Numerologia e astrologia Matemática
e numerologia são para os cabalistas duas faces da mesma moeda, ou seja: * os
números aplicados ao estudo e manipulação do mundo físico, é o processo ao
qual chamamos: «matemática» ; * os
números aplicados ao estudo e manipulação do mundo transcendental ou
supra-fisico é o processo ao qual chamamos: «numerologia». * Segundo
os cabalistas, as forças espirituais podem ser usadas a favor de quem conhece
as suas leis e energias, da mesma forma que as leis e energias do mundo
físico podem ser usadas pelos cientistas a favor do homem. Segundo
os cabalistas, os números podem por isso ser usados e aplicados a fórmulas
esotéricas, (numerologia), para entender
e manipular estas forças espirituais a nosso favor, da
mesma forma que os números também podem ser usados nos cálculos matemáticos para
entender e manipular as forças, leis e energias do mundo físico a nosso
favor. A
numerologia é por isso um sistema místico que professa a crença na relação
entre os números e essências espirituais, ou melhor: na possibilidade dos
números poderem traduzir ou simbolizar as forças espirituais que influenciam
as nossas vidas no mundo terreno A
numerologia é composta por um vasto quadro de cálculos esotéricos, que
permite conhecer as leis e fenómenos espirituais. A
numerologia enquanto processo esotérico e oracular, foi praticada pelos
primeiros matemáticos na antiguidade, embora presentemente já não seja
considerada uma ciência matemática, mas antes uma “pseudo ciência”
matemática. No
decorrer da historia, a numerologia evoluiu e separou-se da matemática, ( da
qual proveio), da mesma forma como a astrologia se separou da
astronomia, e a química se separou da
alquimia. São
agostinho (13 Novembro 354- 28 Agosto
430 d.C.), eminente filosofo e teólogo dos inícios do Cristianismo, foi um
dos mais destacados defensores da numerologia, tendo dito que: «os
números são a linguagem universal oferecida por Deus há humanidade como
instrumento de confirmação das verdades [ terrenas como espirituais] » Tal
como Pitágoras, também o Bispo e Doutor da Igreja, acreditava que tudo
possuía uma relação numérica entre si, e que a mente humana podia através do
calculo numérico investigar os segredos de todas as coisas, sendo que pelos
números se podiam revelar os mistérios da obra de Deus. No
entanto, no primeiro Concelho de Niceia, (325 d.C.), a numerologia foi
considerada uma pratica esotérica que violava a doutrina crista oficial, e
assim foi rejeitada tal como a astrologia. A
astrologia e a numerologia afastaram-se á medida que a astrologia saia da
época medieval e sofrendo as influências dos avanços científicos, se inspirou
cada vez mais nas técnicas astronómicas e encontrou ai a raiz da sua
metodologia. Nasceu assim a astrologia ocidental, tal como é conhecida. Contudo,
muitos estudos desenvolvidos no seio das organizações secretas místicas , (
sociedade rosa cruz, Maçonaria, etc), ao longo do Sec XVII e seguintes,
começaram novamente a associar a astrologia á numerologia, procurando uma
reunificação dos saberes místicos ancestrais. As
teses Gnósticas, a Kabalah, os saberes religiosos babilónicos, a sabedoria
Indiana dos Vedas, o hermetismo egípcio, foram abordados e sistematizados na
raiz da numerologia, a qual se viu associada á pratica astrológica por via de
processos de cálculos altamente místicos. A
numerologia renasceu no sec XX, na forma popularmente conhecida por «astro -
numerologia», ou «astrologia numerológica», ou «astrologia cabalista». Presentemente,
as praticas astrológicas mais recentes e avançadas tenderam a retornar aos
princípios das astrologia babilónica e egípcia, ( da época pré-Alexandrina),
onde o sentido astrológico e os sentido numerológico se fundem numa só pratica
esotérica. No
entanto o assunto é fonte de profundos debates na comunidade de astrólogos, o
que apenas contribui para o desenvolvimento das ciências esotéricas de raiz
numerológica e astrológica. Ir
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