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VI - CASOS DE INFESTAÇÃO E POSSESSÃO — CENAS DE EXORCISMO — CULTO IDOLÁTRICO AO DEMÔNIO

 

  Capitulo 4

O Diabo no Convento

 

“Eu não a deixarei em paz

enquanto você não sair do convento”.

(Ameaça do Diabo a Maria Dien)

 

O DIABO NO CONVENTO: não se trata de título de alguma novela.  É o relato real de um impressionante caso de infestação e possessão coletivas, narrado pelo próprio exorcista que fez os exorcismos e expulsou os demônios: Dom Louis de Cooman M.E.P., antigo bispo no Vietnã. Ele publicou mu livro com esse título, no qual relata de modo objetivo a ação extraordinária do demônio em um convento desse país, onde foi missionário por muitos anos.’ (Mgr Louis de COOMAN, Le Diable au Couvent et Mère Marie-Catherine Dien, Nouvelles Éditions Latines, Paris, 1962.)

 

Pagão invoca os demônios para tirar moça do convento

 

Os fatos se passaram de 1924 a 1926 em Phat-Diêm, no então protetorado francês do Tonkin (hoje Vietnã), no convento e noviciado das Irmãs Amantes da Cruz.

 

Por permissão de Deus, o demônio começou a agir nesse convento, pela seguinte causa: Minh, um moço pagão, havia-se apaixonado por uma jovem católica, Maria Dien; a jovem, entretanto, queria ser freira e ingressou na Congregação das Irmãs Amantes da Cruz. Inconformado, Minh dirigiu-se ao célebre pagode budista de Den Song e ali conjurou os gênios (na verdade demônios) a que fizessem a moça abandonar sua vocação religiosa e casar-se com ele.  O demônio, para atendê-lo, passou a infestar o convento, procurando tornar a vida nele impossível, de maneira a obrigar Maria Dien a abandoná-lo ou então ser expulsa por suas companheiras, que percebiam que a jovem estava no centro dessa ação diabólica.

 

Surrada pelo demônio

 

Apesar de todos os tormentos físicos e morais a que foi submetida pelo demônio, a jovem noviça não só perseverou na sua vocação, mas ainda se serviu desse sofrimento para santificar-se.

 

As primeiras manifestações extraordinárias do demônio foram de infestação local e pessoal; vozes noturnas e pedradas que impediam as noviças de dormir. Maria Dien, às vezes, era surrada por mão invisível durante toda a noite. Isto se deu em meados de setembro de 1924.

 

 

O então Pe. Louis de Cooman, jovem missionário a quem estava subordinado o convento, foi chamado pelas freiras que o informaram do que estava ocorrendo. De início, o padre não deu muito crédito àquelas histórias. Tomou, entretanto, algumas medidas de prudência: proibiu as freiras de conversar com as vozes misteriosas e de falar entre si sobre esses fatos extraordinários. Ele esperava que em pouco tempo os fenômenos cessassem, caso fossem de origem meramente natural, por sugestão coletiva ou algum distúrbio nervoso das noviças.

 

 

Pelo contrário, as coisas não fizeram senão se agravar. Na noite de 21 para 22 de setembro, enquanto o demônio atormentava Maria Dien - o que todas as noviças testemunhavam — uma delas levou um crucifixo e o apresentou à jovem freira para oscular, surpreendentemente, a imagem de Cristo desapareceu e só encontrada no dia seguinte.

 

Pedradas no telhado, ruídos espantosos, fantasmas

 

Quase todas as noites continuava a cair sobre o convento misteriosa e aterrorizadora chuva de projéteis — pedras, tijolos, paus, batatas, garrafas vazias, etc.

 

 

Mais impressionantes eram os ruídos, que duraram dois anos:  piados de pássaros, relinchos de cavalos, buzinas de carro, sirenes de barco, choros dilacerantes, risos sardônicos, ranger batidas, batidas de porta, toque de tambores, etc. Isso tornava as noites terríveis e submetia os nervos das freiras a uma prova tremenda.  Sem o auxílio da graça divina, elas não teriam resistido: ou teriam abandonado convento, ou ficado loucas.

