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…….. Magia sexual GRIMORIO DE MAGIA SEXUAL 5- Os
Mistérios da Fénix O Simbolismo da Fênix A Fênix era o
pássaro simbólico do retorno, representando vários ciclos de tempo como ensinado
nas antigas escolas de mistérios. A Fênix era a constelação na qual Sothis (A
Estrela de Set) era a estrela principal. Como uma constelação provavelmente
correspondera à de Cygnus e Aquila, a Águia. Tanto o cisne quanto a águia
eram representações de Bennu ou pássaro do retorno. Estes podem ser
encontrados representados nas tradições mais antigas de formas similares. a
Fênix dos romanos era a Águia, enquanto que a alternativa dos Hindus e
Sumérios (Yezidi) foi o Pavão. De acordo com
Plinius, a vida da Fênix tem direta conexão com o ano maior do ciclo de
renovação, a duração deste ciclo, no qual as estrelas e constelações retornam
a suas posições originais, varia de acordo com diferentes autoridades. Um
prescreve um período de 666 anos, outro, de 1461 anos, sendo este período o
específico do ciclo de Sirius. Heródoto afirma que a Fênix ressurge a cada
quinhentos anos, dando ele, portanto, este número como a duração do ano maior
de retorno cíclico. Os adoradores de
Set eram os astrônomos mais eruditos do Antigo Egito, havendo rumores de eles
terem sido os construtores da Grande Pirâmide. Eles estavam informados do
ciclo de recessão e calcularam-no como um período de 52 períodos da Fênix,
sendo cada um destes de quinhentos anos. Portanto, de acordo com o Sacerdócio
de Set original, o Grande Ano tinha 26 mil anos. A Fênix era
conhecida como "A Dupla Trilha", a ave do retorno e a eterna
vindoura e, como tal, era representada na Ordem da Aurora Dourada (GD) como o
Mestre que empunhava a vara da Fênix. Este título específico é também
mencionado no terceiro capítulo do Livro da Lei e é de relevância específica
como expressão da fórmula dinâmica de Thelema e Agape na magia sexual
moderna. No Egito, a ave Bennu ou Fênix era representada pelo Heron ou Falcão
e sendo que o falcão dourado era visto como o veículo solar e fálico de
Hórus, podemos ver a relação direta com a mensagem do Livro da Lei e a
comunicação de Aiwaz. A Fênix era
escolhida como um glifo do Cajado Duplo (Double Wanded One) porque
simbolizava retorno cíclico ou aeonico. O Aeon renova-se como a Fênix e
portanto a relação entre estes dois conceitos dá algum crédito a uma mensagem
interna por trás de Thelema. A mensagem interna está baseada no fato de que o
primeiro herói celestial não foi o Sol, mas o conquistador do fogo solar,
representado pela estrela Cão (Canis) não apenas como um Senhor do Fogo mas
como um governante do fogo. Portanto, quando o Sol achava-se no signo de Leão
e o calor africano estava perto do intolerável, Set como a Estrela Cão ou
Set/Hórus (Orion) ascendia. E então quando o Sol atingia sua altura máxima e
começava a declinar, a Estrela Cão de Sirius e os gêmeos Hórus/Set (Orion)
eram adorados como conquistadores das causas de tormenta. O Deus Set que
derrotou o Leão do Sol e trouxe a cheia do Nilo era o arauto das
transbordantes águas de Nuit que salvam as terras de aniquilação. Em termos
esotéricos, Set é a besta que salta do sol ou Falo e ascende como a Fênix do
dilúvio das águas cósmicas que irradiam de Nuit através do abismo em direção
aos mundos ou dimensões mais baixas. Crowley restaurou a tradição Draconiana
mais antiga e o culto sem nome que se espargiu além dos Aeons e trouxe a
