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LETRAS Autores – Letra A ANDERSEN Hans
Christian Andersen A Pequena
Sereia Conto de Hans Christian Andersen A Pequena Sereia
era a filha caçula do rei Tritão, era uma sereia diferente das outras cinco
irmãs. Era muito quieta, não era difícil vê-la distante e pensativa. Desde os dez
anos, a Pequena Sereia guardava uma estátua de um jovem príncipe que havia encontrado
num navio naufragado. Passava às vezes horas contemplando a estátua, que
aguçava ainda mais sua vontade de conhecer o mundo da superfície. Porém esse
seu desejo só poderia ser realizado quando completasse quinze anos, nessa
idade é dada a permissão para as sereias nadarem até a superfície do mar. Para a Pequena
Sereia esse dia especial parecia nunca chegar. Ela acompanhava a cada ano, os
quinze anos de cada uma das suas irmãs, ansiosa para que o seu dia chegasse
em breve também, e escutava atenta o relato de cada uma delas sobre tudo
aquilo que viram. As irmãs
contavam sobre os barulhos da cidade, as luzes, o céu, os pássaros, sobre as
pessoas, animais, eram tantas as novidades que só aumentava o desejo da
Pequena Sereia de conhecer aquele mundo. A Pequena
Sereia queria ver as cores douradas que surgiam no céu, quando o sol de
escondia no horizonte. A chuva, com as nuvens cor de chumbo. Conhecer o
arco-íris, as flores, as montanhas, as plantas. Às vezes as
cinco irmãs subiam juntas à superfície para passear, e a Pequena sereia
ficava triste em seu quarto, no castelo, sentia uma enorme angústia e uma
coisa estranha, parecia ter vontade de chorar, embora as sereias não chorem,
pois não têm lágrimas. Até que o dia
tão esperado chegou, o coração da Pequena Sereia saltitava de felicidade.
Recebeu de presente da sua avó um colar de pérolas, símbolo da realeza. A pequena
sereia chegou à superfície na hora do pôr–do-sol. O céu estava dourado com
nuvens rosadas. Ela ficou maravilhada com o que via. Ela avistou um
grande navio com três mastros e nadou até ele. O céu escureceu e no navio
foram acesas centenas de lanternas coloridas. A sereiazinha nadou contornando
o navio e, pela escotilha do salão viu pessoas alegres, dançando. Um rapaz em
especial, chamou-lhe atenção. O mar estava
revolto, ondas gigantescas atacavam o navio. Os marujos assustados, retiraram
as velas do navio. As pessoas gritavam assustadas. O navio balançava muito,
até que uma onda gigantesca o tombou para o lado. A escuridão foi total. Um raio
iluminou o céu e a Pequena Sereia viu pessoas gritando e tentando se salvar
nadando. De repente a
sereiazinha viu o príncipe. Ele estava se afogando. Ela sentia que tinha que
ajudá-lo. Ela nadou entre os destroços do navio e o alcançou. O jovem
príncipe estava desmaiado. Ela segurou firmemente, mantendo a cabeça dele
para fora da água, e flutuou com ele até a tempestade passar. Ao raiar do
sol, a sereiazinha verificou que o príncipe respirava tranqüilamente. Ela
ficou aliviada em ver que ele estava bem, ficou tão contente que o beijou.
