Bruxas e demónios
O Papa
Eugénio IV, em 1437, escreveu uma missiva na qual descrevia a bruxaria.
Na
carta são referidos:
1
Sacrifícios
e/ou adoração aos demónios
|
2
O
conceito de «pacto demoníaco», por via
do qual são concedidos grandes poderes para praticar malefícios
|
3
O
uso de imagens de cera para praticar feitiçarias
|
4
A
inversão ou reversão de símbolos cristãos, assim como a perversão da
liturgia cristã – a missa negra -
|
5
O
contacto carnal com demónios, ( «incubi» ou «sucubi»), por via do qual a
luxúria com os demónios é porta aberta á celebração de pactos infernais com
entidades das trevas que possuem aquela que se ofereceu como consorte de um
demónio, o que consequente configura um meio de obtenção de poderes
maléficos
|
Pois na verdade, a bruxa foi em tempos encarada como um ser
sobrenatural, uma espécie de vampiro ou mais concretamente um «succubus» que
á noite invadia o lar das pessoas, fosse na forma de um gato negro, ou de uma
traça, ou de neblina, para ter relações sexuais com um ou mais dos humanos
daquela casa, extraindo assim as forças vitais desses humanos para seu
próprio alimento.
A bruxa, enquanto ser espiritualmente infernal e vampiresco, muita das vezes
poderia actuar para beber o sangue ou extrair o esperma das suas vitimas, ou
noutros casos, apenas alimentar-se da sua energia vital, o que causava um
estado de grande debilidade, falta de forças e fraqueza generalizada das suas
vitimas.
È desse tipo de lenda que nasceram diversas superstições que ainda hoje
perduram, como superstições relativamente a gatos negros ou a traças.
Julgava-se na Idade Media, que o gato negro era na verdade uma bruxa que
tinha assumido a forma daquele animal, e julgava-se que ao aparecer a uma
pessoa, a bruxa na forma de gato negro estava anunciando que essa pessoa
havia sido embruxada. Dai que nos dias de hoje, se julgue que á má sorte ver
ou cruzar com um gato negro.
Com as traças passa-se o mesmo. Em muitos locais, ainda se diz que ver uma
traça dentro de casa é sinónimo de bruxaria. Tal superstição advêm das
crenças medievais, nas quais se dizia que a bruxa entrava nas casas das suas
vitimas sob a forma dessa insecto, para depois atacar as pessoas dessa casa
enquanto elas dormiam.
Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais
é uma superstição que supostamente afasta pessoas indesejáveis de entrar
naquela casa. Tambem essa superstição tem raízes na bruxa, pois acreditava-se
que as bruxas tinham a capacidade de usar vassouras para se deslocarem até á
casa da pessoa que iam atacar. Ao inverter uma vassoura junto da porta,
estava-se no fundo querer influenciar o voo do ser nocturno, ( a bruxa),
invertendo-o a afastando o voo daquela residência.
De qualquer das formas, na antiguidade o bruxo era tido não como apenas um
mero ser humano, mas sim um ser humano possuído por um espírito demoníaco, o
que conferia a essa pessoa poderes sobre - naturais.
Uns acreditavam assim que a bruxa era invadida pelo demónio através de um
pacto infernal, que era geralmente consumado através de união sexual entre a
bruxa e o diabo.
Segundo tais versões, as bruxas na Mitologia Crista e segundo a visão dos
manuais de Inquisição na Idade Media, eram conhecidas por manter relações
sexuais com o demónio, e por essa via obterem os poderes do diabo para
poderem praticar todo o tipo de acções sobrenaturais ou acções magicas.
Estas noções são na verdade herdadas das mais ancestrais
tradições místicas hebraicas. Já no I Livro de Henoc é possível observar que
a Bruxaria é praticada pela primeira vez quando Satã, Azazel e outros 198
anjos descem á terra.
Na verdade, o I Livro de Enoch
descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e
habitaram neste mundo. E assim continua o apócrifo Enochiano:
Eles,
tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem
queriam.
Penetram-nas
e desonraram-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, fórmulas magicas e como cortar
raízes e ervas
para
usarem nos seus conjuros (….)
começaram
[ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres
I Livro Enoch
|
Segundo
o I Livro de Enoch, no inicio da humanidade, ( após a expulsão de Adão e Eva
do paraíso), alguns anjos
estavam
encarregues de vigiar o ser humano na terra , chamando-se esses os
«vigilantes».
Entre
eles, encontrava-se Satã, Azâzêl,
Samîazâz, Arâkîba, Râmêêl, Kôkabîêl, Tâmîêl, Râmîêl, Dânêl, Êzêqêêl,
Barâqîjâl, Armârôs, Batârêl, Anânêl, Zaqîêl, Samsâpêêl, Satarêl, Tûrêl,
Jômjâêl e Sariêl.
