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BRUXARIA & BRUXAS MALLEUS MALEFICARUM – O MARTELO DAS BRUXAS V- SOBRE OS INSTRUMENTOS DE CONTENÇÃO Tais instrumentos destinavam-se
não propriamente a causar dor e sofrimento - embora
esta fosse uma conseqüência secundária muitas vezes
inevitável - mas a imobilizar os prisioneiros enquanto estavam a ser
interrogados, ou simplesmente quando permaneciam em suas celas. É claro que a
imobilidade constante e forçada podia consistir por si só em uma tortura
bastante requintada.
A cegonha consistia numa espécie
de algema ou grilhão que quase unia os pés e as mãos do torturado, impedindo
qualquer movimento. Ainda que pareça, à primeira vista, mais um meio de
imobilização que de tortura, não mais terrível que milhares de outros artefatos semelhantes, a Cegonha provoca, depois de
poucos minutos, fortes cãibras, primeiro nos músculos retais
e abdominais, depois nos peitorais, cervicais e nas extremidades do corpo; cãibras que, com o passar das horas, transformam-se em uma
contínua e atroz agonia, sobretudo no abdome
e no reto. Em tal situação, a vítima pode ser
maltratada, queimada, açoitada e mutilada, ao bel prazer
de seus interrogadores. 2 - A Mordaça de
Ferro
A mordaça era usada tanto durante
os interrogatórios como durante as execuções, ou simplesmente para calar ou
punir os prisioneiros recalcitrantes.
Era um colar de ferro cuja frente
consistia em uma espécie de espeto duplo, com duas pontas que se encravavam
no queixo e sobre o esterno da vítima, profundamente. A forquilha impedia
qualquer movimento de cabeça, mas permitia que os condenados falassem em voz
quase inaudível, durante as cerimônias de
abjuração. 5 - Cinturão de
Castidade A função deste instrumento foi
sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelo
círculos acadêmicos. A opinião tradicional é
que o cinturão de castidade se usava para garantir a fidelidade das esposas
durante as ausências do marido, e sobretudo - uma
convicção que em nada se aproxima da verdade, não havendo evidências que
suportem tal idéia - para as mulheres dos cruzados que partiam para a Terra
Santa. Contudo, havia uma segunda
utilidade para o cinturão, esta bem pouco mencionada: constituía-se numa
barreira contra a violação. Uma barreira eficiente em ocasiões
"perigosas", tais como o aquartelamento de soldados na cidade, ou a
permanência em uma estalagem, durante a noite, em meio a uma viagem qualquer.
Nestas ocasiões, eram as próprias mulheres as
mentoras da idéia de colocar o referido cinto, segundo comprovam vários
testemunhos. Aplicava-se este cinturão á cintura da vítima, cujos pulsos eram presos pelas
braçadeiras laterais. A pessoa assim imobilizada,
podia ser submetida a quaisquer outras torturas ou abandonada à morte por
fome, frio, sede ou infecções. Muitas são as formas de
acorrentar pessoas a pesos inumanos: argolas para o pescoço, pulsos e
tornozelos; cinturões e colares variados. Há pouco mais a dizer. O
prisioneiro deveria carregar estes pesos por meses, até anos; às vezes, a
vida toda. O colar com peso correspondia a uma
argola de ferro passada em volta do pescoço, à qual prendia-se
um peso variável de cerca de dez a vinte quilos. Além do tremendo esforço em
carregar semelhante conjunto, as queimaduras provocadas pela fricção em torno
do pescoço e dos ombros causavam gangrena e infecções que podiam ser fatais. 8 - Armas Para
Carcereiros Estes
instrumentos distinguiam-se das
armas militares pela sua
configuração, inadequada para a guerra contra os inimigos protegidos
com couraças e armaduras, mas próprios para controlar grupos de prisioneiros
desarmados. O agarra-pescoços era um aro com uma
abertura, na extremidade de um bastão de cerca de dois metros de comprimento.
Seu interior era provido de pontas aguçadas. Um preso que, em meio a uma
multidão, procurasse fugir a um oficial de justiça era facilmente capturado.
Uma vez preso o pescoço na armadilha, não
restava outra alternativa senão seguir o captor sem resistência, sob pena de
ter o pescoço perfurado e esfolado pelas pontas. Este colar, cujo interior era
provido de picos afiados, colocava-se em torno do pescoço da vítima. Era freqüentemente usado coo meio de execução: pesando mais
de cinco quilos, descarnava o pescoço, ombros e maxilares, provocando infecções
febris e finalmente a corrosão dos ossos e das vértebras expostas, o que
levava à morte em pouco tempo. Tinha a grande vantagem de economizar tempo e
dinheiro, pois, sendo um meio extático, não exigia qualquer esforço por parte
do carrasco. Trabalhava por si só, dia e noite, não exigindo qualquer esforço
de manutenção.
Este é o mais famoso dos
instrumentos de contenção, e um item fundamental no arsenal de qualquer torturador. Seu uso era variado: tanto servia para
imobilizar as vítimas durante a tortura ou mutilação como para expô-la em
público como punição para crimes menores, insignificantes; como dormir na
igreja, por exemplo. 11 - A "Cadeira
das Bruxas" Este aparelho, com
a forma de uma cadeira com o assento inclinado, era usada durante os interrogatórios, principalmente pelos inquisidores, o
que justifica seu nome. Nele, a vítima era pendurada pelos tornozelos,
podendo então ser submetida a outras espécies de tormentos mais dolorosos. A
posição invertida, além de impossibilitar os movimentos, provocava
desorientação, e, caso fosse muito prolongada, poderia fazer o prisioneiro
perder os sentidos. Para VOLTAR A: Grimorio- Malleus Maleficarum Veja também: Simpatias Magias & Feitiços Rápidos Não perca: temas relacionados .... |
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