MAGIA
AFRO-BRASILEIRA & UMBANDA
OS ORIXÁS
Os
cultos afro-brasileiros são sistemas de crenças herdados
dos africanos, que foram trazidos como escravos
para o Brasil a partir do século 16. A maior parte desses
negros era proveniente da costa Oeste da África, onde predominavam dois
grandes grupos: os Sudaneses e os Bantos.
Os
sudaneses vêm da região do Golfo da Guiné, onde se situam hoje a Nigéria e o
Benin. Pertenciam às nações Haussais, Jeje, Keto e Nagô, e foram os
principais precursores do Candomblé.
Os
bantos agregam as nações de Angola, Benguela, Cabinda e Congo. Dessas nações,
herdamos, entre outros elementos culturais, a capoeira e a congada.
Os cultos religiosos trazidos por esses povos sincretizaram-se com o
Catolicismo, dando origem aos chamados cultos afro-brasileiros.
Candomblé
O
Candomblé foi introduzido no Brasil pelos negros ioruba, na Bahia.
Basicamente,
é uma religião que cultua os orixás, deuses associados às forças da natureza,
e sua liturigia é realizada no interior dos terreiros, também conhecidos como
roças.
Da
Bahia, o Candomblé se disseminou por muitos outros estados brasileiros -
aliás, tornou-se uma presença marcante no Rio de Janeiro. Em Pernambuco, o
Candomblé é chamado de Xangô, nome de um dos orixás mais cultuados na
tradição afro-brasileira.
Os Orixás
Enumeramos a seguir alguns
dos orixás que fazem parte dessa religião:
Oxum sabia
muito bem que Xangô não tolerava ver sangue, e depois que Obá seguiu o
maquiavélico conselho, o deus guerreiro criou verdadeira repulsa por ela! No
sincretismo religioso, Obá está associada a Santa Catarina, Santa Joana D´Arc
e Santa Marta.
Euá
Filha de Oxalá e Iemanjá, é
uma deusa casta, que tem o poder de se tornar invisível e de penetrar nos
mistérios de Ifá (o deus da adivinhação). Seus domínios são as ilhas e
penínsulas, o céu estrelado, a chuva e a faixa branca do arco-íris. No
sincretismo religioso, está associada a Nossa Senhora das Neves.
Exu
Filho primogênito de Oxalá e
Iemanjá, Exu é aquele que abre os caminhos. Por isso, é sempre o primeiro
orixá a ser invocado nas aberturas dos trabalhos, nas oferendas e na leitura
do oráculo de búzios. Simboliza a energia dinâmica, o impulso sexual, o
fluido vital. Também está associado à comunicação, por ser o intermediador
entre os homens e os orixás.
Iansã
Filha de Oxalá e Iemanjá,
Iansã tem os atributos da sensualidade, do dinamismo e da coragem. É uma
deusa guerreira, representada sempre como uma mulher forte, que porta uma
espada e um iruexim (espécie de chicote). Também é senhora dos eguns, os
espíritos dos mortos. Seus domínios são os ventos, as tempestades, os raios e
o fogo. No sincretismo religioso, está associada à católica Santa Bárbara.
Ibejis
São os orixás crianças, filhos gêmeos de Iemanjá e Oxalá. Simbolizam a
dualidade: o quente e o frio, a luz e a escuridão, o masculino e o feminino,
o divino e o humano, o início e o fim. No sincretismo religioso, estão
associados a Cosme e Damião.
Iemanjá
Esposa de Oxalá e mãe de
quase todos os orixás, Iemanjá tem diferentes manifestações, nas quais recebe
os nomes de Inaê, Janaína e Oloxum. Seus atributos são a feminilidade, a
generosidade, a abundância e a maternidade. No sincretismo religioso, está
associada à Virgem Maria.
Ifá
Deus da adivinhação, Ifá é o
"dono" do jogo de búzios. Seu principal atributo é o conhecimento:
ele sabe o que espera cada divindade e cada ser humano, pois é o senhor dos
segredos do destino.
Logum
Filho de Oxóssi e Oxum, tem
os atributos da elegência, da beleza e da sedução. Durante seis meses do ano,
ele assume a forma masculina e caminha pelas matas, domínios de seu pai
caçador. Nos outros seis meses, assume forma feminina e parte para as águas
doces, que pertencem à sua mãe. É sempre representado como um adolescente, e
também é chamado de Logunedê ou Logun-Edé. No sincretismo religioso, está
associado a São Miguel Arcanjo e a Santo Expedito.
