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SAÚDE & PSICOLOGIA *** ADOLESCENTES A Experiência da Morte na Infância ou
Adolescência Em qualquer etapa da vida de um
ser humano, a morte constitui um acontecimento não normativo, desencadeando
uma crise de vida não antecipada. A mais provável e mais frequente é a morte de animais de estimação ou de avós. Mas,
qualquer que seja a morte em causa, implica sempre
uma situação de crise de que resultam exigências de adaptação que afectam,
naturalmente, o processo normal de desenvolvimento de uma criança ou
adolescente. A experiência da morte não
obedece a padrões ou paradigmas. É idiossincrática, na medida em que varia
conforme a pessoa, o significado atribuído à perda, o impacto que a morte tem
na vida da criança ou do adolescente, às estratégias disponíveis que cada um
dispõe para lidar com a situação e à natureza e disponibilidade de apoio
social. Por outro lado, o conceito de
morte não é um conceito unidimensional. Inclui componentes relativamente
distintas, como sejam a universalidade, a irreversibilidade, a não
funcionalidade e a causalidade, as quais se revelam relativamente distintas conforme o próprio desenvolvimento da criança ou
adolescente. Por universalidade entende-se a compreensão de que todos os
seres vivos morrem. Até aos 5-6 anos, permanece a ideia de que “só morrem os
velhinhos” ou mesmo “os velhinhos doentes”. Da mesma forma, para estas
crianças, a morte não é universal dado que é evitável. Assim, são comuns
comentários do tipo “se formos espertos, nunca morremos”, “se nos portarmos
bem, nunca morremos”, …, os quais são igualmente, de forma frequente,
reforçados pelos familiares mais próximos. Por outro lado, e fundamentalmente
numa lógica de reasseguramento, as crianças desta
idade não concebem a morte dos seus pais, irmãos ou de si próprios. Quanto à ideia de irreversibilidade,
ou, por outras palavras, ao entendimento de que a morte implica um fim sem
retorno, as crianças mais novas encaram a morte como temporária e reversível.
É frequente conceberem a morte como um “sono”, de que a pessoa irá acordar,
ou como uma “viagem”, de que se regressa. Por vezes, estas crianças acreditam
que, pela oração ou pelo desejar muito, conseguem que o ser que morreu volte
a viver. Assim, é extremamente importante que os adultos que rodeiam a
criança ou adolescente os esclareça acerca do conceito de “fim”, isto é,
acerca da impossibilidade da pessoa regressar ou de se poder fazer algo para
que o mesmo aconteça. Da mesma forma, é prudente que os adultos não expliquem
a morte recorrendo a metáforas, como a da “viagem” ou do “sono”, na medida em
que criam representações irrealistas acerca da situação e alimentam a ideia
de que a pessoa, à semelhança do que acontece diariamente, realmente
“acordará” ou “regressará”. Associada a esta ideia,
encontra-se, por vezes, a crença de que a pessoa, apesar de ter morrido,
mantém funções, como falar, ver, ouvir… Em consequência, não raramente,
criam-se espécies de rituais que encerram o “falar” com a pessoa que morreu,
o “beijar” a fotografia antes de deitar, entre muitos outros. Por vezes,
estes rituais são mesmo perpetrados As crianças mais novas atribuem
causas fundamentalmente externas, irrealistas e concretas para a ocorrência
da morte. Justificam a morte recorrendo a motivos concretos, como armas,
externos, como acidentes, ou irrealistas, como o mau comportamento. Em
relação a este último aspecto, importa realçar que alguns pais e outros
educadores fazem afirmações inconsequentes, como “se te portas mal, Deus
castiga-te; se não comes tudo, ficas doente e morres…”, o que, no caso de
perda, pode conduzir a comportamentos de culpabilidade ou de ansiedade
generalizada. Culpabilidade porque a criança assume-se como responsável pela
morte da mãe, pai, avós ou outros, na medida em que não se comportou, não fez
ou não cumpriu com o que lhe recomendaram ou pediram; ansiedade generalizada
porque começam a temer ficar doentes, contactarem com fontes de doenças,
percebem o mundo de forma pessimista e negativa, desencadeiam medos
irracionais perante situações do seu quotidiano, entre outros sintomas. Acima
de tudo, é importante realçar que, nomeadamente as crianças mais pequenas,
têm dificuldade em perceber a morte como resultado da falta de funcionamento
de algum órgão interno e necessitam de se explicar a si próprias a causa do
sucedido. Do que, e por que a morte pode acontecer a qualquer momento em
qualquer família, torna-se importante rever algumas práticas educacionais. Sendo que a morte constitui
sempre um acontecimento único, apenas se pode descrever de forma generalizante as reacções mais típicas conforme a idade.
