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O sal é a
"substância cara aos deuses". Citação de Platão Origens Desde
a Antiguidade que o sal é utilizado pelos homens e
é considerado um bem muitissimo precioso. Consideravam eles que era uma dádiva
dos Deuses, e associaram-na tanto á religião,
quanto á bruxaria. Para além disso, o seu valor monetario e economico era
comparável ao do ouro, da seda e das especiarias. A palavra sal vem do vocabulário
grego “hals” e “halos”, que tanto significam sal como mar. Da mesma
raiz se deriva a palavra “halita”, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos
naturais, que é o sal gema. Na Roma Antiga, a principal via de transporte
chamava-se “Via Salaria”
ou “estrada do sal”. Era por essa via que chegavam as caravanas que traziam o
sal para a capital do Império, era por ela que os centuriões transportavam os
cristais preciosos para a cidade. Como pagamento eles recebiam o “salarium”, que significava “dinheiro para comprar sal” e
recebiam igualmente umas medidas de sal como pagamento de parte dos seus
emolumentos. O sal tinha assim um valor economico
como unidade monetária. O uso da palavra “salarium”
perdurou ao longo dos tempos, reconhecendo-se o seu
nome na raiz etimológica da palavra “salário” (do latim “salariu”,
ou “ração de sal”, “soldo”). Desde
2000 a. a. que o sal é
usado como forma de preservar os
alimentos, carne, peixe… Se nos
nossos dias encaramos o sal como um alimento perfeitamente comum, tão comum
que a generalidade das pessoas nem lhe dá a mínima importância (a não ser
para dizer que a comida está salgada ou sem sal!), as coisas nem sempre foram
assim... O uso do sal ao longo dos tempos e culturas: Na Antigüidade,
era oferecido aos deuses, era usado pelos sacerdotes tanto em liturgias
religiosas como em cerimónias mágicas, como para afastar os demônios. Os assírios utilizavam-no nos cultos
religiosos. No antigo
Egipto, o sal foi considerado matéria sagrada e era usado como produto
sagrado, sendo feitas oferendas de sal aos Deuses. Os
Egípcios usavam igualmente o sal para desidratar e embalsamar o corpo dos
faraós. Os
romanos consideravam o sal um simbolo de sabedoria,
e por isso usavam-no num ritual aos recém-nascidos: derramavam sal sobre eles
para que não lhes faltasse a sabedoria. Os
Romanos e os Gregos nos seus sacrifícios aos
deuses do lar, deitavam Sal na cabeça do animal,
para o purificar. Para eles o sal simbolizava igualmente a destruição e a
infertilidade, daí a pratica dos romanos espalharem sal nas terras
conquistadas: para elas se tornarem estereis para
sempre. Era um sinal de perpétua desolação. Os Romanos tinham uma expressão para exprimir a infidelidade a uma
amizade que era “trair a promessa e o sal”. Assim desde aqueles tempos a
ausência de um saleiro sobre a mesa representava um presságio, tanto quanto o
sal derramado. Da
prática ritualistica destes povos, bem como do povo
hebreu, de salgar os sacrificios oferecidos aos
Deuses, nasce uma superstiçao muito comum na
Antiguidade. Se o sal era derrubado na hora do sacrificio,
prenunciava má sorte. Para os
hebreus, o sal era um elemento purificador. O sal sempre teve um grande
simbolismo, sendo o simbolo da perenidade da
aliança entre Deus e o povo de Israel. No
cristianismo, mantem-se a crença judaica do sal
como purificador, assim no ritual de baptismo era colocado sal nos lábios dos
recém-nascidos. . Na Idade
Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre o mercurio
e o enxofre, sendo essencial á transmutação de
metais. O sal continuava sendo indispensável para afastar os maus espiritos, os demónios e as bruxas. Assim, deitava-se sal
na chaminé da casa para impedir os demónios de nela entrarem. E o facto de
alguém comer alimentos sem sal era considerado altamente suspeito!!!
Proliferaram igualmente as superstições relativas ao sal, mantendo-se a supertição de que desperdiçar sal era mau agouro, era
sinal de malefício. Nesta época, o Sal separava senhores e servos, os que
tinham dinheiro e os que não tinham... Na obra de Leonardo da
Vinci (1452-1519), “A última ceia” retrata um saleiro derrubado diante de
Judas e apontando na sua direcção. Já naquela época dizia-se, que algúem que entornasse sal deveria pegar nalgum do que foi
derramado e lançá-lo para trás do ombro esquerdo, lado que representava o
mal. Os árabes citam
recomendações de Maomé para: "começar pelo sal e terminar com o sal;
porque o sal cura numerosos males". O sal na bíblia: Na
Bíblia, as primeiras referências ao sal
estão no Antigo Testamento, no
Livro de Jó, com data estimada de 300 anos a.c., sendo que o A.T. o menciona com frequência, seja no
contexto prático da vida, seja simbolicamente (significa nomeadamente pureza,
incorruptibilidade, fidelidade). Em contrapartida no N.T. a referência ao sal
torna-se metafórica. No sermão da Montanha, Jesus diz aos apóstolos “vós sois
o sal da terra”. Os Livros de
Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra. Algumas passagens biblicas: No A.T., o Livro dos Reis vangloria as qualidades
purificadoras do sal. Mas, o sal também trazia desgraça - um salmo relata que Deus podia transformar rios em
desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos
seus habitantes. E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem,
matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal.
