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…….. Magia sexual GRIMORIO DE MAGIA SEXUAL 2-A
dimensão perdida do Sexo "O que está
em cima é como o que está embaixo..." assim diz o grande axioma de
Hermes que forma a premissa central dos ensinamentos da Magia (e do
Hermetismo, por ocasião). As grandes forças do Universo estão refletidas no
organismo no qual temos nosso ser, portanto, os Mistérios tanto são
fisiológicos como espirituais e o simbolismo dos Mistérios reflete ambos
sistemas de Gnosis. Através da
história encontramos pistas deste arcano tântrico, um dos mais conhecidos
ícones do Tantrismo era a Missa do Espírito Santo, que formava o santuário
simbólico da Alquimia Sexual. Aqui o pão era o corpo; o vinho, as secreções
sagradas e a pomba que descendia simbolizava Vênus, o planeta do erotismo.
Ícones mais antigos deram pistas de sua origem tântrica, o Jardim do Éden era
a sagrada Yoni (vagina), a montanha era o Lingam (falo), os rios eram as
secreções sexuais e por aí vai. Num estudo moderno de magia sexual, o uso de
tal simbolismo não é mais necessário, embora às vezes tenha mérito artístico. A base da magia
sexual moderna é estreita e precisa e é encontrada no simples dito de Hermes,
que claramente ilustra como as forças do Universo não apenas fluem dentro e
ao redor do humano como espécie, mas que também existe em cada organismo
individual como um reflexo do Todo. A Natureza do Orgasmo O orgasmo tem
muitas utilizações, em magia sexual a libido ou impulso sexual não é
desperdiçada mas encarnada num meio ou forma previamente formulada. Isto
forma a base para muitos dos usos das energias sexuais na magia. O orgasmo é
usado para crear um vórtice de energia que é então encarnado num corpo específico
para que um certo resultado possa ser manifestado na realidade. O resultado
alcançado pode variar de necessidades pessoais e físicas até a impregnação
dum símbolo para exploração de dimensões astrais mais altas. O orgasmo, quando
a ejaculação é adequadamente controlada, pode ser usado para energizar certas
imagens de grande pode, estas imagens, evocadas e fixadas na mente, tomam
forma e cream vida própria, sendo de uso prático em muitos aspectos da Grande
Obra. Os dois
pré-requisitos desta forma de magia sexual são a fixação da mente no símbolo
durante o processo e a obtenção de um orgasmo extremamente intenso pelo
prolongamento da estimulação. Os dois fatores nunca podem ser postos de lado,
portanto o pretenso mago deve começar sua exploração imediatamente. A concentração de
uma imagem no olho da mente pode ser alcançada por prática intensa das várias
artes de concentração e visualização, enquanto que o segundo fator, o de
aumentar a intensidade orgasmática, pode ser praticado através de vários
exercícios encontrados nas técnicas Alfa de magia sexual. Com este assunto em
mente, é importante vir a se compreender a relação entre ejaculação e
orgasmo. Orgasmo é uma experiência de êxtase sexual, é normalmente atingida
através da ejaculação, não sendo, entretanto, sempre assim. Na magia sexual o
orgasmo deve ser atingido com certa voracidade e isto é melhor conseguido
através da retardação gradual da ejaculação durante o processo sexual,
levando a um nível mais alto de clímax na ejaculação. Desta maneira, o
entendimento dos magos sobre a ejaculação e orgasmo tem muito mais a ver com
o clímax pleno de uma mulher do que uma simples emissão de fluidos. Esta
intensidade do orgasmo pode ser facilmente desenvolvida pela mulher, talvez,
até mesmo mais prontamente, pois a técnica da masturbação feminina oferece um
clímax muito mais forte e de maior valor mágiko do que a simples emissão
masculina. A Criação de Crianças Astrais Como discutido
antes, todas as formas de sexo geram algum resultado. Sexo heterossexual gera
crianças, astrais ou físicas. Num ato sexual onde não há produção física (um
feto) então o resultado é astral. Pelo uso do sexo uma criação pode ser
formulada nos planos espirituais, isto pode ser atingido tanto por uma
