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…….. V - SATANISMO —
MAGIA — FEITIÇARIA Capitulo 4 Sabás e Missas
negras “Que o seu
sangue caia sobre nós e sobre nossos
filhos". (Mt 27,25) Sabás: descrições Pelo nome de sabás se designavam as reuniões de
magos, bruxos, feiticeiras — bem como daqueles que queriam consagrar-se ao
demônio — sob a presidência do próprio príncipe dos infernos.(Seguimos aqui
de perto o capitulo VII (Le demonisme dans les sabbats) da série de artigos sobre
demonismo, publicada pela conceituada revista eclesiástica france,"L´Ami
du Clergé" (nº 45 [1902] pp. 993-997). Não existe acordo quanto à origem do nome sabá:
uns dizem que foi tomado do hebráico shabbath, que designava o dia repouso
dos judeus, porque o demônio gosta de macaquear as obras de Deus; outros
procuram a etimologia no grego sabazios, que em latim deu Bacchus - Baco, o
deus do vinho e das orgias. Os sabás seriam então a continuação dos abomináveis
e vergonhosos mistérios do paganismo. Muitos são os pontos obscuros e misteriosos em
torno dos sabás, que os seus participantes (e o próprio demônio) tinham
interesse em que não fossem conhecidos. Essas reuniões se realizavam no meio
das florestas, no alto dos montes, numa planície ou praia deserta e outros
lugares ermos inóspitos, na noite de quarta para quinta-feira, ou de quinta
para sexta-feira ou, enfim, mais freqüentemente, da sexta-feira para o
sábado. Vigias eram colocados para evitar que algum profano se aproximasse,
mas aconteceu algumas vezes de serem interrompidos por pessoas vindas de
fora, que faziam o sinal da cruz e jogavam água-benta, produzindo-se então
uma algazarra indescritível e em poucos instantes os participantes
desapareciam do mesmo modo como tinham vindo: voando pelos ares montados em
um cabo de vassoura, ou a cavalo sobre um bode ou algum outro animal imundos;
outro a pé, mas numa velocidade vertiginosa que ninguém podia acompanhar. As descrições variam um pouco quanto ao cenário
onde se realizavam essas reuniões e quanto ao cerimonial observado, mas são
concordes nas linhas gerais: no centro do local armava-se um altar sobre o
qual colocavam um ídolo (em geral um demônio com forma humana e cabeças e pés
de bode, ou de um sapo imenso). Todos vinham prestar-lhe homenagem, adorá-lo,
beijar-lhe os pés, as mãos, e outras partes do corpo menos honrosas; outras
vezes não era um ídolo, e sim o próprio Satanás — sob forma visível — que se
sentava em um trono sobre o altar. Todos tinham que trazer-lhe uma oferenda.
Esses atos de culto e vassalagem eram prestados no terror e no tremor e
aqueles que assim se entregavam ao diabo sabiam que se quisessem se subtrair
à sua tirania, seriam cruelmente castigados por ele. Havia nos sabás prazeres
destinados a satisfazer os mais baixos instintos — especialmente a gula e a
sensualidade — por meio de banquetes, orgias, danças e luxúria. Np banquete
eram servidos pratos repugnantes: carne de cavalo, de cachorro, de gato e, às
vezes, até carne humana, sobretudo de crianças ainda não batizadas, cujos
sangue era chupado ou bebido. As danças começavam ao som de músicas
dissonantes, barulhentas, agitadas, arrancadas de instrumentos bizarros (um
pedaço de pau qualquer, uma queixada de cavalo, ossos humanos ou de animal,
etc), que imitavam flautas agudas, tambores ensurdecedores, guitarras
estridentes, aos quais se juntavam as vozes roucas ou penetrantes dos
demônios e dos bruxos e bruxas, tudo num ritmo frenético, alucinante. Quanto
mais a música era discordante, mais as danças se tomavam voluptuosas, fazendo
girar os dançarmos num turbilhão incontrolável, como nas danças giratórias
sagradas dos dervixes turcos. Muitos estavam completamente nus e outros
sumariamente vestidos. Em suma, tudo se assemelhava a um moderno show de
Rock’ n ‘Roll, em especial de Hard Rock. Seguiam-se as mais asquerosas práticas de
depravação sexual, de bruxos e bruxas entre si, em ligações hetero ou
homossexuais, e também com animais e com os próprios demônios, que para tal
assumiam formas humanas. Essa explosão da luxúria era acompanhada de uma
explosão inaudita de impiedade, com a paródia mais sacrílega das práticas e