humanidade para o limiar dos diversos ciclos Aeonicos. Estes ciclos são
preparatórios para a ascensão do ser humano, como uma Fênix, em um novo
estado de ser, o Homem Superior. Para entender
plenamente a mensagem do pássaro Bennu, devemos primeiramente examinar na
Qabbalah esta fascinante criatura e sua relação com a formação do Homem
Superior e as vindouras correntes de energia. Análise Cabalística da Fênix Antes de podermos
entender verdadeiramente as atividades da Fênix como a ave de dupla vara na
Árvore da Vida, devemos estruturar a Árvore duma maneira que nosso conjunto
de imagens seja coerente dentro desta forma de simbolismo. Primeiramente,
dividamos a Árvore em três formas de correntes de energia: Estelar, Solar e
Lunar. 1. Forças Estelares : Substância Raiz :
Set, Nuit ou Ain. Força Oculta :
Hadit ou Kether. 2. Forças Solares : Substância Raiz :
Therion ou Chokmah Aspectos
Planetários : Hórus / Set (modo superior de Tipheret) Osíris / Typhon
(modo inferior de Tipheret) 3. Forças Lunares : Substância Raiz :
Babalon ou Binah Aspecto Planetário
: Ísis / Hecate ou Yesod Este sistema de
divisão formula a Árvore da Vida de tal modo que reflete as formas trinas de
Força Cósmica. As Forças Estelares irradiam dos Supernais e usando a
substância raiz de Therion e Babalon formam as correntes Solar e Lunar na
Árvore. A corrente Solar é formada pela Cruz Circular Cósmica, sendo a força
de Tipheret dividida em quatro pólos : A Metade Superior
é composta de Hórus e Set em seus modos solares. Eles recebem as forças das
Supernais e as irradiam para os mundos inferiores via esfera Lunar. A Metade Inferior
é composta da egrégora solar (ou mente-grupo) deixada pelo Aeon passado, é
sombreada pelas forças do topo, mas ainda tende a influenciar a radiação da
força. Esta dualidade
Topo/Fundo traz à mente a necessidade imperativa de reavaliar e reinterpretar
os ensinamentos do velho Aeon sob uma nova luz ao invés de rejeitá-los duma
só vez. Esta ação redime
as energias do centro inferior de Tipheret e alinha-as com a nova corrente.
Embora energia seja irradiada de Binah nas esferas Lunares, a maior radiação
de força no centro Lunar é através da Cruz Circular Solar. Esta radiação é
importante pois focaliza o mediante de energias no Centro Sol da Criança
Coroada e é nesta localidade que o mistério da Fênix começa. Irradiações de Energia As energias
irradiadas dos Supernais entram em Tipheret através das águas do Abismo, aqui
a energia é filtrada e adaptada e aquelas vibrações afins com a esfera Lunar
são irradiadas através dos Caminhos para o vórtice Lunar. Estes centros de
irradiação energética estão no centro de Tipheret, a Criança Solar ou Hórus,
que forma o glifo externo da Fênix. Hórus ou Heru-Ra-Ha é o Senhor do Duplo
Cajado, cuja imagem exotérica é solar em orientação. Entretanto, esta é
apenas uma aparência, a verdadeira natureza da Fênix é encontrada dentro dos
aspectos mais escuros deste ícone. Por assim dizer, sua natureza real é Ain
ou Set. Isto é óbvio na
imagem do Pavão como usada pelos Yezidis Sumérios. A Fênix suméria era
simbolizada pelo Pavão, pois cada uma de suas penas contém um
"olho". A numeração de "olho" é setenta ou Ain. A Fênix em todas
suas formas, é o distribuidor central de energia da Árvore da Vida, suas
formas estendendo-se por toda a criação através de Hórus e para o Nada
através de Set. Sua forma, então, cria uma ponte entre os ciclos a partir da
manifestação em direção à dissolução.
