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Santa Catarina de Ricci
1522-1590
4 de Fevereiro
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Aos 25 de Abril de 1522, nasceu a linda menina na nobre e
milionária família Ricci, de Florença, na Itália. Após três filhos varões,
Pedro Francisco e Catarina exultavam de felicidade ao batiza-la com o nome de
Alessandra. Ainda não tinha completado quatro anos de idade quando a mãe de
Sandrina, como era chamada pelos familiares, faleceu. Quem foi encarregada de
sua criação foi sua avó paterna, que percebia na pequena neta a vocação pela
fé cristã.
Por isso, aos seis anos foi entregue à educação das irmãs beneditinas em
Prato, uma cidade muito próxima da sua. Alí sua vontade de seguir a vida
religiosa de fato se concretizou. Quando completou os estudos e teve de
voltar ao lar paterno, recusou a convivência com o luxo e a riqueza, que a
família ostentava e escolheu continuar vivendo sob as regras do convento.
Nessa mesma época explodia na Europa a revolta de Martinho Lutero, também
conhecida como a contra-reforma da Igreja. Sandrina, enfrentando a riqueza da
família, que desejava vê-la casada e rendendo nova fortuna ao clã, e o
movimento contra a Igreja, manifestou seu desejo de se entregar de corpo e
alma ao catolicismo.
Seu pai, Pedro Francisco, ainda não estava convencido e lutava contra esse
seu desejo. Mas ela insistiu na escolha de uma vida casta e religiosa, até
que os familiares concordassem com seu ingresso num convento. Tinha treze
anos, quando seu tio paterno, padre Timóteo intercedeu junto ao irmão e lhe
mostrou que Sandrina já tinha plena convicção e demonstrava total firmeza
para a vida que escolhera.
Com a bênção de seu amado pai e irmãos, que souberam das suas experiências de
religiosidade mística, foi entregue ao convento das dominicanas em Prato. Lá
tomou o hábito e escolheu o nome de Catarina, o qual a remetia à sua falecida
mãe e à Santa de Sena, de sua devoção.
Catarina de Ricci se tornou uma das místicas mais respeitadas e viveu uma das
experiências mais impressionantes que a Igreja pode comprovar. Toda
quinta-feira da Paixão ela sofria as dores de Cristo, até o final da
sexta-feira. Um sofrimento ímpar. Mas, Catarina não se alienava por causa da
contemplação e das experiências de religiosidade experimentadas. Participava
ativamente da vida comunitária e chegou a assumir cargos de responsabilidade
no convento, desempenhando suas funções com dedicação e disciplina. Tanto
assim, que aos trinta anos de idade tornou-se vice-prioresa do convento.
Por seu equilíbrio foi considerada mestra espiritual, dando conselhos e
orientando sacerdotes, bispos e cardeais. Mantinha uma correspondência
freqüente com três contemporâneos, Carlos Borromeu, Filipe Néri e o Papa Pio
V, que depois também se tornaram venerados pela Igreja.
Ela faleceu em 02 Fevereiro de 1590, no convento onde foi enterrada e onde as
relíquias ainda são conservadas, em Prato, Itália. Beatificada em 1732, foi
proclamada Santa Catarina de Ricci em 1746, pelo Papa Benedito XIV e sua
festa designada para 04 de Fevereiro.
Foram muitos os pontífices que se ajoelharam para venerá-la. Mais
recentemente, em 1986, foi a vez do Papa João Paulo II, que durante sua
visita de peregrinação ao Santuário de Santa Catarina de Ricci, assim se
pronunciou sobre ela: "A sua profunda experiência contemplativa lhe
possibilitou obter o dom da sabedoria que a fazia ofertar uma palavra de luz
e de esperança com animo aberto e voltado às verdadeiras necessidades das
mais variadas categorias de pessoas, graças às inspirações de uma caridade
ardente e generosa".
(Fonte:Paulinas)
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