Os anjos vigilantes, desejaram as filhas dos homens, as
mulheres.
Em conjunto, decidiram abandonar o céu para se unirem
carnalmente ás mulheres.
Assim o fizeram, e 200 anjos abandonaram o céu e uniram-se carnalmente
ás mulheres, escolhendo dentre elas todas as que quiseram. Os anjos
penetraram-nas e amaram-nas e com elas casaram.
Foi nesse momento que os anjos rebeldes ensinaram ás suas
mulheres os segredos das artes da magia negra em troca do sexo que com elas
tinham, e assim nasceu a magia negra.
Não só nasceu a magia negra, como da união sexual entre os anjos caídos
e as mulheres, nasceram filhos: os neffilins.
Deus desaprovou tanto a fuga dos anjos, como a união entre esses
e as mulheres, e gerou o dilúvio que tudo destruiu á face da terra.
Ao faze-lo, lançou uma maldição:
I
as mulheres dos anjos seriam mortas, bem como os seus
filhos;
II
não só perderiam para sempre as suas mulheres e filhos,
como próprios anjos caídos seriam para sempre espíritos sem descanso nem paz
aprisionados num dos cantos do reino dos mortos;
III
os espíritos dos filhos que nasceram do amor entre os anjos
e as mulheres, ( entretanto mortos no dilúvio), passariam a ser espíritos
terrenais, espíritos impuros, espíritos maus.
Assim sendo:
Segundo Enoch, é neste momento que nascem os demónios, ou
seja:
eles são tanto os 200 anjos caídos que amaram as mulheres,
como os seus filhos, ( ou os espíritos dos seus filhos), condenados a vaguear
eternamente na terra.
Rezam
as crenças Enochianas, que os anjos caídos e os seus filhos continuam
vagueando neste mundo, amando as mulheres, desejando a carnalidade com
elas, e concedendo-lhes o seu poder e
sabedoria. A essas mulheres, chamam-se bruxas, e aos homens que por causa
dessas mulheres possuem uma aliança com esses espíritos chamam-se bruxos.
Os
demónios facultam ás bruxas:
I
Conhecimento
sobre o passado, o presente e o futuro
|
II
Saber
sobre as propriedades secretas tanto de ervas como de pedras que servem de
base ao fabrico de pós ou essências místicas.
|
III
A
alteração de certos eventos, ( tanto a nível de fenómenos naturais, como na
vida das pessoas), através da sua acção ou influencia sobrenatural sobre
esses mesmos, a pedido da bruxa e com a finalidade de causar a
concretização de certa finalidade.
|
Os
espíritos terrenais, (ver: dicionário de
demónios), manifestam-se nas bruxas através de incorporação, (
incorporação sucede quando um espírito desencarnado habita momentaneamente no
corpo de um humano, ao mesmo tempo que a alma desse mesmo humano), que é permitida através do processo de possessão
voluntária, sendo que essa é angariada através da carnalidade.
Sobre
tal tipo de processos místicos entre bruxas e demónios, recomenda-se leitura
do Malleus Maleficarum e sobre o Sabbath.
Ora, verifica-se assim que a
mais ancestral teologia hebraica revela que a bruxaria foi oferecida ás
mulheres em troca do acto sexual com os anjos caídos, e assim nasce a arte da
bruxaria tal como ela é conhecida.
Tanto as visões teológicas medievais,
como as revelações místicas e apócrifas, são unânimes em encarar as bruxas como «consortes» do
Diabo, muitas das vezes apelidando as bruxas de «prostitutas do Diabo», ou «amantes
do Demonio», etc....
Mais que uma vez a bruxaria é nas escrituras relacionada com a sexualidade
impura, com a relação e os pactos que se estabelecem entre bruxas e demónios
através da carnalidade. Senão vejamos:
Celebram ritos onde (…) realizam mistérios ocultos, ou fazem banquetes
orgiásticos com rituais estranhos
Sabedoria 14,23
|
Como pode estar tudo bem, se continuam as prostituições de tua mãe Jezebel
e as suas inúmeras magias?
II Reis 9,22
|
quem recorrer aos necromantes e adivinhos para se prostituir
com eles (….)
Levítico 20,6
|
Filhos de feitiçaria (….) não sois vos que procurais a ardência do sexo?