devoções cristãs. Em lugar da água-benta, aspergia-se os assistentes com
urina;* crianças não recebiam o batizado satânico, sendo-lhes imposto um nome
luciferino e dados padrinhos que garantissem sua educação no mal e sua
fidelidade ao demônio; se já eram batizadas, o demônio procurava raspar com
suas garras o caráter do Batismo e as rebatizava. Faziam-nas jurar fidelidade
ao demônio, e renunciar a Deus, a Jesus Cristo, à Virgem Santíssima, aos
anjos e santos; prometiam jamais se confessarem, a não ser que fosse para o
fazerem sacrilegramente, nem comungar, senão para profanar a hóstia
consagrada ou levá-la escondida consigo para rituais satânicos; mais tarde, o
iniciado era confirmado, recebendo novos padrinhos e prometendo trazer novos
adeptos ao culto de Satanás. *O demônio, em seu desespero de anjo réprobo, é
um ser apalhaçado, debochado, que não recua nem diante dos maiores prosaismos
ou obscenidades, para aviltar o homem, a quem despreza, e ofender a Deus, a
quem odeia. Os Mandamentos eram assim recitados: “Adorarás Lúcifer como
verdadeiro deus e não amarás a ninguém senão a ele. Blasfemarás assiduamente
o nome de Jesus. Cometerás sem dificuldade a fornicação e o adultério.
Cobiçarás a mulher do próximo e também as coisas alheias”, etc. A Saudação
angélica (Ave-Maria) era dirigida ã futura mãe do Anticristo. Nos sabás, o demônio ensinava aos magos, bruxos e
feiticeiras os segredos da fabricação de beberagens para os mais diversos
efeitos mágicos: provocar a morte ou a loucura nas pessoas, nos antimais;
filtros de amor e outros malefícios. Freqüentemente o sabá se encerrava com uma Missa
negra, da qual os ocuparemos adiante. Exame
doutrinário Há discussão entre os Autores sobre vários desses
pontos. 1º Se as bruxas se transportavam pelos
ares e participavam fisicamente desses sabás. No que diz respeito a se de fato as bruxas se
transportavam realmente pelos ares para essas assembléias, depois de
aplicarem ao corpo um ungüento mágico, argumentam alguns que esse ungüento
era composto de ervas alucinógenas, que produziam nelas a sensação de estarem
voando e de praticarem o que acima ficou descrito; tudo não passaria, nesse
caso, de uma alucinação provocada por essas substâncias. Tanto mais, dizem eles, que muitas bruxas
confessaram ficar em dúvida sobre se de fato tinham tido uma participação
física no sabá, ou apenas Egon vou Petersdorf (que foi ocultista, antes de
sua conversão ao Catolicismo), falando sobre os sabás, explica em seu livro
Demonologia que a finalidade para a qual as bruxas utilizavam os unguentos e
poções alucinógenas era justamente essa de facilitar, por meio do transe
alucinatório, um contacto mais rápido com o demônio.* Com efeito, o
alucinógeno perturba o funcionamento da inteligência e da vontade, potências
que garantem a liberdade interior do homem e assim oferecem uma barreira a
ação do Maligno. Por isso, o uso de alucinógenos é muito comum em meios
ocultistas, para facilitar o contacto com o demônio. E aqui fica uma pista
muito curiosa sobre um aspecto pouco divulgado do consumo e tráfico de
drogas, mas que revela a que profundidades conduzem, ou seja, sua ligação com
o satanismo. (No próximo capítulo veremos uma noticia ligando diretamente o
tráfico de drogas ao satanismo a propósito de crimes rituais na cidade de
Matamoros, no México.) *Cf. E. von PETERSDORF,
Demonologia, p. 143. Do ponto de vista teológico, nada impede que o
demônio transporte bruxos e feiticeiras pelos ares até o local da infame
reunião. Pois, como anjo (decaído, é
verdade, mas que não perdeu os poderes próprios à sua natureza), o demônio
tem capacidade para isso. E a prova
está na própria Escritura, onde se narra como o profeta Habacuc foi levado
pelos ares por um anjo, desde a Judéia até a Babilônia, para alimentar o
profeta Daniel, que tinha sido lançado em uma cova de leões (Dan 14, 32-35);
e como o próprio Salvador deixou-se transportar pelo demônio, do deserto onde
jejuava, até Jerusalém e ser depositado sobre o pináculo do Templo, para ser
tentado (Mt 4, 1-5). Ademais, a opinião de que as feiticeiras voavam
