrar um dos
seus galhos significava o mesmo que ameaçar
o deus de castrá-lo.
Nos
bosques de Diana, em Nemi, os reis sagrados combatiam os inimigos que ousavam
quebrar um galho das árvores sagradas. Os sacerdotes patriarcais tendam os bosques sagrados e os consideravam
perigosos e maus. Aqueles que os tentavam destruir eram punidos com uma
maldição da mãe-Deusa, como aparece em
vários mitos moralizantes, como o de Erisichton, que foi transformado num mendigo sujo
e desgraçado pela ira da deusa Demeter.
umbigo do culpado e pendurá-lo na parte da árvore que
tinha sido atingida. Esse era, então, conduzido em torno do tronco várias e
várias vezes ate que o lado interno do seu corpo estivesse ferido para
substituir a casca retirada.
Em
várias outras partes do mundo existem leis contra o corte de árvores ou de
danos causados a elas, e até o século 14 o simples ato de quebrar um galho era
considerado pecado na Láturânia.
ARVORES
E VAMPIROS
Na
Era das Trevas, os juníparos eram utilizados
como proteção contra vampiros em vários
países. Acreditava-se que freixos, oervinas
e sorveiras possuíam qualidades místicas e protetoras, e a madeira dessas árvores em
particular era esculpida em forma de estacas e enterradas no coração dos corpos
suspeitos de se transformarem em vampiros e de se levantarem das tumbas à noite
em busca de sangue humano.
TRADIÇÕES
SOBRE AS ÁRVORES
Desde os tempos antigos, as árvores têm desempenhado
papel importante na medicina popular, no xama-nismo, na divinação,
na magia e na superstição. Suas raízes, cascas, folhas, galhos, sementes e
frutos curaram muitas doenças, protegeram casas, seres humanos e animais
contra o mal, a má sorte e os raios, trouxeram força para bebidas e poções
mágicas e afrodisíacos, e auxiliaram Bruxos e Feiticeiros no lançamento de
todos os tipos de encantamentos maravilhosos da magia.
ACÁCIA
Na
índia e na Patagônia,
acredita-se que a acácia seja habitada por espíritos, sendo realizadas várias
oferendas e sacrifícios em troca de fertilidade, cura e proteção contra o mal e o infortúnio.
A
madeira da acácia é ritualisticamente
queimada nos altares sagrados dos budistas e utilizada para preparar os fogos
sacrificiais dos hindus.
AMIEIRO
Nos
tempos antigos, o amieiro era usado nos
ritos de idolatria em honra à deusa Astarte
e nas práticas divina-tórias para
diagnosticar doenças.
Segundo
a lenda, o amieiro sangra, chora e começa a falar quando é cortado. Houve uma época em que era ilegal cortar um deles.
É
usado, na medicina popular, no tratamento de queimaduras, coceiras e reumatismos.
MACIEIRA
A
macieira é conhecida na Europa como ^Árvore
da Imortalidade pela Sabedoria", e seu
fruto tem sido assunto de inúmeros provérbios e ditos populares.
De
acordo com lendas irlandesas, as macieiras (como as nogueiras,
os carvalhos e as cinco árvores místicas que representam os cinco sentidos)
eram produzidas pelo deus trifólio (ou
trevo) Trefuilngid Tre-Eochair,
que foi associado a São Patrício, e, também, eram conhecidas como a Árvore
Tripla ou Chave Tripla (nome que se refere ao tridente, ao falo triplo,
destinado a fertilizar a Deusa Tripla.)
Em
várias partes da Europa planta-se uma macieira quando nasce um bebé e acredita-se que esse bebé crescerá ou definhará junto com a árvore. O
costume de plantar uma "Árvore do
Nascimento" é também comum na África
Ocidental, na Papua, Nova Guiné, no sul dos
Estados Unidos e em regiões do Bornéu
holandês.
Na
mitologia dos índios iroqueses, a macieira é
a árvore central do Céu.
A
madeira da macieira é transformada em varetas que são utilizadas para traçar
círculos mágicos, e o seu futuro usado na magia do amor, nos encantamentos Vudu de amor, nos amuletos para fertilidade, nas divinaçoes e nos encantamentos para imortalidade.
Os
clérigos da Idade Média acreditavam que as feiticeiras podiam provocar uma
possessão demoníaca por intermédio'de maçãs
encantadas ou envenenadas dadas as suas vítimas
escolhidas.
A
tradição de procurar maçãs no Halloween é
remanescente da antiga divinação mágica
druida do casamento, e, na Europa medieval, acreditava-se que uma mulher
solteira poderia ver a imagem de seu futuro marido se descascasse uma maçã
diante de um espelho iluminado por uma v.'Ia
na noite do Halloween.
A
maçã é mais conhecida como o fruto proibido comido por Adão e Eva, mas o fruto não foi identificado na Bíblia, e
a maçã nunca mencionada em relação à história de Adão e Eva.
FREIXO
Na
Irlanda, as varetas feitas de freixo eram usadas pêlos
druidas nos seus rituais mágicos. Na
Escócia, o freixo era usado para proteger as crianças dos feiticeiros e, na
Inglaterra, como remédio popular para curar verrugas.
