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…….. Magia sexual GRIMORIO DE MAGIA SEXUAL
As
Escolas Orientais de Feitiçaria Sexual Símbolos rituais
tântricos têm sido encontrados datados aproximadamente de três mil anos antes
de Cristo, estes símbolos de fertilidade parecem ser de origem Indo-européia
e demonstram a antigüidade dos cultos tântricos. Tantra (que significa
"a via") é a mais das religiões do mundo oriental. Seus textos
primários são conhecidos como "Tantras" e são tão velhos quanto os
Vedas (pelo menos dois mil anos antes de Cristo), se não mais velhos. A
influência do tantrismo pode ser vista na maior parte das culturas antigas,
na grande China podemos ler sobre Alquimia Sexual e os mistérios da libido
milhares de anos antes de Freud e nos cultos Gnósticos lemos sobre a
encarnação da Deidade em marido e esposa. Outros exemplos podem ser
encontrados no Egito, Creta e Roma onde a feitiçaria sexual era central para
a maioria das tradições iniciáticas secretas. Mesmo hoje em dia Tantra ainda
está vivo na Índia moderna, ocupando um dos lugares mais sagrados dos Hindus,
Kamrup in Assam, sendo a representação da Yoni ou vagina da própria deusa. As Escolas Ocidentais de Feitiçaria Sexual Gnosticismo é uma
escola religiosa de pensamento que é tida como tendo sido desenvolvida em
algum momento ao redor do advento de Jesus. Suas origens são encontradas no
Egito e na Suméria, enquanto suas formas externas tenderam a ser de extração
hebraica. Por muitos anos os ensinamentos do Gnosticismo não eram conhecidos,
até recentemente quando pesquisas descobriram que a essência da tradição
Gnóstica era uma forma ocidental de Tantra. Este 'tantrismo' tinha ritos
iniciáticos e práticas adaptadas de várias tradições ainda que operando sob
uma mesma estrutura organizacional generalizada. Parece que a morte do
Gnosticismo, ou ainda o seu movimento nos anais do ocultismo, tomou lugar por
volta de 200 d.C. e que seu ressurgimento ocorreu através de ordens secretas
tais quais a Ordem de Sião e os Cavaleiros Templários. Por volta de
meados do século passado quando muitos eruditos ingleses começaram a
pesquisar sobre as tradições tântricas sobreviventes em ambas suas formas
oriental e ocidental e isto gerou ordens como a O.T.O. e num menor grau a
Golden Dawn e outras ordens herméticas relacionadas. No caso Golden Dawn
acredita-se que embora a ordem funcionasse com um foco Cristão-Judeu, sob
esta fachada uma forte tradição de feitiçaria sexual floresceu, embora estas
tradições não mais são ensinadas pelas derivações modernas da GD. A Ordo Templi
Orientis também conhecida como a Ordem dos Templários do Oriente é uma ordem
explicitamente tântrica com tonalidades maçônicas. Em 1912 a sua revista,
Oriflamme, deixara claro que a sua premissa central de ensinamento era a
feitiçaria sexual. A ordem possui a chave que abre todos os segredos
herméticos e maçônicos, isto é, o ensinamento da Magia Sexual e este
ensinamento explica sem exceção todos os segredos da Livre Maçonaria. Feitiçaria Sexual no Novo Aeon Com o advento do
Novo Aeon em 1904, Mestre Therion (Aleister Crowley) formulou a Astrum
Argentinum como uma ordem semi-física para manifestar a nova corrente mágika.
Uma das primeiras ordens fora desta estrutura a aceitar a Lei de Thelema foi
a OTO. O Mestre Therion então remodelou seus trabalhos para refletir a
natureza do Novo Aeon e incorporar novas práticas e teorias de tantrismo
ocidental e oriental. Entretanto, sendo que a OTO ainda tinha uma base
maçônica, sob a pressão do Novo Aeon deu lugar a uma nova forma de ordem
baseada no princípio de ensinamento boca a boca ao invés de formas de
organização autocráticas. Com esta mudança os ensinamentos da feitiçaria
sexual e do Tantra foram aumentados pela pesquisa e pela prática do vasto
número de feiticeiros thelemitas ocidentais e orientais e a síntese
resultante é encontrada nas várias escolas tântricas modernas thelêmicas.