corporalmente por obra do demônio foi tida como certa durante séculos por
homens sérios e cultos para que se possa pôr As duas opiniões, entretanto, podem
conciliar-se. Os frades dominicanos H. Kramer e J. Sprenger
julgam, com base em sua experiência de inquisidores, que umas vezes os bruxos
e feiticeiras são fisicamente transportados pelos ares para os sabás, e
outras vezes participam deles apenas em espírito, por meio de alucinações que
o demônio provoca em sua imaginação e ação sobre seus sentidos.(Cf. H. KRAMER
- J. SPRENGER, O Martelo das Feiticeiras, pp. 223-231. ) 2º Comércio carnal com os demônios Segundo a conceituada revista eclesiástica
francesa “L’Ami du Clergé" não se pode negar a possibilidade do comércio
carnal entre homens e demônios: “Digamos mesmo que é impossível negar esse
gênero de fatos, após o testemunho tão numeroso, claro e convincente dos
Santos Padres. Baste-nos citar as palavras de Santo Agostinho: ‘Os fatos de
demônios íncubos ou súcubos são tão múltiplos que não se poderia negá-los sem
imprudência: a autoridade de tantos personagens graves, as narrações de fatos
indiscutíveis tanto entre os povos civilizados quanto entre os bárbaros, as
confissões, enfim, de vários milhares de pessoas devem ser tomadas em
consideração’ (De Civit. Dei, XV)”. ("L ´ Ami du Clergé”, Le Demonisme,
1902, p. 1065.) Ainda no século XVIII — o chamado Século das Luzes... — tal
prática é confirmada por autores sérios e doutos como Fr. Charles-René
Billuart, O.P. (1685-1757), célebre teólogo francês, e Santo Afonso Maria de
Ligório (1696-1787), Doutor da Igreja. (Cf. F. C.-R. BILLUART, Soturno Sancti
Tornae, V, p. 264; Santo AFONSO, Teologia Moral, in D. NEYRAGUET, op. cit.,
p. 248.) Quanto ao modo como se pode dar esse comércio
carnal com o demônio, é certo que este, sendo puro espírito, não pode cometer
atos de luxúria. Entretanto, nada impede que ele faça bonecos aos quais dê
aparência de vida, apresentando-os ora sob de aspecto de homem (o chamado
demônio íncubo), ora de mulher (súcubo). para que sirvam de objeto de
satisfação da luxúria dos que ele se entregam.* * Um grande conhecedor dessas matérias, o sábio
Cardeal Alexis Lepicier, explica o modo como um anjo (ou um demônio, que é
anjo decaído) procede para fabricar tais bonecos de aparência viva: ‘Há, na
natureza uma tão abundante variedade de elementos um anjo pode, por uma hábil
combinação e condensação desses elementos, dar-lhes a forma e até a cor dum
corpo humano. De mais a mais, não está fora do seu poder ir buscar nos
animais, e até mesmo em certos casos em pessoas vivas, esses elementos, ainda
que eles estejam distantes do lugar onde tais fenômenos se produzem” (Cardeal
A. LEPICIER, O Mundo Invisível, pp. 76-77). Era com um boneco assim fabricado pelo demônio
que as feiticeiras e os bruxos praticavam o ato carnal. E uma das razões para
isso é que o demônio despreza a natureza humana e procura aviltá-la de todos
os modos.* * Segundo os moralistas, o pecado daí resultante,
sendo cometido com um ser que não é da mesma espécie que o homem (pois se
trata de um mero boneco animado artificialmente pelo demônio), é o pecado de
bestialidade, análogo ao que é cometido com animais (cf. Santo AFONSO,
Teologia Moral in NEYRAGUET, op. cit., p. 248; BILLUART, Summa Sancti Tomae,
t. V, p. 264). São Tomás de Aquino indaga se pode nascer prole
da união uma de mulher com um demônio.(Cf. De Potentia, q. 6, art 8; Suma
Teológico, 1, q. Missas negras Durante os sabás, freqüentemente havia uma
paródia da Santa Missa, oficiada por um demônio ou por de seus sacerdotes ou
sacerdotisas; ou então uma Missa sacrílega, celebrada por um infeliz padre
pervertido às práticas satânicas, chamada correntemente Missa negra. Todas as
orações e ritos eram invertidos ou deturpados blasfemamente. No Credo, por
exemplo, dizia-se: “Creio em Lúcifer e em seu filho Belzebú, concebido por
Leviatã, o Espírito Santo”. Na elevação da hóstia, quando um padre havia
realmente consagrado,* fazia-se uma algazarra terrível, e se aspergia os
assistentes com o sangue de Cristo, e todos gritavam como os judeus na
Paixão: “Que o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt 27, 25).
