MAGIA
AFRO-BRASILEIRA & UMBANDA
NANÃ
É a que dá
vida e sobrevivência. Nanã é o principio o meio e o fim; o nascimento a vida
e a morte. A energia
deste Orixá é usada em problemas espirituais como obsessores e miasmas e
também em cirurgias.
Metal: Platina, ouro branco e chumbo Lendas de Nana Como
Nanã Ajudou na Criação do Homem Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e
modelar o ser humano, o orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de
ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de
pau, mas a criatura ficou dura. De pedra ainda a tentativa foi pior. Fez de
fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho-de-palma, e nada.
Foi então que Nana veio em seu socorro, apontou para o fundo do lago com seu
ibiri, seu cetro e arma, e de lá retirou uma porção de lama. Nana deu a porção de lama a Oxalá, o barro do fundo da lagoa
onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nana. Oxalá criou o homem, o modelou no barro, com um sopro de
Olorum ele caminhou, com a ajuda dos orixás povoou a terra. Mas tem um dia
que o homem morre e seu corpo tem que retornar à terra, voltar à natureza de
Nana Buruku. Nana deu a matéria no começo, mas quer de volta no final tudo
o que é seu. (Fonte:internet. Notas bibliográficas- Mitologia dos Orixás -
Reginaldo Prandi – 2001) Nanã proíbe instrumentos de
metal no seu culto A
rivalidade entre Nanã Burucu e Ogum data de tempos, Ogum, o ferreiro
guerreiro, era o proprietário de todos os metais, eram de Ogum os
instrumentos de ferro e aço, por isso era tão considerado entre os orixás,
pois dele todas as outras divindades dependiam. Sem
a licença de Ogum não haviam sacrifícios; sem sacrifício não havia orixá,
Ogum é o Oluobé, o Senhor da Faca, todos os orixás o reverenciavam, mesmo
antes de comer pediam licença a ele pelo uso da faca, o obé com que se abatiam
os animais e se preparava a comida sacrificial. Contrariada
com essa precedência dada a Ogum, Nanã disse que não precisava de Ogum para
nada, pois se julgava mais importante do que ele. "Quero ver como vais
comer, sem faca para matar os animais", disse Ogum. Ela
aceitou o desafio e nunca mais usou a faca, foi sua decisão que, no futuro,
nenhum de seus seguidores se utilizaria de objetos de metal que sacrifícios
feitos a ela fossem feitos sem a faca, sem precisar da licença de Ogum. (Fonte:internet. Notas bibliográficas- Mitologia dos Orixás -
Reginaldo Prandi – 2001) Mitologia Nanã,
Senhora de Dassa Zumê, mãe de Obaluaê, Ossãe, Oxumarê e Ewá, elegante
senhora, nunca se meteu preocupou com o que este ou aquele fazia de sua
própria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha
sido sempre precoce em tudo. Entretanto,
Nanã sempre exigiu respeito àquilo que lhe pertencia. O que era seu, era seu
mesmo. Nunca fora radical, mas exigia que todos respeitassem suas
propriedades. E,
mas uma vez, vemos Ogum numa historia. Viajante,
conquistador, numa de suas viagens, ogum aproximou-se das terras de Nanã.
Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora. Se
quisesse, não seria difícil tomar as terras de Nanã pois, para Ogum, não
havia exercito, nem força que o detivesse. Mas Ogum estava ali apenas
de passagem. Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de
Nanã. Isto ele não podia evitar e nem o importava, uma vez que nada o
assustava e Ogum nada temia. Na
saída da floresta, Ogum deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro,
limite do inicio das terras de Nanã. Era por ali que teria que passar. Seu
caminho, em linha reta, era aquele – por pior que fosse e não importando quem
dominava o lugar. O destino e objetivo de Ogum era o que realmente lhe
importavam. Parou
à beira do pântano e já ia atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de
Nanã: -
Esta terra tem dono. Peça licença para penetrar nela! No
que Ogum respondeu em voz alta: -
Ogum não pede, toma! Ogum não pede, exige! E não será uma velha que impedira
meu objetivo! -
Peça licença, jovem guerreiro, ou se arrependerá!, retrucou Nanã
com a voz baixa e pausada. -
Ogum não pede licença, avança e conquista! Para trás, velha, ou vai conhecer
o fio da minha espada e a ponta de minha lança! Dito
isto, Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com pontas de metal contra
Nanã. Ela, com as mãos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pântano
que tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro. E
assim aconteceu... Aos
poucos, Ogum foi sendo tragado pela lama do pântano, obrigando-o a
lutar bravamente para salvar sua própria pele, debatendo-se e tentando voltar
atrás. Ogum lutou muito, observado por Nanã, até que conseguiu salvar sua
vida, livrando-se das águas pantanosas e daquela lama que quase o devorava. Ofegante
e assustado, Ogum foi forçado a recuar, mas sentenciou: -
Velha feiticeira! Quase me matou! Não atravessarei suas terras, mas vou
encher este de pântano de aço pontudo, para que corte sua carne! Nanã,
impassível e calma, voltou a observar: - Tu
és poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas.
Por minhas terras não passarás, garanto! E
Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nanã. Esta, por sua
vez, aboliu o uso de metais em suas terras.E, até hoje, nada por ser feito
com laminas de metal para Nanã. (fonte-web:http://dofonodelogum.sites.uol.com.br/nana.html) Características dos filhos de
Nana Burukú Os
filhos de Nana são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento de
suas tarefas que chegam a irritar. Agem com benevolência, dignidade e
gentileza. As pessoas de Nana parecem ter a eternidade à sua frente para
acabar seus afazeres, gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e
mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até
fisicamente aparentam mais idade. Podem
apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no
passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas
articulações em geral. As
pessoas de Nana podem ser teimosas e ranzinzas, daquelas que guardam por
longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e
majestade. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões as
mantêm sempre no caminho da sabedoria e da justiça. Embora
se atribua a Nana um caráter implacável, seus filhos têm grande capacidade de
perdoar, principalmente as pessoas que amam. São pessoas bondosas, decididas,
simpáticas, mas principalmente respeitáveis, um comportamento digno da Grande
Deusa do Daomé. (Fonte:internet.Notas
bibliográficas: Candomblé. A panela do segredo - Pai Cido de Osun Eyin –
2000) Para ver mais: MAGIA AFRO-BRASILEIRA & UMBANDA
ORAÇÕES
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