Estas incluem tão variadas ordens como a OTO Tiphoniana encabeçada por
Kenneth Grant, a Ordem Arcana dos Cavaleiros de Shamballa (AMOOKOS), o Culto
da Serpente Negra e a Ordem de Prometheus (Austrália). A publicação deste
manual de treino é parte do processo onde a experiência direta da Feitiçaria
Sexual pode ser alcançada por indivíduos e grupos pequenos sem a segregação e
controle das estruturas das ordens, acreditamos que tal ato está em
concordância com o espírito aberto do Aeon de Hórus. "Se você
trouxer para fora aquilo que está dentro de você, isto o salvará. O evangelho gnóstico
de Tomé. "...quando você se despe da vestimenta da
vergonha, quando os dois se tornam um e o macho e a fêmea não é nem macho nem
fêmea." O evangelho de
acordo com Egyptiana. Os Cinco M da
Feitiçaria Sexual A escola oriental
de feitiçaria sexual conhecida por Tantra é dividida em cinco categorias
distintas, refletindo estas os diferentes níveis de trabalho que podem ser
realizados. Embora se originem na tradição oriental elas são encontradas tão
significantemente no ocidente, entretanto talvez, sendo ensinadas sob
diferentes títulos e com diferentes sistemas de símbolos e ênfase. Os cinco M
ou Pancha Makara podem ser interpretados de duas maneiras diferentes, cada
modo reflete um foco diferente de cada Makara, um sutil e outro distintamente
físico. Não se trata de julgamento moral mas um ponto prático que deve ser
notado. A interpretação sutil é relacionada ao simbólico ou Caminho da Mão
Direita (CMD), em inglês 'Right Hand Path', que envolve a interpretação do
simbolismo tântrico de uma maneira não sexual e não corporal. Enquanto a
interpretação física (e sexual) é relacionada ao Caminho da Mão Esquerda
(CME) 'Left Hand Path'. A razão por trás da designação Direita-Esquerda é que
nos ritos sexuais orientais o foco da paixão (normalmente uma mulher) quando
colocado à direita significava um ritual simbólico, entretanto quando passado
à esquerda implicava num rito sexual. Antes de
começarmos a descrição dos Pancha Makara, é importante entender que as
práticas sexuais são apenas um dos M da feitiçaria sexual. Muitas escolas
hoje enfatizam o quinto M da atividade sexual enquanto ignoram os outros
quatro, isto não apenas é impreciso mas também perigoso. Feitiçaria sexual
pode envolver rito sexual mas, certamente, não apenas rito sexual. O Primeiro M : Madya Sadhana A aplicação do
Caminho da Mão Esquerda ao primeiro M envolve o uso correto de intoxicantes
em suas diversas formas. Madya significa licor podendo então ser interpretada
tanto neste contexto ou naquele do Caminho da Mão Direita, onde designa a
ativação do Chakra Sahasrara e o uso de suas secreções física e parafísica.
