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…….. GOETIA DEMÔNIOS BÍBLICOS Os hebreus em suas
origens históricas, vencidas as etapas animistas e totêmicas, cultuavam
deuses [elohim] – espíritos – que, em toda Gênesis 1 até o capítulo 2 verso
3, são os responsáveis pelas criações dos céus, da terra e de tudo que neles
há, numa síntese criacionista sumero-babilônica. A partir de Gênesis 2:4 um
daqueles deuses, o sló Javé, ganha destaques e aos poucos, ao curso da
evolução religiosa dos hebreus, suplanta os demais elohim, para se
transformar no deus dos deuses [Deuteronômio 10:17], sistema monolátrico
[Josué 22:22] que, num futuro viria ser o monoteísmo judaico adotado pelos
cristãos, o Deus único das nações [Isaias 45:22]. A partir do momento que
Javé se fez [ou foi feito] deus dos deuses, os demais deuses foram excluídos
oficialmente dentre os hebreus, e a partir de então demônios passam designar
quase que exclusivamente divindades de outros povos, portanto divindades
pagãs ou gentias. Aparentemente fácil
identificar demônios na Bíblia, na verdade não os são. Copistas e tradutores
bíblicos determinam indistintamente por demônios os anjos decaídos, os
espíritos imundos e os diabos, ao lado de outras tantas identificações, dando
o mesmo sentido às palavras gregas: pneuma, aggelous, diáblos e daimon, por
exemplos, e isto traz confusões até mesmo a muitos dos
entendidos. Demônios não são Diabos,
aliás, Diabos não existem na bíblia o que existe é o Diabo [do grego
diáblos], no singular, como tradução do hebraico Satan [Xatan] que nos deu
Satanás ou simplesmente Satã, este sim, por sinal, único e também nenhum
demônio. Os Demônios nada têm a
ver, inicialmente, com espíritos imundos, estes comumente identificados
biblicamente pelo grego pneuma, ou os hebraicos eloim e se’irim. Anjos, do grego aggelous,
significa mensageiro [mala’k – hebraico], tanto para os bons quanto para os
maus enviados, sem nenhum laço etimológico ou de atributos com os demônios. O que seria então os
demônios bíblicos? Como surgiram? Comumente, se entende por
demônios, aquelas entidades espirituais dotadas de poderes especiais, que se
situam entre os humanos e as divindades, com objetivos de zelar lugares ou
castigar pessoas. Sua origem provável encontra-se nas lendas e crenças dos
povos da Mesopotâmia. O grego daimon ou
daimonium, em Deuteronômio 32:17 é usado para identificação das divindades
pagãs, ou seja, aquelas proibidas de serem cultuadas pelos hebreus. Assim,
todos os deuses estrangeiros ao povo de Deus, são denominados demônios. No Salmo 91:6-7, o termo
é designativo de praga. Isaias 13:21, 34:14 e
referências, trazem demônios como personagens folclóricos ou quase míticos
dos lugares ermos, como os denominados os sátiros [hirsutos], que algumas
traduções descrevem-nos seres que se apresentam como horríveis animais
peludos. No apócrifo Baruc, 4:35, espíritos imundos, estão postos
como habitantes dos desertos. A tradução portuguesa
mais exata para daimon é gênio, aplicado no sentido de inteligência superior,
capacidade incomum. Bíblica e
etimologicamente, a princípio, Demônio não teria conotação pejorativa alguma
com anjos decaídos, espíritos imundos ou diabos. A sua identificação com
espíritos impuros [imundos], ocorreu pela necessidade teocrática dos hebreus
manterem-se separados dos demais povos, para evitar contaminações de cultos e
com isso a desagregação nacional. Aos demônios, nas
qualidades de espíritos impuros, se devem as doenças internas desconhecidas,
como se por eles causadas e que nem precisava estar manifesta no individuo,
bastando alguma denuncia de sua participação em cultos estranhos, para os
sacerdotes determinarem sua impureza legal, e assim impedir tal enfermo
[endemoniado] de participar dos atos religiosos; o interditado era, quase
sempre, morto exemplarmente, por apedrejamento, para não contaminar os demais
membros da nação hebréia. Não se pode dizer,
todavia, que tais divindades seriam todas maléficas; o próprio Javé, quando
