DEUSAS CELTAS Abnoba: Deusa
da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald). Aine: Aine
é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao
Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome
significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha
dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas
Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol
Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício. Os pagãos
acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a
Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas.
Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um
anel-das-fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade
com as fadas e outros seres do gênero. Existem duas
colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem
ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada
Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá
inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são
por Ela rejeitados. Esta é uma
Deusa-Fada que segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos
bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no
tronco de uma árvore com flores brancas. Sempre que se sentir
"perdido", faça o mesmo, chame por Aine batendo três vezes no
tronco de uma árvore de flores brancas. Ela não vai tardar em ajudar. Andrasta: Deusa
guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo de que foi identificado
com Marte (deus da guerra) romano. Arduina: Deusa
de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a Ártemis grega. Arianrhod: Ela
é a guardiã da "roda de prata" que circunda as estrelas,
considerada símbolo do tempo e do carma. É igualmente deusa da reencarnação,
da Lua Cheia dos namorados e a Grande mãe Frutuosa. Arianrhod aparece
no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C.,
como filha do deus Don e mãe dos gêmeos Lleu Llow Gyffes e Dylan. Esta deusa é a
figura primal de poder e autoridade feminina, considerada a Deusa dos
Ancestrais Celtas. Vive em um reino estelar, Caer Arianrhod, na constelação
Corona Borealis, com suas sacerdotisas e de lá decide o destino dos mortos,
carregando-os para a Lua ou para a sua constelação. É também uma deusa
da fertilidade e de tudo que é eterno. O espírito de Arianrhod é símbolo de
profecia e sonhos. Ela controla a dimensão do tempo. O viajante que a seguir
deve estar com o coração e a mente aberta para seus ensinamentos. Convide-a
para ajudar-lhe com dificuldades passadas e para contatar o povo das
estrelas. Na Tradição
Avalônica ela corresponde ao elemento Fogo e seu chakra correspondente é o
cardíaco. Já na tradição celta esta deusa apresenta três aspectos: donzela,
mãe e crone, representando os três estágios da vida de uma mulher. A Arianrhod é
atribuído os poderes da coruja, que através de seus olhos vê o subconsciente
da alma humana. A coruja é um pássaro nocturno que simboliza a morte,
renovação, sabedoria, a magia da lua e as iniciações. Armid:Airmid
é a Deusa da Cura dos celtas. É filha de Daincecht, avô de Lugh, e possuía
quatro irmãos: Miach, Cian, Cethe e Cu. Lugh foi o
guerreiro que tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia e libertou o
rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Formori, os demônios da noite
que tinham um só olho. Nuada perdeu sua mão direita durante um combate e,
para que pudesse continuar a ser rei, ele precisava estar inteiro, então, o
médico Dianchecht construiu uma maravilhosa prótese de prata, o que rendeu a
Nuada o apelido de "Mão de Prata". A estória da Deusa
Airmid inicia-se quando faz uma visita ao castelo do rei Nuada. Conta-se que os
portões do castelo do rei Nuada era guardado por um homem que não tinha um
dos olhos e trazia escondido em sua capa um gato. Quando Airmid e seu irmão
Miach, em visita ao castelo, apresentaram-se como curandeiros, o tal homem
pediu-lhes para reconstituir o olho perdido. Os deusemédicos concordaram e
transplantaram o olho do gato para o espaço do olho vazio do porteiro.
Entretanto, não tinham como mudar as características do olho do animal. Sendo
assim, a noite ele ficava aberto em busca de caça e durante o dia fechava-se
exausto. Mas o porteiro ficou muito feliz por ter novamente os dois olhos.
Blodeuwedd: Seu nome foi traduzido como "flor branca",
sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de
iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser
esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da
conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos
galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores,
sabedoria, mistérios lunares e iniciações. Boann:Deusa
da água e da fertilidade, seu animal sagrado é a vaca branca. Branwen: Irmã
de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha
de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do
Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês. Brigit: Irmã
do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa
tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pelos
poetas, ferreiros e pelos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu
culto se celebrava no Cerridwen / Ceridwen / Caridwen: Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de
Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante
Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os
bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há
uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur,
nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma
poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão.
Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da
inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento. Cliodna: Deusa
da beleza e do Outro mundo, mais tarde se tornou uma Rainha-fada. Cuchulainn: As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim)
constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer,
chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com
Sualtan, o profeta. Seu pais verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar
dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e
guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann,
chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, "Cão de
Culann". O menino possuia uma força incrível e, quando dominado pela
ira, lançava calor intenso e suas feições transformavam-se, pavorosamente.
Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos
gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou
ordem primitiva de cavaleria de Usler, provavelmente). Depois, mandam-no para
Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha Skye, onde conclui sua
educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para
casa, decide matar uma inimiga de sua professora, a amazona Aiffé, uma
mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster,
munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona por Emer
(diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o
relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a
guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e
aventuras tomam lugar. Dana: Segundo
uma lenda, Dana nasceu em uma Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio
Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela
que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em
uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância
fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a
grande viagem começou então a ser planejada. Também conhecida
como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan",
significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a
deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria,
a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do
fogo. Era ela que garantia a segurança maetrial, a proteção e a justiça. Dana
ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou
Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto. O "Anuário da
Grande Mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de março como o dia
de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os
celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro
emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas
eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para
proteger os ganhos e evitar os gastos. Os descendentes da
Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé
Dannan" (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era
adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da
Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu
nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A
ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome
original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don". Dana é irmã de
Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan
e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd. É certo que Dana
deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome.
Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra
Molhada" e o mais poética, "Água do Céu". Danu é uma das Dea
Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão. Seu personagem foi
cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua
existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é
conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o
nome de "Anna Perenna". Druantia: Na
mitologia britânica, Druantia era a deusa druida do nascimento, sabedoria,
morte e metempsicose. É a mãe do alfabeto das árvores irlandês. Épona: "A
Cavaleira" ou "A Amazona". É representada sempre a cavalo,
sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça tras um
diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poldro, que, às vezes, é
alimetado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos.
Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas. Elaine: Na
mitologia celta, Elaine (Lily-Maid) era a deusa virgem da beleza e da lua. Eriu / Erin: Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos
Tuatha de Dannan da Irlanda. Flidais: Deusa
da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa
carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma. Mm: Na
mitologia celta, Mm era a deusa do pensamento dos povos independentes do
Norte. Morgana: Morgana
representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da
ressureição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma
vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta
de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten,
Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma
ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no
submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a
procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo
de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna.
Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do
rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e
fonte de problemas. Nenhum personagem
feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le
Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu
irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em
outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se
misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o
estigma do incesto. Morgana e Artur
tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana
encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei. O "Matrimônio
Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à
própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo. Essas práticas
parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente
licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião,
ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual. Práticas
religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade
interior ou espiritual era aqui projectada no mundo concreto e encontrada
através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem
examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem,
uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu
próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia. Para a mulher, o
significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não
importando que forma a experiência lhe acontecesse. Morrigan: Morrigan
era a deusa celta da guerra e da morte. Rhiannon: Grande
rainha dos galeses, Rhiannon era a protectora dos cavalos e das aves. Rege os
encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz
cavalo branco. Rosmerta: Na mitologia celta
gaulesa, deusa do fogo, calor, prosperidade e abundância. Scathach / Scota / Scatha / Scath: Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que
combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto
destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na
Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem
suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi
à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela
mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a
patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais. Sulis: Na
mitologia celta, deusa de profecia, inspiração, sabedoria e morte. (Fonte-web:www.templodoconhecimento.com) para ver mais artigos DICIONARIOS DE MITOLOGIA E OUTROS .... |
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