Até mesmo a ciência moderna tem hoje iniciado investigação dos efeitos de
secreções hormonais das glândulas endócrinas sobre a consciência. A maior
diferença entre esta investigação e nossa experiência é que no Madya Sadhana
as secreções são tidas como simultaneamente físicas (hormonais) e
parafísicas. O Segundo M : Mamsa Sadhana A aplicação do CME
no segundo M envolve uma quantidade de práticas diferentes. Sendo que o termo
Mamsa pode ser traduzido como 'carne', pode ser usada para representar o uso
de carne ritualisticamente (por exemplo, um banquete ou Eucaristia). Pode
também ser entendida, de acordo com uma tradução menos literal dos textos
tântricos, como 'fala', então podendo ser entendida como o uso da invocação
ou fala extática dentro de um contexto ritual. A interpretação do
CMD deste Sadhana envolve tanto o entendimento de carne no contexto de
alimento, tal qual numa dieta controlada (normalmente vegetariana) e o efeito
da comida na consciência e o uso da fala duma maneira ritual. Esta segunda
utilização inclui práticas como invocação, cânticos, mantras, oração extática
e por aí vai. O Terceiro M : Matsya Sadhana O terceiro M tende
a ser traduzido como 'peixe' e é usado da mesma maneira para o CME quanto
para o CMD. É visto como referindo-se ao fluxo psíquico que corre através dos
canais Ida e Pingala na espinha dorsal. Uma minoria de eruditos também
utiliza-se do termo para referir-se ao consumo ritual de peixe num banquete
ou Eucaristia. O Quarto M : Mudra Sadhana Mudra é o único M
bem conhecido fora dos círculos tântricos. É utilizado de maneiras similares
no CME e no CMD e representa o uso de posições específicas do corpo (mais
especificamente, da mão) para simbolizar certas verdades, para encarnar
certas forças e/ou efetuar mudanças na consciência. Este M também inclui o
uso de vários Asanas ou Mudras Corporais. O Quinto M : Maithuna Sadhana O quinto M está
relacionado primariamente com atividade sexual, o termo Maithuna refere-se a
união sexual mas também inclui outras formas de prática sexual. A
interpretação do CMD deste M envolve o uso simbólico da sexualidade dentro do
organismo. Isto é melhor ilustrado no Kechari Mudra, no qual se traz a língua
para a garganta e 'temporariamente fecha-se o sistema'. Aqui a ponta da
língua é vista como representando o pênis, a faringe nasal a vagina e a uvula
como a vulva. A interpretação do
CME do Maithuna é de ritualística sexual, onde o termo Mão Esquerda refere-se
ao veículo da paixão sendo colocado na posição Lunar ou esquerda. Em algumas
escolas tântricas os cinco M também são interpretados como Sub Sadhanas
dentro do quinto M, Maithuna. Com tal entendimento em mente, daremos a
seguinte classificação dos Sub Sadhana. Sub Sadhanas no Maithuna Madya Sadhana
Amrita : uso sacramental de fluidos sexuais.
Feitiçaria Sexual : Um Esquema A feitiçaria
sexual como é ensinada dentro da Escola Tântrica Thelemica é composta de
cinco categorias, qualquer uma destas cinco pode novamente ser subdividida
nos cinco M, se assim desejado. Contudo, descobriu-se que os cinco M como
subclasses pertencem às técnicas Gamma e Epsilon em relação ao CME ou às
técnicas Delta, se interpretadas pelo CMD. As classificações da feitiçaria
sexual estão baseadas em esquemas tradicionais como ensinados pela OTO e AA.
Entretanto, elas receberam títulos de letras gregas para acabarem com o
obsoleto sistema de graus maçônicos previamente em uso pelo sistema sexual da
OTO. A teoria e a prática
da feitiçaria sexual é baseada no fato de Eros, ou conduta sexual, ser uma
das mais poderosas dentro do organismo humano e se usada corretamente centro
de uma situação ritual, pode atingir grandes resultados. Neste esquema nós
não pretendemos organizar toda a estrutura da magia sexual, mas dar uma visão
das técnicas básicas e alguns usos para as mesmas. Ofereceremos também uma
discussão de alguns dos princípios básicos nos quais a magia sexual está
baseada, tais como Shiva e Shakti, a Semente Sagrada, o Grande Rito e Eros e
Thanatos. É importante dominar estas teorias, pois toda prática tântrica
estende-se de seu fundamento. Alphaísmo (Alfa) - Magia
Sexual Solitária Alfaísmo é usado
para carregar talismãs, encantamentos e Armas e Ferramentas Mágikas, obter
controle dos sonhos e vários tópicos correlatos. Betaísmo (Beta) - Magia Sexual