irado, não é nada bom e se faz tremendamente exterminador em favor de seu
povo [II Reis 19:35, Êxodo 33:2]; incrivelmente, também se volta contra os
seus próprios, com a mesma fúria avassaladora, às vezes por simples desleixo
[Êxodo 32:34]. A Bíblia menciona algumas
divindades estrangeiras transformadas em demônios para os hebreus, dentre os
quais se destacam: Abaddón: originariamente se tratava de um mensageiro de Deus, como ministro
da vingança ou executor da ira divina, conhecido como Anjo Exterminador ou
Destruidor [Êxodo 12:23], que muitos estudiosos identificam o Anjo do Senhor,
ou mesmo, Teofania do próprio Deus. Ganha status de demônio no Novo
Testamento como “pai da perdição” ou simplesmente “perdição”, também
conhecido pelo nome grego Apollyon, isto é, “remoção completa” ou “desaparição”,
conforme citado no Livro Apocalipse 9:11. Alguns especialistas identificam-no
demônio [na qualidade de anjo decaído] desde a rebelião celestial, todavia,
permitido por Javé para aqueles atos em Êxodo 12:23. Adramelec e Amelec: divindades dual, dos Serfavaim [região da Assíria], citadas em II
Reis 17:31, que estudiosos entendem como Adar e Ana, divindades nacionais
históricas daquelas gentes [transferidas para Samaria pelos assírios], que os
hebreus cultuaram inicialmente com o próprio Javé, embora sem unicidade de
culto, conforme II Reis 17:41, sendo que os samaritanos continuaram
posteriormente a reverencia-los, enquanto os judeus de pura origem
transformaram-nos em demônios. Asera: deusa da Cananéia, citada em Êxodo 34:13, Juízes 3:7 e referencias,
assimilada e cultuada pelos hebreus, na forma de um tronco sagrado em forma
de coluna ou poste, tratando-se de uma deusa protetora dos bosques e tudo que
neles há, em préstimos aos homens. É comumente confundida com a deusa fenícia
Astarte e na bíblia é citada no plural [aseras]. Asima: conhecida biblicamente como a deusa Sima, dos arameus de Hamat,
mencionada em II Reis 17:30, muitíssima conhecida pelas inscrições helênicas.
Na literatura religiosa hebraica, Sima é posta pelos assírios como divindade
[demônio protetor] local, inoperante, assim como Javé dos hebreus [II Reis
18:33-34]. Parece tratar-se de divindade protetora dos vales e caminhos de
Hamat e Reob, locais citados em Números 13:21. Asmodeu: trata-se de AsmaDaeva, divindade citada no Avesta [livro sagrado dos
persas], como executora do mal [necessário] dentro do principio do dualismo
da doutrina de Zoroastro, o bem e o mal. No apócrifo Tobias 3:8 e
referências, Asmodeu transforma-se num espírito maligno, denominado
destruidor [samad – hebraico]. Astaroth ou Astarte: deusa fenícia que representa a fecundidade da natureza; alguns
estudiosos a associam como deusa da lua [Juízes 2:13], de grande popularidade
entre os povos do médio oriente e os próprios hebreus. Salomão prestou-lhe
honras [I Reis 11:5]. Azazel: citado no livro Levítico 16:8 como “a perdição”, tratando-se de
divindade provavelmente da Caldéia, que os hebreus tomaram de empréstimo para
torna-lo um demônio, na forma animal de um bode, tido na Bíblia como bode
expiatório para os pecados do povo de Deus. O apócrifo Livro de Henoc
menciona referida criatura como um dos anjos que se enamorou pelas mulheres
da terra. É comumente confundido ou associado com Abaddón, alguns acreditando
tratar-se de uma mesma entidade. Baal: Senhor, principal deus fenício o naturista Melcart, foi absorvido
pelos cananeus, como o trovejante Baal [I Reis 16:31], conforme mais
conhecido biblicamente, e que se tornou representatividade do mal para os
hebreus [II Reis 23:5]; no entanto, Javé toma características do próprio
Baal, ao se fazer o tonante Sló do Sinai. Para os cartagineses que também o
adotaram, era excelente deus. Baalim: os baalins citados em Juízes 2:11, deuses menores do panteão
fenício, muito próximo dos bíblicos elohim [Gênesis 1:1 e referencias],
depois identificados como espíritos protetores, bastante populares e
cultuados inclusive pelos hebreus [Juízes 2:12-13]. Baal-Meon: o terrível [aos hebreus] Beon, divindade protetora da Palestina,