Contudo, não se deve descurar que cada criança ou adolescente pode apresentar
a sua própria forma de viver a morte de um ser querido (pais, avós, animais
de estimação,…), considerando tanto o seu
desenvolvimento cognitivo e afectivo, quanto todas as variáveis acima
descritas. Assim, até aos 5 anos, as
crianças habitualmente reagem com ansiedade, medos, perturbações de sono
(ex., pesadelos), comportamentos agressivos (ex., birras, ofensas, agressão
física ou verbal, desafio, …), regressões desenvolvimentistas (ex., encoprese, enurese, linguagem infantilizante, …). Estas reacções assumem essencialmente
uma função de apelo, chamada de atenção ou de reasseguramento,
face às pessoas que lhe são significativas. Entre os 6 e os 10 anos, as
crianças tendem a “negar a morte”. A criança apercebe-se da morte, mas nega o
seu significado emocional. Revela uma espécie de “controlo” que, não
raramente, preocupa os familiares mais próximos. Esta necessidade de controlo
resulta de dois motivos: por um lado, junto dos familiares, a criança deseja
mostrar-se tão adulta quanto eles e não mostrar vulnerabilidade ou
fragilidade; em relação aos pares, inibe os seus medos e expressões normais
de tristeza, para que estes não se preocupem consigo, não a tratem de forma
diferente e mantenham o mesmo tipo de atitude e comportamentos que sempre
tiveram. Assim, as expressões emocionais tornam-se ocasionais e ocorrem
apenas quando a criança se sente protegida e segura. Por vezes, as crianças
assumem mesmo funções paternais, procurando ajudar em relação aos irmãos mais
novos, serem mais solícitos face ao pai/mãe, etc. Nesta idade, é igualmente
comum a culpabilização, ou seja, a criança preocupa-se sobre o que “poderia
ter feito” ou “não deveria ter feito” para impedir ou evitar a morte. No caso
de morte súbita, podem surgir comportamentos fóbicos
e, mais especificamente, hipocondríacos. A necessidade de não transparecer
qualquer tipo de afectação provocada pela morte é ainda mais intensa na
adolescência, nomeadamente, em relação aos pares. Os adolescentes tendem a
viver a morte em privado e denotam maior dificuldade em expressar emoções,
mesmo em situações protegidas. Normalmente, os familiares comentam “parece
que não aconteceu nada; não percebemos o que ele está a sentir…” e insistem
com o adolescente no sentido deste falar ou mostrar o que sente. Acima de
tudo, nestes casos, o adolescente precisa que, tanto a família quanto os
pares, lhe proporcionem espaço e tempo para viver a sua dor e a sua perda.
Comportamentos de persistência ou atitudes de carinho diferenciadas podem ser
assumidas como uma invasão da sua privacidade e um obstáculo à resolução
positiva desta crise. Em alguns adolescente, surgem sintomas depressivos, nomeadamente,
comportamentos mais internalizantes, mascarados por
receios e preocupações em relação aos outros, isolamento e paragem de
actividades típicas. Podem ocorrer comportamentos agressivos, anti-sociais, e
mesmo de risco (fuga, consumos excessivos, …) como evitamento
das suas emoções negativas. Conforme o desenvolvimento sócio-moral, alguns
adolescentes questionam o significado e implicações da morte, em termos de
justiça, crítica face ao comportamento e reacções dos outros, … Compete aos pais, educadores,
pares e a todos quanto fazem parte do ambiente que envolve a criança ou
adolescente permanecerem atentos e vigilantes, ainda que de forma devidamente
equilibrada. A experiência da morte na infância e na adolescência pode
assumir consequências dramáticas no crescimento e desenvolvimento de uma
criança ou adolescente pelo que deve ser devidamente acompanhada. Além de um
suporte social forte e positivo, por vezes, torna-se inevitável a ajuda
técnica de um Psicólogo. Tendo como referência todos os comportamentos
considerados normativos, importa perceber a intensidade e frequência dos
mesmos, de modo a que se possa concluir pela sua função adaptacional
ou disfuncional. Em qualquer etapa da vida de um
ser humano, a morte constitui um acontecimento não normativo, desencadeando
uma crise de vida não antecipada.A experiência da
morte na infância e na adolescência pode assumir consequências dramáticas no
crescimento e desenvolvimento de uma criança ou adolescente pelo que deve ser
devidamente acompanhada. Além de um suporte social forte e positivo, por
vezes, torna-se inevitável a ajuda técnica de um Psicólogo. Tendo como
referência todos os comportamentos considerados normativos, importa perceber
a intensidade e frequência dos mesmos, de modo a que se possa concluir pela
sua função adaptacional ou disfuncional. Por Dr. J. Miguel Rebelo (E-mail: j08rebelo@gmail.com) (Artigo
elaborado pelo Dr. J. Miguel Rebelo, psicólogo, para o Portal de Astrologia e
Esoterismo.) PARA: Continuar a leitura: Psi - Adolescentes – Ver
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