Solitária Betaísmo é usado
com um parceiro projetado astralmente, envolvendo uma série de práticas tais
como energização do sistema astral, criação de elementares, proteção e ataque
psíquicos, desenvolvimento de características internas através da ciência de
projeção extracorpórea. Gamaísmo (Gamma) - Magia
Heterossexual ou Polarizada Gamaísmo pode ser
usado para diferentes formas de magia, incluindo a criação de Amrita,
comunicação com outras formas de Vida, criação de seres artificiais, evolução
espiritual de ambos os parceiros e por aí vai. Deltaísmo (Delta) - Magia
Sexual para Chakras Deltaísmo envolve
o uso de técnicas Alfa, Beta, Gamma e Epsilon para ativar e purificar os
chakras. É uma forma avançada de Kundalini Yoga sexual. Epsilonismo (Epsilon) - Magia
Homossexual ou Apolar Esta técnica é um
espelho do Gamaísmo, tem muitos usos idênticos às técnicas Gamma com o
banefício da não produção sexual ou astral. Muitas escolas, incluindo a
Escola Tântrica Thelemita, descobriram que intercurso anal com um membro do
sexo oposto ou sexo durante o ciclo menstrual pode ser usado como uma
aproximação de uma expressão puramente homossexual desta fórmula. (Embora a
interpretação homossexual parece mais precisa e segura.) Há muitos outros
usos para estas técnicas e estas serão esquematizadas conforme progredimos em
nosso estudo. Nesse ínterim, é importante entender que a diferença entre as
técnicas heterossexuais e homossexuais (Epsilon e Gamma) é maior do que o
obviamente físico. Foi descoberto que mesmo que a prática Gamma seja feita
com uso de anticoncepcional, um feto astral é sempre gerado. Algumas vezes
isto é útil, algumas vezes não. Equanto que numa relação puramente homossexual
da fórmula Epsilon isto não ocorre devido às características específicas
encontradas no campo de polaridade, que iremos discutir em detalhes mais à
frente. Há muitos
princípios diferentes envolvidos na Magia Sexual e para entendê-los será
necessário um certo estudo. Para começar, vamos olhar em detalhe quatro
princípios fundamentais básicos do Tantra. Shakti, Shiva e Papéis Sexuais Shiva e Shakti
formam os pólos opostos no culto tântrico, Shiva representa o poder da
deidade masculino, enquanto Shakti representa a deusa primal. De acordo com o
Tantra hindu tradicional, a Grande Deusa tem dez encarnações maiores ou
formas. A primeira e certamente mais antiga é Kali, enquanto que as outras
nove são Tara, Shodamhi, Bhuvameshvari, Bhairvai, Chinnamasta, Dhumavati,
Bagala, Matangi e Kamala. Em muitos cultos tântricos, como o Kaulasedkaha,
Shakti é vista como a fonte primordial de todas as coisas, sendo então
idêntica ao antigo conceito egípcio de Nuit, a deusa do espaço infinito,
enquanto sua projeção, Hadit, é idêntica a Shiva. Em termos
universais esta oposição é a mesma de Ain e Kether (de acordo com a Qabbalah)
com Shakti representando a ação dinâmica e Shiva representando o estado
estático. Em algumas tradições uma trindade é formada de Brahma, Vishnu e Shiva,
onde Shiva é especificamente relacionado a Saturno ou a Sephirah Binah. Esta
correspondência é, em certo contexto, compreensível, pois Shiva pode ser
relacionado ao Deus Negro e sua parceira Shakti que é encontrada dentro dele.
Contudo, também é possível entender a relação Shakti-Shiva nos termos mais
absolutos de Ain e Kether, usando seus atributos num papel universal, menos
específico. Pode ser dito que a trindade é uma forma mais exotérica, enquanto
a dualidade de Shiva e Shakti é uma atribuição universal e esotérica. A relação entre
Shiva e Shakti é de total interdependência, um ditado tântrico diz que
"Shiva sem Shakti é Shava (cadáver)." Quando Shiva e Shakti são
traduzidos em termos humanos, certas considerações devem ser levadas em
conta, em algumas tradições o macho é considerado Shiva e a fêmea Shakti, e
de certa maneira isto é correto. Entretanto, isso foi usado, no passado, para
justificar um sexismo às avessas onde a fêmea é tomada em grande reverência
em detrimento do macho. Na atualidade, as tradições de Magia Sexual demandam
que macho e fêmea sejam tomados em igualdade e mesmo que possa ser feita
conotação sexual de Shiva e Shakti, é igualmente verdade o fato de que dentro
da cada ser humano, macho ou fêmea, ambos Shiva e Shakti existem mutuamente.