cujo nome era proibido de ser pronunciado pelo povo de Javé, e por isso
mudados os nomes de locais a ele consagrados [Números 32:3 e 38]. Alguns
entendem esta divindade adotada dos babilônios, provavelmente o deus
Sucot-Benot, mudando-se o primeiro designativo Sucot [tendas] para Baal e que
Benot transformou-se em Beon, o poderoso. Baalzebul [Baalzabud ou simplesmente Belzebu]: cultuado pelos filisteus [II Reis 1:2 e referências], e outros povos
do médio oriente, foi transformado em príncipe dos demônios para os hebreus,
e assim assimilado pelos cristãos [Mateus 10:25, Marcos 3:22 e Lucas 11:15-18
e 19]. Estudos recentes apontam referida divindade como de origem fenícia,
muitos lhe dando significado de Senhor das Moscas, todavia tradução mais
apropriada a Baal-zabud, seria Dádivas do Senhor, e que se valia daqueles
insetos, como vetores de pestilências, para castigar inimigos. Baltesassar: mais propriamente Beltesassar, trata-se de Balat-su-usur, [Deus
Protetor da Vida], divindade acadiana citada em Daniel 1: 7, cujo nome foi
dado ao próprio Daniel. Baltesassar é visto como o deus Bel, principal
divindade babilônica, que Isaias 46:1 já coloca numa posição inferior a um
deus, e nas condições de gênio ou agente do mal em Jeremias 50:2. Belial: aquele que serve para nada, inútil e sem valor, tornou-se sinônimo de
ser abjeto, como homens perversos, em Deuteronômio 13:14. I Samuel 10:27,
onde se lê os perversos, algumas traduções como Almeida diz os filhos de
Belial, já a tipificar o demônio que o cristianismo viria adotar como o
Poderoso Demônio, ou o próprio Diabo [Satanás], vista em II Coríntios
6:15. Alguns identificam Belial também nos livros Daniel e Apocalipse,
como o Anticristo, a Besta, o Assolador ou o Dragão, quando não apenas um
anjo do mal designado para a desordem mundial. Besta: para muitos não se trata verdadeiramente de um demônio, apenas a
identificação bíblica [Daniel e Apocalipse] profética do próprio Diabo ou
Satanás, nos tempos do fim. Na primeira epístola universal de João, alguns
estudiosos entendem a Besta como o Anti-Cristo [I João 2:18 e referencias]. Camos: principal divindade moabita [Números 21:29] de grande prestígio
entre os hebreus, tanto que o próprio Salomão lhe edificou um altar [I Reis
11:7]. Esta deidade, como todas demais estrangeiras ao povo hebreu, quando se
trata de cultos, sacrifícios ou adorações, recebem conotações de consumações
aos demônios ou aos ídolos, indistintamente. Leviatã: dragão ou animal mítico, descrito nos poemas de Ugar [em Ras Shamra
ao norte da Fenícia] por volta do século XV a.C, às vezes para indicar algum
cetáceo [Salmos 104:26], por outras refere-se a um crocodilo [Jó 40:25]. Em
Jó 3:8 é a pré-figuração de poderoso demônio evocado pelos feiticeiros.
Lilith: divindade notívaga babilônica, é demônio feminino bastante comum na
cultura religiosa judaica e comumente citada pelos cristãos; embora não
mencionada diretamente na Bíblia, alguns estudiosos, entretanto,
demonstram-na figuradamente, como o espanto noturno, a seta que voa de dia, a
peste que serpeia nas trevas e a morte que grassa à luz meridiana [Salmos
91:5-6], enquanto para outros, trata aquele Salmos e versículos citados, como
linguagem figurada, onde o protegido de Deus não temerá assaltos abertos,
tramas ocultas, doenças [pestilências da noite, tidas como doenças
sexualmente transmissíveis] e mortes de encomenda. Isaias 34:14 traz essa
denominação [no singular] com algumas traduções postas como corujas,
mais propriamente, criaturas noturnas, que os hebreus
posteriormente deram significado de “diaba notívaga” [PIBR]. Lúcifer, o demônio que os cristãos mais temem, o maioral de todos eles,
curiosamente, não está na Bíblia. Alguns biblistas de plantão, no
entanto, apontam em Isaias 14:12-14, partes d’uma canção hebraica contra o
rei babilônico, como alusão a Lúcifer; trata-se na verdade de um comparativo
das glórias do grande monarca babilônico, que chegou a reivindicar honras
divinas, com o esplendor de uma fulgurante estrela [vista por muitos como a
