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OS ELEMENTAIS
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AGRILLA
E A FONTE ENCANTADA
Conta uma lenda que há muito
tempo, quando todavia os árabes ocupavam o reino de Granada, perto das areias
do rio Darro, se escondia em uma gruta uma fonte de águas cristalinas. Essa
fonte era conhecida por todos da região, que só a bebiam quando a sede era
insuportável, temerosos pelos estranhos poderes que tinha a água. Contam que
em alguns dias a água era doce como um torrão de açúcar e quem a bebia se
sentia o mais afortunado da terra, porém em outros a água era tão amarga que
despertava o ódio e a raiva de quem bebia. Inclusive diziam que foi culpada
de muitas brigas entre os habitantes do povoado. Tantas foram as vezes que
falavam do poder dessas águas, que o administrador da justiça de Granada,
cansado de tantas disputas, ordenou aos soldados que fossem até lá para
descobrir o que ocorria com ela. Passados alguns meses, não conseguiram
descobrir nada, pois a cada noite, quando chegava as doze horas, esquisito
sono os abatia e não conseguiam despertar até que chegasse o primeiro raio de
sol.
Cansados dessa situação, os soldados tentaram achar uma solução para o
problema. Um deles ficaria, à noite, fora da gruta escondido atrás de uma
árvore, sem tocar na fonte e dali ficaria espionando para descobrir seu mistério.
Chegou a noite todos caíram adormecidos às doze horas, menos um, o valente
que guardava a árvore. Pouco depois, uma linda jovem saía da água e se
sentava na borda da fonte a cantar, enquanto penteava seus cabelos e os raios
da lua a iluminavam. O jovem soldado se aproximou:
-"Que fazes aqui..."
-"Queria descobrir o mistério dessas águas.
-"Não te aproximes, pois não quero causar-te mal. Meu nome é Agrilla e
sou a fada dessa fonte. Vivo aqui desde muito tempo, antes que tu nasceste,
por isso as vezes me sinto só e minhas lágrimas amargam essa água. Amanhã
quando amanhecer desperte teus companheiros, diz que já sabes a verdade e
tratem de partir, para nunca mais voltar. Se cumprires meus desejos, prometo
não lhe causar dano nunca, nem a ti, nem aos teus."
O soldado, cujo único encargo era descobrir o milagre dessas águas, que faria
como ela lhe havia pedido. Acordou seus companheiros e todos se foram.
Durante muitos anos as águas seguiam tal como o soldado as deixou, doce
quando a fada sorria e amarga quando chorava. Um dia, ante a surpresa dos
mouros, os cristãos tomaram Granada. Contam, que desde então, ninguém voltou
a ver a fada, que abandonou a fonte. E contam também, que para sempre suas
águas se tornaram agridoces: doce pela ternura do espírito que habitou suas
águas e amarga pelas lágrimas que derramou quando teve que abandonar Granada.
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