Esta atribuição é baseada no fato de que em cada sexo há os pólos Shiva e
Shakti, no macho a chakra básica é Shiva, enquanto que a Coroa ou Sahasrara
Chakra é Shakti, na fêmea estas atribuições são ao contrário. Quando estas
polaridades são aplicadas aos trabalhos sexuais Gamma e Epsilon certos fatos
importantes precisam ser considerados. No Gamma, um circuito completo é
formado e um vórtice circular de energia é creado, portanto todas operações
de Magia Gamma produzem uma criança astral ou física. Num trabalho Epsilon o
circuito formado cria um padrão 'X', tal formação gera energias de natureza
selvagem e caótica, sem a produção de qualquer forma de criança astral. Ambas
fórmulas têm usos importantes na prática da Magia Sexual e cada uma delas oferece
oportunidades energéticas únicas. A Semente Sagrada O conceito de
"Semente Sagrada e Fluidos Sacros" forma a base de muitos trabalhos
Gamma. De acordo com a magia sexual tradicional e moderna, os fluidos sexuais
do macho e da fêmea contém nutrientes tanto físicos quanto parafísicos, sendo
usados portanto numa forma de Eucaristia. "A mais alta
forma de Eucaristia é aquela na qual o elemento consagrado Um. É uma
substância e não duas, nem viva nem morta, nem líquida nem sólida, nem quente
nem fria, nem masculina nem feminina....O mais alto sacramento, o de um
elemento, é universal na sua operação, de acordo com o propósito declarado do
trabalho, o resultado também o será. É a chave universal de toda Magia
(Mágika)." Magick in Theory
& Practice by Aleister Crowley A base da
Eucaristia é que os fluidos do organismo humano, masculino e feminino, contêm
certas essências conhecidas como Kalas. Estes Kalas são dezesseis no Iniciado
e quatorze na pessoa comum. Estudos recentes em sexologia tornaram conhecidas
estas quatorze essências, entretanto, o sucesso da Eucaristia é baseado na
correta ativação do Sacerdote e da Sacerdotisa para que os dezesseis Kalas
sejam formados nos fluidos. Estes fluidos, quando combinados (hetero ou
homossexual) formam uma substância conhecida com Amrita. Esta substância
forma a base de muitos trabalhos mágikos, em alquimia sexual é conhecida como
a "pedra filosofal" e é o foco central da maioria dos cultos
tântricos hindus. O Grande Rito Além do conceito
da Semente Sagrada e dos Fluidos Sacros é importante entender o poder mágiko
posto em ação no rito sexual. Em todas as religiões antigas o ato do sexo era
visto como um ato de poder e portanto considerado sagrado. Hoje, estamos num
período subsequente ao da Era Vitoriana onde o sexo era visto simplesmente
como a descarga de uma frustração, contudo, da posição tântrica, nem
depravação nem puritanismo são corretos. O sexo é um impulso creativo, um ato
de poder. É uma extensão do conceito mágiko de Amor, nem sentimentalismo nem
luxúria, mas um poder de 'atração entre partículas'. Na Bruxaria, o
clímax da iniciação vem no que é conhecido como "Terceiro ou Grande
Grau". Este grau, também conhecido como o "Grande Rito",
envolve intercurso sexual e assunção de Formas de Deuses tais como Pan e Aradia.
Esta assunção de Formas de Deidades durante a relação sexual forma uma parte
integral de nosso uso da sexualidade na Escola Thelemica de Magia Sexual.