 

O demônio havia dito à Irmã Maria Dien: “Já vieram quatro vezes ao meu pagode (de Den Song) pedir-me que eu a faça voltar ao mundo; eu não a deixarei em paz enquanto você não sair do convento".

 

Começaram então as aparições de fantasmas: seres fantásticos, de tamanho extraordinário e aspecto amedrontador. Outras vezes, o demônio tomava a aparência do confessor e dava conselhos que confundiam as jovens noviças. A única coisa que as salvava era cumprirem fielmente com a obediência de tudo relatar às superioras, que desfaziam as tramas do demônio.

 

Possessão contagia outras freiras

 

Uma noite Maria Dien foi levantada nos ares pelo demônio, o qual lhe disse que ia levá-la para a casa do seu apaixonado. Após ser carregada por cerca de 17 metros, até o extremo do dormitório das noviças, a freira conseguiu oscular uma relíquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, que trazia consigo, e o Maligno a soltou. Ela caiu de uma altura de três metros sem se machucar.

 

Aos poucos, várias das noviças foram manifestando sinais estranhos de forte infestação demoníaca e mesmo de possessão.  Demonstrando agilidade fora do comum para moças sem nenhum treinamento físico, saltavam sobre os galhos das árvores e subiam aos cimos mais inacessíveis. Ou, então, deitavam-se sobre galhos muito finos que deveriam vergar e quebrar-se com seu peso e nada acontecia. Para fazê-las descer era preciso rezar muito, jogar-lhes água-benta.

 

Certa vez, uma das noviças, na presença do então Pe. Louis de Cooman, deu um pulo para o alto, sem tomar impulso, conseguindo agarrar-se à trave do teto na altura de quase três metros do chão. Depois, erguendo-se nos braços alçou o corpo para cima e deitou-se sobre a trave, onde permaneceu por longo tempo, jogando-se depois ao solo. O ruído da queda foi forte, mas a noviça levantou-se rindo e sem ter sofrido nada.

 

Demônio semeia discórdia na comunidade

 

Uma outra provação — talvez mais terrível do que todas - foi a discórdia que o demônio conseguiu introduzir na comunidade: todas as freiras ficaram com uma profunda antipatia em relação a Maria Dien, a qual só não foi expulsa do convento graças à prudência dos superiores, que perceberam tratar-se de infestação diabólica. Com efeito, depois de algum tempo essa antipatia cessou por completo e as freiras reconheceram que haviam sido injustas com ela.

 

Após um período de estudo da situação,  os superiores encarregaram o próprio Pe. Louis de Cooman de proceder aos exorcismos sobre as irmãs atingidas pela infestação ou possessão diabólica.

 

Exorcismos, novenas, penitências

 

Ao todo foram nove noviças que passaram por inúmeras sessões de exorcismos. Elas tinham que ser arrastadas à força. até o local dos exorcismos, sendo necessárias várias freiras para levar cada uma delas. Pouco a pouco, graças aos exorcismos, às novenas, penitências, etc., as possessões foram cessando, e em 1926 terminaram completo. As infestações locais e pessoais ainda duraram por alguns anos, até cessarem inteiramente.

 

Piedosa vida e santa morte de Maria Catarina Dien

 

Apesar de todo o esforço demoníaco, nenhuma postulante ou noviça deixou o convento; mais tarde, três delas abandonaram a vida religiosa, mas por outras razões. Quanto à Irmã Maria Catarina Dien, ela não somente perseverou na vida religiosa, mas foi ainda agraciada por Deus com graças místicas: colóquios com o Divino Salvador e assistência especial e visível de sua padroeira, Santa Catarina de Siena. Nos últimos anos de sua vida ela foi Mestra de Noviças e guiou os passos de inúmeras freiras na vida religiosa. Faleceu santamente no dia 16 de agosto de 1944.

 

(Fonte: internet. Autoria:“Anjos e Demônios - A Luta Contra o Poder das Trevas”, Gustavo Antônio Solímeo - Luiz Sérgio Solímeo)

 

 

 

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