Quem são os celtas Não formavam uma tribo única, e sim grupos bastante
diferenciados. Os bretões ou kimrys ocuparam a Bretanha francesa e o País de
Gales; os gálatas Asia Menor; os gauleses, grande parte do que hoje é a
França. Os germânicos lhes fizeram uma guerra de extermínio: os boios, uma de
sus tribos, que ocupavam o que é actualmente a Boêmia, lhe lhe deram seu
nome, foram suprimidos pelos germânicos de maneira tão radical que os autores
clássicos famaram do "desertum boiorum", o território osem
população. Assim, não se pode falar de uma "raça celta" e sim
diversos povos de diferentes origens que compartilhavam certas
características. Alguns traços comuns de língua, instituições sociais e
religiosas e, em geral, formas de vida, permitem considerar a idéia de um
"povo celta". Até o término do século 5 a.C., os celtas da Europa
oriental ou cultura de "Halistatt", extraiam ferro para fabricação
de armas e ferramentas, no tempo que se estendiam por todo o continente,
chegando à França e passando à Peninsula Ibérica, como afirmam os primeiros
historiadores gregos. Para muitos "La Tene" representa a primeira
cultura que se pode chamar propriamente de celta. Os gregos distinguiam entre
estes celtas orientais, aos quais chamaram Galatoi e os do oeste da Europa,
denominados "Keltoi". Os romanos especificavam mais, e chamam
"Galli" (gauleses) aos celtas de França; aos das Ilhas Britânicas,
chamaram de duas formas: "Britanni" (britânicos) e "Belgue"
(originários de Bélgica). Compartilhavam uma cultura e costumes religiosos e
sociais, tinham uma língua e tradições artísticas comuns. Estavam divididos
em tribos aristocráticas governadas por chefes militares empenhados em
continuas lutas internas. As enormes distâncias que separavam umas tribos das
outras debilitaram a comunicação e favoreciam a desintegração. Ao final do
século 3 a.C., a influência dos celtas na Europa estava em declive. Não
transcorreu muito tempo antes que fossem ameaçados em várias frentes pelos
germanos, dácios e romanos. Um século mais tarde, apenas uma parte do vasto
território seguia sob seu controle. Somente a Galia e as Ilhas Britânicas
conservavam sua independência e identidade. No século 1 a.C., Galia foi invadida pelo imperador
Júlio César e incorporada ao Império Romano. A Grã Bretanha foi rebatizada
com o nome de Britania. Os celtas formavam uma sociedade militar governada
por valentes reis e rainhas guerreiros. Além de magníficos guerreiros, os
celtas foram excelentes camponeses. Basearam sua economia num amplo comércio
a aprenderam de gregos e romanos como cunhar moedas. Todo este tempo, a Irlanda celta, livre de qualquer
intento invasor, tinha desfrutado de uma paz e independência quase absolutas.
Como resultado deste clima de tranqüilidade, sua cultura, tradições e língua
(que os lingüistas chamam "goidelic") e que em sua forma moderna se
conhece como "gaélico", puderam sobreviver muito mais tempo que em
qualquer outro lugar do mundo celta. Na verdade, a ordem social da Irlanda
permaneceu virtualmente intacta até muito depois de a ilha se ter convertido
oficialmente ao cristianismo. Por esta razão, a mitologia irlandesa tem
conservado sua cultura melhor que qualquer outra mitologia celta. Os Druidas Os Druidas eram os sacerdotes e magos, mestres e
juízes. Desde o início da história celta foram uma classe educada e
respeitada por sua sabedoria e conhecedores de seus próprios poderes como
intermediários entre as tribos e os deuses. Estes homens eram conhecidos como druidas (palavra
que originalmente deriva de um termo para "o conhecimento do cedro"
ou "profundos conhecimentos"). Os druidas formavam uma classe privilegiada, isentos
de impostos e serviço militar, isso atraía grande número de jovens, que
buscavam iniciação na ordem, Houve três categorias desses sábios: os bardos,
que imortalizavam a história e as tradições da tribo; os auguristas, que
faziam os sacrifícios e adivinhavam o futuro; e os druidas propriamente
ditos, que conheciam as leis e a filosofia, conservavam a antiga sabedoria
celta. Os bardos adquiriam seu conhecimento pela tradição
oral e reconstruindo as genealogias de seu povo, compunham versos para seus
chefes e outros aristocratas. As escolas bárdicas, onde se ensinavam essas
artes, floresceram na Irlanda ao final do século 7. As atividades jurídicas dos druidas eram de vital