Mesmo quando atos sexuais não são feitos com propósitos de ocultismo, o mago
deve ainda assim treinar-se para assumir a forma de Hadit, Hórus, Set e para
tanto visualizar a parceira na forma de Nuit, Isis, etc. Variações com o sexo
e a orientação sexual são óbvias. No Livro da Lei
afirma-se que "todos os atos de amor devem ser feitos a Nuit", não
importando como vemos este texto, este conceito é vital pois enfatiza a
necessidade de que todos os atos sejam atos de magia sexual e, portanto, atos
de Vontade Verdadeira. Este ideal inclui a máxima filosófica do "Monge
ou Freira de Thelema" e um "Novo Celibato", onde todos os atos
sexuais são vistos como sacramentais e mesmo se o parceiro não partilha deste
conceito, o feiticeiro deve por si próprio visualizar dentro do parceiro uma
expressão da forma-deus que ele estiver projetando. A respeito da relação
entre sexo e amor, no contexto thelemita amor é definido como "atração
mágika de partículas" e não nos termos sentimentalistas usados pelos
cristãos e membros de outras religiões. Todos os atos de magia sexual, e
portanto, todos os atos sexuais na vida de um mago, são expressões do amor
mágiko, sendo que eles representam o trazer à tona os aspectos divinos
internos dos indivíduos envolvidos. No mais, isto não é compatível com o
conceito de monogamia, nem com a degeneração do sexo em atos meramente físicos. A partir destas
considerações, deve tornar-se claro que uma suruba não é magia sexual ! Eros e Thanatos A psicologia da
magia sexual é baseada nas idéias opostas primeiramente postuladas, em tempos
modernos, pelos mitos de Eros e Thanatos explorados por Sigmund Freud. Estas
forças opostas representam a dualidade do nascimento e da morte. O nascimento
é entendido como o impulso sexual (libido), enquanto a morte não é
necessariamente o impulso destrutivo per se mas a conduta de religação com as
dimensões espirituais. Em magia sexual ambas as condutas são usadas para
levar o indivíduo a um estado de consciência mais amplo. O impulso Eros é
cultivado através dos vários ritos e práticas sexuais, enquanto que o impulso
Thanatos é cultivado através dos ritos secretos do "Culto Mórbido de
Kali". Estes ritos de morte representam um dos segredos mais profundos
da magia e são tradicionalmente ensinados apenas àqueles que tenham
completado seu treinamento tântrico e tenham dominado toda a teoria e prática
da magia. Através do cultivo de Eros e Thanatos dentro da psique do
indivíduo, o estado final de androginia pode ser realizado. A magia sexual e
seus diversos ritos leva o mago aos estágios finais de sua transmutação em
Andrógino, realiza grandes mudanças de consciência e um sublime fluxo interno
de poder. Conforme ele avança pelos altos reinos da Iniciação e continua com
os Ritos dos Antigos e os mistérios do Necronomicon, ele é levado a
confrontar-se com seu Anti-Eu (anti-self) e um estado de união dinâmica é atingido.
Isto é completado pela conquista do impulso Thanatos e sua ascensão ao estado
andrógino de Humano Superior. Este caminho é
ensinado com dificuldades e pode levar uma vida inteira ou mais para se
completar, contudo, o resultado final vai além da espécie humana e alcança o
próximo estágio da evolução. Deve ser lembrado, entretanto, que o estado de
Humano Superior está tão distante do humano quanto este está do macaco e,
portanto, a transição envolve mudanças que podemos apenas postular depois que
elas sejam experimentadas. Conclusões Neste capítulo
começamos a examinar as facetas mais profundas dos mistérios da Magia Sexual,
muitos destes podem ser assustadores e, talvez, até mesmo repulsivos para o
mago que não estava preparado para sua revelação. Mas deve ser lembrado que a
transição deste estado de consciência para o próximo é uma total
transformação do nosso estado de ser. Não é simplesmente uma troca de roupas
por assim dizer, mas uma revolução total no que conhecemos e no porque
pensamos da maneira como pensamos. Portanto, muitas
das técnicas de magia sexual são muito exigentes e difíceis, mas conforme
alcancemos os estágios mais profundos da Iniciação as mudanças começarão e
paulatinamente, mas com certeza, nós chegaremos a uma nova e mais dinâmica
compreensão de nós mesmos e do Universo. PARA: Continuar
a leitura: Grimório
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