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Santa Catarina Labouré
1806-1876
31 de Dezembro
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A chamada "medalha milagrosa" é fruto de uma visão
que a religiosa vicentina Catarina Labouré teve da Virgem Maria em 1830. Na
visão, a Imaculada apareceu como está na imagem e pronunciou a oração "Ó
Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós",
exatamente como a conhecemos.
Irmã Catarina foi batizada com o nome de Zoe de Labouré. Filha de uma
numerosa família de fazendeiros cristãos, nasceu em 2 de Maio de 1806, na
região de Borgonha, interior da França. Na infância, ficou órfã de mãe e
desde então "adotou Mãe Maria" como sua guia, dedicando-lhe grande
devoção. Cresceu estudiosa, obediente e muito piedosa. Aos dezoito anos, a
vocação para a vida religiosa era forte, então pediu ao pai para segui-la,
mas ele relutou.
Dada a insistência por anos a fio, ela já estava com vinte e quatro anos,
antes de consentir preferiu mandá-la a Paris, para que testasse sua vocação.
Chegou em Abril de 1830 na cidade, e logo percebeu que estava certa na
decisão, pois não se motivou com os encantos da vida agitada da sociedade
urbana. Então, em Maio, com autorização de seu pai, iniciou o noviciado no
Convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris mesmo.
Quando recebeu o hábito das vicentinas, mudou o nome para irmã Catarina. A
jovem noviça impressionava pelo fervor com que rezava na capela das
vicentinas, diante do relicário de são Vicente de Paulo, onde tinha
constantes visões. Contou ao confessor que primeiro lhe apareceu várias vezes
o fundador, depois as visões foram substituídas por Jesus eucarístico e
Cristo Rei, em Junho do mesmo ano. Orientada pelo confessor, continuou com as
orações, mas anotando tudo o que lhe acontecia nesses períodos. Assim fez, e
continuou o seu trabalho num hospital de Paris.
Em Junho, sempre de 1830, teve um ciclo de cinco aparições da Imaculada da
medalha milagrosa, sendo três consideradas mais significativas. A primeira
delas foi na noite de 18 de Junho, quanto veio um anjo e a conduziu à capela
da Casa-mãe, onde Catarina conversou mais de duas horas com Nossa Senhora,
que avisou sobre os novos encontros.
Ela voltou a aparecer em Novembro e Dezembro. A que mais chamou a atenção foi
a de 27 de novembro, quando veio em duas seqüências, que, por uma intuição
interior, Catarina pensou em cunhar numa medalha. Foi assim que surgiram as
primeiras, em Junho do ano seguinte. Também foi criada a Associação das
Filhas de Maria Imaculada, que propagou o culto a Nossa Senhora Imaculada
através da medalha. Desde aquela época, passou a ser conhecida como "a
medalha milagrosa", pelas centenas de curas, graças e conversões que
produziu por intercessão de Maria.
Depois disso, as visões terminaram. Catarina Labouré morreu em 31 de Dezembro
de 1876, em Paris, onde trabalhou quarenta e cinco anos, no mesmo hospital
designado desde o início de sua missão de religiosa vicentina.
Foi beatificada, em 1933, pelo papa Pio XI e canonizada pelo papa Pio XII em
1947. Seu corpo está guardado num esquife de cristal na capela onde ocorreram
as aparições. Para a família vicentina, o Vaticano autorizou uma festa no dia
28 de Novembro. A celebração universal a santa Catarina Labouré foi marcada
no dia de sua morte pela Igreja de Roma.
(Fonte:Paulinas)
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