As
crianças eram frequentemente rezadas com
ramos de freixo para serem curadas de cortes e raquitismo.
Bastões de freixo eram usados para curar doenças pela
magia em animais domésticos, para traçar círculos mágicos e manter longe as
serpentes.
BAMBU
O bambu simboliza, na Índia, a amizade, sendo
o emblema do fogo sagrado. Sua madeira é comumente usada
em rituais mágicos das tribos melanésias e
entre os Semang da Malaia.
No Japão, é tida como sagrada e está ligada
ao culto da lua e à magia lunar.
FIGUEIRA
DE BENGALA
A
figueira-da-índia é sagrada para os videntes
e ascetas da Índia, sendo a Árvore do
Conhecimento na mitologia indiana. O deus hindu Vishnu
nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia, e acredita-se que aquele que
duvidar e danificar ou cortar uma delas
despertará a ira dos deuses e será punido com a morte.
LOUREIRO
O
loureiro é tido como símbolo da ressurreição, sendo usado na cura, na divinação e nos sonhos mágicos. Os herbalistas da antiguidade
usavam suas raízes para tratar as enfermidades do fígado, do baço e de outros
órgãos, internos. Acreditavam que os frutos da árvore podiam neutralizar o veneno das
criaturas peçonhentas e auxiliavam no tratamento das tosses e da tuberculose.
As folhas eram tidas como altamente místicas, sendo usadas para proteger as
casas dos raios e dos trovões, e para manter longe os feiticeiros e os demónios.
VIDOEIRO
Na
mitologia escandinava, o vidoeiro simboliza o renascimento da Primavera.
Como
uma árvore da magia, o vidoeiro é usado nos rituais de purificação e nos
trabalhos com o tempo atmosférico. A vassoura dos Bruxos (de galhos) era
tradicionalmente feita de vidoeiro.
É
uma antiga superstição na Terra Nova que uma vassoura de vidoeiro "limpará"
a família.
Uma
vassoura especial feita com galhos de vidoeiro era usada na Europa medieval
como açoite para exorcizar os demónios, os
duendes e os fantasmas. Em certas áreas da Rússia é costume, no domingo de Petencostes, vestir um vidoeiro com roupas de
mulher.
CEDRO
Na
Mesopotâmia, o cedro era tido tanto como
deidade quanto como oráculo.
Diz-se
que para revelar os que praticam as artes negras da feitiçaria basta queimar
varetas de sabugueiro no fogo da noite de Natal ou cortá-las na véspera do dia
de São João.
Os
frutos podem ser levados nos bolsos, como
amuletos para proteger contra a inveja venenosa e também podem ser usados em
torno do pescoço, como remédio mágico contra hidropisia.
As
flores do sabugueiro, com seu perfume doce e acentuado, há muito são associadas
à morte e aos funerais, e houve época em que
se acreditava que, se um broto de sabugueiro plantado numa sepultura começasse
a crescer, era sinal de que a alma de quem estivesse ali enterrado se
encontrava em paz.
Antigamente
penduravam-se flores de sabugueiro nas portas do estábulo para proteger os
cavalos da magia negra. Guirlandas feitas
com elas eram usadas pêlos druidas para
decorar altares sagrados para Beltane e para
afastar as influências malignas.
Os
nativos americanos chamavam o sabugueiro de "árvore
da música" e faziam flautas mágicas dos
seus ramos. Usavam também a casca como antídoto, sob a forma de cataplasma, nas
inflamações e nos inchaços dolorosos.
Todas
as partes do sabugueiro têm sido usadas pela medicina popular no tratamento de
numerosos distúrbios e doenças.
Os
frutos de cor púrpura escura fazem um vinho delicioso, e as flores secas podem
ser usadas para fazer um chá relaxante. O
sabugueiro tem sido usado pêlos Bruxos como
afrodisíaco e pode também ser ingrediente mágico em vários encantamentos de
amor, proteçào e prosperidade.
OLMO
O olmo é uma árvore frondosa que se diz possuir poder
místico para proteger contra os raios. Na Inglaterra, era associado aos
duendes, e os santeros da Santería o utilizavam no lançamento de encantamentos mágicos.
Segundo
a mitologia teutônica, a primeira mulher
sobre a terra foi criada de um olmo pêlos
deuses.
Na
medicina popular é usado para tratar de inchações,
tosses, doenças de pele e infecções
venéreas.
FIGUEIRA
A
figueira é o símbolo da paz e da plenitude. Acredita-se que sua sombra seja
frequentada por espíritos; sua casca e
frutos são usados tanto na magia como na medicina popular para tratar vários
problemas e doenças.
Segundo
os Evangelhos, a figueira era "amaldiçoada
com a infertilidade" por Jesus Cristo
porque se recusou a dar um fruto para ele fora da estação (Marcos 2: 13-22). O
Livro do Génesis testemunha que as folhas da
figueira foram usadas por Adão e Eva logo
que eles adquiriram o conhecimento para cobrir a nudez.
