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Bartolomeu
Bompedoni
Bem-aventurado
1228-1300
12 de Dezembro
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Os condes João e Justina Bompedoni viviam muito felizes no seu
castelo em São Gimigniano, na bela região italiana da Toscana. A felicidade
ficou completa quando nasceu o filho, em 1228, batizado com o nome de
Bartolomeu. A família, muito religiosa, educou-o dentro dos princípios
verdadeiros da doutrina cristã. Ele cresceu humilde, caridoso e voltado
apenas para a religião, apreciando mais a simplicidade que o luxo. Na
juventude, quis seguir a vida religiosa. Mas os pais foram contra, queriam o
único fílho junto de si e cuidando dos negócios da família. Decidiram que era
melhor que ele se casasse.
Acertam a aliança com uma nobre família, cuja bela filha, cristã e caridosa,
também aguardava por um matrimônio apropriado. Mas no dia do noivado
Bartolomeu fugiu. Procurou acolhida no Mosteiro beneditino de São Vito, na
vizinha cidade de Pisa. Não ingressou como noviço, decidiria isso só depois.
Ficou lá apenas trabalhando como efermeiro entre os doentes.
Certa noite, que ele próprio não soube explicar se teve um sonho ou uma
visão, Jesus Ressuscitado lhe apareceu, com o corpo cheio de chagas, e disse:
"Para fazer a minha vontade, não devereis tornar-te um monge; devereis,
ao invés, viver no sofrimento por vinte anos". Bartolomeu, ouvindo o
"recado", deixou o mosteiro e a cidade, indo para outra região,
Volterra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana.
Aos trinta anos de idade, o bispo de Volterra ordenou-o sacerdote e enviou-o
como capelão de um pequeno povoado e, depois, pároco de outro. Nas duas
missões, distinguiu-se pelo zelo apostólico. Foram vinte anos dedicados à
caridade aos pobres, de amor ao próximo e de palavras reconciliadoras. Padre
Barrolomeu era amado por todos, ricos e pobres.
Com pouco mais de cinqüenta anos de idade, consternou os fiéis ao comunicar
que havia contraído a lepra. Chegara, então, o momento do seu sofrimento.
Naquele tempo, a doença significava total exclusão social, ou seja, era a
morte em vida. Pediu ao seu bispo, que concordou, e se retirou como reitor do
leprosário de Cellole, na mesma região.
Foi então que Bartolomeu, agora isolado, ganhou fama e notoriedade. A
serenidade e santidade da sua figura causavam admiração na população de toda
a Itália. A paciência e a capacidade de suportar o seu sofrimento, aliviando
e confortando seus companheiros de infortúnio, eram realmente dignas de um
irmão franciscano.
Comparado ao personagem bíblico leproso e mesmo assim agradecido a Deus,
passou a ser chamado de "o Jó da Toscana". Recebia devotos de todos
os lugares que iam à sua procura em busca de conselho. Aos que se lamentavam
de qualquer dificuldade ou doença, respondia com a alegria dos santos:
"Não sabes que precisava que Cristo sofresse para entrar na sua
glória?" Morreu vinte anos depois, em 12 de dezembro de 1300, aos
setenta e dois anos.
Seu túmulo, na igreja de Santo Agostinho, em São Gimigniano, Toscana, ainda
hoje é um lugar de milagres e graças atribuídos à sua intercessão, sobretudo
pelos doentes de hanseníase, a popular lepra. O culto nessa data foi aprovado
em 1498, quando a Santa Sé declarou bem-aventurado Bartolomeu Bompedoni.
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