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…….. Magia sexual GRIMORIO DE MAGIA SEXUAL 3- A
história do Tantrismo Os traços mais
primevos de Magia Sexual são encontrados na adoração pré-histórica da Grande
Mãe, cuja natureza era celebrada na mudança das estações e cuja presença era
experienciada através de fenômenos naturais. Esta forma primitiva de Magia
Sexual era basicamente animista e traços de seu simbolismo gerador e
religioso têm sido encontrados e datados até por volta de 18 mil anos a.C.
nas paredes de cavernas do Paleolítico. Exceto por estes traços precoces, os
primeiros registros de adoração tântrica são encontrados numa região
conhecida como a Tartária. A Tartária Uma idéia
predominante na antropologia moderna é que a disseminação do pensamento e
práticas Xamânicas e Tântricas originaram-se de uma área central de difusão.
A região mais favorecida por aqueles que abraçam esta teoria é a do deserto
de Gobi. Tal deserto é uma terra de lendas e magia, era conhecida pela
tradição como a terra dos Tártaros ou Tartária. Embora haja pouca informação
restante a respeito deste título, menciona-se sobre a terra grega de
Tartarus, que existia nas areias profundas e sem sol além de Hades, para onde
os Titãs haviam sido banidos por um Aeon. Em sua 'Doutrina Secreta' Blavatsky
sugere que a Tartária era o lar da Grande Fraternidade Branca e que já havia
sido um grande mar continental, no centro do qual residiam os remanescentes
da raça que nos precedera e que detinha grande poder e sabedoria. Portanto,
na literatura Teosófica, a Tartária é vista como o ponto de difusão para a
sobrevivência de uma raça de uma época muito antiga. Esta teoria não é
apenas encontrada na literatura teosófica, de fato muitas tradições sustentam
uma idéia similar e a lenda da Tartária em si mesma pode encontrar paralelos
nas lendas de Thule no misticismo nórdico, a fabulosa lenda de Dilmun no
pensamento sumério e a terra da Grande Fraternidade Branca, que era conhecida
como Agharti Shamballa. Shamballa é o título dado à Tartária nas lendas do
oriente, é dito que esta era a terra dos deuses, que ensinaram a mais antiga
Gnosis aos discípulos humanos. Uma estranha lenda é também contada sobre o
que aconteceu com Shamballa, é dito que uma batalha irrompeu entre os
praticantes do CMD de Shamballa e os praticantes do CME de Agharti. Tal
batalha teria durado vinte anos com o resultado do desperdício das terras,
restando o que vemos hoje no deserto de Gobi. A sobrevivência do Tantra se
deu com os Agharti indo viver no subsolo e levando consigo os segredos,
durante muitos anos fundindo os mistérios do CMD e do CME e propagaram estes
ensinamentos aos preparados através dos antigos e secretos Tantras. Esta
propagação de ensinamentos também tomou lugar pela migração dos remanescentes
destas fabulosas civilizações através de Uddiyana. A Uddiyana A Uddiyana é uma
região localizada no vale Swat no norte do Afeganistão, acreditando-se ser
esta a região que recebera alguns dos remanescentes de Agharti, sendo também
dito que outros esconderam-se no subsolo para formar uma colônia nas
profundezas da terra. Em Uddiyana o ensinamento do Tantra floresceu e foi
desenvolvido numa fina arte, há rumores de que Uddiyana era governada por
mulheres e que era conhecida como Stri-Rajya, o reino das mulheres. Em
Uddiyana foi usada a sabedoria do Tantra com uma nova fúria religiosa, sendo
a sabedoria secreta ensinada através de um sistema de iniciação em graus em
conclaves fechados. Nestes conclaves eram praticadas as artes da adoração
Fálica, magia, tantrismo, YabYum, ritos heterossexuais e homossexuais e uma
grande variedade de outras formas de feitiçaria. Tsiuen Tsang (por volta de
650 d.C.) escreve sobre as seitas por ele encontradas em suas jornadas
através destas regiões. Ele nos conta sobre um mundo estranho de monastérios
regidos por mulheres, promiscuidade sexual, trabalho criativo e artes de
magia. A religião Uddiyana teve uma fantástica influência na formação da
filosofia tântrica, não apenas a espalhando para os reinos de Bengala e Assam,
onde estas artes foram finalmente refinadas para um novo nível de sutileza,
mas Uddiyana produziu uma longa lista de mestres e discípulos. Algumas das
mais notáveis 'crianças de Uddiyana' incluem Chang Tao Ling (+ 200 d.C.), o
fundador do Taoísmo moderno, Shenrab (+ 500 d.C.), sistematizador da religião
tibetana Bon Po e Matsyendra (+ 800 d.C.) fundador da seita Natha. Alquimia Sexual Chinesa Os ensinamentos do
Tantra chinês tomam a forma de Alquimia Sexual, sendo sua origem não
plenamente determinada. Entretanto, a influência de dois mestres de magia,
