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O Sr. Abbade
Quando vem Junho e
deixo esta cidade,
Batina, Caes, tuberculozos
céus,
Vou para o Seixo, para a minha
herdade:
Adeus, cavaco e luar! choupos, adeus!
Tomo o regimen do Sr. Abbade,
E faço as pazes, elle o quer, com
Deus.
No seu direito olhar vejo a
bondade,
E ás capellinhas vou ver os judeus.
Que homem sem par! Ignora o que são dores!
Para elle uma ramada é o pallio
verde,
Os cachos d'uvas são as suas
flores!
Ao seu passal chama elle o mundo todo...
Sr. Abbade! olhe que nada perde:
Viva na paz, ahi, longe do lodo.
António Nobre, in 'Só'
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