(…) que tiravas partidos dos teus amantes, com os quais gostavas de ter
relações; e (….) multiplicavas as tuas prostituições
Isaías 57,3-5
|
Este tipo de sabedoria [ a bruxaria] não vem do alto, é sabedoria (…)
animal, demoníaca
Tg 3,15
|
As obras dos instintos (…) são bem conhecidas: fornicação,
(….) libertinagem, idolatria, feitiçaria
Gl 5,19-21
|
A bruxaria é tida como uma «prostituição com os seres do oculto», sendo que
se trata de uma «prostituição aos demónios», um meio esotérico por via da
qual se obtêm poderes ou favores dos «filhos das trevas» (Tl 5,5).
Pois devido á forma essencialmente sexual por via da qual alegadamente as
bruxas e bruxos compactuariam com o Diabo para obter os seus poderes, as
perseguições da Santa Inquisição Católica incidiram fundamentalmente numa
violenta perseguição ás mulheres, ( especialmente as mais atraentes, pois
essas eram consideradas uma verdadeira tentação do demonio), e aos homossexuais,
sendo que tanto uns como outros eram considerados potenciais parceiros
sexuais do Diabo, pois seriam alegadamente espiritualmente mais passivos de
serem mais fácil e fortemente seduzidos pelo demónio através da grande
tentação dos prazeres carnais.
A sedução satânica era considerada uma sedução realizada pelo Diabo ou pelos
dos seus demónios, numa tentativa desses se infiltrarem nos corpos dos que se
lhe oferecessem, assim possuindo-os. O que essas pessoas ganhariam em troca
de serem possuidas atraves do sexo com os demónios, seriam poderes
sobrenaturais, poderes ocultos cuja a fonte reside no poder satânico do
próprio Diabo.
Satã é um anjo caído, e sendo anjo é um espírito. Pois sendo um espírito,
Satã não tem corpo nem sexo. No entanto, Satã foi considerado ou
convencionado pela teologia religiosa como sendo um ser de essência
masculina.
Por isso mesmo, consideravam os manuais inquisitórios que o Diabo
ou Satã:
I
procurava ter relações
sexuais essencialmente com mulheres bonitas e com maior apetite
sexual, tal como Eva teve relações
com Lúcifer, ou outras mulheres tiveram relações com Satã e Azazel, em
troca das quais receberam sabedoria e poder. Tal como aconteceu no passado
histórico descrito na Bíblia e nos escritos de Enoch, essas lindas, desejáveis e lascivas
mulheres eram o «alvo» preferido do
demónio, ao passo que as mais permeáveis á tentação da carne, sendo essas
as bruxas;
|
II
ou então que o diabo procurava também homens que aceitassem
servi-lo. E os homens poderia faze-lo submetendo-se ao poder do Diabo. Por
via dessa submissão, renunciavam a Deus e oferendavam as suas belas
mulheres o demónio, tal como Adão aceitou mansamente que Eva fosse amante
de Lúcifer ,( dessa relação nasceu Caim), ou da mesma forma como os
descendentes da tribo de Caim aceitaram que Satã, Azazel e os restantes 198
anjos caídos fossem amantes das suas esposas em troca de grande poder,
saber e prosperidade; assim, acreditava-se que o homem que em troca de
poder sobrenatural, compactuasse e
participasse como o demónio na sua luxúria, tornar-se-ia seu servo e
sacerdote, sendo esses os bruxos.
Para mais informação histórica, consulte: Malleus
Maleficarum
|
Dizia-se que dessas relações carnais,( a génese do pecado
original que desgraçou Adão e Eva, assim como gerou a causa do dilúvio
), nascia o pacto satânico que
facultava os poderes sobrenaturais que as bruxas e bruxos possuíam, que eram na
verdade os poderes das trevas, ou o «dom das trevas».
Acreditava-se também que eram nas missas negras e nos Sabbath,
que o pacto demoníaco era não só selado, como ciclicamente celebrado e
repetido para agrado dos prazeres demoníacos.
Segundo tais versões mitológicas, uma bruxa seria sempre o resultado de um
fenómeno de possessão consentida, ou seja, um espírito de bruxaria possuía a
bruxa ou o bruxo, não contra a sua vontade, mas sim através de um acto de
entrega voluntária por parte desses.
Na verdade, havia mesmo quem defendesse que essas bruxas e bruxos não
possuíam poderes «em si» e «por si», mas antes eram consortes ou amantes do
Diabo e que por isso, podiam invocar os favores de Satã ou da sua corte de
anjos caídos, para realizarem as suas obras magicas neste mundo.
As
teses que professavam que a Bruxa nascia de um Pacto com o Diabo assinado em
sangue ,( sangue da própria bruxa), e celebrado através de sexo, ( com o
próprio corpo da bruxa que assim se prostituía ao demónio), alegavam
igualmente que uma das características identificativas das bruxas, ( de
acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa».
