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Santa Anastácia
+304
25 de Dezembro
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A vida de santa Anastácia, transmitida de geração a geração,
desde os primórdios do cristianismo, traz os episódios históricos verídicos
mesclados a fatos lendários e às tradições orais. Vejamos como chegou à
cristandade no terceiro milénio.
Diocleciano foi imperador romano entre os anos 284 e 305. Na época,
Anastácia, filha de Protestato e Fausta, ambos romanos e pagãos, era uma
jovem belíssima. Junto com sua mãe, foi convertida à fé cristã por seu
professor Crisogono, futuro santo mártir. As duas se dedicavam a ajudar os
pobres e à conversão de pagãos.
Com a morte da mãe, o pai lhe impôs o casamento com Públio, um rico pagão da
nobreza romana. Mesmo contra a vontade, Anastácia se casou. Logo o marido a
proibiu de envolver-se com qualquer tipo de atividade, como era de costume
entre as damas da sociedade. Mas ela continuou ajudando os pobres às
escondidas e, quando o marido foi informado, puniu-a com crueldade. Foi
proibida de sair de casa. Naquele momento, o consolo veio por meio dos
conselhos do professor Crisogono, que já era perseguido e acabou sendo preso.
Na ocasião, o imperador Diocleciano nomeou Públio embaixador na Pérsia. Ele
partiu deixando Anastácia sob a guarda de Codizo, homem cruel que tinha ordem
de deixá-la morrer lentamente. Logo chegou a notícia da súbita morte de
Públio. Anastácia foi libertada e soube que seu conselheiro, Crisogono, seria
transferido para o julgamento na Corte imperial de Aquiléia. A discípula o
acompanhou na viagem e assistiu o interrogatório e, depois, a sua
decapitação.
Cada vez mais firme na fé, voltou a prestar caridade aos pobres e a pregar o
evangelho de Cristo. Suspeita de ser cristã, foi levada à presença do
prefeito de Roma, que tentou fazê-la renunciar à sua religião. Também o
próprio imperador Diocleciano tentou convencê-la, mas tudo inútil. Anastácia
voltou para a prisão.
Em seguida, Diocleciano partiu para a Macedônia, levando consigo os
prisioneiros cristãos, inclusive ela. Da Macedônia foram para Esmirna, na
Dalmácia, atual Turquia. Lá, outros cristãos denunciados foram presos. Entre
eles estavam a matrona Teodora e seus três filhos, depois também santos da
Igreja. A eles Anastácia dispensava especial atenção.
Os carcereiros informaram o imperador, que mandou prender Anastácia durante
um mês no pior dos regimes carcerários. No fim do período, ela estava mais
bela do que antes, e ainda mais firme na sua fé. Inconformado, o imperador a
entregou para ser morta junto com os outros presos cristãos. Anastácia morreu
queimada viva, no dia 25 de dezembro de 304, em Esmirna.
Primeiro, o corpo de Anastácia foi enterrado na diocese de Zara; depois, em
460, foi levado para Constantinopla. Seu culto, um dos mais antigos da
Igreja, se espalhou por toda a cristandade do Oriente e do Ocidente. Em quase
todos os países, existem igrejas dedicadas a ela, e muitas guardam, para
devoção dos fiéis, um fragmento de suas relíquias. Sua celebração ocorre
tanto no Oriente como no Ocidente, no dia de sua morte, sempre recordada na
missa do período da tarde, em razão da festa do Natal de Jesus Cristo.
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