AVELEIRA
A
aveleira sempre esteve associada aos Bruxos, e o nome "aveleira-dos-bruxos"
sobrevive até hoje. A árvore tem sido associada também ao deus Thor.
É conhecida como a "Árvore
do Conhecimento" (especialmente nas
lendas irlandesas), sendo usada nos encantamentos mágicos para a imortalidade,
proteção e cura. Acreditava-se que os
bastões de aveleira possuíam propriedades divinatórias,
e há muito é usada pêlos rabdo mantos para localizar tesouros enterrados e
água. São também tradicionalmente usados como varetas pêlos
magos brancos e para proteger os animais contra encantamentos das fadas ou
dos demónios maldosos. Segundo o folclore
galês, os ramos de aveleira tecidos em "capas
do desejo" ajudam a realização dos
desejos.
LOURO
O
louro é símbolo da imortalidade, da vitória e da paz. Diz-se que é capaz de
dotar os profetas com a visão, e está
associado à inspiração poética.
Suas
folhas eram mastigadas pelas devotas da Deusa Tripla para induzir o transe
poético e erótico. Eram também mascadas pelas sacerdotisas do Oráculo de Delfos para inspiração oracular.
O
louro é largamente usado em todas as formas de magia do amor, do desejo e da cura.
LIMEIRA
Na
Alemanha, a limeira era sagrada. Segundo lendas populares e superstições, era
habitada por duendes e possuía o poder de fazer os heróis dormirem um sono
encantado.
Seus
fruto é usado principalmente na magia do amor, mas, em certas partes da Índia,
é o ingrediente principal em várias maldições poderosas.
Na
medicina popular, a lima é usada como emplastro para ferimentos e para tratar
de resfriados, dores de garganta e escorbuto.
BORDO
O
bordo é o símbolo da reserva. Houve época em que seus galhos eram comumente usados como bastões de adivinhação para
localizar águas subterrâneas. Suas folhas são usadas pêlos
japoneses nos festivais da florada. A decocçao feita com suas cascas é utilizada em
várias tribos norte-americanas para provocar
o vómito.
MURTA
A
murta é uma árvore verdejante,
simbolicamente associada ao amor e ao casamento,
e sagrada para muitas deusas do amor. É também símbolo da autoridade, da imortalidade, da morte e da ressurreição.
Guirlandas
de flores de murta eram usadas pêlos antigos
noivos romanos no dia do seu casamento; mas era também o símbolo do amor ilegal
ou incestuoso, e foi muitas vezes banida de várias cerimónias religiosas.
Na
magia popular, a murta é usada nos encantamentos de amor, nos amuletos, nos
afrodisíacos das paixões e nos encantamentos
para atrair boa sorte.
CARVALHO
O carvalho é uma árvore com várias e antigas associações mitológicas e mágicas. Na tradição alexandrina
de Wicca, o carvalho simboliza os aspectos
crescentes do ano do Deus Chifrudo. Era tida como a "árvore
do oráculo", pelo filósofo grego Sócrates, e como a mais sagrada das árvores, pêlos antigos druidas celtas, que acreditavam que as folhas possuíam grandes poderes
sobrenaturais para curar e renovar as forças. As bolotas (o "fruto"
do carvalho) eram comidas pêlos druidas na
preparação para realizarprofecias.
Os
antigos romanos também acreditavam nos extraordinários poderes do carvalho e, para se proteger das forças do mal, eles usavam guirlandas
feitas com suas folhas sobre cabeça, como coroas
protetoras.
Sacrifícios
humanos eram realizados ao deus fenício Baal
"sob cada carvalho frondoso" (Ezequiel
6:13), e, na Estónia, o sangue dos animais
sacrificados era despejado nas suas raízes, como libação aos deuses.
O
carvalho é a madeira tradicional e essencial para as achas do Natal e nas
fogueiras do Soistício de Verão. Seus ramos são usados nos encantamentos wiccanianos para atrair boa sorte, e a casca da
árvore é transformada em incenso para glorificar deuses e deusas para os quais
o carvalho é sagrado. Na medicina popular, o chá de carvalho é usado no
tratamento de oxiúros, pedras da vesícula,
dentes moles e doenças venéreas.
OLIVEIRA
O
oliveira é um símbolo da paz e das bênçãos divinas. Seus ramos faziam as coroas
que eram usadas pêlos noivos gregos,
conquistadores romanos e deuses que viviam no topam do Monte Olimpo. Ramos de
oliveira eram colocados em chaminés e sobre as portas para impedir a queda de
raios e para afastar feiticeiros, demónios e
fantasmas.
A oliveira e seu fruto têm sido usados em encantamentos
para cura, na magia do amor e nos antigos ritos de fertilidade. Seu óleo é
usado para untar velas de altar, abençoar estátuas religiosas e alimentar lâmpadas sagradas de templos.
LARANJEIRA
A
laranjeira é o símbolo do amor eterno, da castidade e da pureza. Suas flores
eram usadas como flores de noivado, e seus
frutos, pêlos
praticantes de Vudu na magia do amor, e pêlos feiticeiros europeus na magia negra
complacente.
