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SAÚDE & PSICOLOGIA *** CRIANÇAS De
pequenino é que se torce o pepino Quando se fala de regras e
disciplina para as crianças, frequentemente ouço este desabafo: “O que ele precisava era de umas palmadas”,
usualmente completado com “muita tareia de cinto levei eu em criança e não
morri por isso”. Acredito que hoje em dia, os castigos corporais devem ser
evitados. Uma “tareia de cinto” não leva a criança a aprender nada a não ser
como esconder o cinto do pai ou como evitar essa tareia, nem que para isso
tenha de recorrer às mentiras. Bater numa criança não é uma atitude
respeitável. Mostra que os pais são maiores que a criança (algo que não dura
para sempre) e que a violência é uma forma de resolver problemas. Não vivemos
hoje numa sociedade já por si violenta? Afinal que tipo de educação queremos dar às nossas crianças? O
objectivo da disciplina é ensinar, neste caso a criança, a controlar-se
sozinha. A força não contribui para tal. Se os castigos corporais podem pôr
fim a um comportamento inadequado, apenas é eficaz durante algum tempo e
enquanto o educador estiver presente. Este tipo de castigos provocam na
criança dor física, ao mesmo tempo que reforçam a ideia de que “sou maior do
que tu e não te respeito”. Assim tratada, a criança afasta-se do educador e
esconde-se numa concha de revolta. A todos que já levaram a tal “tareia de
chicote do pai e não morreram” peço que recordem o que sentiram nesse
momento, peço que recordem a vergonha, a revolta e o ressentimento que
sentiram para com o pai e peço que tentem se lembrar do que aprenderam com
essa tareia, será “nada” a resposta? Os pais batem nas crianças
sobretudo quando estão fora de si. A situação não ensina nada à criança. Ao
aplicarem castigos corporais, os educadores dão à criança a ideia “vais
portar-te bem porque eu te obrigo, porque és fraca”. Estas mensagens não
preparam a criança para o futuro em que os pais estarão ausentes ou já não
possam discipliná-la. Num mundo violento, não podemos dar-nos ao luxo de as
disciplinarmos sem lhes darmos razões melhores e mais duradouras para assumirem
a plena responsabilidade pelo seu comportamento. Chegou a hora de mudar o ditado,
para algo mais difícil de levar à prática mas essencial para qualquer
educador – menos disciplina e mais mimo. Por Dr. J. Miguel Rebelo (E-mail: j08rebelo@gmail.com) (Artigo
elaborado pelo Dr. J. Miguel Rebelo, psicólogo, para o Portal de Astrologia e
Esoterismo.) PARA: Continuar a leitura: Psi-Criancas – Ver Voltar ao tema: Saúde & Psicologia Veja também: Simpatias Magias & Feitiços Rápidos Não perca: mais temas relacionados .... |
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