importância na sociedade celta. Todos com jurisdição própria, intermediavam
disputas individuais, homicídios e pleitos sobre limites territoriais e
heranças. Suas decisões eram indiscutíveis. Os druidas eram filósofos da sociedade. Eles
estudavam os movimentos dos grandes corpos, a astronomia, o tamanho do
universo e da terra, os poderes e as habilidades dos deuses. Outro aspecto
importante era seu estudo sobre a vida depois da morte. Eles pensavam que a
alma não perecia, porém depois da morte, passava de um corpo a outro. Isto
influiu em sua grande valentia na hora do combate. Em todos os lugares do mundo celta, a sabedoria. a
literatura e a religião estavam em mãos de um sistema altamente organizado
que descansava em três principais classes: os druidas, os bardos e, entre
estas duas, uma terceira ordem de adivinhos, conhecidos como
"vates" na Galia e "filidhs" na tradição irlandesa. O
posto mais alto era ocupado pelos druidas, considerados semidivinos. Eles
dirigiam o sistema educacional, faziam cumprir as decisões legais e oficiavam
as cerimônias religiosas. Os celtas foram um povo profundamente religioso, e
adoravam uma numerosa coorte de deuses e deusas. Seus rituais religiosos
tinham papel primordial na consolidação do poder dos druidas e na manutenção
da hierarquia social entre os diferentes chefes e tribos. Os
"vates" desempenhavam muitas das funções dos druidas e, em alguns
aspectos, constituíam uma subordem dentro do primeiro escalão hierárquico. A
literatura era competência dos bardos, ao que parece, tão respeitados quanto
os próprios druidas. A maior parte das historias dos bardos se perdeu pela
simples razão que não de preocupavam em escrevê-las. Confiavam na memória da
tradição oral. As crenças primitivas Como a maioria dos outros povos, os celtas primitivos
eram animistas, dedicavam sua adoração aos espíritos da natureza, do mar, dos
rios, montanhas, etc. A adoração desses espíritos prevaleceu ainda muito
tempo depois de haver se desenvolvido culto de divindades pessoais e, de uma
forma ou de outra, continuou em cena, mesmo depois do advento do
cristianismo. Na Irlanda, certas árvores, como carvalho e o fresno,
eram considerados com reverência, em especial alguns que cresciam junto aos
poços sagrados e cujo corte era proibido. Uma certa árvore é descrita como um
«deus firme e forte», e a destruição por uma tribo hostil era vista com
terror. As árvores encarnavam o espírito da vegetação e
acabaram sendo honradas como deidades. Se uma árvore crescia sobre uma tumba,
acreditava-se representar o espírito do morto. Toda árvore que crescia junto
a um poço sagrado, era sagrada também. As águas - rios, lagos e poços— eram
sagradas e tinham carácter divino ou serviam de morada a uma divindade.
Muitos rios eram consideravam sagrados por constituir a morada de um espírito
ou deusa e, ainda que não tão frequentemente, de um deus. Nem todos os
espíritos das águas eram benéficos. A natureza, às vezes era favorável,
outras, hostil. Na Irlanda se prestava juramento em nome de diversos
entes da natureza, entre eles a lua, e tais fenómenos naturais sofriam se tal
juramento não fosse cumprido. As actividades agrícolas começavam com a lua
minguante para estimular o crescimento das colheitas. Em algumas regiões
foram encontradas provas de que se celebravam festejos durante a lua nova. A adoração aos animais, que mais tarde originou
divindades com formas e atributos animais, é universal e também é vista entre
os celtas. O javali aparece em muitas insígnias e sua imagem é vista em
moedas. O urso era também uma besta sagrada, e seu nome de arlos surge com
frequência em denominações de lugares como Arto-dunum ou Artobranos. Também
se adorou o cavalo, que aparece como símbolo em muitas moedas. Adorava-se
também a serpente, como em muitas outras partes do mundo. A serpente estava
relacionada com o mundo inferior e, às vezes, era representada junto a um
deus chifrudo, que poderia ser Cernunnos, a divindade do mundo inferior. O
carneiro estava relacionado com a adoração dos mortos, e com frequência se
encontram estatuetas suas nas tumbas da Galia. (Fonte: internet.
Autoria: desconhecida) para ver mais artigos MAGIA CELTA .... |
Anúncios a&e: Trabalhos de Magia Negra ou Branca Amarrações, feitiços para dinheiro,
amarrar amor, rituais. Relatos verídicos. Veja:
magianegra.com.pt
|