PALMEIRA
A
palmeira é a Árvore da Vida e local de habitação da Deusa e vários mitos
antigos. É usada pêlos santeros nos rituais de fertilidade e na magia de
trabalhos com o tempo atmosférico.
PESSEGUEIRO
Na
China, o pessegueiro é emblema da
longevidade e símbolo sagrado do ioni da
Deusa. Acreditava-se que a árvore possuísse forças espirituais fortes, e as
varetas mágicas feitas dos seus galhos eram usadas pêlos
chineses nos encantamentos de imortalidade, nos rituais de fertilidade e nos
ritos para manter os demónios e espíritos malévolos
afastados O pessegueiro, no Japão, simboliza
a fertilidade, e sua madeira é usada para bastões divinatórios
pêlos rab-domantes.
Varetas
de pessegueiro são usadas na medicina popular para tratar problemas de
estômago, abdómen inchado e dores no coração.
Segundo uma antiga crença, na Itália e nas regiões do sul dos Estados Unidos,
as verrugas podem ser curadas, enterrando-se folhas de pessegueiro.
PEREIRA
Em
várias partes da Europa planta-se uma pereira quando nasce uma menina, e
acredita-se que a criança crescerá ou definhará
junto com a árvore.
PINHEIRO
O
pinheiro simboliza a vida, a longevidade e a imortalidade. A pinha é o símbolo
semítico da vida.
Na
mitologia japonesa, os espíritos do pinheiro são conhecidos como Jo e Ubá. Essas
árvores são o símbolo da fidelidade no
casamento, e existem numerosos mitos sobre amantes devotados que foram
magicamente transformados em pinheiros.
Os
galhos do pinheiro são utilizados em várias
cerimónias dos nativos americanos, e sua
fumaça é usada pêlos indianos para tratar
problemas de reumatismo, tosse e resfriados.
Elas
são plantadas como "Árvores do casamento"
no Tirol e usadas pêlos
Bruxos na Europa e nos Estados Unidos com o objetivo
de proteção, cura e encantamentos, bem como para atrair o afeto de uma pessoa. O incenso de pinho é comumente usado na magia para desfazer outra, e
nos ritos de purificação.
ÁLAMO
O
álamo-branco é tido como a árvore do
Equinócio do Outono e da antiguidade. Na
Grécia pré-helênica, o álamo-preto era usado como "árvore de funeral"
e consagrado à Mãe Terra.
No
antigo folclore romano, os álamos eram sagrados para o herói Hércules, e, no
século 17, na Inglaterra, suas folhas constituíam ingrediente importante nos "caldos-do-infemo" e nos amuletos
mágicos.
SORVEIRA
A
sorveira (também conhecida como freixo-das-mon-tanhas) tem várias associações mágicas e míticas. Era uma das árvores
sagradas dos druidas, e acreditava-se uma proteção
contra feitiçaria e espíritos do mal na Idade Média.
Os
frutos da sorveira eram usados para curar os ferimentos adquiridos nas
batalhas, e acreditava-se que davam ao homem um ano extra de vida. Atualmente os frutos secos são moídos e
transformados em incenses mágicos que são
queimados ritualisticamente para invocar a
Deusa, os guias espirituais familiares dos Bruxos ou espíritos elementais.
As
folhas são usadas em divinaçoes de amar e encantamentos
ou em rituais destinados a ampliar a criatividade poética.
Antigamente
a sorveira do Dia dos Bruxos era celebrada
no antigo festival celta de Beltane (Véspera
de Maio), que é,
agora, um dos quatro grandes Sabás celebrados pêlos
Bruxos.
SALGUEIRO
O
salgueiro, em geral encontrado próximo de
poços sagrados, há muito tem sido associado
à Bruxaria e ao culto da Deusa. Era tido como sagrado pêlos
Bruxos e poetas pagãos, pois todas as suas partes são
úteis na prática da magia. A madeira dá varetas excelentes para rituais de cura
e magia lunar, e pode também ser usada em talismãs quando se busca a proteçào da Deusa.
Os
salgueiros, que são associados tanto à cura como à Primavera, são apropriados
para decorar os altares no Candiemas, pois
esse Sabá (também conhecido como Imbolc) é o festival de Brígida
— a deusa pagã da cura e dos poços sagrados. Eram usados pêlos druidas como amuletos protetores, e, na Idade Média, havia a crença comum de que as
famílias dos Bruxos cresciam entre os salgueiros.
No
norte da Europa, o salgueiro estava tão ligado à Religião Antiga que até a
palavra witch (feiticeira) tem a
mesma raiz de willow (salgueiro).
Na
China, o salgueiro é reverenciado como a árvore da Imortalidade, e, na Europa,
é o símbolo da eloquência.
TEIXO
O
teixo, como outras coníferas, é conhecido
como a "Árvore da Imortalidade" em várias partes do mundo. Era comumente usado na prática da feitiçaria medieval,
sendo um dos ingredientes místicos do caldeirão da Deusa-Bruxa
Hécate, na peça Macbeth, de Shakespeare (ato IV, cena l)
Segundo
uma antiga superstição popular, o homem ou a mulher que ousar dormir na sombra
de um teixo certamente terá morte horrível ou cairá em sono encantado
CORRESPONDÊNCIAS
ZODIACAIS E PLANETÁRIAS
Temos a seguir uma lista de árvores e de seus
governantes planetários, bem como de influências astrológicas
correspondentes, se é que existem
AMIEIRO: Vénus,
Câncer (amiei^o-preto) e Peixes
(amieiro comum).
