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AROMATERAPIA
AROMATERAPIA
Terapia
alternativa
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Historia da aromaterapia
História da Aromaterapia
Antiga e moderna
Não podemos datar com exatidão a primeira
extração por destilação do que chamamos de "óleos essenciais". O
objetivo das primeiras destilações feitas teria sido inclusive de extrair-se
álcool do vinho, o chamado "espírito" presente no mel fermentado.
Provavelmente
isto data do período posterior ao dilúvio, de acordo com as escrituras
hebraicas. Há alguns milhares de anos, ervas aromáticas, bálsamos e resinas
eram empregados para embalsamar cadáveres, em cerimônias religiosas ou
sacrifícios e nenhum documento que permaneceu, fala com exatidão do uso de
óleos essenciais isolados.
Os
mais antigos relatos sobre o uso de produtos naturais estão presentes nos
livros em sânscrito dos Ayurvedas (há mais de 2.000 A.C.). A partir disto nós
podemos concluir que os hindus conheciam a fermentação, rudimentares aparatos
de destilação e os produtos destilados, no caso óleos essenciais, resultantes
deste processo. Cálamo e capins do gênero andropogon (capim limão, cidreira,
citronela, vetiver, etc), espicanardo, mirra, etc, em meio a mais de 700
substâncias aromáticas são citados. Eles eram provavelmente extratos
alcoólicos (não óleos essenciais puros) e não eram empregados simplesmente
como perfumes, mas possuíam usos, segundo o Rig Veda, tanto em cerimônias
religiosas, quanto num sentido terapêutico.
Dioscorides Pedanius, antigo médico grego, no primeiro século durante o
reinado de Nero, escreveu um trabalho sobre "matéria médica", que
foi reproduzido posteriormente pelos árabes. Ele havia pesquisado as origens
da invenção da destilação depois que notou as possibilidades médicas das
águas destiladas (hidrossóis). Concluiu que o Egito teria sido o berço da
arte da destilação, apesar de existirem poucas referências atuais disso.
Os
antigos persas e egípcios isolaram vários perfumes e conheciam os óleos
essenciais de terebintina (madeira de pinheiro) e resina de mastique, sem
dúvida o primeiro óleo essencial, obtido a partir da destilação a seco.
Referências
em manuscritos datados de 2000 A.C. falam de "finos óleos, perfumes e os
incensos de templos usados para a adoração de Deus".
Eles
queimavam olíbano ao nascer do sol oferecendo ao Deus sol, Rá, e mirra que
era oferecido à lua. Vasos de alabastro encontrados em antigas tumbas dos
faraós continham óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 atrás. Os
egípcios empregaram gomas e óleos no processo de embalsamento de cadáveres,
eram peritos na área de cosmetologia e reconhecidos por seus preparados de
ervas.
Muitas
evidências mostram que os chineses também teriam utilizado ervas e compostos
aromáticos durante o mesmo período que os egípcios. O livro de ervas de Shen
Nung é o mais antigo livro médico chinês que data de 2.700 A.C e que dá estas
referências. Também o livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo,
da China, fala sobre o uso de remédios aromáticos como o opium e o gengibre, muitos
destes empregados não só terapêuticamente, mas inclusive em cerimônias
religiosas como o Li-ki e Tcheou-Li.
Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos
e teriam tomado muito deste seu conhecimento dos gregos. Dioscorides, Plínio
e Galeno mencionam isso em seus escritos. O primeiro dos documentos escritos
sobre a história da destilação vai até os escritos de Geber, no século IX,
onde descrevia a destilação a seco e a hidrodestilação.
Durante as Cruzadas o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes
difundiu-se para o leste e Arábia e um físico conhecido como Avicena que
viveu de 980 D.C. a 1037 D.C. acabou sendo reconhecido por ter sido o
primeiro a ter utilizado o processo da destilação para extrair o óleo de
rosas, contudo levou-se muitos anos para que o método fosse aperfeiçoado
adequadamente.
Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e terapias
naturais do que os árabes. Os doutores árabes e alquimistas inventaram a
"serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados.
A
primeira descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita
detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século XIII onde
relacionava terebintina e alecrim com a sálvia. Porém, as ervas eram
inicialmente maceradas em "l'eau de vie" ou fermentadas em água
(devido à presença de álcool) e a separação dos óleos essenciais não era
feita ao fim do processo, obtendo-se assim somente águas aromáticas destiladas.
No
mesmo século muitos óleos essenciais como amêndoas amargas, arruda, canela,
sândalo e rosa foram destilados, muitos pela primeira vez.