Essa
marca corporal confirmava que a bruxa era na verdade uma bruxa. A marca não
pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o
Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou que o demónio escolheu essa pessoa
para ser seu servo, aliado e sacerdote.
A
«marca do Diabo» é um sinal deixado pelo demónio no corpo da bruxa como forma
de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.
Tradicionalmente,
acreditava-se que a «Marca do Diabo» era criada de diversas formas:
ou
pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do
Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca.
Professava-se
por isso que a «marca» podia-se manifestar em diversas formas:
Uma
verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente
insensível.
Nas
teses ocultistas de magia negra, a «marca da bruxa», ou o «sinal do Diabo»,
possui o nome de: a «marca de Caim».
Hoje
em dia muitos ocultistas acreditam que a «marca do diabo» não é na realidade
uma marca física que é impressa pelo demónio no corpo da bruxa, ( tal como um
selo é marcado com ferro em brasa na carne de um animal), mas antes trata-se
de uma marca espiritual que fica impressa na alma da bruxa, ou seja: o seu
«nome espiritual», ou o seu «nome demoníaco», por oposição ao seu nome de
baptismo cristão .
Alegam
essas teses ocultistas, que quando um pacto é realizado, o demónio que
apadrinhou uma bruxa concede-lhe um «nome espiritual», que é um «sinal» que
ficará marcado para sempre no espírito de quem vendeu a alma ao Diabo.
È com
esse nome que a bruxa passará a viver, a trabalhar nas artes da bruxaria, e
mesmo será recebida no mundo dos espíritos depois da sua morte neste mundo.
Por esse motivo, todos os grandes
bruxos adoptaram nomes esotéricos diferentes dos seus nomes de baptismo
cristão:
Papus, cujo o nome de baptismo era Gerard Encausse;
|
Eliphas Levi, cujo o nome de baptismo era Alphonse Constant;
|
Aleister
Crowley, cujo o nome de baptismo era
Edward Alexander
|
etc
|
Se os «nomes de baptismo» cristão identificam uma alma
perante Deus, o «nome espiritual» que provem de um Pacto é o «sinal» que identifica
um bruxo diante do demónio.
Sendo a bruxa o resultado de um Pacto por via do qual lhe é
concedida uma nova e eterna vida ao serviço do Diabo, então no momento do
Pacto a bruxa é «baptizada» com o sinal, ( «nome»), que para sempre a
identificará perante o Demónio.
§ § §
§
Outras crenças porem, apontavam para a natureza demoníaca da bruxa,
defendendo que a bruxa já nascia bruxa tal como uma cabra já nasce cabra, ou
seja, a bruxa já nascia com um com um espírito de bruxaria dentro de si, pois
tinha sido fruto de uma união sexual impura entre um humano e o demónio.
Segundo
essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser
condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente ,(desde a
nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma
impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada
pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a
não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra.
Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz após
a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando
instigar a actos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos, atacando vitimas
inocentes, etc.
Prova dessa mesma noção, encontramos no antigo Livro de São Cipriano, (Cap. V – Poderes ocultos – Secção 11, p. 183), onde o santo depois de ter
renegado a bruxaria e se ter convertido á fé em Deus, ainda foi atormentado por
fantasmas que eram os espiritos de bruxas mortas, vagueando sem descanso por este mundo.
Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo
fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo
que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não
pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis de Deus. Outra forma
de evitar que o espírito da bruxa regressasse a esta mundo e vagueasse pela
terra atacando vitimas inocentes, era amarrar o corpo da bruxa a uma pesada
pedra e atirar a bruxa a um rio, ou a um poço, ou a um lago, acreditando-se
que assim a alma da bruxa permaneceria enclausurada no corpo, não podendo
abandona-lo para regressar a esta mundo e «vampirizar» os filhos de Deus.
Tais versões teológicas existentes na idade media, defendiam por isso um
certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa, um certo tipo de forma
de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia
que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma
estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser
eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio
apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água
benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de Cristo.
Bruxas, vampiros, lobisomens, demónios e o próprio diabo, eram rotuladas
criaturas da noite, todas elas vistas por uns como seres condenados e a
eliminar , e por outros como forma de produzir algum tipo de resultado na sua
vida.
Seja como for que fosse encarada a origem da bruxa, acreditava-se que ao
encomendar um trabalho a uma bruxa, estava-se encomendando o trabalho ao
demónio que habitava na bruxa, e em ultima instancia, ao próprio diabo, pois
a bruxa era um representante do diabo na terra, tal como os padres eram
representantes de Deus na terra.
Fonte: magianegra.com.pt
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Veja:
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