Às vezes um punhal era enfiado dentro do cálice e saía gotejando sangue; ou
então cravava-se uma hóstia na cruz, e todos os participantes vinham
transpassá-la, e acontecia às vezes de jorrar sangue dela. * Quanto à validade da consagração das espécies
eucarísticas no contexto de uma Missa negra, os teólogos discutem; alguns
afirmam, outros negam que se opere realmente a transubstanciação. Em certas
ocasiões, na Semana Santa, crucificavam-se meninos que eram seqüestrados, ou
levados pelas próprias mães, elas mesmas feiticeiras, cravando-lhes cravos
nos pés e nas mãos, coroando-os de espinhos e transpassando-lhes o lado.
Arrancavam-lhes o coração e outras vísceras, e com freqüência também os
membros genital, que eram utilizados para malefícios.* * Um dos casos históricos mais famosos, dos
tempos modernos, envolvendo bruxaria e Missa negra, foi o chamado Caso
Voisin, no qual esteve envolvida nada menos do que a amante do rei Luis XIV,
Madame de Montespan. Essa favorita entrou em contato com a feiticeira Voisin
e participou de uma Missa negra, oficiada por um padre desviado, o Pe.
Guibourg, com a finalidade de assegurar a paixão adúltera do Rei. Em depoimento ao magistrado e chefe de
polícia Há notícias de que sim: em vários lugares da Europa
e dos Estados Unidos têm ocorrido reuniões de feiticeiros, que se apresentam
como tais, e chamadas por eles mesmos com o nome de sabás. Se tudo quanto
ficou acima descrito se passa nessas reuniões, não há dados para responder.
Entretanto, muitas dessas práticas inegável que se dão em contextos de
bruxaria, macumba e outros ritos satânicos. E mesmo fora desses contextos
passam-se coisas semelhantes, conforme se verá adiante. Sendo assim, parece que se pode responder sem
hesitar pela afirmativa: continuam a ocorrer sabás, com todo, ou quase todo o
seu horror. Destruição de colheitas, impedimento
da geração, doenças Entre os poderes atribuídos às feiticeiras está o
de causarem danos materiais e físicos aos homens e animais, ou desencadearem
os elementos da natureza por meio de artes mágicas e demoníacas. Ao tratarmos
da magia e do malefício, já dissemos que se Deus o permitir (o que Ele faz
com parcimônia) nada impede que demônio, atuando sobre os elementos físicos e
atmosféricos ou fisiológicos e psicológicos do homem, provoque efeitos como a
destruição de colheitas, impedimento da geração, doenças desconhecidas, e
outros. Isso ele opera para provocar impaciência no homem e fazê-lo
revoltar-se contra a Providência divina. O caso de Jó é muito ilustrativo a
este respeito. Outras vezes, porém, de provoca esses fenômenos
extraordinários para atender à solicitação que recebe de feiticeiros, através
dos malefícios (também chamados despachos, trabalhos, arranjos, feitiços). Os historiadores registram em diversas épocas
casos pessoas de todas as condições — Reis e nobres, simples burgueses ou
camponeses - que se viram impossibilitados de manter relações conjugais, por
efeito de malefícios. Em muitos desses casos, pode-se supor tratar-se de
fenômenos puramente naturais (doenças desconhecidas, estados psicológicos
anômalos, etc.); em certo número de vezes poderá ter havido ação demoníaca. Lobisomem e outros seres fantásticos Tema correlato com o que acabamos de expor é o
relacionado com a realidade ou fantasia a respeito do alegado poder das
bruxas de transformarem pessoas em animais. Desde a Antigüidade fala-se da possibilidade de
homens serem transformados em bichos por artes mágicas. Assim, na Odisséia.
