Astrologia, Jung e a astrologia

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Os quatro elementos da astrologia ( fogo, ar, terra e água) são os blocos básicos para a construção de todas as estruturas materiais de todos orgânicos. Cada elemento representa um tipo básico de energia e consciência, operando em cada um de nós.

Assim como a física moderna demonstrou que energia é matéria, os 4 elementos se entrelaçam e combinam para formar toda a matéria”.

“ Assim como muda a compreensão do homem a respeito de suas religiões e de seus deuses, muito embora eles ainda continuem a existir de uma forma ou outra, assim também a astrologia ainda existe, como existe a necessidade que o homem tem dela, a despeito de todas as tentativas para racionalizá-la fora da existência.

Devemos, porém, reavaliar nossa forma de abordá-la, vendo-a não simplesmente como uma disposição ordenada de pistas celestiais que indicam o nosso fado imutável, conforme tem sido tradicionalmente encarada, mas antes utilizando-a como um meio que nos levará a compreender a nossa natureza fundamental, a descobrir o nosso lugar no universo, e assim nos ajudar a viver de maneira plena e criativa.

Em outras palavras, a Astrologia pode ser vista como uma mitologia que pode ser usada conscientemente. O ocidental contemporâneo evoluiu a tal ponto que já não se contenta em viver inconscientemente, de acordo com mitos obsoletos, dogmas rígidos tradições arcaicas. Todavia, ele foi longe demais no seu esforço para libertar-se das limitações e das tradições. Perdeu o contato com as bases arquetípicas do seu ser e com a fonte de sustentação e de alimentação espiritual e psicológica que essas bases fornecem. A astrologia pode ser usada como um recurso para reunir o homem ao seu eu interior, à natureza e ao processo evolutivo do universo”.

“ Se os arquétipos são a base de toda a vida psíquica e se são, realmente, transcendentes em si, isto é, demasiadamente sutis ou imateriais para uma compreensão consciente imediata, então é muito importante termos uma linguagem para descrever – ou pelo menos para indicar – a sua realidade. E, se não podemos conhecer essas realidades conforme elas são, pelo menos podemos compreender como elas funcionam e o que elas significam para nós, recorrendo ao estudo da única ciência que trata de tais forças: a Astrologia. Não importa qual o rótulo que possa ser usado para designar estes princípios universais – arquétipos, essências ou princípios formativos – permanece o fato de que tais forças existem no universo e influenciam cada um de nós, tanto partindo do inteiro quanto do exterior. Esta é a razão porque alguns psicólogos, psiquiatras e conselheiros já começaram a usar a astróloga como instrumento principal, para compreender a dinâmica inteiro dos clientes.
JUNG disse que usou muito a astrologia, especialmente com pessoas com as quais tinha um entendimento difícil:

“ Como sou psicólogo, estou principalmente interessado na luz particular que o horóscopo derrama sobre certas complicações existentes no caráter. Nos casos de diagnóstico psicológico difícil , eu normalmente providencio um horóscopo para poder ter um ponto de vista partindo de ângulo inteiramente diferente. E digo que muitas vezes descobri que os dados astrológicos elucidam certos pontos que eu de outro modo não teria sido capaz de entender”

Jung, numa carta para o Professor B V. Raman, set de 1947.

E cito também:

“ Existem muitos exemplos de notáveis analogias entre constelações astrológicas e eventos psicológicos ou entre o horóscopo e a disposição geral do caráter. É até mesmo possível prever até certo ponto, o efeito físico de um transito astrológico. Podemos esperar, com considerável certeza, que uma determinada situação psicológica bem definida seja acompanhada por uma configuração astrológica análoga. A Astrologia consiste de configurações simbólicas do inconsciente coletivo, que é o assunto principal da psicologia; os planetas são deuses, símbolos dos poderes do inconsciente”

Jung numa carta ao astrólogo Francês André Barbault, em 1954.

Textos extraídos do livro “Astrologia, Psicolgia e os quatro elementos

Autor: Stephen Arroyo, Editora Pensamento, SP
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