AMENDOEIRA: Sol.
MACIEIRA: Vénus,
Libra e Touro.
DAMASQUEIRO: Vénus e Netuno.
FREIXO: Sol.
ÁLAMO: Mercúrio.
ABACATEIRO: Vénus.
BALSAMINA: Mercúrio.
BANANEIRA: Lua; Escorpião.
FIGUEIRA-DE-BENGALA: Júpiter.
LOUREIRO: Sol; Leão.
ÁRVORE-DE-CERA: Mercúrio.
LOURO-DE-CERA: Ver Loureiro.
FAIA: Saturno; Sagitário.
BERGAMOTA: Vénus.
VIDOEIRO: Vénus.
ÁRVORE BO: Júpiter.
BUXO: Saturno.
FRUTA-PÃO: Vénus.
CAJUEIRO: Marte; Escorpião.
CEDRO: Mercúrio.
CEREJEIRA: Vénus;
Libra.
CASTANHEIRO: Júpiter.
COQUEIRO: Vénus.
CAFEEIRO: Mercúrio
e Urano.
CIPRESTE: Saturno; Capricórnio.
CORNISO: Vénus e Netuno.
SABUGUEIRO: Vénus.
OLMO: Saturno; Sagitário.
EUCALIPTO: Plutão.
FIGUEIRA: Júpiter.
ABETO: Júpiter.
ESPINHEIRO: Marte.
AVELEIRA: Mercúrio
CICUTA: Saturno; Capricórnio.
CARVALHO-SAGRADO: Ver Azevinho.
CARVALHO-DA-VÁRZEA: Ver Azevinho.
AZEVINHO: Saturno; Capricórnio.
JUNÍPERO: Sol e Marte.
COLA: Urano.
LIMEIRA: Júpiter.
MAGNÓLIA: Júpiter.
MANGUEIRA: Lua.
BORDO: Júpiter.
LENTISCO: Marte; Escorpião.
NESPEREIRA: Saturno.
REIXO-DA-MONFTANHA: Lua.
AMOREIRA: Mercúrio e Júpiter.
MIRRA: Júpiter; Aquário.
MURTA: Vénus.
NOZ-MOSCADA: Júpiter e Urano.
CARVALHO: Júpiter; Sagitário.
OLIVEIRA: Sol e Júpiter.
LARANJEIRA: Vénus
e Netuno; Leão.
PALMEIRA: Sol; Escorpião.
PESSEGUEIRO: Vénus e Netuno.
PEREIRA: Vénus
e Netuno.
FIGUEIRA-DOS-PAGODES: Júpiter.
PINHEIRO: Saturno.
PIPAL: Ver Figueira-dos-pagodes.
PLÁTANO: Vénus
e Júpiter.
AMEIXEIRA: Vénus.
ROMÃZEIRA: Vénus, Mercúrio e Urano.
CHOUPO: Saturno.
MARMELEIRO: Saturno.
SORVEIRA-BRAVA: Lua.
SORVEIRA: Saturno.
ESTORAQUE: Sol.
SUMAGRE: Júpiter.
SICÔMORO: Vénus
e Júpiter.
TAMARINEIRO: Saturno.
NOGUEIRA: Sol.
SALGUEIRO: Lua.
TEIXO: Saturno; Capricórnio.
ÁRVORES
DAS DEIDADES PAGÃS, DAS NINFAS E DOS HERÓIS
Temos a seguir uma
lista de árvores que são sagradas para as deidades pagas, para as ninfas e para os heróis.
AMIEIRO: Bran.
AMENDOEIRA: Artemis, Attis,
Chandra, Hécate,
Júpiter, Fillis e Zeus.
MACIEIRA:
Afrodite, Flora, Hércules, as Hespérides, Frey,
Idhumm, Pomona e todas as Deusas do
Amor.
DAMASQUEIRO: Vénus.
FREIXO: Akka,
Marte, Odin, Poseidon
e Rauni.
ÁLAMO: Gaia (Mãe Terra), os Maruts, Nunu e Zeus.
ABACATEIRO: Flora e Pomona. BANANEIRA: Kanaloa.
FIGUEIRA-DE-BENGALA: Hina, Shu, Shiva, Vishnu e
Zeus.
LOURO: Apoio, Adónis, Buda, Ra,
Artemis, Gaia (Mãe Terra), Marte, Hélios, Esculápio e Dafae.
FAIA: Baco, Diana, Dionísio e
Hércules.
VIDOEIRO: Thor,
Kupala e a Senhora das Florestas.
ÁRVORE BO: Buda.
FRUTA-PÃO: Pukuha Kana e Opinéia.
CEDRO: Artemis, Ea
e Wotan.
CEREJEIRA: Flora, Pomona e Maya, a Virgem mãe de Buda.