Hsuang Ti e Lao Tse, teve o profundo efeito de trazer os ensinamentos do
Tantra chinês para um cânone mais organizado e refinado. Lao Tse foi o autor
do Tao Teh Ching e fundador do Taoísmo, sendo este um intrincado sistema de
misticismo baseado nas interações do Yin e do Yang, as duas energias cósmicas
opostas primais, ainda que complementares. Estas interações do Yin e do Yang
são tratadas no I Ching e formam a base do conhecimento terápico, mágiko,
místico, filosófico, do controle da respiração e das secreções, extensão da
saúde e outros aspectos do sistema chinês de alquimia. Embora possa ser
realmente difícil retratar a Lao Tse muita de 'sua' filosofia, sua vida
tornou-se uma lenda, sendo iluminador o estudo de seus ensinamentos. Chang
Tao Ling oferece um sistema centrado no entendimento sexual da alquimia
chinesa e esquematiza um programa detalhado de trabalho de fisiologia sexual,
ritualística e ocultismo. A Religião Bon do Tibet Há rumores
lendários que um dos portões da tribo remanescente de Agharti, agora vivendo
dentro da terra em cavernas subterrâneas, está no Tibet. O Tibet é uma nação
de mágika e ritualística, sendo a religião Bon a sobrevivente das práticas
xamânicas nativas na forma externa do Budismo. Foi primeiramente
sistematizada por Shenrab por volta de 300 d.C., que formou um sacerdócio
tântrico e um cânone autorizado. Há dez graus distintos no Sacerdócio Bon,
sendo o décimo não registrado e conhecido apenas pelos mais altos adeptos,
enquanto que os outros nove são abertos para a classe de sacerdotes
genéricos. Embora eles envolvam um sistema extremamente complexo de
demonolgia e ritual, seu poder não pode ser negado. As tradições do Bon
cobrem um espectro completo de prática oculta incluindo artes divinatórias,
oráculos, exorcismo, evocação, vampirismo, teorias post-mortem, como a do
Bardö (o estado após a morte), tratando de 360 formas de morte e muito mais.
Em 750 d.C. uma revisão da religião Bon tomou lugar sob a orientação de Padma
Sambhava, o então príncipe de Uddiyana. O Bon foi reorganizado numa linha com
vários sistemas de Tantra de Uddiyana e foi então formulado num sistema mais
refinado de prática mágika e tântrica. O Tantrismo no Tibet é associado com
muitas artes obscuras de feitiçaria e portanto afastado por muitas das seitas
budistas mais ortodoxas. Contudo, mesmo os Dalai Lamas envolveram-se em
muitas de suas práticas. O quinto Dalai Lama, por exemplo, que morreu em 1680
d.C. estudou profundamente os mistérios do Tantra, sendo que muitas das suas
canções e poemas de amor ainda são estudados por muitos magos sexuais. Diz-se
que quando ele foi questionado a respeito de seu uso de ritos sexuais, ele
disse : "Sim, é
verdade que eu tenho mulheres mas você que acha-me errado também as tem e a
cópula para mim não é a mesma coisa para você." O Tantra na Índia Há histórias de
cultos fálicos primevos e ritos de fertilidade na Índia, entretanto, até a
migração dos Uddiyana via Kashmir e Himalaia para Deccan no sul e Bengala no
leste, o Tantrismo não havia realmente começado a firmar-se nas mentes e
corpos do povo hindu. Em Bengala a tradição do Tantra era a mais forte, que
até linhagens de reis, os Palas (760 - 1142 d.C.) e os Senas (1095 - 1119
d.C.) fundaram um grande número de escolas e universidades tântricas. Durante
este período até mesmo as côrtes reais tinham seus astrólogos residentes e
altos sacerdotes tântricos, apenas no fim do século treze isto foi destruído
com as invasões de hordas muçulmanas. Os mistérios
tântricos, contudo, ainda sobrevivem em várias seitas secretas e
semi-secretas da Índia. As duas mais importantes destas seitas tântricas
budistas são a Kalachakra (Culto da Roda de Kali) e a Vajrayana (Culto do
Trovão). À parte de seitas hindus, existem muitas, a tradição tântrica no
hinduísmo é excepcionalmente forte e toma uma grande variedade de formas,
algumas destas sendo os Shaivitas (Culto a Shiva), Shaktitas (Culto a
Shakti), Sauras (Culto a Shani ou Saturno), Kaulas (Culto a Kali) e os
Ganapatyas (Culto a Ganesha). Além disso, há várias derivações, por exemplo,
dos Shaivitas derivam os Lakulishas, que adoram Shiva como o senhor do
cajado, e os Pashupatas, que adoram Shiva como o senhor das bestas, cada uma
enfatizando diferentes facetas do mesmo sistema religioso. Primórdios da Magia Sexual Ocidental Os ensinamentos do
Tantra vagarosamente passaram ao ocidente, sendo os registros mais antigos os
trabalhos de Edward Sellon por volta de meados do século XIX e os muitos
textos escritos por John Woodroffe. Sir John era um juíz de alto escalão em
Calcutá, que traduziu para o inglês a maioria dos textos originais de