A Ressurreição da Fênix Em mitologias
antigas, a Fênix lança-se sobre as cinzas de civilizações caídas para nascer
novamente. Esta imagem forma o aspecto mais importante da análise cabalística
do pássaro Bennu. Conforme manifesta-se o Novo Aeon e as forças de Set
irradiam-se mais forte do seio de Hórus, a Fênix ergue-se de seu local em
Tipheret e move-se para os mundos superiores, e conforme ocorre este
movimento, a onda de vida é arrastada através do Abismo e os escombros da
civilização caída são deixados para trás. Conforme ascende, suas asas
englobam Babalon e Therion, que são então unidos em seu peito como Baphomet,
Pan, Hadit ou Kether (andrógino). Aqui, agora, Hórus torna-se o Senhor da
Criação e, ainda, o ciclo não está completado. Hórus como Hadit afoga-se na
eternidade de Set (Nuit) e o Universo retorna para o sono cósmico (Pralaya).
Apenas aqueles que entraram na Fênix podem alcançar o Presente de Set, apenas
aqueles que se tornaram imortais através do poder da Vontade podem atingir o
Dom da Verdadeira Vontade. Este processo envolve um pleno entendimento de
práticas esotéricas da Fórmula da Fênix. Aspectos Esotéricos da Fênix na Magia Sexual Para questões de
fisiologia a Fênix é conhecida como "A que retorna" e era
representada pelo Íbis, que era o veículo de Thoth, o Deus da Magia e da
linguagem escrita e falada. De acordo com Plutarco, o íbis instruiu a
humanidade na lavagem anal, que a própria ave realizava com seu bico. Este
fator é imperativo a respeito da aplicação da fórmula da Fênix no décimo
primeiro grau da OTO e o grau de Epsilon dentro do sistema da Astrum Argum.
Este grau envolve o reverso do processo copulativo "normal". É válido saber que
os Altos Sacerdotes do Egito conhecessem o Pássaro Bennu ou Fênix, e nenhum
outro, como o portador da essência vital, conhecida como "Trilha",
sobre a qual dizia-se originar numa região secreta e inacessível. A
"Trilha", em inglês 'Hike', pode ser igualada à Hekt egípcia, à
Hecate grega e à germânica Hexe, portanto, podendo se ver os poderes mais
obscuros da fórmula. Crowley assumiu o
título de Fênix ao alcançar os graus mais altos da OTO, mas apenas
internamente à ordem. Em público, ele tomou o título de Baphomet. Estes dois
combinados dão informações avançadas da fórmula. Num texto de caixão antigo
do Egito, o Livro dos Mortos, a alma Triunfante exclama... "Eu venho da
Ilha de Fogo, tendo preenchido meu corpo com a Trilha, como aquele Pássaro
que preencheu o mundo com aquilo que não conhecia." Crowley descreveu
a Fênix de Thelema como aquela que irá surgir dos escombros da civilização,
num breve mas potente trabalho entitulado "O Coração do Mestre"
(The Heart of the Master). Aqui vemos a mistura de ambas a fórmula da Fênix e
seus papéis no progresso cabalístico pelos Aeons. De acordo com Heródoto
(Livro 11:58), os egípcios celebravam o retorno anual da estrela Sirius com
ritos caracterizados por cópula anal (algum tempo depois, corrupções
apareceram e celebrações com cópula bestial também eram usadas). Crowley, estudando
a fórmula anal, descobriu seu uso em arcanos ocultos de magia e ensinou-os
como os Mistérios do décimo primeiro grau da OTO (Epsilon). Esta fórmula
permaneceu mais poderosa do que outras alternativas devido ao seu uso
especial e simbólico com membros de cada sexo, mas especialmente em
atividades homossexuais. O deus oculto,
Set, representado por Sirius, a Estrela Cão, tipificou esta fórmula peculiar
dos Mistérios. É neste sentido que Crowley, em conclave secreto com Frater
Achad, assumiu o título esotérico de Fênix em 1915. Sendo a Fênix a ave do
retorno cíclico, que administra sua própria cloaca, é portanto um símbolo
importante de ambos aspectos, místico e físico, dos Mistérios. Dion Fortune
nota que Vênus ou emoção é finalmente transcendida em Sirius e portanto,
vemos a nova forma de "Love Under Will" (Amor Sob Vontade) expressa
na fórmula da Fênix. John Mumford, um expert neste campo, tinha o seguinte a
dizer em seu livro "Ocultismo Sexual" (Sexual Occultism) : " A tradição
secreta do Tantra Mágiko ensina que o ânus é uma zona erógena ultrasensível,
diretamente ligada ao Muladahara, o chakra básico. Oculto dentro da base do
chakra enrolado e enroscado, como uma mola, jaz o poder primal do sistema
nervoso, manifesto como a deusa serpente, Kundalini. A palavra
'esfíncter' significa um nó ou faixa e é derivada da mesma raiz grega de
Esfinge, a besta mitológica, epítome dos mistérios ocultos. O mestre do sexo
tântrico abre o esfíncter anal de sua Shakti, solucionando então o enigma da
Esfinge." O intercurso anal
é um método específico de despertar a Kundalini. Uma referência ao texto de
anatomia de Gray revela a existência de uma glândula oval irregular entre a
parede retal e a ponta do osso caudular ou cóccix, chamada "o corpo
coccígeo", embora sua função seja desconhecida para o fisiologista
ocidental. Em Magia Sexual é conhecida como a "glândula Kundalini".