E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal porque olhou para trás ao fugir de Sodoma e Gomorra, cidades
destruídas pela ira divina. No A.T., o sal era um simbolo importante da
relação com Deus. Assim, o sal devia ser colocado em todas as ofertas e os
manjares oferecidos a Deus deviam todos ser salgados com sal: “E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não
deixarás faltar á tua oferta o sal da aliança do
teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal” – A.T. Levitico
2:13. Na Biblia
encontra-se o termo "aliança de sal" designando uma relação com
Deus que não pode ser rompida (aliança perpétua de sal)-
Números, 18,11; Crônicas, 13,5. "Todas as ofertas sagradas, que os filhos de Israel
oferecerem ao SENHOR, dei-as a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo,
por direito perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é esta, para
ti e para tua descendência contigo." - Números 18:19 "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal,
para saberdes como deveis responder a cada um." - Colossenses 4:6 "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido,
como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora,
ser pisado pelos homens."- Mateus 5:13 A actualidade do sal: Foi e tem
sido usado no esoterismo e bruxaria para afastar as energias ruins e os maus
espíritos. No sec. XVI, o sal foi abolido por Lutero no ritual de batismo da religião protestante. No entanto, uso do sal perdurou no baptizado católico até
1973. Foi usado na liturgia religiosa dos baptizados de forma a simbolizar a
expulsão do demónio (purificação), sendo igualmente o sinal de sabedoria
sobre o recém-nascido. Ainda hoje, na Páscoa Judaica, no Pessach,
as batatas e os ovos cozidos são regados com água salgada. Tal simboliza as
lágrimas derramadas pelos judeus na travessia do deserto, durante a fuga do Egito. Para os gregos, hebreus
e árabes o sal é considerado o símbolo da amizade e hospitalidade, sendo que
na Arábia comer sal acompanhado é considerado uma acção sagrada. No médio oriente
acredita-se que quando duas pessoas comem sal juntas, formam um vínculo. Por
isso, usa-se sal para selar um contrato Em Marrocos deita-se
sal nos lugares escuros para espantar os maus espíritos. Em Laos e Sião, as
mulheres grávidas lavam-se diariamente com água e Sal, para proteger-se
contra as maldições. Nos países Nórdicos,
coloca-se Sal junto ao berço das crianças, para as proteger. No Havaí, a pessoa que volta de
um funeral polvilha sal sobre si mesma, para garantir que maus espíritos que
rondassem o defunto não a acompanhem em casa. No Japão, o sal “shio” é
considerado um purificador. Os Japoneses têm a seguinte lenda: o grande Kami Izanakino-Mikoto, desejou
que sua mulher fosse levada para um lugar distante, sentindo a falta dela e
arrependido por ter feito aquele pedido, foi purificar-se nas águas do mar.
Os japoneses têm o costume de deitar sal na soleira da porta de suas casas
depois de alguém não desejado ter saído. Os lutadores de sumo, para a luta
ser leal, deitam sal no ringue. Também
se espalha sal no palco antes de uma apresentação para evitar que os maus
espíritos joguem pragas sobre os actores. O sal é
amplamente utilizado no esoterismo, em vários rituais de magia, pois tem uma
função purificadora, seja ele usado sozinho seja em conjunto com outros
produtos. “CULINÁRIA” MAGICA sempre a mão: o sal O sal é
aquele ingrediente “mágico” que ninguém pode dizer que não tem, que não sabe
o que é, ou que é muito caro. Por isso a dona de casa pode ser uma grande
feiticeira... mesmo que não seja grande cozinheira... Você pode optar pelo
sal grosso ou marinho, no primeiro caso tem o inconveniente de arranhar a
pele, no segundo tem a vantagem de conter elementos como iodo e magnésio que
ajudam a relaxar e acalmar os ânimos. Por
isso... não esqueça o sal! Seguem algumas mágicas: “Tempero” de limpeza da
casa: Copo de água com sal
atrás da porta de entrada da sua casa.Coloque agua dentro de um copo de vidro e junte-lhe 3 pitadas q.b.
de sal refinado. Harmonização do lar: No início
do mês comece por limpar da sua casa as inutilidades (objectos, roupas que já
não usa, revistas...) e consequentemente as energias a elas agarradas.