COQUEIRO: Ganimede
e Tamaa.
CIPRESTE: Ahura
Mazda, Apoio,
Artemis, Astarte, Beroth,
Cupido, Dis, o Destino, as Fúrias,
Hades, Hércules, Jove, Melcarth, Mitra, Ohrmazd,
Plutão, Saturno e Zoroastro.
CORNISO: Apoio, Consus e
Marte.
SABUGUEIRO: as Dríades,
Elle, Freya,
Holda, Hylder-Moer,
Vénus e todas as figuras
de Deusas-Mãe.
OLMO: os Devas, Embla,
Ut e Vertumnus.
FICUS: Rômulo e Remo.
FIGUEIRA: Baco, Brahma,
Dionísio, Flora, Jesus Cristo, Juno Caprotina,
Marte, Maomé, Plutão, Pomona, Zeus e a
Grande Mãe indo-iraniana.
ESPINHEIRO: Baco, Dionísio, Tapio, Biblos, Atena, Pa, Cibele,
Artemis, Diana e outras Deusas lunares.
AVELEIRA: Thor e Chandra.
AZEVINHO: Fauno.
MANGUEIRA: Pattini.
BORDO: Nanabozho.
AMOREIRA: Flora,
Minerva, Pomona, e San Ku Fu Jen.
MIRRA: Adónis,
Afrodite, Cibele, Demeter, Hécate, Juno, Mara,
Mirra, Ra, Rea e Saturno.
MURTA: Alcina,
Afrodite, Artemis, Astarte,
Dionísio, Ha-thor,
Mirsine, Mirtelio
e Vénus.
CARVALHO: Alá, Ares, Balder,
Blodeuwedd, Brahma,
Ceres, Dagda, Demeter, Diana, Dianus, as Dríades, Hades,
Har Hou,
Hera, Hércules, Hórus, Janicot, Jeová, Jumala,
Júpiter, Kashiwa-No-Kami, Marte, Odin, Perkunas,
Perun, Plutão, Taara,
Thor, Zeus e todos os Deuses do Trovão.
OLIVEIRA: Amon-Ra, Apoio,
Aristeus, Atena,
Brahma, Flora, Ganimede, Indra, Júpiter, Minerva, Pomona,
Po-seidon, Wotan,
Zeus e todos os Deuses solares.
LARANJEIRA: Hera e Zeus.
PALMEIRA: Afrodite, Apoio, Astarte, Baal-Peor,
Chango, Hanuman, Hermes, Mercúrio e Sarasvati.
PESSEGUEIRO: Flora, Pomona, Shou-Hsing e Wang
Mu.
PEREIRA: Flora, Hera e
Pomona.
PINHEIRO: Atti, Cibele, Dionísio, Pa,
Poseidon, Rea, Shou-Hsing e Silvano.
PLÁTANO: Helena.
AMEIXEIRA: Flora e Pomona.
ROMÃZEIRA: Du'uzu, Hera, Kubaba,
Mercúrio, Perséfone, Saturno e Urano.
CHOUPO: Brahma, Dis, as Helíades,
Hércules, Perséfone, Faeton, Plutão e Zeus.
MARMELEIRO: Afrodite e Vénus.
SORVEIRA-BRAVA: todas as Deusas lunares.
ESTORAQUE: Loki, Mercúrio e Thoth.
SICÔMORO: todos os Deuses e Deusas egípcios.
TAMAREIRA: Apoio.
NOGUEIRA: Dionísio.
SALGUEIRO: Artemis, Beli, Brígida, Circe, Hécate, Hélice, Hera, Hermes, Orfeu, Osíris, Perséfone
e todos os aspectos de morte da Deusa Tripla da Lua.
TEIXO: Hécate e Saturno.
ENCANTAMENTO
DO CARVALHO PARA A BOA SAÚDE
Para
ter boa saúde durante todo o ano, segundo um antigo costume galês, esfregue em silêncio a palma de sua mão
esquerda num tronco de carvalho, no dia de São
João.
DIVINAÇÃO
DO AMOR COM AS BOLOTAS DA CARVALHO
Coloque duas bolotas num balde cheio com água
fresca de chuva. Se flutuarem um contra o outro e se tocarem, indicam amor
verdadeiro e casamento; se se afastarem, não haverá casamento num futuro
próximo.
ENCANTAMENTO
COM MURTA PARA AMOR E PAZ
Para
trazer amor e paz à sua casa, plante uma murta em cada lado da porta de entrada
quando a lua estiver no signo de Touro ou de Libra.
BÊNÇÃO PARA CASA
Para abençoar uma casa e exorcizar todas as
energias negativas, pendure um galho de louro-de-cera, queime Bores
de sabugueiro ou incenso de pinho, ou coloque folhas ie
sorveira em cada cómodo
numa noite de lua cheia.
ENCANTAMENTO
PARA DAR BOA SORTE
Numa
noite, quando a lua estiver na fase crescente, queime
agulhas secas de junípero sobre carvão em brasa como poderoso incenso mágico
para atrair boa sorte. Um amuleto feito de frutos secos de junípero pode também
ser usado para trazer boa sorte.