A ativação sexual desta glândula é direta e rápida através da dilatação do
esfíncter anal com um efeito reflexo consequente sobre os dois ramos do sistema
nervoso autônomo. Além de alterar o sistema nervoso autônomo, o intercurso
anal resulta em ejaculação de sêmen no reto que nutre a glândula Kundalini e
desperta os fogos internos. Trabalho Astral e Fisiológico da Fênix O mago deve gastar
seu tempo assumindo a forma da Fênix, este trabalho começará a realizar
muitas mudanças na consciência e na atitude psicológica. Conforme o mago cria
a imagem astral ele deve desenvolver uma atitude mental específica em
conjunto com sua assunção, todos os aspectos da vida devem ser vistos como
escombros diante da Fênix. Conforme a imagem surge na tela mental as
ocorrências da vida rotineira diária e as memórias e imagens que relampejam
pela mente devem ser vistas como escombros abaixo da Fênix ascensa. A
combinação de visualização e atitude mental devem ser continuadas em relação
à outra fórmula da Fênix. A assunção ritual
da forma da Fênix deve também ser realizada, os braços devem ser vistos como
asas, a boca como o bico e assim vai até que tenha ocorrido uma transformação
total na tela mental. Estes processos devem ser praticados até que um alto
grau de eficiência tenha sido atingido, podendo então ser seguidos pela Missa
da Fênix. A Missa da Fênix A Missa da Fênix é
um ritual simples que afirma a identidade do mago como a Fênix / Humano
Superior, o que ergue-se acima da vida para se tornar mais que humano. Deve
ser realizada regularmente, mas não freqüentemente e com fortes exercícios
preliminares. A receita para os pães de luz é encontrada no terceiro capítulo
do Livro da Lei. O uso de sangue
dentro deste rito é importante por mostrar os ciclos de criação e dissolução,
o eterno ciclo de recorrência que o mago percebe e do qual se liberta. Uma variação deste
ritual é fazê-lo apenas com sêmen ou fluidos sexuais. É uma boa idéia
experimentá-lo de ambas as formas por um período de tempo, meditando na
natureza da vida em suas variadas formas tais como sofrimento e alegria, como
recorrência eterna e como força imortal. Conclusões A Fênix é um
símbolo vivo e potente do desenvolvimento humano dentro do Aeon de Hórus.
Junta uma larga amplitude de simbologias e práticas, sugerindo tanto o
mistério do intercurso anal e a transformação da Árvore da Vida no contexto
Aeonico. O uso pessoal e iniciático da Fênix como um símbolo do Humano
Superior e como uma fórmula prática é central para a Magia. Contudo, será de
muito trabalho e prática a plena integração da energia da Fênix. Assim
como a Fênix ascende, nós também podemos ascender sobre as ruínas da vida
superficial e do pensamento diário para o santuário escuro da eternidade da
Vontade, onde a Fênix governa num ninho de fogo escurecido no qual os limites
de nossas mentes e corpos são queimados e a Pura Vontade, imortal, perfeita e
livre de propósito é forjada. PARA: Continuar
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