Estrela d’Alva ou planeta Vênus]. Referida canção remete-nos, por analogia, a
Ezequiel 28, profecia contra Tiro, onde a ascendência régia é tida como
querubim ungido no Éden, depois expulso face sua soberba e outros pecados,
inclusive da pretensão de igualar-se ao Criador. Daí seria dizer que Satanás
ou que seja Lúcifer, tenha sido um querubim ungido, de rara beleza, etc, ou
que os de Tiro [pelo monarca], que são os fenícios [grego phoinos com
tradução de vermelho ou homens vindos terra vermelha], tenham sido o Adão
bíblico [Adam’is, is=homem, adam do barro vermelho] que Deus um dia colocara
no Éden, etc. Já a tal Eva seria. . . Mamon: mais propriamente Mamona, significa riqueza, que Mateus 6:24 [e
referências] personifica como o demônio que põe a perder os filhos de Deus,
pela materialidade e luxo que o mundo oferece. Melkart: II Macabeus 4:18-20, trata-se do mitológico Hércules, muito mais na
categoria de semi-deus que de demônio propriamente dito. Moloc: deus amonita [Levíticos 18:21, 20:2-5, II Reis 23:10 e Ezequiel
20:31], também conhecido como Melcom [I Reis 11:57e 33, II Reis 23:13 e
Jeremias 40:1], bastante apreciado pelos hebreus, e que recebeu distinções
religiosas até do sábio rei Salomão [I Reis 11:7]. Nergal: deus assírio [II Reis 17:30], maioral do mundo subterrâneo que
ganhou conotações cristãs com o Diabo e o Inferno, advindas das assimilações
e crenças hebraicas. Nicaz: divindade de Ava, uma das regiões conquistadas pelos assírios, cuja
população foi instalada na ocupada Samaria, e esse deus assimilado pelos
hebreus de Samaria. Não há referencias históricas sobre Ava, e,
conseqüentemente, sobre seu deus, também conhecido como Nichas. Alguns
estudiosos vêem aqueles como “árabes remotos”, enquanto outros acreditam ser
os bíblicos heveus [Gênesis 10:15-17] mencionados ainda em Josué [11:3] e
Juízes [3:3], mas a citação maior se vê no capítulo 34 de Gênesis, quando um
heveu ultrajou a hebréia Diná, filha de Jacó. De qualquer forma, em Samaria,
pelo menos, o deus Nichas foi cultuado pelos heveus [II Reis 17:31] e
samaritanos, e assim proibido e posto sob a pecha de demônio. Nesroc: citado em II Reis 19:37, divindade assíria, de significado
desconhecido. Sátiros: do hebraico “se’irim” [peludos como bodes] entendidos como
encarnações de espíritos maléficos [Levíticos 17:7] ou gênios que habitavam
desertos ou lugares ermos, às vezes em formas animalescas desconhecidas como
os citados hirsutos [Isaias 13:21, 34:14 e Baruc 4:35] – animais
desconhecidos, peludos, de aparências indefinidas, cultuados [II Crônicas
11:15] o que constituía impiedade [II Reis 23:8]. Sucot-Benot: deus babilônico [II Reis 17:30], também conhecido como Secote
[Tendas – Josué 13:27] Beon [Senhor Protetor], assimilado pelos palestinos
como Baal-Meon. Tamuz: Ezequiel 8:14 traz citação desse deus dos babilônios que foi adotado
pelos fenícios e também cultuado pelos hebreus, entre outros povos. A
tradição mostra-nos Tamuz como um dos muitos Cristos vindo ao mundo para uma
obra redentorista, com morte sacrificial. É um poderoso demônio no
cristianismo popular. Tartak: outro deus heveu, também citado em II Reis 17:31, cultuado pelos
samaritanos e exacrado pelos hebreus de pura origem. Entendem-se vínculos de
Tartak com Tártaro [II Pedro 2: 4], tratando-se portanto de um demônio chefe
dos infernos, banido das hostes celestiais conforme aquela epístola, num
inequívoco texto referente às citações de Gênesis 6:8. Embora Demônios tenham
significação bíblica para divindades pagãs que se tornaram espíritos impuros
para os hebreus, a citação II Pedro 2:4 numa passagem obscura e não
respaldada diretamente pelo Antigo Testamento, no ato subentendido, trata dos
demônios como sendo os bíblicos anjos rebeldes. Também Judas 1:6, se refere
aos demônios como anjos que foram indignos, deixaram os céus e que para eles
foram reservadas escuridão e cadeias eternas, até o juízo do grande dia, num
texto interpolado e confuso, com correspondente apenas em Apocalipse 20:10.