tantrismo pela primeira vez. Vintras (1875), Boullan (1893) e Van Haecke
(1912) foram alguns dos mais velhos ocidentais a revelarem um completo
sistema de magia sexual. Seu sistema era baseado no uso de ritos sexuais em
conjunção com a criação de formas astrais, incluindo o que eles chamavam de
'Humanimaux', elementares meio animal, meio humanos. Seu sistema enfatizava a
possibilidade de imortalidade através da sexualidade e usa um largo espectro
de técnicas sexuais. Vintras pode ser entendido como tendo reavivado uma
tradição ocidental esotérica de magia sexual, cuja origem pode ser rastreada
de volta ao Gnosticismo do primeiro século da era cristã. Embora haja pouca
imformação disponível parece que um sistema baseado numa síntese de
conhecimento mágiko e sexual da Tartária estava sendo ensinado por várias
fraternidades na região do Mar Morto. Estas fraternidades, uma das quais era
conhecida como 'os Essênios', estavam envolvidas num sistema de magia muito
parecido com os ensinados no Tibet e na Índia. Já está demonstrado que Jesus
foi iniciado numa destas fraternidades e que muito do Gnosticismo original
formou-se desta maneira. Certamente os trabalhos de John Allegro decifram
muito do Novo Testamento através deste elemento tântrico. O problema é que os
ensinamentos gnósticos de Jesus foram suprimidos e um evangelho mais social
foi colocado para o público. Por sorte, contudo, o professor Ormus (6 d.C.)
renovou o ensinamento da doutrina tântrica e permitiu sua sobrevivência até
quando os Cavaleiros Templários e a Ordem de Sião tomaram esta tarefa. Outras
ordens mais tardias de orientação Rosacruz e Maçônica também levaram adiante
o ensinamento em segredo. O tantrismo de Randolph Paschal (1875) demonstra
uma mistura de tantrismo gnóstico e tártaro. Tendo viajado bastante,
desenvolveu um sistema ocidental de tantra, que mais tarde foi adaptado na
estrutura maçônica da OTO original. O Trabalho de Gurdjieff Gurdjieff viajou
através das regiões da outrora Suméria, da Mongólia e do Tibet e foi treinado
pelo mestre Karagoz, um dos últimos mestres remanescentes do Tantra da
Tartária. Após radicar-se em Paris, Gurdjieff desenvolveu e ensinou um
sistema baseado numa síntese de dança e misticismo Sufi bem como na Gnosis
Tântrica original. Seu comportamento sexual era selvagem e imprevisível,
muito parecido com seu contemporâneo Aleister Crowley. Seu sistema sobrevive
ainda hoje e oferece muito ao estudante de magia moderna. Aleister Crowley e a O.T.O. A Ordem do Templo
do Oriente foi formada em 1902 por Karl Kellner, baseada no arcano tântrico
esquematizado nos trabalhos de Randolph Paschal. A estrutura da ordem
utilizava um sistema de dez graus, os seis primeiros sendo maçônicos, com o
conhecimento sexual sendo revelado apenas nos quatro graus restantes e mesmo
neles, numa forma muito mais teórica que prática. Após um breve período de
existência veio a cair sob supervisão de Aleister Crowley, que inovou seus ensinamentos
de um misticismo pseudo-maçônico para uma Magia do Novo Aeon. Ele também
adicionou um grau extra, o décimo primeiro grau, de acordo com certos
requerimentos tântricos específicos. A nova OTO como construída por Crowley
marcou o ressurgimento da tradição original tântrica da Tartária. A história da OTO
após seu óbito parece extremamente confusa, deixando a impressão que ele
assim o quis, sendo seus estudantes desta maneira forçados a permanecerem 'em
terra'. Embora haja várias reclamações sobre o título da OTO, não é nosso
objetivo adentrar uma consideração sobre as várias reclamações de validade,
ou falta dela. Após o óbito de Crowley, um vórtice astral foi criado para
segurar o conhecimento da magia sexual. Este vórtice, escola ou loja é
conhecido como o Santuário Soberano Astrum Argentinum. Esta loja tem muitos
representantes físicos, embora qualquer um reclamando autoridade, baseado em
qualquer evidência, física ou astral, deve ser duvidado. A Astrum Argentinum
confirma o Tantra Tártaro bem como esquemas de vários derivativos da magia
sexual como encontrados nos sistemas hindu e chinês. Esta corrente confirma
os ensinamentos de Agharti e sua aparição posterior no mito de Shaitan dos
Yezidis e no Tantra Draconiano do Antigo Egito. A Magia Sexual obscura
de Agharti reapareceu novamente, num sistema que une técnicas tanto
simbólicas quanto físicas e que formula uma nova e pura ética baseada na
beleza e majestade do Santuário Mais Interno da Vontade. Sua mensagem é
clara, o caminho da liberdade está contido dentro de nossas mentes e corpos,
não há necessidade em se olhar além! PARA: Continuar
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