MAGIA
AFRO-BRASILEIRA & UMBANDA
Omolu / Obaluaê
dia da semana: segunda-feira
cores: preto, branco, vermelho
símbolos: cajado (xaxará), búzios.
elemento: terra
plantas: cuféia (sete sangrias), erva-de-passarinho, canela de
velho, quitoco. Zínia, cravo de defunto.
animais: cachorro
metal: chumbo, barro
comida: pipoca, bife acebolado, bolinhos de milho, acaçá, olubajé.
Banana da terra.
bebida: água, vinho tinto
sincretismo: São Lázaro (17.12) e São Roque (16.8).
domínio: a terra, as epidemias, a morte.
o que faz: castiga com doenças, mas também cura os males.
quem é: o Médico dos Pobres e o Senhor dos Cemitérios.
características: reservado, solitário, simples, trabalhador, serviçal,
depressivo, doentio.
quizília: claridade, sapos
saudação: Atotô!
onde recebe oferendas: no cemitério
(geralmente no Cruzeiro).
riscos de saúde: doenças de pele e problemas nas pernas e coluna.
presentes prediletos: velas, charutos, suas comidas e bebidas preferidas.
observação: o nome de Obaluaê às vezes é usado especificamente para o
Omolu jovem, que é mais agressivo; Omolu é o nome mais usado para o Omolu
velho, mais introvertido.
lendas:
(1)
Por causa do feitiço usado por Nanã para engravidar,
Omolu nasceu todo deformado. Desgostosa com o aspecto do filho, Nanã
abandonou-o na beira da praia, para que o mar o levasse. Um grande caranguejo encontrou o
bebê e atacou-o com as pinças, tirando pedaços da sua carne. Quando Omolu
estava todo ferido e quase morrendo, Iemanjá saiu do mar e o encontrou.
Penalizada, acomodou-o numa gruta e passou a cuidar dele, fazendo curativos
com folhas de bananeira e alimentando-o com pipoca sem sal nem gordura até
que o bebê se recuperou. Então Iemanjá criou-o como se fosse seu filho.
(2)
Omolu tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de
cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo
dia, houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu
que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha
vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com
que Omolu se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar
dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas
Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos
viram um rapaz bonito e sadio;e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã.
(3)
Quando Obaluaê ficou rapaz, resolveu correr mundo
para ganhar a vida. Partiu vestido com simplicidade e começou a procurar
trabalho, mas nada conseguiu. Logo começou a passar fome, mas nem uma esmola
lhe deram. Saindo da cidade, embrenhou-se na mata,onde se alimentava de ervas
e caça, tendo por companhia um cão e as serpentes da terra. Ficou muito
doente.Por fim, quando achava que ia morrer, Olorun curou as feridas que
cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas
aldeias para curar os enfermos e vencer as epidemias que castigaram todos que
lhe negaram auxílio e abrigo.
(Fonte-web:http://www.pallaseditora.com.br/omolu.php)
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