Homero (séc. IX a.C.) conta que os companheiros de Ulisses foram
transformados em porcos pela feiticeira Circe. Já em tempos cristãos
mencionam-se casos de homens que, em consequência de pacto com o demônio ou
por efeito de algum feitiço, transformam-se ou são transformados Essa questão é estudada por São Tomás e outros
Doutores, os quais negam a possibilidade de o homem ser transformado Os testemunhos, entretanto são numerosos e dignos
de crédito para que se possa duvidar da realidade dos fatos. Como explicá-los, então, à luz da filosofia e da
teologia católica? O mesmo São Tomás assevera que o demônio pode
deformar ao máximo os traços e os membros de um homem, dando-lhe uma
aparência fantástica. Não mais do que isso. Contudo, ele pode agir também
sobre a fantasia e os sentidos, quer da própria pessoa, quer daqueles que a
vêem, de modo a que, por ilusão, tanto ela se sente transformada em bicho,
como os demais têm a impressão de estar vendo um animal, ou um ser
fantástico, meio homem meio animal: um lobisomem, por exemplo. (Cf. Suma
Teológica, I,q.91; 105,a. ad 1; 114,a.4 ad 2.) Os inquisidores Henrique Kramer e Jacó Sprenger
analisam a questão e contam o caso de um homem que julgava transformar-se em
lobo: de fato ele caía em sono profundo, e por ação do demônio sobre sua
fantasia e sua sensibilidade, julgava que corria com os lobos, atacava e
devorava crianças, satisfazia seus instintos com as lobas, etc. Na realidade,
o demônio entrava em um lobo que fazia todos esses estragos, de maneira a
deixar vestígios daquela alucinações. Relatam ainda outro caso, de uma jovem que, tendo
sido enfeitiçada por uma bruxa, era vista por todos como uma potranca, e ela
própria se via assim. Levada à presença de São Macário, este sofria a ilusão
dos demais e a via como ela era: uma bela moça. Rezando sobre ela, o Santo
fez com que cessasse o encantamento e a jovem voltasse a se sentir e a ser
vista normalmente. (H. KRAMER - J. SPRENGER, O Maneio das Feiticeiras, pp.
153-154.) Às vezes o demônio pode possuir um animal (um
lobo por exemplo), e fazê-lo realizar coisas fantásticas. Ele pode, ainda,
para obter seus desígnios perversos, formar um boneco de animal ou ser
fantástico, do mesmo modo que, como vimos, pode fazer o boneco de um homem. (
Esta poderia ser uma explicação para certos seres fantásticos como dragões,
mulas- sem-cabeça, sacis-pererês, caiporas e outros tantos, assim corno
fantasmas e assom brações que, mesmo deixando de lado os exageros e fantasias
da imaginação popular exaltada, não há dúvida de que de vez em quando se
manifestam realmente.) Há inúmeros casos históricos de animais
misteriosos, que assolam certas regiões dizimando o rebanho e aterrorizando
as populações, sem que jamais se conseguisse capturá-los por meio de
armadilhas, nem matá-los com armas de corte ou de fogo: as lâminas não
penetravam em seus corpos e as balas de grosso calibre não lhes causavam o
menor dano. Um dos casos mais famosos foi o da besta feroz de
Gévaudan (região da França) no reinado de Luiz XV (séc. XVIII), que até hoje
intriga os historiadores; supõem alguns que se tratasse de um lobo possesso
pelo demônio. (Fonte: internet.
Autoria:“Anjos e Demônios - A Luta Contra o Poder das Trevas”, Gustavo
Antônio Solímeo - Luiz Sérgio Solímeo) Para VOLTAR A: Apostila de angeologia e demonologia
PARA: Voltar a: Veja também:
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