Nadou com ele até uma praia, o dentou na areia e escondeu-se atrás das
rochas. Ela viu que
existia algumas casinhas por perto, certamente alguém o encontraria. A sereiazinha
ficou aliviada por ter salvado o jovem, mas ficou triste pois temia não vê-lo
novamente. A Pequena
Sereia voltou para o seu castelo no fundo do mar. As irmãs a encontraram
triste e quieta. Após longa insistência das irmãs, a sereiazinha contou-lhes
toda a sua aventura. Uma das irmãs
sabia quem era o príncipe e sabia que ele morava em um castelo à beira-mar. As seis
sereias nadaram até lá. Esconderam-se atrás de uns rochedos, esperaram até
que viram o príncipe e viram que ele estava bem. A pequena
sereia pensava muito no jovem príncipe. Ela daria sua vida para ser humana e
encontrar-se com o príncipe nem que fosse só por um dia. Seu pai, o rei
Tritão estava preocupado com a filha, nem as festas no palácio alegravam a
jovem sereia. Ela nem cantava mais nas festas, todos adoravam ouvi-la cantar,
sua voz era linda. Numa noite, a
Pequena Sereia tomou uma decisão: foi procurar a feiticeira do mar. A feiticeira é
uma bruxa, mora no meio dos redemoinhos, cercada de plantas cheias de
espinhos e animais peçonhento e perigosos. A sereiazinha
acreditava que a única pessoa capaz de ajudá-la a transformar-se em humana,
seria a feiticeira. A feiticeira concordou em
lhe dar duas pernas, mas a sereiazinha só se tornaria humana se o príncipe se
apaixonasse e casasse com ela. Avisou que a sereiazinha sentiria terríveis
dores nas pernas par ao resto da vida e nunca mais poderia voltas ao fundo do
mar. Caso o príncipe não se apaixonasse por ela e casasse com outra moça, depois
da noite do casamento, o primeiro raio de sol transformaria a Pequena Sereia
em espuma. A sereiazinha ficou
assustada, mas aceitou correr o risco, pois queria estar com o seu amado. Em troca dos serviços da
feiticeira, a jovem lhe daria a sua voz. Mesmo assim, a sereiazinha
aceitou a proposta, estava decidida a tentar. A sereiazinha não se
despediu de ninguém, nadou em direção ao palácio do príncipe. Foi então, que
ela tomou a poção dada pela feiticeira. Imediatamente sentiu terríveis dores
como se punhais lhe rasgassem a cauda. A dor foi tamanha que a jovem não
agüentou e desmaiou. Quando amanheceu, a
princesa acordou, na praia, ao seu lado estava o príncipe, olhando-a curioso
e preocupado. A sereiazinha percebeu que
estava sem roupa, e possuía duas pernas no lugar de sua cauda. Cobriu-se
então com seus longos cabelos. O príncipe quis saber seu
nome e o que acontecera. Porém, a jovem não conseguia falar, não tinha mais
sua voz. O príncipe a levou para o
palácio, onde foi cuidada e alimentada. A sereiazinha passou a viver feliz
naquele lugar ao lado do príncipe. Sofria terríveis dores sempre que andava,
era como se algo furasse seus pés. Mas nada era superior a sua felicidade em
estar com o seu amado. Cada dia que passava, o
príncipe gostava mais da pequena sereia, As pessoas do palácio também se
encantavam com a pequena sereia. Porém o coração do príncipe e seus
pensamentos pertenciam à jovem que o encontrara na praia, ele achava que ela
o havia salvo. Um dia a pequena sereia
descobriu que o rei planejava casar o príncipe com a filha do rei vizinho.
Eles fariam uma viagem de navio para conhecer a futura noiva. A pequena sereia ficou
muito triste, se o príncipe se casasse com outra ela morreria. Ficou cheia de
esperança quando o jovem príncipe lhe confidenciou que nãos e casaria com a
jovem escolhida pelo seu pai, pois já amava outra moça. A sereiazinha acompanhou a
família real na viagem. Na hora em que conheceu a
futura noiva, o príncipe ficou encantado, era a mesma moça da praia. A pequena sereia viu que o
príncipe estava apaixonado. Naquela mesma noite ele casou-se com a jovem
princesa, a moça da praia. Enquanto todos festejavam,
a princesa sofria de tristeza. Foi então para o convés observar o mar. Nesse
momento ela viu suas irmãs, todas de cabelos curtos. Deram seus cabelos à
feiticeira em troca de um punhal mágico. A Pequena Sereia precisaria matar
seu amado com aquele punhal, antes do amanhecer, assim, poderia voltar a ser
sereia e viver no fundo do mar. A sereiazinha muito triste
pegou o punhal, foi até o quarto do príncipe e vendo-o dormindo tranqüilo ao
lado da sua esposa, saiu correndo dali. A sereiazinha tinha um
coração bom, e seu amor era verdadeiro, não poderia jamais matar o seu amado.
Sendo assim, ela se dirigiu ao convés do navio, já estava amanhecendo. A
sereiazinha, então, atirou-se no mar, no mesmo instante o primeiro raio de
sol surgiu no horizonte, e assim o feitiço se realizou, a Pequena Sereia
virou espuma branca do mar.
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