técnica masturbatória (alfa/beta) quanto por uma técnica utilizando parceiro
(gamma/epsilon). Esta criação pode tomar a forma de um elemental artificial
(elementar) que é programado para atingir certas metas e dissolver-se após
concluída a tarefa, ou um íncubo, que é utilizado para se explorar suas
próprias realidades internas. Crianças astrais também podem ser usadas para
controlar sonhos e girar 'a teia da Ilusão'. Controle onírico é um aspecto
importante da magia sexual, pois em seus ensinamentos o Tantrismo oferece uma
forma única de manipulação onírica pela qual os sonhos podem ser controlados
e usados para moldar a própria realidade. Esta técnica de "Sonhar de
Verdade" foi primeiramente ensinada em cultos Draconianos do Egito e
tornada popular nas adaptações mais modernas do ocultismo encontrado nos
escritos de Dion Fortune. Assunção de Formas de Deuses Formas de deuses
(godforms) são um aspecto importante do treinamento oculto, contudo, na magia
sexual seu uso assume relevância máxima. Normalmente, a faceta sexual da
forma-deus é exagerada para auxiliar no processo de identificação. O
verdadeiro personagem da forma-deus pode incluir uma variedade de formas
humanas e animais. Duas formas específicas são de suma importância, as de
Babalon e Therion. Num nível
superficial Babalon e Therion são simplesmente as máscaras sexuais feminina e
masculina usadas nos ritos de natureza polarizada. Estas máscaras devem ser
assumidas sempre astralmente, invocando-se os poderes de Binah e Chokmah.
Quando isso ocorre com sucesso os resultados produzidos são localizados em
Daath, podendo então ser transferidos para qualquer das Sephiroth mais baixas
à vontade. Num rótulo mais esotérico, contudo, os papéis de Babalon e Therion
têm uma utilização secreta. "Há a pomba e
há a serpente. Escolha a sua bem ! Ele, meu profeta, escolheu conhecendo a
lei do forte e o grande mistério da casa de Deus." Liber
al Vel Legis 1 : 57 O extrato acima,
do Livro da lei, sugere um entendimento esotérico de Babalon e Therion.
Babalon sendo a pomba e Therion, a serpente. Eles representam não as técnicas
de magia hetero e homossexual, mas variações dentro de cada técnica, por
assim dizer, a habilidade de trabalhar magia polarizada e apolar. O mago
necessita entender ambos trabalhos e como eles podem ser usados, ele também
necessita dissolver o conceito de que há uma simples divisão entre práticas
heterossexuais e homossexuais. Em magia sexual há quatro possibilidades
distintas ou elementos: Heterossexual, polarizado e apolar; Homossexual,
polarizado e apolar. Estas possibilidades incorporam o mistério do Forte (o
Templo do Mistério Quádruplo) e o Mistério da Casa de Deus (letra Beth). Eles
também envolvem o segredo do Magus. Além disso, encontramos uma pista adjunta
na associação animal do arcano Magus, o pássaro Íbis. O Íbis é uma ave que
lava o ânus com seu próprio bico sendo então considerada na mitologia como
bissexual. Portanto, o mistério do Magus é que ele é andrógino e não escolhe
entre seus lados homossexual ou heterossexual mas usa as variações de ambos
de acordo com a natureza do trabalho. Estas quatro possibilidades são
conhecidas como os elementos tântricos. Os Elementos Tântricos Antes examinamos
os vários ciclos na Magia Sexual, isto é, as formações O e X e a atribuição
das letras gregas a estas operações. Aqui, queremos ir mais longe e
esquematizar as quatro ferramentas do mago. Considerando a atribuição, a
quinta ferramenta ou elemento é o Akasha e portanto é o próprio mago, que
deve ser uma mistura de todas as quatro possibilidades. As quatro
possibilidades como esquematizadas são vistas como : OO - O
trabalho Gamma de Magia Heterossexual. XX - O
trabalho Epsilon de Magia Homossexual. Cada uma tem dois
potenciais, a plena expressão de sua própria modalidade e os elementos
cruzados. A plena expressão inclui Gamma de Gamma (Magia totalmente
polarizada como em ritos puramente heterossexuais) e Epsilon de Epsilon
(Magia totalmente apolar como em ritos puramente homossexuais). Esta forma de