Nanã
Também chamada de Nanã
Burukê, esta é uma orixá muito antiga, que em diversos mitos aparece como
co-criadora do mundo (no mesmo patamar de Oxalá e de Olorum). É uma das
esposas de Oxalá (ao lado de Iemanjá) e em muitas regiões brasileiras recebe
o carinhoso apelido de Vovó. Tem como atributos a fecundidade, a riqueza e o
ciclo de morte e renascimento. Seu domínio é a lama, mistura de terra e água
que simboliza a origem da vida. No sincretismo religioso, está associada a
Santa Ana, mãe de Maria.
Obá
Filha de Oxalá e Iemanjá,
deusa guerreira das águas revoltas, Obá é uma sofredora. Conta a lenda que
ela era uma das esposas de Xangô, mas sofria por ver que o marido só tinha
olhos para a bela e ciumenta Oxum. Inocentemente, foi se aconselhar com a
favorita do esposo, e perguntou-lhe qual o segredo para conquistar o coração
de Xangô. Astuta, Oxum sugeriu que Obá cortasse a própria orelha e a servisse
como um quitute sangrento para o marido - diante desse gesto, ele ficaria
louco de paixão!
Obaluaiê
Filho de Oxalá e Nanã, esse
orixá, que também é conhecido pelos nomes de Omulu e Xapanã, é o senhor da
morte e da vida, da doença e da cura. Seu rosto se oculta sob uma vestimenta
de palha, material empregado nos ritos fúnebres africanos. Conta a lenda que,
ao nascer, Obaluaiê era tão feio que sua mãe não suportou olhá-lo, e quem o
criou foi a doce e maternal Iemanjá. No sincretismo religioso, está associado
a São Lázaro e a São Roque.
Ogum
Filho de Oxalá e Iemanjá,
Ogum é o desbravador de todos os caminhos. Tem a coragem, a força e a
impetuosidade como atributos. Segundo os africanos, foi o criador do ferro e
da metalurgia, tendo aberto novas perspectivas para a civilização humana. No
sincretismo religioso, está associado a Santo Antonio e a São Jorge.
Olorum
É o orixá que simboliza o céu. Não é representado sob nenhuma forma material,
e seus atributos são a totalidade, a perfeição e a universalidade.
Ossaim
Filho de Oxalá e Iemanjá,
este orixá, que também recebe o nome de Ossanha, tem como atributos a cura e
a magia. É o orixá das folhas, e portanto, das ervas medicinais. De acordo
com os mitos africanos, ele é muito respeitado por todos os outros deuses,
pois até os orixás dependem do poder das folhas para se revigorarem. As
palavras que ativam o poder curativo das plantas é um mistério dominado
exclusivamente pelos sacerdotes de Ossaim.
Oxalá
É o pai supremo, que separou
o mundo material do mundo espiritual, criou os seres vivos e gerou os orixás.
Tem o poder de reger a vida e a morte, e ao mesmo tempo em que é bondoso e
tolerante, também pode tornar-se firme e severo. No entanto, Oxalá prefere
sempre seguir o caminho do amor. Suas esposas são Nanã e Iemanjá, e o único
orixá que se encontra acima dele é Olorum (o céu). Quando representado em sua
forma jovem, Oxalá recebe o nome de Oxaguiã. No sincretismo religioso, está
associado a Jesus.
Oxóssi
Filho de Oxalá e Iemanjá, é o
orixá provedor, cuja habilidade em caçar garante a alimentação de todos os
outros deuses. Seus atributos são a fartura e a perseverança (afinal, é
preciso saber a hora certa para atirar a flecha!). Seus domínios são as matas.
É considerado como o guardião da agricultura e da natureza. No sincretismo
religioso, está associado a São Jorge e a São Sebastião.
Oxumaré
Filho de Oxalá e Nanã, ele é
o arco-íris que liga o céu e a terra, a serpente que fecunda o solo e gera
riquezas. Feminino e masculino ao mesmo tempo, simboliza a interação das
energias. Além disso, é senhor da dualidade, do movimento, do girar
incessante da vida, da perpétua renovação. Em forma de serpente, Oxumaré
morde a própria cauda e assume uma forma circular que lhe permite manter em
equilíbrio os corpos celestes. No sincretismo religioso, está associado a São
Bartolomeu.
Xangô
Senhor dos raios, do fogo e
das pedras, Xangô é um dos orixás mais populares do Brasil. Seus atributos
são a firmeza de caráter, o senso de justiça, o amor à verdade, o orgulho e a
autoridade. No sincretismo religioso, está associado São Francisco de Assis,
São Jerônimo, São João Batista e São Pedro.
(Fonte-web: http://www.vidasentimental.com.br/12701.html?*session*id*key*=*session*id*val*)
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