Em
fins dos séculos XV Jerome Brunschwing, doutor em Strasbourg, menciona o
espicanardo, terebintina, madeira de junípero e alecrim. A intenção das
destilações era de se obter a Quinta Essência tão almejada pelos alquimistas.
Mas
todas estas destilações eram intensamente alcoólicas e eles não tinham
nenhuma idéia sobre óleos essenciais verdadeiramente "puros". Depois
de um grande número de publicações a respeito da arte da destilação, nós
tivemos que esperar até 1563 quando Giovanni Battista Della Porta escreveu
"Liber de distillatione", com o objetivo de especificar claramente
os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos
essenciais das aromáticas águas destiladas.
Foi
somente durante os séculos XVI e XVII que os óleos essenciais receberam suas
primeiras aplicações e sua introdução no comércio. A partir disso a
aromaterapia cresceu rapidamente ao redor do mundo.
O termo em si, "aromaterapia" teria sido criado por um químico
francês em 1928 e que se chamava Maurice René de Gattefossé. Gattefossé veio
a ficar fascinado pelas possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais a
partir de uma experiência pessoal com o óleo de lavanda. Até então Gattefossé
utilizava os óleos essenciais em seus produtos e criações com o objetivo de
perfumá-los, mas sem nenhum fundamento terapêutico. Ocorreu que ao estar
fazendo uma destilação em seu laboratório, houve um acidente onde o produto
que era inflamável caiu em seus braços causando uma séria queimadura. Num ato
sem pensar ele mergulhou seus braços numa tina de lavanda, que pensava ser de
água e percebeu imediatamente que a sensação de dor logo passou. Em poucos
dias o machucado havia sarado e no lugar da queimadura não ficou nenhuma
cicatriz. Isto o levou a se interessar em pesquisar as possibilidades
terapêuticas dos óleos essenciais. Ele também descobriu que muitos óleos
essenciais são mais efetivos em sua totalidade do que seus ingredientes
ativos isolados ou sintetizados. No início de 1904 Cuthbert Hall já havia
demonstrado que o poder antiséptico do óleo de eucalipto globulus em sua
forma natural era muito mais forte do que seu principal constituinte e
princípio ativo isolado, o eucaliptol (= cineol).
Outro importante trabalho e que lançou no mercado a "terapia através dos
óleos essenciais", foi um livro escrito pelo Dr. Jean Valnet, que havia
estudado as pesquisas de Gattefossé e iniciado então suas experiências com os
óleos essenciais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, O Dr. Valnet serviu como médico na Frente
Armada Francesa nas muralhas da China. Ao tratar das vítimas, teria ele
ficado sem antibióticos, o que o levou a tentar fazer uso dos óleos essenciais.
Para seu espanto, eles possuíam um poderoso efeito em reduzir e parar com os
processos infecciosos, estando assim, o Dr. Valnet, possibilitado de salvar
muitos soldados que de outro modo morreriam sem os antibióticos. Também teria
ele empregado os óleos essenciais como parte de um programa através do qual
tratou com sucesso desordens médicas e psiquiátricas e estes resultados foram
publicados em 1964 no livro "aromatherapie".
O Dr. Valnet teve dois estudantes que estiveram trabalhando junto a ele e que
ficaram responsáveis, após sua morte, pela divulgação de seu trabalho: Dr.
Paul Belaiche e Dr. Jean Claude Lapraz. Eles descobriram que os óleos
essenciais contêm propriedades antivirais, antibacterianas, antifúngicas e
antissépticas, sendo também poderosos oxigenadores com a habilidades de agir
como agente de transporte na entrega de nutrientes nas células do corpo.
Outra personalidade de destaque durante o período foi Margaret Maury
(1895-1968), bioquímica que estudou o trabalho de Valnet e foi a pioneira em
introduzir a visão holística dentro da aromaterapia, criando assim um método
de aplicação dos óleos pela massagem e de acordo com as características
temperamentais e de personalidade de seus clientes. O trabalho combinado de
Margaret Maury e Jean Valnet criaram a aromaterapia hoje empregada em todo o
mundo.
Também ao longo do tempo, junto ao crescente interesse pela área, cresceu
também a indústria de sintéticos (essências) que domina hoje o mercado no
mundo todo. Ao mesmo tempo que contribuiu para uma maior divulgação da
aromaterapia (através de um intenso marketing), também prejudicou e degradou
a utilização e uso terapêutico dos óleos essenciais. Isso porque produtos
sintéticos não podem ser comparados a produtos naturais em seus efeitos terapêuticos,
o que conforme falamos anteriormente foi observado por Gattefossé e Cuthbert
Hall.
(Fonte:http://www.aromalandia.org/atualidade.htm
)
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