magia puramente apolar é muito volátil e é mais utilizada em trabalhos
Qliphóthicos e do Necronomicon. Entre estes pólos
estão dois outros potenciais, conhecidos como "Os Elementos Tântricos
Cruzados" e incluem : OX - O
trabalho Gamma usando assunção de formas de deuses como se fosse trabalho
Epsilon. (Por exemplo, macho e fêmea assumindo imagens de deuses do mesmo
sexo). XO - O
trabalho Epsilon usando formas de deuses como fosse trabalho Gamma. (Por
exemplo, dois homens assumindo imagens de deuses de sexos opostos). Estes elementos
misturados são utilizados numa variedade de trabalhos, sendo, conduto,
imperativo ao mago entender estes papéis e seus usos. No mais antigo dos
mistérios, o Organismo Estelar (o corpo astral) era atribuído ao deus Set,
enquanto que os corpos espirituais eram atribuídos ao deus Hórus. A batalha
entre estes deuses acirrou-se e o organismo integral pareceu dividir-se em
partidos opostos. Entretanto, a ligação descoberta entre os Deuses das
Estrelas e os Deuses do Fogo estava na corrente Lunar ou sexual, que era
governada por Thoth (o Íbis). Portanto, a Magia Sexual é o método pelo qual
as várias facetas do mago podem ser exploradas, purificadas e integradas para
formar uma nova identidade, estimulada pelo impulso da Vontade Verdadeira. A Base Biológica dos Mistérios As evidências
aparecem vindas dos lugares mais estranhos. Wilhelm Reich (1897-1957) era um
arquimaterialista e consorte de Sigmund Freud, que gastou a maior parte de
sua juventude em estudos de psicanálise e de ciências. Contudo, sua pesquisa
mais tardia concentrou-se na descoberta de 'Bions', células azuis de energia
parafísica que eram libertadas pelo fluxo livre da libido expressa dentro do
organismo. Seu trabalho teve empecilhos por parte do governo e das igrejas da
época e ele morreu na prisão em 1957 condenado por charlatanismo. Seu trabalho,
porém, é altamente relevante pois dá uma base científica para as antigas
teorias tântricas, especificamente as de que as secreções sexuais do
organismo, tanto macho quanto fêmea, produzem uma forma especial de energia.
Esta forma de energia era conhecida como Kalas no oriente e pode mudar a
concentração de acordo com a situação. No não iniciado sexualmente há apenas
quatorze kalas, entretanto, naqueles com libido excessiva e orientação do Eu
(Self), os décimo quarto, décimo quinto e décimo sexto kalas são despertados
e o ciclo total é manifestado. Em corrupções tântricas tardias estes kalas
eram tidos fluírem apenas da Shakti ou Sacerdotisa, mas isto não corresponde
com os Mistérios originais. Todos iniciados no
Tantra tornam-se "Irmãs da Estrela Prateada", por assim dizer, e
portanto todos iniciados têm os Kalas em atividade. O papel da
"Irmã" é balancear as polaridades dentro de si mesma e preencher as
condições do Livro da Lei, capítulo dois, verso vinte e quatro. Neste verso
lemos sobre os Eremitas, que vivem em camas purpúreas e são acariciados por
magnificentes mulheres bestiais com membros compridos e fogo nos olhos. Este
verso é uma descrição codificada de uma "Irmã" em transe com os
Kalas ativados, isto pode ser igualmente aplicado para ambos os sexos. As frases-chave
aqui são 'as camas purpúreas', isto é, iluminadas pela Sahasrara Chakra e
'Fogo e Luz nos seus olhos', isto é, elas estão em transe e a plena expressão
de su Vontade é expressa através delas. Aqui, entendemos a base biológica da
Magia Sexual, o fluxo e refluxo do universo como refletido pelos Aeons acima
nas secreções do organismo e do ciclo dos Kalas abaixo. A Yôga do Sexo Tantra é a yôga do
sexo, não requerendo, entretanto, uso de longas sessões de Asana ou posturas
peculiares. Requer, porém, a disciplina do instinto sexual e sua modificação
em formas utilizáveis pelo Mago em sua busca por si mesmo (Self). No Tibet,
por exemplo, o Tantra é conhecido como "Prayôga" e a primeira coisa
que se nota nestes mestres Yogis é sus conduta sexual, o iniciado deve
cultivar sua libido e usá-la como outra de suas ferramentas mágikas. Yôga