Ainda assim, para os
cristãos e certos exegetas, não perdem, contudo, aqueles significados de
espíritos impuros ou entidades do mal. Claro está que para o
cristianismo já distinto do credo judaico, os demônios ganham status de anjos
decaídos, inferiores aos anjos de Deus, conforme fazem entender o apócrifo
Tobias 8:3 [recorrência] e Apocalipse 12:7-10. Para os cristãos, os
Demônios como seres malignos, são incorpóreos, portanto espirituais,
deixando, contudo, antever incapacidade da plenitude de seus atos se não
estiverem de posse de algum corpo humano, por isso, continuamente procurando
apossar-se dos homens, conforme Mateus 12:43-44, através de incorporações
diretas ou por inspirações, a fim do empregá-los para seus próprios fins. Suas possessões podem ser
momentâneas [Lucas 9:39], mais ou menos prolongadas [I Samuel 16:4] ou
prolongadas [Marcos 5:2], quase sempre caracterizadas por enfermidades
internas, idiotias, deformidades físicas e perturbações mentais. Exorcismos e
curas, praticados por Jesus, tem sentido messiânico bastante claro, quando
vistos sob o ângulo das possessões demoníacas, ou, das doenças
psicossomáticas. Os Demônios podem estar
numa pessoa ou num intermediário e causarem transtornos, a pedido ou mando,
em terceiros, como traumas psicológicos, ruínas sociais, problemas
financeiros, ruína familiar e mais as citações anteriores e outras não
mencionadas. São exemplos os famosos e ditos trabalhos de macumbaria. Na
Bíblia, muitas vezes, são os espíritos maléficos que se apossam de alguém com
a permissão divina [I Samuel 16:14] ou um bom espírito [???] que Deus
permitia incorporar no homem [I Samuel 11-6 e 18:10] ou causar dissensões
[Juízes 9:23, Isaias 19:14] e indutor ao erro [I Reis 22:22]. Passagens como
estas constrangem os cristãos. Alguns dos maus espíritos
têm diferentes missões e métodos, com possessões mais duradouras
[tecnicamente imperceptíveis] ou mesmo fazendo-se entrantes, para altas
realizações mundiais através de líderes políticos, cientistas e homens de
notório saber, como aquelas que apontam para indivíduos praticamente nulos e
que de repente se transformam numa outra personalidade, às vezes até animal,
a exemplo do rei Nabucodonozor, conforme Daniel 4:23 ao 28 e 33 – versão
Almeida. Os demônios, como
espíritos perturbadores, promovem, em suas ações [mas não necessariamente],
fenômenos psicológicos e de efeitos físicos, alguns aterradores, muito dos
quais vistos e estudados pela Metapsíquica, Parapsicologia e Espiritismo
Científico. Para o Cristianismo,
independente de confusões de copistas ou enganos de tradutores bíblicos, os
demônios têm sua existência reconhecida pelo próprio Jesus, conforme Mateus
12:27-28, e Lhe são inferiores. Os setenta discípulos que
Jesus enviou para certa missiologia reconhecem que os demônios a eles se
submetiam, em nome d’Ele, Jesus. Todos os apóstolos
reconhecem a existência dos demônios, os expulsam e fazem advertência aos
crentes a respeito das ações e intenções demoníacas; os demônios são uma
constante preocupação aos pais da Igreja dos primeiros séculos. Muitos convertidos
certamente não desprezaram de todo suas antigas crenças, não abominaram
totalmente os seus deuses, daí a necessidade dos apóstolos e responsáveis
fazerem sempre o alerta contra o demonismo. A insistência dos pais da Igreja
em colocar para os fiéis, o nome de Jesus sempre superior sobre demais
divindades ou demônios, demonstra claramente isso. I Corintios 10:14 ao 21,
traz sérias advertências a idolatria e demonologia entre os corintios. Os
demônios ali estão postos como divindades dos gentios, portanto, de culto
proibido entre os cristãos, posto Cristo ser superior aos demônios. Por tais razões, tantos
textos bíblicos e referências dizem das repreensões e expulsões de demônios
dos corpos de pessoas, de curas de doenças provocadas por aqueles seres, além
das diversas citações em que os próprios crêem [Tiago 2:19] temem e tremem
diante de Jesus ou apenas do ouvir falar Seu nome, a exemplo de conhecida passagem
em Marcos 5:1 ao 20. Para aqueles que se
fundamentam no Novo Testamento, os demônios são seres espirituais reputados
idênticos aos espíritos imundos e aos anjos decaídos, com características e
ações próprias de personalidade e racionalidade. Mateus 8:29 ao 31 mostra até
uma certa sagacidade dos demônios, que questionam a ação de Jesus
importuna-los antes do tempo ou acordo previsto e assim, para não se verem
desalojados de algum corpo físico, rogam e lhes são permitidos, entrar em
animais irracionais. Dos feitos demoníacos, o
maior sem dúvidas é o sempre despertar de milhões e milhões de pessoas para
lhes dar sustentações através de possessões, além de alimentar suas
existências, também pela negação a Deus. (Fonte:http://www.celsoprado.com/pag-iv.htm) Para VOLTAR A: Apostila de angeologia e demonologia
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