10 A
Magia
nos Sonhos
A
Magia nos Sonhos é tão antiga quanto a humanidade e sempre
desempenha papel importante na Arte Wicca.
Os sonhos são vistos como o presságio em que melhor podemos confiar, e, desde
os primórdios da humanidade, Bruxos,
sacerdotes e sacerdotisas pagãos e xamãs os
têm utilizado para advinhar o futuro. (O
termo técnico usado para a arte e a prática da divinação
pêlos sonhos é Quiromancia.)
Existem
vários tipos diferentes de sonhos: pesadelos ou imagens torcidas que, muitas
vezes, são causadas por pressões do ambiente
ou por problemas físicos, sonhos causados por emoções suprimidas, experiências
fora do corpo (também conhecidas como projeçÕes
astrais) e sonhos proféticos, que são sonhos vívidos relacionados a
acontecimentos futuros.
Um número significativo
de sonhos é de natureza profética, especialmente aqueles que acontecem três
noites seguidas, de acordo com a tradição
popular. Os sonhos proféticos, quando corretamente
interpretados, po dem revelar o futuro,
tanto por quadros diretos como por simbolismo.
Quando
aparecera imagens sagradas ou transcendentais
num sonho, chamamos de sonho elevado.
Os
sonhos telepáticos (também conhecidos como sonhos PÉS)
são experiências nas quais aquele que sonha capta as energias do pensamento de
outra pessoa ou espírito. (Sonhos dessa natureza em geral estão ligados a
acontecimentos atuais.)
Os
sonhos psíquicos contêm mensagens importantes, avisos e outras comunicações. Esse tipo particular de sonho é frequentemente tão forte e profundo que acorda quem
está sonhando.
O
sonho lúcido é aquele no qual a pessoa que sonha está conscientemente
sabendo que está sonhando.
Os
sonhos são altamente simbólicos, sendo importante registrá-los num livro ou
diário logo ao despertar para não os esquecer mais tarde. (Segundo certas
superstições folclóricas, é considerado sorte alguém esquecer o sonho da noite
anterior.) Após registrá-los (e também os pesadelos), você poderá estudá-los
quanto a padrões e símbolos que se repetem e interpretá-los utilizando um
dicionário de sonhos.
Existem,
atualmente no mercado, vários dicionários
desse tipo, como também livros que os analisam. Encontram-se em quase todas as
livrarias. Alguns contêm interpretações de simbologia
onírica, outros, superstições e antigas crenças, e alguns, a combinação de
ambos os enfoques.
Uma
das obras mais antigas e formais da interpretação de sonhos é "A Treatise
ofthe Interpretation
ofSundry Dreams", originalmente
publicada no início do século 17. Contudo, o mais antigo dicionário publicado
sobre sonhos e seu significado oculto é
provavelmente a obra em quatro volumes do adivinho grego Artemidorus.
Vários
sonhos de natureza profética podem ser deli-beradamente
induzidos por meio de meditação, encantamentos mágicos, rituais e até de
bebidas feitas com ervas.
Para
sonhar sobre o futuro, de acordo com uma antiga crença folclórica do País de
Gales, uma pessoa deve juntar brotos de visco no dia de São João e colocá-los debaixo do travesseiro antes
de dormir.
Para
ter sonhos proféticos, pegue uma rosa vermelha durante as primeiras horas da
manhã no soistício de Verão e fumigue-a por
cinco minutos sobre uma brasa de enxofre. Num pedaço de pergaminho escreva o
seu nome e o nome do seu amor. Enrole a flor no pergaminho, sele três vezes com
cera e enterre tudo, no mesmo local onde a rosa foi colhida. À meia-noite do sexto dia do sétimo mês, desenterre
a rosa e durma com ela sob o travesseiro por três noites seguidas.
Segundo
um velho livro de magia e divinação folclórica,
para ver o futuro esposo num sonho, pregue nove parafusos na omoplata de uma
lebre e coloque-a sob o seu travesseiro numa noite de lua cheia.
Para
receber um sonho do seu futuro marido ou
esposa, coloque duas folhas de louro sob seu travesseiro no Dia de São Valentim antes de ir para a cama.
Numa
noite de lua cheia, coloque sob seu travesseiro a carta do taro conhecida como "Os Enamorados" para provocar sonhos proféticos sobre o seu
futuro amor.
Para
fazer solteirões sonharem com suas futuras
noivas, de acordo com um tratado medieval sobre divinação nos sonhos,
misture pó de magneto e pó de coral com o
sangue de um pombo branco até formar uma massa. Coloque-a dentro de um figo
grande, enrole num pedaço de algodão azul e use-o em torno do pescoço quando
dor dormir.
Para sonhar com o futuro marido, durma com uma
combinação, uma liga de meia, raízes de margaridas,
uma cebola ou um pedaço de bolo de casamento debaixo da cabeça. Amarre um galho
do choupo em suas meias compridas ou soquetes
e coloque-as debaixo do travesseiro ou esfregue suas têmporas com algumas gotas
de sangue de pomba antes de ir dormir.