Sexual é uma das mais secretas tradições dos Yogis, mesmo no Gnosticismo era
ensinada escondida sob o véu do simbolismo. Por exemplo, na terminologia
Gnóstica egípcia, a Tumba era o símbolo do útero e, portanto, no pensamento
original Gnóstico percebemos que a morte e ressurreição do Cristos, era, em
certo nível, um mito sexual. Este mito reflete a destruição do eu inferior
(ego) e a afirmação do Eu Mais Interno através do uso de Magia Sexual. É
interessante notar que no livro 'A Morte de Cristo' de Wilhelm Reich, uma
interpretação biológica similar do mito de Cristão é oferecida. Em tempos mais
recentes, a pesquisa de John Allegro (autor de "The Sacred Mushroom and
The Cross", "The Dead Sea Scrolls", "End of The Road,
etc.) foi um passo adiante e descobriu que o termo 'Christós' realmente
referia-se ao sêmen sagrado, outra sugestão velada referindo-se aos Mistérios
Sexuais Gnósticos. A Yôga do Sexo ou Magia Sexual é uma parte importante da
Vontade para se fortalecer, pois oferece ao mago controle das partes
instintivas de sua natureza e estas, sem dúvida, têm a chave para muito mais
poder. O sexo, nos trabalhos de muitos psicólogos modernos é a conduta humana
suprema, embora possamos não aceitar esta afirmação, sabemos que realizá-lo
corretamente abre uma porta para um imensurável poder pessoal. Os Chakras O orgasmo pode
ocorrer em qualquer um dos seis chakras inferiores, mas se ocorre no sétimo,
então todos os chakras serão ativados através de meios sexuais, a serpente
sendo levantada dos centros mais baixos (através de libido controlada) e no
final resulta a união da serpente com a pomba do Sahasrara Chakra. A energia
que é levantada através dos chakras é conhecida como Ojas e é absorvida dos
fluidos sexuais e redirecionada para a coluna vertebral no orgasmo, sendo
secrecionada no sêmen a energia não absorvida. O uso de
feitiçaria sexual como parte do desenvolvimento da Kundalini é um aspecto
importante dos ensinamentos tântricos (corresponde-se com Delta). Dá ao mago
controle sobre seu organismo e habilidade para controlar o largo espectro de
estados de consciência. Como pode ser rapidamente deduzido, os sete estados
de consciência podem ser relacionados aos sete chakras e portanto ao uso
correto do corpo, experimentar estados alterados de consciência é possível e
necessário como parte do processo de desenvolvimento. A Luxúria e o Novo Aeon : Arcanos do Tarot Nas chaves da
Luxúria e do Novo Aeon nós temos dois segredos da Magia Sexual, outros
Arcanos Tântricos do Tarot incluem 'A Torre' e 'O Enforcado'. Na fórmula da
Luxúria temos Babalon cavalgando a Besta (o Eu cavalgando o corpo) que tem
sete cabeças (os chakras) e está tocando o ventre de Nuit. Por trás de
Babalon a serpente ergue-se sugerindo o uso correto da energia sexual para
ativar os chakras e estimular os estados intuitivos de consciência
simbolizados por Babalon em seu aspecto Saturnino. Babalon é claramente a
representação de Nuit nos mundos inferiores, o lado feminino do Eu (Self). Acima da
representação de Nuit estão dez serpentes projetadas, as sephiroth da Árvore
da Vida movendo-se em plena atividade através da conjunção da Besta e de
Babalon. O número desta carta é onze pelo arcano e portanto refere-se à magia
em ação; pela atribuição hebraica é Teth ou nove, a serpente. Juntos, estes
números tornam-se vinte, as cartas do novo aeon para o qual é a chave. No arcano do novo aeon temos Nuit, seu corpo arqueado por amor, algo como o Graal, vertendo os Kalas para os Magos da Noite. Em seu ventre está o trono real de Hadit, o poder do Eu (Self). A união de Hadit e Babalon produz a criança conquistadora, Hórus, que é o senhor do aeon representado na frente da carta. Ele representa os vários 'eus espirituais' do humano fluindo pelos Aeons, fortalecidos e individualizados pela Vontade, simbolizado por Hadit. Para este arcano é atribuída a letra Shin, o fogo secreto, o fogo da luxúria divina, cuja natureza forja o Eu na glória de Nu. PARA: Continuar
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