Coloque um pouco de sal pelos 4 cantos de cada divisão da casa. No final do
mês, no último dia, recolha todo o sal. Num pano branco “virgem, ou seja
nunca antes usado, coloque o sal juntamente com uma fotografia de cada um dos
habitantes da casa. Feche o pano, dando-lhe sete nós. Atire para a água, seja
água de rio ou de mar, mas esteja de costas quando o fizer, e depois de o
fazer não olhe para trás. O banho com água e sal: O banho
de sal grosso é o chamado "descarrego". É recomendado para eliminar
as toxinas, porque o sal anula o excesso de energia, e limpar a sua aura.
Quando esta está saturada o sal a recompõe rapidamente. Comece por tomar o seu banho do costume. Passe então pelo seu corpo a
água com sal previamente preparado (pode ter um balde com o preparo ao lado
do chuveiro) para não ter que interromper o banho. Dê especial atenção á zona do seu umbigo, pois aí se localiza o seu chakra solar, e é a zona do seu corpo por onde é
absorvida a maior quantidade de energia negativa. Tome um segundo banho de
chuveiro para retirar o exceso de sal. Para se
enxugar dê batidinhas de leve com a toalha e vista-se preferencialente
com roupas claras. Faça este
ritual uma vez por mês. Banho com sal e arruda:
O banho com sal e arruda é um banho de descarrego de
energias negativas. È óptimo quando tem vários sintomas de excesso de “peso espritual”, que se traduzem em fortes dores de costas, má
disposição, sempre ensonado, dores de cabeça.
Como fazer: encha a banheira com água bem quente; queime um
incenso a seu gosto para purificar o ambiente; deite dois punhados de sal
grosso dentro da água, e deite o líquido resultante de uma infusão de arruda
para dentro da banheira.
Deite-se dentro da água e relaxe. Fique o tempo que quiser.
Vai ver aquele “peso” a ir-se embora. Tome em seguida o seu duche
normalmente, vai var que estará muito mais leve.
Banho com sal e outros para retirar a negatividade: Como fazer o preparado
para o banho: 4 lt água; 2 punhados de sal grosso;
2 dentes de alho roxo cortados em cruz, 5 galhos de arruda fêmea e 5 de arruda macho. Faça esta mágica em
lua minguante. Ferva a água juntamente
com os dentes de alho previamente cortados. Depois, macere a arruda até estar
desfeita e junte-a á água fervida. Misture então o
sal. Deixe arrefecer e coe. Tome o seu banho habitual e depois passe aquele
preparo do pescoço para baixo. Passadas pelo menos 2 horas tome um duche para
retirar o “banho mágico”. Magia com sal para anular feitiço: O que é preciso: 1 pano branco; 1 vela negra; 1 tigela de
vidro; sal grosso; sal fino.
Amuleto com sal para afastar inveja do
seu dinheiro:
O que é
preciso: 1 saquinho de tecido verde, 3 moedas douradas, verniz incolor, uma
toalha de banho vermelha, água corrente e sal grosso. Faça da
seguinte forma: facilmente arranjará as moedas douradas nas feiras junto dos
vendedores de moedas ou nos antiquarios. Dê preferência ás maiores, e ás mais antigas. Você deverá
começar por limpá-las. Seguidamente, as moedas mágicas deverão ser preparadas
para se energizarem afim de cortarem a influencia
negativa da inveja. Assim passe-as abundantemente por água corrente,
esfregando-lhes sal grosso. Coloque-as ao sol para secarem, sobre um pano
vermelho. Aplique então o verniz nelas. Guarde
então as suas moedas mágicas no saquinho de tecido natural verde e mantenha-o
dentro de sua mala ou carteira. O auleto é seu e de
mais ninguém! Não deixe que outra pessoa lhe toque ou veja as moedas. Amuleto com sal para afastar inveja de
sua casa:
O que é
necessário: 1 lenço branco, 7 sementes de romã; 7 sementes de melancia; 3
dentes de alho com casca. Deite
tudo dentro do lenço e dê-lhe 7 nós (3 com 2 pontas, 4 com as outras 2). Coloque-o
dentro de sua casa dentro de um vaso. Deverá trocá-lo anualmente, no dia dos
seus anos. Uso do sal para limpar
talismãs e amuletos: Dependendo
do material, existem várias formas de limpar os nossos amuletos e talismãs.
Para limpar o amuleto basta deixá-lo em água corrente.Mas
também pode deixá-los em água com sal grosso, ou deixá-los sob a chuva. Caso
o seu amuleto não possa ser molhado, então o ideal é colocá-lo dentro de um
prato com sal grosso. O Poder Afrodisíaco do
Sal: Poder afrodisiaco do sal? Certos povos antigos atribuíram ao
sal poderes afrodisíacos e acreditavam que sua carência reduzia a potência
sexual dos homens. Uma
gravura satírica francesa do séc. XVI mostra diversas mulheres debruçadas
sobre maridos sem calças e aprisionados em barris, que elas esfregam
vigorosamente com sal nas suas partes íntimas. Ir para elementos mágicos |
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