Para
sonhar com seu futuro casamento, segundo um
antigo método irlandês de divinação por
sonhos, junte em silêncio folhas de hera numa noite de Samhain.
Jogue fora uma das folhas e coloque as restantes debaixo do travesseiro antes
de ir dormir.
Para
sonhar com o futuro esposo ou esposa Junte nove folhas de azevinho "fêmea" ao soar da meia-noite
de uma sexta-feira (dia da semana governado
por Vénus). Coloque-as num lenço de três
pontas com nove nós e bote o encantamento debaixo do seu travesseiro antes de
ir dormir.
NOTA:
Esse encantamento não funcionará se você falar alguma coisa, até mesmo uma palavra, antes do nascer do sol
seguinte.
Arranque
um pouco de milefólio de um cemitério e
coloque-o sob seu travesseiro à noite, antes
de ir dormir. Seu amor aparecerá para você em sonho.
ENCANTAMENTO
DO MILEFÓLIO PARA VISUALIZAR O SEU AMOR
Para
receber a visão em sonho psíquico do seu futuro amor, costure 30g de milefólio
num pequeno quadrado de flanela vermelha e coloque-o debaixo de seu travesseiro
à noite antes de ir dormir. Feche os olhos e recite essas palavras mágicas:
^OH ERVA DA ÁRVORE DE
VÉNUS, TEU NOME VERDADEIRO É MILEFÓLIO. QUEM
SERÁ O MEU VERDADEIRO AMOR, EU TE IMPLORO QUE
ME DIGAS AMANHAI
ENCANTAMENTO
PARA SONHOS PROFÉTICOS
Para
invocar um sonho profético, realize esse
encantamento quando a lua estiver cheia e
no signo de Escorpião ou Aquário. (Para resultados melhores, é aconselhável
jejuar, ingerindo somente água por um dia inteiro antes de realizá-lo.)
Num
caldeirão (ou numa grande chaleira) com água fervendo, coloque uma pitada de:
areia branca, pó de olho-de-gato (pedra
preciosa) e fuligem de uma chaminé velha. Usando um almofariz e um pilão,
triture e misture uma pequena quantidade de erva-de-são-joão,
olí-bano, língua-de-cobra
e raiz de mandrágora. Junte três colheres,
das de sopa, de mistura de erva-trepadeira à
água do caldeirão e mexa cuidadosamente com uma colher bem grande de madeira,
enquanto recita a seguinte reza mágica:
ERVA-DE-SÂO-JOÃO COLHIDA NA NOITE, OLÍBANO E Pó DE LÍNGUA-DE-COBRA BRANCA, E RAIZ DE MANDRÁGORA, OLHO-DE-GATO EM PÓ, E FULIGEM DE CHAMINÉ, EU MISTURO NESTE CALDEIRÃO A FERVER PARA INVOCAR UM SONHO PROFÉTICO.
Deixe a mistura ferver por alguns momentos e
retire o caldeirão do fogo.
Após
ter esfriado, prepare um banho e adicione algumas gotas na água. Acenda uma
vela de cor púrpura e coloque próximo da banheira. Tire as roupas e molhe seu
corpo no banho relaxante de ervas enquanto fixa o olhar na chama de vela. Abra seu coração e
sua mente para a Deusa e entoe Seu nome em voz alta ou telepaticamente
até sentir Sua Divina presença penetrar você.
Após
o banho, envolva-se numa roupa branca ou púrpura, salpique um pouco da bebida
num círculo à volta da sua cama e diga:
EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO DE SONHO EM NOME DA DEUSA.
ABENÇOADO SEJA!
Salpique, então,
um pouco da bebida sobre o travesseiro e deite-se para dormir. Antes de o sol
levantar você terá um ou mais sonhos proféticos.
ERVAS
PARA A MAGIA DOS SONHOS
Essas ervas são tradicionalmente usadas pêlos Bruxos nos travesseiros, para ter sonhos
mágicos, ou em poções para induzir visões em sonhos proféticos: língua-de-cobra malmequer agrimônia,
visco anis, artemísia, cânfora, cebola, quelidônia (menor), hortelã-pimenta,
canela, bolsa-de-pastor, margarida,
rosa, azevinho, erva-de-são-joão, lúpulo, verbena, hera, vervena verbena-limão, absinto, raiz de mandrágora, milefólio
Publicações Pagas
Temos
aqui uma lista atualizada de várias
publicações e jornais editados no Estados Unidos pêlos
Pagãos e pêlos Wiccanianos,
e que podem ser do seu interesse.
Muitas
delas contêm novidades wiccanianas importantes,
encantamentos, diretrizes para rituais de Sabás, informações sobre ervas, críticas de livros
e contatos para Pagãos.
Quando
escrever para qualquer um deles para pedir exemplares, por favor mencione que
você obteve a informação neste livro. IMPORTANTE: Sempre que escrever para
qualquer jornal ou revista solicitando outras informações ou para enviar algum
material para ser publicado, assegure-se de enviar sempre um envelope
selado para a correspondência de retorno.
THE ANCIENTARTS Exemplar: 4 dólares The Ancient Arts P.O.
Box 3127 Morgantown,
WV 26505